A Escritora, o Cantor e o Café escrita por Pandora Sama


Capítulo 2
O encontro.


Notas iniciais do capítulo

Segundo cap! /o/

Não reparem os erros, tá? XD

Ah é.
Espero que a fic não esteja muito confusa ou coisa do tipo.
Misturei os pensamentos da garota como presente e passado... mas dá pra entender. XD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/20671/chapter/2

 

Meus editores me mandaram para Tókio com a desculpa esfarrapada de que “minha inspiração voltaria 200%’’. E eu fui.

Arrumei minhas malas e parti de Londres até o Japão. Foi uma viagem cansativa, mas divertida. Uma simpática senhora estava ao meu lado no avião e do nada começou a me contar sobre a vida dela. Sabe, tenho medo dessas pessoas que começam a puxar assunto do nada. Doze horas depois, cheguei ao meu destino. Debaixo de chuva. Xinguei mentalmente o Richard, que é o meu editor-chefe.

Peguei um táxi até o hotel que reservaram para mim. Não era um hotel cinco estrelas, mas o suficiente pra me deixar de boca aberta. Arrastando o meu sotaque, paguei ao taxista e entrei no hotel. Fui puxando minha mala até a recepção, onde me atenderam otimamente. Deram-me um cartãozinho e segui para o quarto. Quando estava saindo do elevador a rodinha da minha mala fez o favor de se enfiar no vão, aqueles que ficam no chão, e ficar presa. Fiquei possessa! Foi uma luta árdua e nada consegui, respirei fundo e sentei no chão. Bela cena, não? Eu emburrada com a mala presa na porta do elevador. Até que uma voz simpática me chamou a atenção.

“Você está presa.”

Não. Não era nenhum policial me dando voz de prisão ou algo do tipo. Era o meu futuro namorado tirando uma com a minha cara.

“Não estou presa. É que resolvi passear com a minha mala no elevador, sabe?”, e viva o humor britânico!

Adivinha o que ele fez? Sorriu. E eu derreti na hora. Se eu soubesse que existiam japoneses tão bonitos como ele teria me mudado rapidinho! Era moreno, e tinha os olhos castanhos mais belos do mundo! E ainda tinha um sorriso encantador, meio tímido, mas que me deixou perdidinha.

É. Apaixonei-me a primeira vista.

“Quer ajuda?”

“Claro! Acho que estou atrasando a vida de todo mundo lá embaixo!”

Ele sorriu novamente e conseguimos tirar a mala do lugar.

Prazer. Chamo-me Kohara. Kazamasa Kohara. Mas pode me chamar de Shou.”

“Err... Eu sou a Amy. Amy Witherspoon.” Queria me enfiar num buraco àquela hora.

“Acho que vou ficar só com Amy.”, e ele sorriu, coçando a cabeça.

Céus! Onde estava esse homem? Era ele quem estive a espera durante anos! Resolvi não xingar o Richard e sim enchê-lo de beijos quando eu voltasse pra Londres.

Ficamos no corredor conversando e descobri que ele era vocalista de uma banda. Tinha shows agendados durante a semana e estava indo ensaiar. Fiquei tão hipnotizada por ele que mal falei até ele perguntar se eu era estrangeira.

Dã! Claro que eu era! Falei meu sobrenome pra ele! Que amor, tão lindo e tão desligado!

Comentei que era escritora e que estava por ali para ter idéias pro meu próximo livro. Ele me elogiou, dizendo que eu falava o japonês tão bem quanto ele, apesar do meu sotaque.

Babei né?

“Bem, eu preciso ir agora. Quero continuar nossa conversa!”, disse ele.

“Ah, tudo bem então.”

Ele beijou minha testa e saiu, acenando. Corri pro meu quarto, mas voltei quando me lembrei da mala no corredor. Puxei-a e me tranquei no quarto. Comecei a dar pulinhos e gritava vivas. Para uma garota de 23 anos eu estava agindo como se tivesse 15. Peguei meu celular e liguei para o Richard.

“Alô?”

“Richard! Eu te amo!!”, acho que deixei ele meio surdo nesse dia.

“Vou te amar igualmente quando você terminar o livro.”

“Não se preocupe! A inspiração trombou em mim e vai ser tudo uma maravilha!”

“Espero. Agora, me deixa dormir. São 3 horas da manhã.”

“Ah é, esqueci. Tchau Richard!”, e desliguei, sorrindo feito boba.

-------------

Estava lembrando esse momento. Foi tão engraçado! Quando eu voltei pra Londres nunca fiquei tão feliz em rever o Richard. Meu livro ficou pronto e sabe, ele achou a coisa mais perfeita. Não virou um Best-seller, mas rendeu o suficiente para eu obter algum lucro, diga-se dinheiro.

O lado chato disso é que depois do encontro do elevador nunca mais vi o Kohara. Fiquei triste. Perguntei sobre ele na recepção e disseram que não havia ninguém com esse nome no hotel. Foi barra. A felicidade trombou em mim e no dia seguinte tinha ido embora. Liguei pro Richard e resolvi ficar por mais duas semanas no Japão, com esperança de encontrar o meu menino.

É. Eu o vi num dia e no outro eu já o considerava “meu”. Essa possessividade...

Uma semana depois, num dos meus momentos de tédio, resolvi passear num parque e lá minha inspiração começou a fluir. Sorte que eu tinha levado meu notebook, mas usei mesmo foi um caderno velho que continha os meus rascunhos. Acredito que fiquei um longo tempo escrevendo, e quando senti a dor crescente em minha mão fui obrigada a parar. Encostei-me melhor no banco e fiquei admirando as pessoas. Vi um casal e sorri abobada lembrando Kohara, mas logo senti um aperto no peito. Estar apaixonada é um verdadeiro tormento.

Levantei-me e resolvi ir tomar um suco. Ajeitei minhas coisas, e atravessei a rua. Vi uma cafeteria ali perto. Não tinha tanta gente do lado de fora, mas os únicos que estavam não paravam de me olhar. Sabia que tenho horror a isso? Sensação claustrofóbica... Fui entrando e um grupo de rapazes que estava perto da porta me chamou a atenção. Eles eram lindos! Desde que cheguei a Tókio só vi garotos lindos! Se eu quisesse um namorado com certeza eu não teria problemas. Prepotente não? Fiquei parada feito uma idiota e um dos rapazes me notou. Olhou-me por uns segundos e cochichou algo para outro que estava ao seu lado. Senti meu rosto queimar e quando me virei para entrar, esbarrei num garoto e fomos ao chão.

“Desculpe!”, falamos ao mesmo tempo.

Olhei para minha blusa e adivinha? Ela estava completamente suja de café e algo que parecia um tipo de creme.

“Minha... blusa...”

“Desculpa! Eu sou tão desastrado! Não te vi e...”

Não me lembro de ter ouvido o resto só sei que quando ergui o rosto, eu quase morri. O menino que esbarrou em mim tinha rostinho de criança e eu fiquei com uma vontade ENORME de apertá-lo.

“Desculpa”, pediu ele pela milésima vez.

“Não. Tá tudo bem, eu dou um jeito.”

Levantamos-nos e rapidamente ele conseguiu um guardanapo e me ajudou a limpar a blusa.

“Ei, Ogata! Não vá passar as mãos nos seios dela!”

Olhei para o menino e ele estava muito corado, e eu mais ainda porque uma mão dele agarrava meu seio esquerdo. Tirei rapidinho e tratei de encarar o rapaz que havia chamado a atenção dele. Era o mesmo garoto que tinha cochichado ao amigo. Era um grupinho de quatro rapazes, sendo que três olharam na nossa direção e vi meu mundo girar.

Kohara estava entre eles.

Foi uma cena engraçada. Ele me reconheceu e acabou se engasgando com o café que tomava e eu caí sentada no chão, chorando.

Hilário, né?

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi, oi.

Aviso.

Só vou postar novamente quando tiver uma quantidade razoável de reviews.

A mão não cai, cê não vai morrer e nem dá choque deixar um simples review, por mais que a preguiça seja maior.
Relevo pra aquelas pessoas que não tem conta e blá blá blá.

Faça uma autora novata feliz. ;D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Escritora, o Cantor e o Café" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.