Projeto Genoma escrita por SevenMonkey


Capítulo 14
(Ômega) Capítulo 13 - Você tem de ser forte.


Notas iniciais do capítulo

Bem galera o cap 13 e a unica coisa que vou dizer é... tadinha da lyrian



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A noite estava tranquila e a brisa gelada batia no meu rosto, por isso fui até a minha mochila para pegar minha capa de viagem, porém quando me virei vi Lyrian tremer de frio. Por causa das construções era mais fácil a cidade reter o calor do dia, mas aqui fora, no relento ela sofreria, então tirei minha capa e uma coberta que eu carregava comigo, para os dias de muito frio (digo muito frio para mim, digamos que a noite mais fria de inverno para vocês, não passa de um dia com muitos ventos de outono para mim) e os coloquei sobre ela, depois com jeito para não acorda-la, passei a borda das cobertas por debaixo do seu corpo, para mantê-la mais aquecida.

Quando ela parou de tremer retirei um sobretudo que comprei na cidade (Só uma observação, por algum motivo adoro sobretudos. Eles são épicos, nada de mais só quis compartilhar um gosto pessoal com vocês.) ele possuía gola e capuz, o que fez eu gostar mais ainda dele. Então depois peguei as bandagens que eu costumo usar, enrolei no pescoço até chegar à altura do nariz, depois vesti o sobretudo, levantei a gola e coloquei o capuz.

Porém quando estava voltando para o banco da frente senti um cheiro estranho, escutei algo que parecia passos, olho em volta estava escuro, mas isso seria problema para Lyrian, não para mim. Até a distância de pelo menos 1 km eu conseguia enxergar perfeitamente no escuro. Olhei em volta procurando a fonte do cheiro e barulho, a principio não vi nada, mas depois vi um vulto se movendo por entre umas pedras próximas daqui, era humano, mas tinha algo de estranho nele.

Volto para o bagageiro do Trimotor para pegar minha espada, foi quando vi Lyrian acorda de repente arregalando os olhos com lagrimas escorrendo pelo seu rosto, mas agora não era hora para eu tentar ser sentimental. Já ia falar para ela se preparar, que tínhamos companhia, mas ela foi mais rápida.

-Quem está a i, Om. –Havia desespero em sua voz que foi como sussurro, como ela poderia saber que tinha alguém vindo? Ou será que foi só um palpite que ela deu a me ver pegar minha espada... foi então que veio uma voz mergulhada em desespero e em raiva

-Lyyyyyyyyyyriaaaaaaaaaaaaaaaaaaan...

Lyrian começou a tremer, mas dessa vez de medo ela se levantou e olhou na direção que aquele bicho estava vindo, rapidamente me viro para encarar o que estava vindo em nossa direção.  Não sei quem era, mas com certeza era perigoso, conhecia a Lyrian, isso realmente era perigoso.

Quando se aproximou a uns 10 passos do Trimotor escutei a Lyrian engolir a respiração, mesmo no escuro uma pessoas poderia distinguir algumas coisas com a visão acostumada com o escuro. Aquilo parecia um soldado bastante ferido e sujo da minha altura, sua armadura estava toda arrebentada e seu pé direito estava torcido de uma maneira estranha. Porém era o seu braço esquerdo que me chamava atenção ele tinha uma ferida estranha que não parava de sangrar. Envolta havia se formado algo como bolhas e cascas negras, o braço todo parecia estranho e deformado.

- Hojyn... –Falou Lyrian com a voz fraca, olhei para ela surpreso havia desespero na cara dela, então volto minha atenção para Hojyn. Isso era um problema, quando ela contou o que aconteceu na noite anterior eu realmente achei que ele estava morto, mas se ele estava vivo aquilo no braço dele não era uma ferida qualquer, só podia ser uma infecção.

-Como você pode me abandonar Lyrian... –falou ele com uma voz esquisita, abafada carregada de dor e raiva. –Me abandonou por... ele... quem é ele?

-Me desculpa Hojyn... Me...

-Você nem sabe quem é ele... Lyrian me ajude, estou ferido, perdido... Vamos voltar. Eu te perdoo.

Lyrian estava hipnotizada por ele. Ela estava dividida. Com a mente em conflito entre ir com ele ou ficar comigo, mas o seu corpo já tinha tomado a decisão, estava se movendo sem a vontade dela tentando sair do Trimotor. Coloco a mão no ombro dela fazendo ela me olhar surpresa.

-Você tem que se concentrar em mim. –Falei firme olhando no fundo de seus olhos. –Preciso que me diga o que aconteceu com ele. O que causou a ferida no braço dele.

-Vai ouvir esse estranho e não vai ajudar seu amigo LYRIAN. –Era obvio que o estagio de infecção avançou extremamente, estava aprendendo como fazer o controle pelo nome. Tenho que manter a Lyrian focada em mim.

-Lyrian, olhe nos meus olhos. Não de ouvidos a nada, só a minha voz. Lyrian preciso que você me diga o que feriu ele antes do Verme Gigante aparecer.

Ela estava abalada, tentava se concentrar enquanto Hojyn balbuciava palavras tentando fazer Lyrian voltar a atenção para ele, então com muito esforço ela disse.

-V...Va-vampiro... –Lagrimas escorriam como rios dos olhos dela. Voltei a minha atenção para Hojyn agora sabia o que eu estava enfrentando, um humano se transformando em vampiro era melhor acabar com ele antes que a infecção chegasse ao estagio final. Ando até ele com espada em posição, o encaro firme ele devolve o olhar, abre um sorriso desafiador, então faz uma coisa que eu realmente não esperava, de tudo que ele poderia fazer aquilo realmente foi inesperado. Começou a chorar.

-Lyrian, você vai mesmo deixar isso acontecer... E nossa amizade? Você me conhece há anos... E ele? No máximo 2 dias e ainda assim você vai me abandonar por causa dele?

Nisso escuto Lyrian pular do Trimotor me viro a tempo de agarrá-la pela cintura, ela corria até ele como uma criança que vai receber o pai que ficou fora por muito tempo, enquanto a seguro ela começa a se debater dando socos nas minhas costas.

-ME SOLTA OM. ELE É MEU AMIGO TENHO DE AJUDA-LO!

A empurro fazendo-a cair sentada no chão, quando ela ameaçou a levantar forço seu ombro com a mão livre ela me encara furiosa, mas eu a encaro com calma e tranquilidade.

-Ele não é mais seu amigo. Lyrian ele está te manipu...

Sou interrompido por uma lamina que atravessava meu intestino grosso, meu sangue espirrou no rosto de Lyrian que a fez me olhar com desespero, viro o rosto e lá estava Hojyn sorrindo, seus dentes já estavam pontiagudos os olhos vermelhos vivos e feridas pequenas cobriam seu rosto. Respiro fundo e firmo meus pés e falo para Lyrian.

-Seu amigo já esta morto, ele agora é um monstro.

Então giro o braço dando um murro em Hojyn o jogando no chão, depois levo a mão nas costas e retiro a espada com esforço, dói “pra caralho”, mas eu tinha que aguentar, já havia sofrido feridas piores, não seria isso agora que me derrotaria. Jogo a espada que retirei da minha barriga nos pés da Lyrian, depois começo a caminhar em direção a Hojyn que começava a se levantar.

Ele não fala nada só me encara com raiva, se ele não estivesse todo ferido com certeza teria pulado em cima de mim, então antes que ele pudesse fazer qualquer coisa arranco seu braço esquerdo com único corte e depois decepo a sua perna boa fazendo com que sua perna direita, já machucada, não aguente o peso do corpo e os ossos de sua canela rompem sua pele, fazendo-o cair de cara no chão gritando de dor.

-LYRIAN, POR FAVOR, SOU SEU AMIGO! ELE QUE É O MONSTRO! ME AJUDE PORFAVOR.

Não falo nada, apenas dou as costas para ele segurando a minha ferida caminho até a Lyrian que estava sentada assistindo isso chorando em silencio. Concordo que tudo isso era horrível para ela e deveria mostrar um pouco mais de... “humanidade” (esse termo é errado e descordo dele, mas isso não vem ao caso agora.) mas eu tinha que fazer o que faria agora, ela precisava ficar forte se quisesse continuar comigo. Ao me aproximar dela me encostei no veiculo cruzei os braços e a encarei de cima para baixo falando firme e sério.

-Agora você tem duas escolhas, obvias. Uma delas resultara tanto na sua morte quanto a dele, a outra só na dele.

Ela me olhou em desespero, em seus olhos vi suplica e tristeza, provavelmente queria implorar para que eu não a obriga-se a fazer o que eu estava fazendo, por um breve momento quis eu mesmo terminar o serviço, mas ela precisava passar por isso. Só a encarei até que ela desviou o olhar para espada, agora ela chorava desesperadamente, suas lagrimas pingavam na lamina da espada.

Ela respirou firme pegou a espada e caminhou vagarosamente até ao que um dia foi seu amigo, ele ergueu a cabeça para ela e com um choro falso começou a implorar para que Lyrian, não fizesse isso e o ajuda-se, ele dizia que ela deveria matar eu não ele, mas ela continuou a caminhar em direção a ele sem retroceder um único passo. Quando ela ficou próxima dele, ele já gritava de raiva e desespero dizendo que ela havia abandonado ele e o traído ela ergueu a espada com as duas mãos com a ponta virada para baixo.

-Me desculpa...

Com um movimento rápido ela crava a espada no crânio dele até o cabo, ele não se movia mais, não gritava nem chorava. Estava inerte parado com seu sangue sendo espalhado para todos os lados.

Ela deu três passos e então desabou, caiu de joelhos e começou a chorar, fui até ela e parei na sua frente ela me encarou, a principio vi raiva em seus olhos, ela me culpava por aquilo, depois o simples desespero humano cobria seu rosto, me ajoelhei e a abracei, a principio ela ficou sem reação, então ela me abraçou forte, cravou suas unhas nas minhas costas encostou o rosto no meu peito e chorou o mais forte que conseguia.


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Notas finais do capítulo

Bem galera espero que tenham gostado, logo tera mais cap,
como sempre não esqueçam de comentar



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