- Caroline? – Ele a chamou.

 - Sim?

 - Como você pretende fazer a noite valer a pena?

 - Bom... – A loira sorriu. – Estamos indo para o lugar que vai deixar isso virar realidade.

 James ficou confuso.

 - Que lugar?

 - O bar. – Ela riu da cara que ele fez.

 - Não. Eu preciso preparar aula e... – Ele ia falar uma lista enorme de várias coisas que precisava fazer, mas, felizmente, ela o cortou.

 - Para de falar besteiras, Jack...

 - É James. – Ele corrigiu.

 - Que seja. Se você tivesse tantas coisas para fazer, não teria aceitado meu convite de ir jantar. – Carol sorriu vitoriosamente.

 ***

 - Vamos! – Ela insistia.

 - Não. Eu não sou desse tipo. Não passo a madrugada inteira num bar e...

 - Sério. – A loira o cortou novamente. – Você tá mesmo precisando.

 Ele suspirou.

 - Não. Eu não vou. – Disse, decidido.

 - Ok. – Ela deu de ombros. – Pegue o carro e volte para casa. Eu vou me divertir essa noite. – E com uma piscadela, saiu do carro, jogando a chave do carro no colo dele.

 James ficou ali. Parado. Enquanto olhava a bela mulher entrar no bar, sozinha.

 Antes de passar pela porta, Caroline foi pega de surpresa por um cara alto e forte, totalmente o contrário do James que era magrelo e não tão alto, que chegou e começou a jogar uma cantada tosca, nela.

 No carro, o professor de filosofia respirou fundo e desceu do carro.

 - Algum problema, benzinho? - Ele chegou perto dela e passou a mão por sua cintura.

 - Nada não, amor. – Ela ignorou o cara alto que os encarava, incrédulo, e entrou na brincadeira. - Vamos entrar?

 - Vamos. – Entraram e, assim que perderam o tal cara de vista, James soltou a loira.

 - Ah. Para. – Ela sorriu. – Até parece que você não gostou!

***

 - Vai beber alguma coisa? – perguntou Caroline para James. Ele respondeu “não”.

           Estavam sentados nos banquinhos do bar. Aquele bar não estava com muito movimento. Metade das mesas estavam vazias, e James não sabia por que estavam sentados naqueles banquinhos, se tinha lugares melhores. Caroline perguntou para o professor:

 - Você quer dançar?

 - Eu não sou muito bom em dançar sabe...

 - Professor, por que não relaxa? Olha, todos que estão aqui estão se divertindo. Eu só estou te chamando para dançar, não para cometer um crime.

James pensou naquilo, e viu que dançar não era nada de mais. Então se levantou e disse:

 - Vamos então.

 Caroline nunca viu alguém dançando como James. Ele era desengonçado e tinha um... Estilo próprio. Não estava acompanhando a música e mesmo assim, agia como se não ligasse. Era provável que, de fato ele não estava ligando.

 A loira só ria, enquanto movimentava o corpo mais ou menos no ritmo. Ela o achava engraçado, tirando o fato de que existia um muro na relação dos dois. Aliás, quem colocava esse muro era ele...

 - Professor? – Ela chamou, ainda rindo e dançando.

 - Sim?

 - Quer beber alguma coisa?

 - Er... Não. – Ele parou de dançar e a encarou.

 - Vamos lá James... Não vai custar nada. Eu até pago se você quiser. – Ela sorriu.

Tomaram um gole de cerveja, e Caroline pediu mais uma rodada da bebida. James disse que não queria, mas Caroline o conseguiu convencer de beber mais.

            Nota: É incrível como várias e várias pessoas buscam conforto e conformidade nas bebidas alcoólicas. Elas têm um poder absurdo para controlar os outros seres e deixá-los extremamente bêbados. Certas pessoas ficam tão bêbadas a ponto de parar de beber, o que é um absurdo. Algumas não gostam de cerveja, ou qualquer outra, mas adoram outras que tem exatamente o mesmo gosto. Vários entrevistados (bêbados), quando foram perguntados sobre ‘o que acham das bebidas’, ironicamente, não lembraram nem do próprio nome.

            Caroline e James nesse tempo já haviam bebido muito. Muito mesmo. Beberam todos os tipos de bebidas disponíveis naquele bar. Estavam mais tontos do que as baratas que andavam de sapatos naquele bar. James estava falando coisas sem sentido que nem vale a pena citá-las aqui.

            - Pra mim... glub... – disse ele, olhando para Caroline, que também olhava rindo para ele – você é a... mulher mais gostosa de todas...

            Ela deu uma risada enorme e respondeu:

            - Concordo com você... você quer ir lá pra trás se... divertir comigo?

            O resto da conversa não vale a pena escrever. Mas James aceitou é claro. Os dois se dirigiram para trás do bar e lá começaram a se beijar. (Beijar nesse caso, não foi boca com boca, pois estavam muito bêbados e não conseguiram se encaixar direito.) Tiraram rapidamente a roupa um do outro, e fizeram sexo por um bom tempo. (Sexo nesse caso, é o mesmo caso do beijo).

            Logo que terminaram, uma brisa gelada os atingiu, e uma grande espaço-nave orbitava não muito longe deles. Seu tripulante os capturou, e a nave foi para o espaço.

            Curiosamente, escondido ali estava um aluno do colégio onde os dois professores lecionavam. Ele não tinha visto a espaço nave, mas tinha visto muito mais coisas embaraçosas, que com certeza iria contar para seus amigos no dia seguinte.