Premonição: Recomeço escrita por MV


Capítulo 2
A Aula Mata


Notas iniciais do capítulo

E aí, gente? Nesse capítulo eu vou fazer referência ao clássico "Matar Aula", mostrando que pode existir outro lado...enfim, leiam e postem reviews(estou esperando)



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– Jane, o que você fez? - Eleonora perguntou, atônita.

– Pois é, você diz que vai acontecer um acidente, e acontece!!! - Jason terminou a frase.

Charley estava abraçado a Jennifer, assustada. Curtis, Milly e Sinan estavam quase em estado de choque. Jane sabia o que acontecera.

– Bem, acho que eu sei o que houve?

– Hã? - todos falaram surpresos.

– Já faz umas duas semanas que minha irmã Kristy teve uma premonição.

– A Kristy teve? - Eleonora perguntou surpresa, já que Kristy era sua aluna.

– Sim, ela conseguiu salvar algumas pessoas, mas depois, começaram a morrer, uma por uma...

– O Cory tava envolvido nessa? - Curtis perguntiu.

– Sim, ele foi uma das vítimas da lista. Eu lembro da morte dele.

– Então você sugere que vamos morrer? - Jennifer perguntou.

– Pode ser... porque meu irmão mais velho, o Alex, também teve e aconteceu a mesma coisa, só que ele morreu...Minha mãe, também. Já minha vó escapou das garras da morte.

– Oh, My God!! - Milly disse.

– Bom, se já aconteceu tudo bem, mas eu não acho que esse é nosso caso. - Charley falou incrédulo. - Nós escapamos!

– Tô com o Charley! Acho a mesma coisa! - Jennifer falou.

– Eu não sei de nada... - Sinan disse. - Tem certeza que isso é verdadeiro?

– Claro, Sinan! Eu vi! - Jane disse.

– Gente, vamos deixar isso pra depois e nos concentrarmos para sair daqui? Alguém tem celular? - Eleonora falou.

– O meu ficou no ônibus... - Milly disse.

– O meu também! - Curtis concordou.

– Eu tô com ele! - Jason disse.

Eleonora pegou o celular de Jason e ligou para a escola. Eles já estavam informados do acidente mas não dos sobreviventes. Disseram que iriam buscá-los, e também que fariam, no dia seguinte, um memorial aos alunos do 9º Ano. Mesmo assim teria aula de manhã. Nesse dia, ficariam em período integral.

– Cheguei, Kristy! - Jane disse.

– Eu sei o que houve Jane!

– Sabe?

– Eu vi no noticiário, fiquei preocupada, mas daí a escola ligou, mas daí que eu fiquei mais preocupada!!!

– Eu sei porque...

– Jane, você teve uma premonição! Sorte sua, porque sabe tudo o que a morte era capaz de fazer! Eu não...

– Desculpa, Kristy...

– É que eu tô meio deprimida hoje, sabe o Michael morreu!

– Como? A lista ainda não acabou?

– Continuo correndo perigo, agora com essa premonição sua, piorou!

– Você pode me ajudar, mana?

– É claro, maninha.

19 de março de 2010. Terça-feira.

– Bom, como tributo aos alunos do 9º ano, os alunos sobreviventes: Charley Banks, Curtis Harrison, Jane Browning, Jason Strauss, Jennifer Awake, Milly Carter e Sinan Malik, não terão aula hoje, mas terão de ficar para arrumar o memorial a seus amigos - O diretr Dominick disse no alto falante da escola.

– Fala sério, meu Deus! Arrumar memorial? - Jason reclamou.

– Tem tanta coisa pra fazer... - Charley disse.

– E temos que arrumar essa merda de memorial!!!! - Jennifer disse.

– Olha a boca! Isso é uma lembrança aos seus colegas mortos! - Eleonora disse.

– Já não bastava a Jane e sua visão... - Jennifer reclamou.

A situação para Jane era complicada. Charley, Jennifer e Jason não acreditavam. Eleonora era indiferente e Milly, Curtis e Sinan, desconfiados.

Eles foram saindo até a quadra da escola. Atrás da quadra existia um velho portão de ferro, atrás do portão um bosque.

– Jane, é verdade mesmo o que disse? - Curtis falou.

– É Curtis! Já não te falei?

– Desculpa, Jane. É que isso é tão estranho...Mas eu acho que acredito em você!

– Obrigado, Curtis! - E deu um abraço nele.

– Sem problema!

– Hey, vamos se mexer? - Milly falou brincando.

– Tá Milly, tamo indo.

12h00. O memorial era as uma. Todos deveriam ficar na escola, porque iria contar como atividade extra. Tentariam conseguir novos alunos ao 9º ano.

Jennifer estava exausta. Finalmente havia trabalhado. E como era a verdadeira personificação da patricinha, tinha odiado.

– Minhas mãos estão ho-rrí-veis! - Jennifer disse.

– Jennyzinha!

– Que foi Charley?

– Você vai ficar mesmo pro memorial?

– Ah, sei lá!

– Quer escapar comigo do memorial?

– Mas, tipo assim, estaríamos matando aula.

– Dane-se! Olha ali! O portão velho tá aberto, dá pra gente passar. Depois passamos o bosque, a linha de trem e chegamos no nosso bairro!

– Ah, eu não vou não Charley!

– Beleza, então! Falou!

Então um vento gelado passou. Só que o vento passou fazendo um estranho som de apito de trem.

Ela sentiu um arrepio.

Ela tentou gritar:

– Espera aí... .

Não adiantou. Charley foi correndo pelo bosque. Logo chegou na linha do trem. Virou para trás, pra ver se Jennifer o seguiu, mas tropeçou batendo a coluna nos trilhos. Ele sentiu uma dor imensa mas conseguiu falar:

– Preciso sair daqui.

Ele tentou se levantar. Em vão. Com muita força, se levantou todo dolorido.

– Aaaaaiiiiiiiiiii!

Quando o chão tremeu. Charley caiu novamente nos trilhos porém do tórax pra baixo seu corpo dentro dos trilhos, e a cabeça fora.

– Socorro!!!!

Tremeu novamente, o trem estava vindo. Muito rápido.

Charley estava tentando sair se arrastando.

– Meu Deus!!!

Não adiantou. O trem passou cortando Charley ao meio. O trem passou no meio do tórax e saiu arrastando o tórax e as pernas de Charley pelos trilhos, enquanto o resto ficou jorrando sangue ao lado do trilho.

Enquanto isso...

– Cheguei, mana! - Kristy falou.

– Kristy! Ainda bem que você veio! Cadê o Mark? - Jane perguntou.

– Você sabe, ficou lá em casa, toda essa história está sendo demais pra ele. Ele precisa de um descanso.

– Pois é...

– O que foi?

– É que só de pensar que todos os meus amigos vão morrer, eu fico aterrorizada. Eu tenho que impedir a morte deles, eu tenho de descobrir como parar a morte, eu tenho, eu, eu...

– Calma, Jane. Tudo vai dar certo.

– Kristy, eu estou com medo de, eu não sei, não conseguir deter essa ameaça. Eu era uma simples garota de 15 anos, até anteontem e agora entrei nesse espiral de eventos!! Eu não vou conseguir, Kristy!!

– Claro que vai, Jane, claro que vai! Agora precisamos encontrar seus amigos e avisá-los sobre o esquema da morte.

– Eu espero que consigamos convencê-los! Eu espero!



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Notas finais do capítulo

Achei a morte dele perturbadora. E vocês? Postem reviews!