Um Pai Para Meu Filho escrita por missnala


Capítulo 27
Um jantar entre as garotas.




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Acordei me sentindo revigorada. Tinhamos seis possíveis candidatos, entre eles Jake, aquele vizinho que estava em Roma. Segundo as meninas, está pra voltar.

Eu resolvi não voltar a procurar emprego, afinal, eu já tinha um, em Nova Jersey.

Liguei pra minha mãe, como prometido, e conversamos sobre os últimos dias, excluindo, claro, meu plano. Assim que a ligação para minha mãe terminou, após eu afirmar várias vezes que estava me alimentando direito e não estava bebendo, eu resolvi ligar para Mark.

Bem que dizem, quem é vivo sempre aparece. –Ele disse, assim que atendeu ao celular.

–Olá pra você também, Mark. Como você está sobrevivendo sem a minha pessoa?

Inacreditavelmente bem, obrigada.-Ele riu.- Como está a vida de Nova Iorquina? Corrida o suficiente para não ligar pro único irmão?

–Demais. E a sua? Corrida demais para vir me visitar?

Estava apenas te esperando me convidar.

Mark é meu meio-irmão, por parte de pai. Temos quase três anos de diferença, e ele trabalha na loja da mãe dele. Ou seja, ele trabalha quando sente vontade.

–Estou te esperando então. Só me avise quando, que eu vou me programar.

Marcamos para a próxima semana, ele ficaria o tempo que pudesse. Por mais que eu tivesse feito amigos, sentia falta de gente que me conhecia realmente, e me entendia. Gente que gostava de mim, mesmo conhecendo meus defeitos.

Por se tratar de um domingo, o dia estava bem calmo. Ou seja, sem nenhum dos vizinhos vindo me visitar, ou convidando para alguma coisa. Resolvi, pela primeira vez desde que cheguei na cidade, ir conhece-la. Visitar alguns pontos turísticos, a Times Square e comprar comida na volta.
***

O passeio não durou muito, por causa de uma pancada de chuva, justo quando eu estava prestes a comprar um ticket para Estátua da Liberdade.

Com toda a comida que eu comprei, resolvi que seria muito triste jantar sozinha, e me perguntei quem eu deveria chamar para jantar comigo. Dois nomes piscaram em minha mente: Rachel e Thalía.

Interfonei para as duas e as convidei. Pedi também à Rachel que chamasse Clarisse, apesar de estar em atrito com ela, mas eu não me sentia bem excluindo-a. Agora só precisava terminar a janta.

Thalía logo apareceu, e me ajudou com a comida. Conversamos sobre várias pequenas coisas, até que eu resolvi perguntar sobre Luke.

–E o que tem ele?- Ela desconversou, ficando rosada.

–Ah, você sabe. Vocês dois estão em um relacionamento?

–Não. Somos apenas amigos.-Ela murmurou, ajeitando o talher sobre a mesa da cozinha.- As vezes eu tenho a impressão de que ele sabe o que eu sinto, e faz comentários para me constranger, mas depois ele parece tão alheio, que... eu nem sei mais.

–Você acha que ele faria alguma brincadeira se soubesse dos seus sentimentos?- Perguntei, triste por ela.

–Não. Ele é muito bacana pra isso. Mas ele me confunde, sabe.- Concordei, mas não sabia na realidade.- Eu tenho certeza que se ele soubesse, sairia correndo toda vez que me visse e ele iria acabar com a nossa amizade.

Cheguei a abrir a boca para dar algum conselho, mas, bom, eu não tinha nenhum conselho para ela. Eu era a pessoa mais atrasada no quesito "relacionamento" de todo esse prédio, talvez até de toda essa cidade.

–Eu não sei o que te dizer. Você é uma garota incrível, e muito bonita, Thá. Se ele não corresponde seus sentimentos, não vale a pena ficar se martirizando. Uma hora você vai encontrar alguém que vai te corresponder. E ele vai ser dez vezes mais bonito que o Luke.- E dei uma piscadela.

–Ele é lindo, não é mesmo?

–Não faz muito meu tipo, mas, é, ele é uma graça.

–Sabe, eu quero muito esquecer isso, e partir pra outra, só não sei como.
Ding-Dong.

–Já que você está tão empenhada em me ajudar, eu vou tentar te ajudar nisso, Thá.- Eu disse, indo abrir a porta para Rachel e Clarisse.

–Estou surpresa de ter sido convidada. -Clarisse disse, assim que chegamos a cozinha.

–E porque não seria?- Rachel perguntou, se sentando.

–Vamos deixar claro que a loira e eu não estávamos em bons termos da última vez que nos vimos. -Ela disse, também sentando-se.

–Uma coisa não tem nada a ver com a outra. -Informei, colocando a travessa na mesa.

Durante a janta, deixamos o tópico de lado, e conversamos bobeiras e coisas que seria impossível com os rapazes por perto.

Avaliamos os atores mais quentes do momento, conversamos sobre planos para o futuro, até mesmo nossas cores favoritas para esmalte.

–Posso te perguntar uma coisa?-Clarisse falou tão baixo que eu fiquei em duvida se ela tinha mesmo dito alguma coisa.

Estávamos jogadas no sofá de Margo, encarando o teto.

–A vontade.

–Porque você quer ter um filho agora, afinal? Você só tem vinte e quatro, tem muitos anos pela frente, e pode ainda encontrar alguém específico para formar uma família.

Ponderei minhas palavras muito bem antes de responde-la.

–Minha mãe quer netos.- Dei risada. Clarisse me observou seria, então resolvi responde-la seriamente também.-Bem...


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Notas finais do capítulo

Bom dia semideuses! Esse capítulo saiu mais rápido que os anteriores, né haha. Bom, eu resolvi tomar vergonha na cara e parar de enrolar tanto. E, não prometo nada, mas o próximo capítulo pode já estar sendo escrito. Obrigada, beijos. ;)



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