Sex, Universe, And Rock N Roll escrita por Jonathan Bemol, Roli Cruz


Capítulo 7
Restaurante no Fim do Universo - 1


Notas iniciais do capítulo

Ai está, esse capítulo era muito grande, então foi dividido em dois.
Boa leitura!



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Dizem que a beleza é algo muito importante para ser popular e tudo mais. Mas a verdade, é que a beleza é uma ilusão: cada ser no Universo pode ficar e ser bonito se quiser ou não. A beleza é como uma máscara que pode ser retirada. Alguns seres no Universo, logo que se levantam dizem: “quero ficar bonito/feio hoje!” E a beleza se regula para ficar como seu hospedeiro desejar. A dificuldade, é que muitos seres no Universo não sabem controlar a sua beleza, como os terráqueos por exemplo.

                Caroline e James ficaram muito bonitos no ultimo capitulo, por isso, os próximos capítulos serão na primeira pessoa de James, para uma maior interação e tudo mais. Esse parágrafo e o anterior foram praticamente inúteis. Infelizmente, essa história está cheia desses parágrafos assim.

***

                E enfim, chegamos ao Restaurante no Fim do Universo.

                O restaurante visto de cima, parecia uma estrela do mar. Construído sobre as ruínas de um antigo planeta, é um dos restaurantes mais finos e badalados do Universo. Tecnicamente, ele não ficava em uma “ponta” do Universo, como muitos imaginam, ou no fim dele. Ficava no Fim dele literalmente. No fim da História em si.

                Para chegar ao restaurante, você só precisa entrar em uma máquina do tempo, localizada perto do planeta Vrogstar B. Ela já estará antecipadamente programada, e te levará para o dia do juízo final, do apocalipse, do fim dos tempos, ou o Dia da Chegada do Megarresfriadon Verde, dependendo da sua origem e religião. Logo chegando, você tem 2 horas para jantar, beber, e ouvir as bandas que lá tocam. 2 horas para o espetáculo do Fim do Universo.

                Chegamos lá, e um garçom nos esperava na porta de entrada. Era humanóide, mas tinha o queixo muito largo, pele roxa, e três pernas. Um sujeito comum, de terno. Ele fez uma saudação estranhamente alienígena e disse:

                - Boa Noite! – tecnicamente, não era possível ter dia ou noite, pois estávamos no espaço, mas os mordomos e garçons sempre dizem isso, em qualquer hora do dia – bem vindos ao Milliways, o Restaurante no Fim do Universo! Suas reservas estavam lá dentro! Entrem!

                Curioso, perguntei para Douglas:

                - Como assim “estavam”? Não estão mais? Não vamos mais... – então ele me interrompeu

                - Amigo, nós estamos no Fim do Universo. Tudo o que devia ser feito, já foi feito. Não é possível mudar nada, e etc. A maior dificuldade de viajar no tempo, não é “onde eu fui parar?” “tem jeito de voltar?” ou “será que deixei a televisão ligada?”, mas sim a conjugação dos verbos.

                Ainda não havia entendido, então ele continuou:

                - Como estamos no Fim, e tudo já foi feito, todos os verbos tem de ser usados no passado. Ou no pretérito. Como preferir.

                “Não, eu não nasci para fazer essas coisas” pensei. Enquanto estávamos entrando, Caroline gritou:

                - Meu Deus do céu! Vejam!!! – disse apontando para tudo.

                Era lindo. O restaurante mais elegante, chique, rico... sem-adjetivos que já tinha visto. Havia uma enorme cúpula grande de vidro para ver o céu lá fora, e nos cinco “braços” (pois o restaurante tinha a forma de uma estrela do mar) tinham bares, salas de espera (não consegui deduzir pra que), e outras coisas muito divertidas.

                Então nos dirigimos para uma ponta de um dos braços, onde tinha um bar. Estava nem cheio nem vazio. Tinham alguns alienígenas de várias raças, que não consegui identificar. Então Caroline perguntou:

                - Onde sentaremos? – e imediatamente, Douglas a interrompeu.

                - Se fala “onde sentaríamos?” e não... – então olhou para um homem e mudou completamente de assunto – ei, aquele lá não é o Apolo?

                Olhei pra onde ele apontou, e lá estava um deus olimpiano: Apolo, deus da música, das artes, dos poemas, dos solteiros, e do Sol. “É ele mesmo! Um deus classe A!” disse Douglas.

                Nota: os deuses espalhados pelo Universo são classificados por letras, como as demais coisas. Deus classe A é aquele que tem o poder de criar, destruir, e reformar a matéria. Muitas religiões dizem que esses deuses criaram o Universo, mas é mentira, pois eles teriam de nascer antes de Universo, o que é praticamente impossível. Como já foi dito anteriormente, a realidade é que os deuses classe A surgiram 3 bilionésimo de segundo depois do Universo, e não uma semana antes, como as religiões dizem. Deuses classe B são os “semideuses” como assim chamados. Podem ser filhos de deuses, parentes, ou nada dos deuses classe A. Tem menos influencia sobre a matéria do que os outros. Deuses classe C são quaisquer seres que tenham o dom da imortalidade. E assim a lista continua, até a letra H, ou até a letra T em algumas regiões afastadas da galáxia.

                Chegamos até o deus, que nos saudou:

                - Hey Douglas, o que você faz aqui?!

                - Ah estou passeando um pouco sabe – ele de repente lembrou-se de Caroline e James – ah sim, olhe, esses são Caroline e James, eles são da Terra!

                Apolo cumprimentou os dois, e disse com desprezo:

                - Ah... a Terra... bons tempos aqueles. Ei Barman! – o deus gritou para o Barman – quero 4 Jynnan Tonnixa!

                - Oh, essa é realmente muito boa – disse Douglas. O Barman logo trouxe as bebidas, mas todas ficaram perto de Apolo. Caroline decidiu parar de enrolar, e pedir para o deus curar James.

                - Senhor Apolo, eu queria pedir que... – então ela viu que o deus estava chupando seu dedo – você chupa dedo ainda senhor Apolo?!

                - Ah não! – o deus ficou confuso – eu só estava... quer dizer... acidentalmente... – então ele decidiu calar a boca, e deu um copo de Jynnan Tonnixa para cada um.

                - Certo. Apolo, o James aqui tem uma... – mas então Caroline foi interrompida por um homem carregando um cesto.

                - Com licença, os senhores querem pamonha? É baratinha, e bem gostosa.

                - Mas o que?! – Caroline perguntou indignada, que até ali tinha pamonha. Ela era traumatizada com pamonha.

                - Eu quero uma, por favor – disse Apolo. Comprou a pamonha, e o homem saiu gritando anunciando a pamonha.

                - Agora senhor Apolo, preste atenção em mim – ela disse, e ele olhou para ela – meu amigo, o James, ele...

                - Seus olhos são lindos sabia? – disse o deus.

                - VOCÊS NÃO VÃO DEIXAR EU FALAR?!

                - Com licença, a senhora não quer mesmo pamonha? – disse o homem da pamonha. Caroline o ignorou, e Apolo disse:

                - Você gritou comigo?

                - Não, eu só...

                - Eu sou um deus do Olimpo menina! Você sabe o que eu poderia fazer com você?! – dava pra ver a fúria e a raiva subindo por Apolo.

                - Desculpe senhor, eu não...

                - Cale a boca!

                Então todos ficaram quietos, e Apolo não tirava os olhos de Caroline. De repente ele disse:

                - É brincadeira! Vocês caíram mesmo nessa? – e deu uma grande risada – pode falar querida.

                - Olha, o James tem uma... – então Apolo olhou no seu relógio de pulso e disse:

                - Minha nossa! O espetáculo vai começar! Depois conversamos certo? – e antes que pudessem responder, ele já tinha ido.

                Ficaram calados olhando o deus. “Vamos ao salão principal, o espetáculo já vai começar!” disse Douglas. Enquanto se dirigiam até o salão, um homem perguntou para Caroline:

                - Tem certeza que não quer pamonha?

***

                O garçom nos deu o cardápio, e demorei a escolher o que iria pedir, havia muita coisa estranha, e não conhecia nenhum prato. “Precisava de ajuda?” Douglas perguntou pra mim, e eu respondi “Preciso... quer dizer, precisava.” O garçom chegou, e Douglas pediu:

                - De entrada, gostaríamos da Salada Típica de Frogstar B, como principal o Macarrão Olho de Picasso, e pra encerrar, um simples miojo.

                - Certo, traríamos o seu prato em um instante. – disse, anotando os pedidos com um sorrisinho de garçom, e saiu andando, igual um garçom.

                Olhei para cima. Dava pra ver muitas estrelas, nebulosas, e todas aquelas coisas com nomes complicados. Consegui ver super-novas, explosões e tudo mais. O Universo estava chegando ao fim mesmo. Olhei para os outros dois, e estavam conversando sobre alguma coisa:

                - ... ela é a melhor de todas, faz tudo o que você quiser, tem boas curvas, sensual e tudo mais... – Douglas estava dizendo, então eu disse:

                - Do que estão falando? De prostitutas? – os dois ficaram quietos olhando pra mim por um tempo.

                - Não, estamos falando... de guitarras.

                - Ah bom. – me senti um idiota, comecei a brincar com um guardanapo, e decidi ficar quieto.


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Notas finais do capítulo

Bom? Ruim? Reviews?
Até o próximo!