Então.Digamos que a Sara esteja assim :

http://images.orkut.com/orkut/photos/PQAAAC9-mR2ZKmi4-NfFVJ_0QbziSm7vjcSOBwOtiAIG8f9aIG_wy4MZZoWdKJhntatpjcJqbzlf1PkAPv36Su24ezUAm1T1UHTzGJ-UKw-VB60FQVvMpBrtXtNe.jpg

Com o cabelo assim :

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E com o salto assim.mas uma cor mais clara.qq :

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E o Gil assim :

http://images.orkut.com/orkut/photos/OwAAABMz4mSA5uv80X5zgHoN8NJd1uMszcNHOnEnbzCSjLetBokb30hqtZmQ6u_fxeZMtxqfxJpxKARCXqzFyFL9WhkAm1T1UPUGjhrbzDDcbWQHV2ug-7iAbx6k.jpg

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Eu estava andando,por umas ruas ; e já era de noite.Estava indo em direção a casa de Sara,ela tinha me passado o endereço quando estávamos na faculdade.Parei do outro lado da rua ,observando uma casa onde deveria ser a de Sara.Mas as pessoas estavam usando ternos  e vestidos longos.Pensei estar perdido.
Fui até a casa ; e tinha algumas crianças brincando na frente do jardim.

As pessoas já estavam começando a me encarar.Eu estava com uma calça jeans e um suéter azul.Estava começando a ficar envergonhado,quando olhei para frente e a vi.Ela estava linda.Mais linda do que qualquer garota que estava naquele lugar.E mais linda do que qualquer garota que eu já tenha visto.E,apesar de que ela estava caminhando em minha direção boquiaberta,nada tirou o efeito : era tudo em câmera lenta,mais uma vez.

- Porque você tá vestido igual a um mendigo ? - ela disse,já chegando à minha frente.-
- Você não disse que eu tinha que vir de terno.


Eu disse confuso.Ela pôs a mão na cintura e pareceu pensativa por alguns segundos.Em seguida ; foi até uma das mesas perto das crianças e pegou algumas caixas de pizza.Eu rezava para não estar babando.

 Toma. -ela disse pondo as caixas nas minhas mãos ; estava tão leve que percebi estarem vazias.- Finja ser o entregador. -ela disse e segurou uma das minhas mãos.Começou a me puxar,indo para dentro da casa.-

 -Porque tanta formalidade ? - eu disse,enquanto subíamos a escada. -
- Sei lá,minha mãe gosta.
- E porque pizzas numa festa como essa ?
- Porque as crianças,e eu,gostamos de pizza.


Ela disse e entramos num quarto.Ela foi em direção ao guarda-roupas enorme que tinha lá.Pela cama de casal,percebi ser o quarto dos pais dela.Pus as caixas vazias no chão,e depois de alguns segundos ela finalmente parou de vasculhar o guarda-roupas.Veio até mim ; segurando um terno nas mãos.


- Sabia que meu pai tinha um extra.Se alguém perguntar,a gente não roubou.Você comprou em uma loja onde vende roupas usadas,tá bom ?
- Porque não falamos simplesmente que pegamos emprestado ?
- Porque eu não posso chutar o saco do meu pai se ele quiser de volta ou disser que não era pra pegar. -ela disse e apontou para uma pequena porta dentro do quarto. - O banheiro é ali.Vou arranjar alguma coisa pra você por no pé.


Ela disse e eu fiquei alguns segundos parado,enquanto ela foi até um armário.Eu estava um completo idiota.Fui até o banheiro,e comecei a me trocar.Assim que terminei,saí do banheiro,e ela já estava ali parada,com sapatos pretos na mão.


- Não sei dar nó em gravata. - eu disse,e ela sorriu.Lembro que até me faltou ar.Ela veio até mim,e me deu os sapatos.Eu me sentei na cama e comecei a por,enquanto ela vasculhava uma gaveta da comoda ao lado da cama.Assim que terminei de por os sapatos e me levantei,ela parou de vasculhar a gaveta e se aproximou de mim,com uma folha na mão. - O que é isso ?
- Uma manual pra dar nó nessas coisas. - ela disse observando o papel. - Já entendi. - ela disse e enfiou o papel no pequeno bolso do terno. -
- Não acha que tem que reler mais algumas vezes ? - eu disse,enquanto ela já tentava arrumar a gravata. -
- Grissom,se meu raciocínio fosse igual ao das outras pessoas,não teria pulado alguns anos na escola.- - ela continuava arrumando a gravata. -
- E porque o manual está no meu bolso ?
- Caso um dia você precise.Terminei.


Ela disse e se afastou de mim.Observou e fez biquinho.Eu amava aquilo.

- Ficou maneiro. - o sorriso dela poderia iluminar aquela noite inteira. -
- Você está bonita. -eu disse,sorrindo. -
- Cala boca. -ela disse corada de vergonha. - Vamos, prepares-se para a chatice.


Ela disse,e segurou minha mão outra vez.E saiu me puxando,é claro.



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Sara e eu estávamos sentados em uma das mesas,no enorme jardim da casa dela.Haviam muitas pessoas lá,com vestidos longos ,ternos e paletós.Nunca achei que a família dela seria assim.
Ficamos o tempo inteiro conversando,até algumas crianças chegarem correndo perto da mesa.Elas começaram a gritar o nome da Sara,incontrolavelmente.

- Espera,um de cada vez ! -ela gritou.Sara não tinha paciência com ninguém.-
- Esse é seu namorado ? - uma garotinha loira gritou,enquanto segurava a mão de um garoto de olhos azuis.Isso me lembrou uma cena de minha infância.-

- Não ! - Sara gritou corada de vergonha,o que me fez rir. - Grissom,esses são meus primos e primas mais conhecidos como monstrinhos.
- Não deveria falar assim deles. - eu disse sorrindo,observando cada criança.-São só crianças.
- É somos só crianças. - um garotinho de cabelo castanho disse,e então começou a puxar Sara pela mão. - Sara,vamos brincar !
- Vai começar. - Sara bufou. - Eu odeio todo mundo. -ela disse e se levantou.Antes,olhou para mim ; e mesmo estando mau-humorada,sorriu.- Já volto.
- Ok.


Eu disse,e observei ela indo ; rodeada de crianças.Ela começou a brincar do famoso "pega-pega" com aquelas crianças.Foi até engraçado ficar observando aquela cena.
Até uma mulher com um vestido vermelho chegar,e parar ao lado da mesa.


- Você é o acompanhante da Sara ? - ela sorriu. -
- Sim.
- Sou Samantha, a mãe dela. - ela disse e eu estranhei.Pois ela tinha os olhos azuis.Achei que Sara tinha puxado a mãe. - Posso me sentar ?
- Claro. -eu sorri,e ela se sentou.Nós dois estávamos observando ela.-
- Ela ameaçou quebrar seu braço pra você vir até aqui ? -ela continuava olhando para Sara,e eu agora olhava para ela. -
- Não.
- Te ofereceu bebida ?
- Não.
- O que ela fez ?
- Nada. - eu disse,e ela olhou para mim. - Eu vim porque quis.
- Você gosta dela. - ela disse e não foi em tom interrogativo.Ela estava séria,e parecia uma afirmação.-
- Não sei responder a isso. - eu disse nervoso. -
- Você deveria fugir dela,garoto. -ela disse e voltou a observar Sara.-Ela já te contou como ela sempre destruiu tudo que era bom ao redor dela ?
- ... Não. -eu disse sem entender.-
- Ela não é minha filha.Mas vou te contar desde o começo.Eu conhecia a mãe e o pai dela,ela tinha 5 anos.Eles eram Hellen e James.Eu já era casada com meu marido.Mas o engraçado é que meu marido amava Hellen e eu amava James.Mas Hellen amava James mais que tudo,e nunca o traiu.Mas dele,já não posso dizer o mesmo.Uma vez Sara me viu com o pai dela,aos beijos.Ela era criança,achou que era só uma brincadeira,e então contou para a mãe dela.
Hellen não suportou a ideia de que James não a amava.Na mesma noite,ela esfaqueou ele -ela dizia e parecia tão tranquila,enquanto observava Sara ; que até tive medo de sua frieza.- e depois se matou.Meu marido,Johnny ,mesmo sabendo da traição não me deixou.E ele me convenceu a adotar Sara.
Mas não era pra fazer uma boa ação.É porque quando ele olha nos olhos de Sara,ele encontra Hellen.Ele não me ama ; para ele parece apenas existir Sara.Eu aposto que uma dia ela vai tirar ele de mim.Fique longe dela.Um dia ela vai destruir tudo o que você construiu até agora.

Eu ouvi tudo atento,e observei ela ir embora.Fiquei pensativo.Sara nunca faria essas coisas por mal.Samantha disse de um jeito que até me fez ter medo.
Mas eu não fugi,e nem fugiria.Não podia ficar longe de Sara.
Fiquei minutos ali parado,pensando sobre aquilo ; quando Sara chegou perto da mesa,ofegante.


- Você quer beber alguma coisa ? - ela disse,pondo as mãos na cintura.-
- Eu não tô com sede ...


Eu mal terminei,e ela já me puxou.Caminhamos até uma mesa,e tinha refrigerante em uma jarra.Ela pegou dois copos de plástico e encheu.Deu um para mim,e começou a beber o outro.Até que uma música começou a tocar.Ela cuspiu todo o refrigerante em cima da mesa.Eu a olhei assustado,enquanto ela olhava para os lados,parecendo procurar uma saída.Depois de alguns segundos ; pegou o copo de minha mão e jogou no chão.Depois me puxou para baixo da mesa.


- O que está fazendo ? - eu disse sem entender,enquanto estávamos sentados em baixo da mesa. -
- Escuta a música !

Ela disse e eu parei para ouvir,por alguns segundos.Era "Crazy",do Aerosmith.Eu gostava dessa música.Mal sabia que depois de alguns minutos iria amá-la pelo resto da vida.


- Tá,é Crazy .O que tem ? - eu disse sem entender. -
- Essa música estava tocando quando meus pais se conheceram.É quando todo mundo se levanta e começa a dançar .
- E daí ?
- Vão me obrigar a dançar com você.
- Não sabe dançar ? -eu disse sorrindo. -
- Tá brincando ? -ela disse incrédula. - Eu to falando é de você com seus pés de pato.
- Pés de pato ? -eu fiquei incrédulo. - Você nunca me viu dançar.
- Nem preciso ver.Um garoto que não sabe andar de skate não deve saber dançar. -ela disse cruzando os braços. -
- Uma garota que não sabe comer de boca fechada deve pisar no pé do parceiro toda hora !
- Um garoto que tem um porco de estimação deve parecer uma lombriga dançando !
- Uma garota que enfia cubos de gelo dentro da calça do professor não deve conseguir dar dois passos sem xingar a pessoa com quem está dançando!
- Um garoto que segue uma garota por um duto de ventilação não deve ter cérebro ! e ...

Estávamos gritando um com o outro,mais uma vez.Ela começou a dizer umas coisas ,que eu não estava entendendo ; pois a letra da música começou a se embaralhar com as palavras,e ela não parava de falar.Deixei de escutá-la.Ouvi apenas a música,enquanto observava seu rosto.

That kinda lovin'
Turns a man to a slave.
That kinda lovin'
Sends a man right to his grave ...


Não aguentei.Como eu poderia ficar longe dela ; quando a música se encaixava perfeitamente com o que eu sentia ?

Me aproximei ; e a beijei.Apenas encostei meus lábios nos dela,e permanecemos assim.Mesmo parecendo surpresa,ela não se afastou.

I go crazy,crazy,baby,I go crazy.
You turn it on ,
Then you're gone ;
Yeah you drive me
Crazy,crazy,crazy for you baby
What can I do,honey
I feel like the color blue ...

Eu me afastei.Me afastei ; e nossos olhares estavam confusos.Não conseguia pensar em nada para dizer,mas tentei.Nada saiu.E então,alguém levantou o pano que cobria a mesa.

- Eu sabia que você estaria aí !- um homem de terno e óculos gritou ; então puxou Sara pela mão. - Vem dançar com seu tio.
- Eu não quero dançar !


Sara gritou,mas já era tarde demais.Eles já estavam dançando.Eu fiquei alguns segundos parado em baixo da mesa.Depois me levantei,e fui embora.
Cheguei na minha casa que estava vazia,e imediatamente subi as escadas.Deitei na minha cama e disquei alguns números no celular.Fechei os olhos,esperando ela atender.

- Alô ? - a voz dela era sonolenta. -
- Catherine ? - eu disse sorrindo. -
- O que você quer,garoto ?
- Não fale comigo como se fosse mais velha. -eu disse incrédulo. - Preciso da sua ajuda.
- Com o que ?
- Eu não sei o que fazer.
- Sobre o que ?
- Eu beijei uma garota.Uma garota que eu gosto,e agora não sei o que fazer,porque eu fugi.
- Esse é o seu problema. -ela bocejou. - você se apaixona muito fácil.Como foi o beijo ?
- Como assim ?
- Como foi o beijo,horas.
- Eu não sei.
- Tá.Ela falou alguma coisa depois que você beijou ela ?
- Não,eu beijei e olhei pra ela tipo "eu te beijei" e ela me olhou tipo "o que você fez" ai eu olhei pra ela de novo tipo "eu te beijei" e depois o tio maluco dela chamou ela pra dançar.
- Peça desculpas para ela ,ué.
- É claro. -eu disse boquiaberto. - Estava tão na cara. - as coisas ficavam mais fácil e ainda ficam,quando Catherine me dá a certeza de alguma coisa.-
- Agora eu tenho que dormir.
- Como está os estudos ai em LA ?
- Uma grande bosta.Mamãe quer ir visitar você.
- Tia Lilly vem ? -eu fingi estar entusiasmado. - Mamãe vai adorar.
- Cala boca.Boa noite.


Catherine disse e desligou.Eu sorri.Desde que eramos pequenos,cuidavamos um do outro.Eu amava ter Catherine como prima.

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Eu estava na biblioteca da faculdade.Estava procurando em livros,o que dizer para Sara.Como pedir desculpas a uma garota sem educação ?
Eu estava concentrado,até começar a ouvir uns barulhos.Vinha de uma fileira atrás da prateleira de onde eu tinha tirado um livro.Fui até esta fileira,e não me surpreendi.