Um Pai Para Meu Filho escrita por missnala


Capítulo 23
Lembre-se, com Percy por perto, prepare o coração!


Notas iniciais do capítulo

145 reviews! Fazem idéia -não adianta, sem o acento parece que está escrita errada- do que isso faz com o ego de uma escritora? Ele aumenta coisa de quilômetros. Obrigada gente, por todo o carinho e compreensão. E vou tentar escrever capítulos maiores. ♥



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Lembre-se, com Percy por perto, prepare o coração.

-E o que era?- Ele me perguntou, depois de uma breve pausa de minha parte.

-A Thalía convidou todo mundo para sair, ir ao cinema hoje as sete e depois jantar, e a Clarisse pediu que eu te chamasse. –Você vai?- Perguntei genuinamente curiosa.

-Sabe, eu acho que ela gostou de você.- Ele falou, mudando de assunto.

-Quem? Clarisse? Duvido muito. Ela é má, não é difícil perceber.

-É, mas é o jeito dela. Acredite, se ela não gostasse de você, já teria feito um abaixo assinado para te tirarem do nosso andar, ninguém assinaria e ela ficaria quase que uma semana sem olhar na cara de nenhum de nós. Ela fez isso com a sua prima, logo no segundo dia. – Ele falou, soltando uma gargalhada em seguida, como se lembrasse de algo engraçado.

-Isso é algo muito malvado de se fazer.

-Um abaixo assinado pra expulsar alguém? Acredite ela já fez...

-Não, Percy. Malvado é ninguém assinar para expulsar a Margô do prédio.- Sorri, mas logo me senti culpada. Margo podia ser o que fosse, mas ela tinha me deixado ficar na casa dela de boa vontade, e com todos os gastos por conta dela.

-Eu costumo dizer que tudo tem um lado bom. Se Clarisse tivesse conseguido expulsar sua prima, não teríamos te conhecido.

Não consegui evitar um sorriso constrangido, mas logo me recuperei da vermelhidão no meu rosto, e falei:

-Então, devo agradecer a quem por ter um teto em Nova Iorque?

-Ai depende.- Ele falou, pensativo.- Como vai agradecer?- Falou malicioso. Senti o rubor retornar ao meu rosto, e meu sorriso desaparecer.- Desculpa, as vezes saem sem pensar.

-Tudo bem. É só que, me pegou de surpresa. Sabe, eu já tinha recebido cantadas antes, mas nada tão direto ou malicioso assim.- Relatei, ainda desconfortável.

-Mais uma vez, me desculpe se te constrangi. Não foi minha intenção.

-Está tudo bem Percy, sério. – Sorri, e voltei a comer a lasanha.

Terminamos de comer ainda em silencio, exceto pelas vezes em que Percy fazia barulho de aviãozinho para Lana, fazendo meu coração bater mais forte.

Ele já tinha quase vinte e oito anos, bonito e inteligente. Era de se estranhar que ainda estivesse solteiro. Suspirei fundo, e imaginei o quão sortuda seria a mulher que se casasse com ele.

Dispersei esses pensamentos, com a voz de Percy, me falando alguma coisa sobre a qual não tinha prestado alguma atenção.

-Perdão Percy, pode repetir?- Perguntei, um pouco confusa.

-Pode colocar Lana na minha cama, enquanto eu tiro os pratos? É o ultimo quarto.

E só então eu percebi que a menina já estava até mesmo dormindo. Acenei com a cabeça, e peguei Lana no colo com cuidado para não desperta-la e segui em direção ao quarto.

Entrei no quarto de Percy, e seu perfume me atingiu em cheio. Era um quarto simples e bem masculino, todo em azul marinho e branco. Na escrivaninha havia um notebook aberto, e papeis. Em uma das paredes havia uma tv grande, e em volta da mesma, varias fotos dele.

Coloquei Lana na cama bagunçada, e fui em direção a porta, porém minha curiosidade bateu, e voltei para olhar as fotos mais atentamente. Muitas delas exibiam um Percy mais jovem e confiante, ao lado daqueles que julgo serem seus pais. Um casal bonito, com um filho lindo.

-Essa foto foi em Fernando de Noronha, no Brasil. Um lugar muito lindo de se visitar.- Percy apontou para a foto que eu estava observando. Senti meu coração subir a boca, e meu sangue gelar instantaneamente. –Te assustei? – Perguntou, segurando o riso.- Me desculpe.

-Acho que você tem pedido muitas desculpas hoje. –Espremi meus olhos, em tom acusatório. Minha respiração ainda estava descompassada, mas já sentia minha circulação voltar ao normal.

-Me desculpe, mas é difícil acertar quando se trata de você. –Deu de ombros, pedindo novamente desculpas, e saindo do quarto, comigo em seu encalço.

-O que quer dizer com isso?

-Você é uma pessoa muito complexa, Annabeth. As vezes, a coisa mais boba do mundo parece te chatear bastante... É difícil, parece que por mais que eu acerte alguma tacada, eu sempre vou pisar em falso quase perto da base, e volto a estaca zero.

-Está me comparando a baseball? – Perguntei me estressando.

-Está vendo? É só uma metáfora, Annie, mas você leva tão a serio.

-Eu estou ficando confusa Percy. A que está se referindo, afinal? 


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