Sempre Comigo escrita por AFisT


Capítulo 5
Capítulo 5 - Desastradas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥ O Louis vai entrar neste capitulo



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Narração da autora:

Sem cor o dia amanheceu, cedo pela manhã tudo parecia sombrio, desgastado e sem vida, tudo parecia a repetição de uma rotina que se instalava e insistia em ficar. Mais tarde as cores rosadas com pitadas de alegria começaram a delinear os espaços vazios entre o escuro e o despojado, dando lugar aos raios de sol matinal. Mas mesmo esta intensa luminosidade e o barulho intenso da vida rotineira lá fora não conseguiam acordar o sono profundo de duas criaturas distantes, em vários sentidos, apenas tinham sonhos conjuntos, não tinham conhecimento um do outro, mas imaginem, eles dormiam exatamente na mesma posição, com uma ruga de preocupação acentuada na testa e partilhavam a mesma vontade, a vontade que a inconsciência todas as noites lhes incutia, a de pertencerem um ao outro.

Narração Maria:

Odeio o sol, odeio o barulho dos carros, odeio o facto da Filipa estar a ocupar metade da cama, resumindo odeio acordar de manhã quando estou de férias e sei que não tenho nada para fazer, já me basta durante o período de aulas partir um despertador todas as manhãs, sim, a maior parte da minha mesada é destruída na compra de um novo despertador. Hoje não fui acordada por nenhum tipo de aparelho irritante mas sim pelo barulho do meu estômago que já reclamava por comida, os ares de Londres já estavam a fazer efeito. Olhei para o lado e a Filipa dormia de boca aberta, estava tão inocente, coisa que ela não é, mas como eu sou uma óptima amiga passou-me uma ideia genial pela cabeça. Corri com toda a energia possível para a cozinha e comecei a revirar os armários e encontrei na terceira porta ao lado do frigorífico tudo o que era necessário para dar os bons dias a Filipa. Canela! Uma colher de sopa de canela fazia milagres e era horrível, deus queira que ela não morra sufocada. Cheguei ao quarto, enchi a colher de canela e enfiei-a dentro da boca da minha linda amiga, nem foi preciso contar até dez, passados dois segundos ela saiu a correr da cama e a tossir feito louca, confesso que estava com pena mas isso não me impediu de chorar a rir.

- SUA! SUA! SUA estúpida! Se tu imaginasses a raiva com que estou agora não te rias, só me apetece fazer dos teus miolos ovos estrelados. – Ok, eu imaginei isso e não queria mesmo ver os meus lindos neurónios desperdiçados desta maneira.

- Ninguém te manda dormir com a boca aberta! É melhores comeres canela do que uma mosca ou algum tipo de inseto. Estava apenas a zelar pela tua saúde.

A situação foi a seguinte, ela estava tão vermelha de raiva que desatou a dizer palavrões e a correr atrás de mim e como eu preso pela minha vida,fugi, no que é que isto deu? Bom, quando reparamos estávamos ambas de pijamas na rua com a porta de casa fechada e sem chave nada feito, não tínhamos como entrar.

- Belos pijamas! – Gritou um muçulmano esquisito que tentava passear dez cães de várias raças, ou melhor, os cães é que estavam a passeá-lo.

- Merda! – Gritou a Filipa em português.

- Estas a gozar, certo? Estamos aqui fora sem ter como entrar e tu só sabes dizer merda?

- Cala-te, a culpa é toda tua!

- Espera, a janela da sala esta aberta! Temos é que escalar um pouquito, o que vale é que ninguém nos conhece.

- Vai tu! Já apanhei demasiada vergonha logo de manhã.

-Pronto! Eu vou!

Após termos conseguido entrar em casa, tomamos o pequeno-almoço e decidimos ir ao centro comercial. Tínhamos que apanhar 2 autocarros até lá e isso era o tempo suficiente para a Filipa me perdoar. Quando chegamos ao centro comercial, estava tudo nas normas, ou seja, ela já me tinha totalmente perdoado, então decidimos parar numa loja vintage muito gira que tínhamos visto. Quando entramos eu literalmente apaixonei-me por uma camisola branca as riscas pretas, sim eu amava camisolas dessas, mas quando eu a agarrei para a ir experimentar senti algo puxá-la da minha mão.

- Desculpa mas eu vi essa camisola primeira. – Quando eu olhei para a criatura que me tinha dito aquilo, eu parei literalmente. Era o rapaz mais lindo que eu tinha visto até hoje, dono de uns olhos azuis tão hipnotizantes, sorriso carismático, pele morena e com tudo no sítio e quando eu digo tudo é tudo mesmo.

- Primeiro, larga essa camisola já, segundo podes tê-la visto primeiro mas quem a tem na mão sou eu e terceiro, ela é demasiado bonita para ti! – Disse já bastante irritada

- Ela é a minha cara! Larga já a camisola!- Começamos a puxar a camisola cada um para seu lado e como eu sou uma miúda cheia de sorte ela rasgou-se, ao menos eu fiquei com a parte maior, então tecnicamente ela era minha certo? Ele ficou tão desesperado que acabou por me puxar com ele para dentro de um provador, idiota! E imaginem eu desequilibrei-me acabando por cair e ele? Caiu em cima de mim! Ele ficou todo vermelho, provavelmente cheio de vergonha.

- O-oooi, sou o Louis e gosto de cenouras – disse ele todo atrapalhado, e eu? Não aguentei e comecei a rir como nunca ri na vida, isto era demasiado bom para ser verdade.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? preciso de opiniões ! ♥



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