O meu novo vizinho

Depois que sai da casa de Rachel – que por sinal é uma garota extremamente simpática- fui para meu novo apartamento, ou como mamãe diz, apertamento.

Depois de acompanhar Margo até o estacionamento do prédio, pois ela apenas me deixou ficar em seu apartamento pois iria viajar com o atual namorado Liam, e lá estava ele, esperando-a com seu conversível preto. Não me pergunte o modelo, eu não sei.

Na hora de subir, lembrei-me do que Margo disse sobre cartas, sempre chegam, ela está recebendo postais de amigos sempre. Passei na portaria para pegar as cartas e aproveitar para saber regras do condomínio, o nome dos porteiros, e mais outras baboseiras.

Voltando para o elevador, ouço alguém gritar para mim segurá-lo. Bem a tempo, afinal, se demorasse mais um pouco, já era. Ao entrar percebi o quão linda era a pessoa ao meu lado.

Moreno, olhos verdes, alto – ponto positivo, amo pessoas altas-, e devo admitir, que corpo. Não é aquele tipo de cara musculoso e tudo mais, mas sim aquele cara que não precisa de academia para ter O corpo.

Ele inclinou-se em minha direção, mas não tão perto. Olhei seus olhos e o ouvi dizer:

-Obrigada.- Agradeceu. Meu Deus, que voz.

-Por nada.- Abaixei logo os olhos. Comecei a folhear todas as correspondências, e nossa, quantas. E, acredite ou não, todas de homens.

-Você é nova no prédio?- Perguntou ele, se virando para mim.

-Ahn, sim.- Gaguejo. -  Vim pra cá hoje. – Digo dando-lhe um pequeno sorriso amistoso.

-Hm, qual andar?- Pergunta ele sorrindo abertamente.

-O quatorze.- Digo também lhe sorrindo.

-Sério?- Parece surpreso.- Eu também sou de lá.- Hmm, interessante, ele deve ser O tal vizinho.- A propósito, sou Percy, Percy Jackson.

-Hmm, eu sou Annabeth Chase. Me chame de Annie.

Plim. Chegamos ao andar. Saímos do elevador e fomos cada um para sua casa, quando ao mesmo tempo a porta ao lado se abre e de lá sai Clarisse.

-Oi Clarisse.- Digo entusiasmada.

-E ai.- Ela responde.- Percy. – E entra no elevador, mas antes de a porta se fechar.- Senhor D latiu a tarde inteira Percy. – E a porta se fecha.

-Ela é sempre tão carinhosa assim?- Pergunto para descontrair enquanto procuro pela chave certa, são tantas.

-Fala sério, ela deve ter gostado de você, senão não responderia.- Disse ele, abrindo a porta e libertando um cachorrinho da raça Pug.

O cachorro veio direto ao meu encontro e pediu colo, logo o peguei no colo e ele tentou me lamber no rosto inteiro.

-Esse é o Senhor D? – Digo rindo com a fofura no meu colo.

-É. Que milagre ele gostar de alguém que não sou eu.- Disse também rindo. Se aproximou de mim e fez carinho na orelha do cachorro.

-Por... porque Senhor D?- Pergunto, não contendo a curiosidade.

-Hm, eu sei lá.- Responde desviando o olhar e dando de ombros, mas depois voltando os olhos para mim. – Foi meu amigo Nico, que escolheu.

-Ah. É um nome bastante diferente.- E lhe entreguei o cachorro. Voltei a procurar a chave no bolo, quando ele pergunta:

-Desculpa ser indiscreto, mas, quantos anos tem?

Encaro-o e depois de alguns segundos sorri.

-Tenho vinte e quatro. E você?- Pergunto e finalmente encontro a chave e destranco a porta.

-Vinte e seis. - E entra pra dentro, mas antes de fechar a porta diz um tchau.

Entrei no apartamento, meu finalmente. Completamente meu. Só meu.

A verdade é que eu gosto de ficar acompanhada de amigos, mas também gosto de ter o meu tempo só pra mim mesma, e morando com alguém é impossível.

Olhei o relógio já era sete e quarenta, em pensar que eu cheguei aqui as duas. Fiquei muito tempo conversando e conhecendo Rachel, ela é muito simpática, fazer o que.

Abri a geladeira procurando algo que prestasse comer, abri também o frezzer, vai que tem nuggets (;9). Okay, eu admito, amo, A-M-O mesmo nuggets. A única coisa que eu conhecia e me arriscava a comer era aqueles lanches da sadia ( Hot Pocket eu acho).

Olhei em sua embalagem e segui os passos, em cerca de cinco minutos meu lanche estava quente e pronto para comer. Peguei algo para beber na geladeira, suco de jabuticaba, sei que suco não combina com lanche ou outras coisas gordurosas, mas Margo não tem refrigerante, ela comentou qualquer coisa sobre estar de dieta. Mas eu não estou, portanto amanhã, quando me situar em New York, vou correndo comprar refrigerante. Tá, eu exagerei um pouquinho.

Devorei em instantes o lanche e num gole foi o suco. O problema não era eu me situar em New York, o problema era: Como vou arrumar um filho, em New York? Porque pra isso eu tenho que conhecer o cara, tem que ser bonito, inteligente, alto – por favor mais alto que eu.- com um sorriso lindo... Droga, eu nunca vou encontrar alguém assim.