Sex, Universe, And Rock N Roll escrita por Jonathan Bemol, Roli Cruz


Capítulo 21
Lar, Doce Lar (?)


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE um capítulo novo *----*
Desculpem a demora mesmo :p
Mas enfim, esse vai mostrar eles retornando ao nosso querido planeta Terra.
Espero que gostem, este capítulo é dedicado a...
Bem, sei lá, a todos os vegetarianos do mundo *-* kkkk
Boa leitura!



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- Mal posso esperar para voltar lá! – disse James animado, sabendo que iriam voltar para a Terra.

                - James, vamos dar só uma passadinha, lembre-se! – alertou Douglas.

                - Ah, sim, claro...

                Logicamente James não tinha entendido o sentido de “passadinha.” Douglas e Caroline dariam uma passadinha, mas ele aproveitaria e ficaria na Terra mesmo, não queria ficar viajando pelo espaço mais. De jeito nenhum.

                - E lembrem-se – disse Douglas – a Terra deve estar muito diferente.

                - Como assim? – perguntou James.

                - Ora, lembra das mensagens que recebeu do diretor, professor? Vários e vários anos devem ter se passado na Terra enquanto estávamos fora. Com as viagens no tempo que fizemos com o Restaurante no Fim do Universo... pode ser até que a Terra não exista mais...

                - Não! Ela ainda tem de existir! – gritou James. De repente, a hipótese de nunca mais voltar pra casa passou pela sua cabeça.

                Passado mais alguns minutos, dava pra ver o planeta pela janela. Os professores foram correndo para olhar e se surpreenderam.

                Provavelmente se Yuri Gagarin estivesse junto com eles, ele estaria com uma cara de decepcionado. Se antes ele tinha dito a frase “A Terra é azul” agora ele diria “A Terra é... marrom?” Não tinha nada de azul e verde naquele planeta. Mas era a Terra, pois os professores conseguiram distinguir os continentes. As porções de terra estavam completamente cinzas, e os mares estavam amarelados e marrons. Havia muitas nuvens, e uma camada de satélites de todos os tipos ao redor do planeta.

                - Nossa... a Terra está... uma droga! – disse Caroline.

                - É a Terra mesmo? – perguntou James. Ele sempre fazia perguntas.

                - Sem dúvida. Estamos no lugar certo, vamos pousar! – disse Douglas.

                Foi difícil achar um lugar para pousar. A Terra estava cheia, extremamente cheia de prédios cinzas. Não havia carros nem estradas, ou se havia eles não estavam conseguindo ver, pois os prédios eram muito altos. A nave acabou pousando em uma pequena praça, destroçando uma estátua. A porta se abriu e os humanos desceram. James colocou os pés para fora, mas Douglas o puxou para trás, dando-lhe uma máscara para respirar.

                - Por quê?! Estamos na Terra, meu planeta natal, dá pra respirar aqui!

                - Mas nunca se sabe James! – disse Douglas, enfiando a máscara no rosto de James.

                Saíram da nave. Aquela pracinha estava vazia, não havia ninguém. Apenas pombos. Muitos pombos, mas estavam parados, bicando o chão ao invés de voarem.

                O céu estava escuro por conta das nuvens, mas dava pra ver o Sol. E estava quente. Decidiram procurar um humano para se informarem em que ano o planeta estava. De repente apareceram dois homens com uma armadura que cobria todo o corpo. Tinham armas nas mãos e máscaras de respiração.

                - O que aconteceu aqui!? O espaçoporto é a alguns quilômetros daqui!

                - Quem são vocês? – perguntou James.

                - Vocês são humanos? – perguntou um dos homens – como conseguiram sair daqui? De quem é essa nave?

                James ia responder alguma coisa, mas Douglas passou na frente, como quem diz “deixa comigo”.

                - Olha senhores, essa nave é minha, e nós viemos do passado, de muitos e muitos anos atrás. Do ano 2012 depois de Cristo.

                - Depois de cristo!? – disse um deles, e deu risada – Vocês vieram de longe mesmo hein? Bem, nós aqui estamos no ano de 4209 depois-do-homem-ser-pregado-na-cruz.

                - Como assim? Se fala D.C. cara – disse Caroline.

                - Por isso sabemos que vocês são de longe! Vou contar o que aconteceu:

                “No ano de 2055 D.C. apareceu uma nave espacial aqui na Terra. De lá desceu um alienígena e disse para todo o planeta que o mundo iria acabar em 2057, que iriam destruir a Terra. Como na época não tínhamos força e munição para combater os invasores que iriam destruir, a ONU decidiu... mudar a data do planeta.

                Ao invés de contarmos a partir do nascimento de Cristo, como fazíamos antes, passamos a contar depois de sua morte, acrescentando assim 33 anos a mais. Por isso hoje ao invés de falarmos ‘depois de Cristo’ falamos ‘depois-do-homem-ter-sido-pregado-na-cruz’. Assim, pulamos do ano 2055 para o ano 2088, então como os aliens tinham de demolir o planeta em 2057, e aquele ano nunca chegou, eles desistiram da idéia.”

                Os três terráqueos ficaram olhando para aquele homem como se não acreditassem na burrice... ou na inteligência da raça humana.

                - Surreal – disse a professora.

                - Muito – completou James.

                - Pois é. Bem, o que aconteceu de lá pra cá foi um desastre.

                “O governo começou a entrar em pânico, pois começou cada vez mais a aparecerem provas concretas de que existe vida fora da Terra. E o governo foi avisado de que se fosse cientificamente comprovado, todo o planeta entraria em pânico e colapso. Por vários motivos.

                Então eles começaram a tentar apagar as provas, como aquela história dos professores que embarcaram numa nave espacial de noite e nunca mais voltaram. Nesse caso, destruíram a escola em que eles lecionavam.

                No ano de... não me lembro o ano, mas aconteceu a Vingança Japonesa. Como sabem, o Japão sofreu com a bomba atômica na segunda guerra mundial, então eles começaram a fazer uma vingança silenciosa junto com a China. Vocês já abriram um computador, ou qualquer eletro eletrônico? A maioria das peças que tem dentro são japonesas e chinesas, mesmo comprados no Ocidente. Um belo dia, esses dois países decidiram parar de vender essas peças para os países ocidentais, resultando numa crise enorme, e em várias guerras mundiais.

                Hoje o planeta Terra vive com um só pais, e é um pecado dizer o nome dele. Vive sob um regime militar e tudo mais.”

                - É, a situação está feia mesmo – disse Caroline, impressionada.

                - E o pior de tudo é o aquecimento global... Bem, depois de vários anos, foi descoberto que não dava pra fazer mais nada para deter o aquecimento, então todos decidiram esculachar de vez, pararam de economizar água, usar fontes renováveis e tudo mais, pois já estava mesmo tudo perdido. E hoje o planeta está literalmente... fodido.

                - É verdade – disse Douglas – 20% das raças alienígenas lá fora dizem que a Terra é “praticamente inofensiva” ou “lixo espacial”.

                - Ah, mas são só 20% neh – disse James.

                - Sim, os outros 80% não sabem o que é a Terra, nem que ela existe.

                Todos ficaram olhando-se com caras feias. James percebeu que aquela pequena pracinha não tinha nem árvores ou grama, o chão era asfaltado.

                - Onde estão as árvores? – perguntou ele.

                - O que é isso? – disse um dos homens, e os três humanos perceberam como a situação estava grave.

                Não saber o que eram árvores, era como não saber o que eram... peixes! Mas James não perguntou à eles se sabiam o que eram peixes ou não.

                James ficou triste. A Terra agora era um lugar deplorável, nem ele gostaria de viver lá. Mas agora não sabia o que faria de sua vida. O plano era que faria as 3 missões dos deuses, seria curado de sua doença mortal, e então voltaria à Terra. Mas ela estava... feia daquele jeito, a não ser que voltassem no tempo, para a época correta. “É, vou convencer Douglas de fazer isso” pensou ele.

                - Então – disse Douglas animado – vamos dar uma voltinha por ai?!

                - Não, de repente perdi toda a vontade de viver... – disse James, parecendo o Marvin.

                - E vocês não podem ficar aqui! São alienígenas! – disse um dos homens – se descobrirem que vocês estão por aqui vai ser um escândalo!

                -Ah, então temos de ir? – disse Douglas desanimado – nossa, até esqueci dos deuses e tudo mais. Vamos embora então...

                Embarcaram na nave, pensativos em como a Terra tinha ficado. Felizmente, ela seria destruída depois de alguns anos, por conta do aquecimento global, e todas as outras bobagens.

***

Nota do Guia: Na verdade, a Terra não seria destruída por conta do aquecimento global causado pelos humanos, mas sim pelo aquecimento natural do planeta.

Acontece que em tempos remotos, na Terra pré-histórica, uma raça de alienígenas passou com sua nave por aqui, e deixou cair um aparelho que eles mesmos batizaram de “Termossomo”. Eram pequenos termômetros que eram jogados em varias regiões do Universo, para medir diferentes temperaturas ao longo do tempo.

Deixaram cair um desses aparelhos na Terra por acidente, pois ninguém estaria interessando na temperatura de um planeta atrasado e pré-histórico. Assim que passaram por aqui, voltaram ao seu planeta natal. Lá, monitoravam as temperaturas de todos os Termossomos que haviam deixado nos cantos do Universo.

Passaram longos e longos éons monitorando as temperaturas, e perceberam que o Termossomo deixado na Terra, estava muito agitado, e estava mostrando uma temperatura muito grande. Eles ficaram com medo do Termossomo explodir/quebrar, derramar o mercúrio nele contido, e danificar o planeta. Então pegaram suas naves, chegaram ao setor galáctico onde está localizada a Terra, e simplesmente destruíram-na em alguns segundos.

Alguns seres no Universo acham equivocada a ideia de uma raça ser capaz de destruir um planeta inteiro. Bem, para isso existe a seguinte teoria:

“Se você perguntar a um terráqueo qual o animal mais feroz da Terra, tirando ele, ele dirá que é o tubarão. E os tubarões são ferozes mesmo. Eles provavelmente pensam: ‘Ninguém pode com a gente. Somos os seres mais mortíferos do oceano. Comemos todos os outros peixes, dominamos eles, os reis do oceano somos nós. Ninguém pode com a gente’. Mal sabem os tubarões, que uma raça (os humanos) em menos de 200 anos desenvolveu tecnologia suficiente para exterminar todos os tubarões existentes.”

A exterminação humana e de outras raças e planetas parte desta mesma teoria.                         


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Tá, eu sei que não ficou muito bom, mas enfim.
Deixem reviews!
Obrigado :D