Acquarius escrita por felliphe
Notas iniciais do capítulo
Leiaaam gente, e deixem reviews, por favor!
Às 19hs em ponto Ricardo estava em pé em frente à porta do quartinho da ruiva, tomando coragem para anunciar que estava ali observando a meia lua prateada sob sua cabeça iluminando a noite fria e densa daquele dia.
Respirando fundo ele bateu na porta. Em menos de alguns segundos Barbara abria espaço entre ele e o portal para que pudesse entrar, mas antes de fazê-lo ele observou-a dos pés a cabeça. Descalça, Shortinho curto, top, cabelos soltos, nenhuma arma, posso entrar, pensou.
_Pensei que ia ficar aí olhando pra mim até amanhã! – resmungou ela ao ele entrar.
_Só conferindo se você não estava com pretensões de me matar!
_Eu não sei o que você tem contra mim, viu! Não fiz nada pra você!
_Não fez, mas...
_Cala a boca! Não quero saber, você veio me ensinar a matéria então o faça!
Suspirando ele sentou-se na cama de casal e só então observou o quarto por inteiro. Não tinha muitos moveis e nem muito espaço para ele, uma pequena mesa de bar com uma pequena televisão em cima e uma pequena pilha de livros em cima de uma lona forrada completava o espaço vazio.
Ele estendeu o seu caderno na cama e ela sentou-se ao seu lado, observando o que ele explicava e em algumas vezes fazendo alguma pergunta sobre o que fora dito.
_E eu que pensei que só uma aula bastaria! – resmungou ele ao ela fazer uma pergunta boba.
_Que foi? Você está ganhando esse ponto pra me ensinar, então faça direito!
_Sinceramente não sei se essa miséria vale todo esforço que estou tendo!
_Então desiste!
Ricardo pensou em uma boa desculpa para justificar o porquê dele não desistir, mas não encontrou nada então ficou em silêncio por alguns minutos, falar que ele precisava do ponto não iria acontecer!
Para que o assunto fosse encerrado ele fingiu deixar o lápis cair no chão e foi pegá-lo, mas ela também teve essa intenção e os dois bateram na cabeça um do outro ao abaixarem-se, provocando desconforto em ambos que se levantaram rapidamente.
_Eu pego! – murmurou ela abaixando-se novamente enquanto ele fingia estar lendo algo no caderno.
_Podemos dar uma pausa? – perguntou ela ao jogar o lápis em cima do caderno.
_Tudo bem! – Ricardo olhou para o relógio em seu pulso – Já faz mais de uma hora que estamos estudando.
Ela levantou-se da cama e pegou uma lata de refrigerante em uma mini geladeira que Ricardo ainda não tinha notado e entregou a ele.
_Não toma tudo que eu também quero! – disse ela quando ele deu o primeiro gole.
_Pega! – disse, entregado a latinha após alguns goles a mais.
Ela sentou-se novamente na cama e ficou brincando com um fio de linha solto do lençol enquanto ele tamborilava os dedos em cima do caderno. Os dois em um silêncio desconfortável.
_Você vai ao clube essa quarta? – perguntou ela puxando assunto.
_Eu sim, você não! Pensei que o Lucas tivesse conversado com você!
_Olha aqui, desde que eu cheguei aqui que você implica comigo, eu não te fiz nada, mas até parece que e... – ela balançou a cabeça negativamente – até parece que sou sua inimiga, que tracei uma guerra com você, mas eu quero paz!
Ela gritava e Ricardo surpreendeu-se com a reação da garota, ela que se mostrava tão manipuladora até aquele momento e ela dizia querer paz? Mas isso era o mesmo que ele queria e agora que ela estava dizendo ele voltou a certeza de que estava mesmo em uma “guerra” contra ela. Uma trégua não seria ruim, pensou ele.
_Talvez você tenha razão – admitiu – você nem me fez nada e estou sendo neurótico... Uma trégua?
_Eu iria adorar!
_Ótimo, você tem a chance de me fazer confiar em você, que tal irmos ao parquinho que foi montado na praça para selar essa paz?
_Ainda hoje?
_Bem, tinha pensado em outro dia, mas pode ser!
_Tenho que tomar banho, então me encontra às 21hs aqui!
_Tudo bem!
Ricardo entrou em casa e subiu para o quarto pretendo tomar banho, só então notou que Sabrina havia ligado em seu celular mais cedo e ele o tinha esquecido em casa. Retornou a ligação.
_Você me ligou? – perguntou ele quando ela atendeu.
_Sim, queria te chamar pra vir ao parque!
_Eu tinha esquecido o celular aqui em casa e saí para... Ir ao mercado!
_Ainda está em tempo, se você puder vir!
_Eu...
Ele pretendia dizer sim, mas então lembrou-se que já havia marcado com Barbara que iriam juntos ao parque. Xingando-se ele recusou o convite e disse que tinha que ajudar sua mãe a fazer algumas coisas em casa.
_Tudo bem, marcamos outro dia então. Beijos! – disse ela antes de desligar o celular.
Enfurecido ele marchou desanimado até o banheiro, agora além de ter perdido a oportunidade de ir com Sabrina ao parque ele teria que fugir dela para não se encontrarem por lá.
_Droga! – gritou.
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