Acquarius escrita por felliphe


Capítulo 8
Trégua


Notas iniciais do capítulo

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Às 19hs em ponto Ricardo estava em pé em frente à porta do quartinho da ruiva, tomando coragem para anunciar que estava ali observando a meia lua prateada sob sua cabeça iluminando a noite fria e densa daquele dia.

Respirando fundo ele bateu na porta. Em menos de alguns segundos Barbara abria espaço entre ele e o portal para que pudesse entrar,  mas antes de fazê-lo ele observou-a dos pés a cabeça. Descalça, Shortinho curto, top, cabelos soltos, nenhuma arma, posso entrar, pensou.

_Pensei que ia ficar aí olhando pra mim até amanhã! – resmungou ela ao ele entrar.

_Só conferindo se você não estava com pretensões de me matar!

_Eu não sei o que você tem contra mim, viu! Não fiz nada pra você!

_Não fez, mas...

_Cala a boca! Não quero saber, você veio me ensinar a matéria então o faça!

Suspirando ele sentou-se na cama de casal e só então observou o quarto por inteiro. Não tinha muitos moveis e nem muito espaço para ele, uma pequena mesa de bar com uma pequena televisão em cima e uma pequena pilha de livros em cima de uma lona forrada completava o espaço vazio.

Ele estendeu o seu caderno na cama e ela sentou-se ao seu lado, observando o que ele explicava e em algumas vezes fazendo alguma pergunta sobre o que fora dito.

_E eu que pensei que só uma aula bastaria! – resmungou ele ao ela fazer uma pergunta boba.

_Que foi? Você está ganhando esse ponto pra me ensinar, então faça direito!

_Sinceramente não sei se essa miséria vale todo esforço que estou tendo!

_Então desiste!

Ricardo pensou em uma boa desculpa para justificar o porquê dele não desistir, mas não encontrou nada então ficou em silêncio por alguns minutos, falar que ele precisava do ponto não iria acontecer!

Para que o assunto fosse encerrado ele fingiu deixar o lápis cair no chão e foi pegá-lo, mas ela também teve essa intenção e os dois bateram na cabeça um do outro ao abaixarem-se, provocando desconforto em ambos que se levantaram rapidamente.

_Eu pego! – murmurou ela abaixando-se novamente enquanto ele fingia estar lendo algo no caderno.

_Podemos dar uma pausa? – perguntou ela ao jogar o lápis em cima do caderno.

_Tudo bem! – Ricardo olhou para o relógio em seu pulso – Já faz mais de uma hora que estamos estudando.

Ela levantou-se da cama e pegou uma lata de refrigerante em uma mini geladeira que Ricardo ainda não tinha notado e entregou a ele.

_Não toma tudo que eu também quero! – disse ela quando ele deu o primeiro gole.

_Pega! – disse, entregado a latinha após alguns goles a mais.

Ela sentou-se novamente na cama e ficou brincando com um fio de linha solto do lençol enquanto ele tamborilava os dedos em cima do caderno. Os dois em um silêncio desconfortável.

_Você vai ao clube essa quarta? – perguntou ela puxando assunto.

_Eu sim, você não! Pensei que o Lucas tivesse conversado com você!

_Olha aqui, desde que eu cheguei aqui que você implica comigo, eu não te fiz nada, mas até parece que e... – ela balançou a cabeça negativamente – até parece que sou sua inimiga, que tracei uma guerra com você, mas eu quero paz!

Ela gritava e Ricardo surpreendeu-se com a reação da garota, ela que se mostrava tão manipuladora até aquele momento e ela dizia querer paz? Mas isso era o mesmo que ele queria e agora que ela estava dizendo ele voltou a certeza de que estava mesmo em uma “guerra” contra ela. Uma trégua não seria ruim, pensou ele.

_Talvez você tenha razão – admitiu – você nem me fez nada e estou sendo neurótico... Uma trégua?

_Eu iria adorar!

_Ótimo, você tem a chance de me fazer confiar em você, que tal irmos ao parquinho que foi montado na praça para selar essa paz?

_Ainda hoje?

_Bem, tinha pensado em outro dia, mas pode ser!

_Tenho que tomar banho, então me encontra às 21hs aqui!

_Tudo bem!

Ricardo entrou em casa e subiu para o quarto pretendo tomar banho, só então notou que Sabrina havia ligado em seu celular mais cedo e ele o tinha esquecido em casa. Retornou a ligação.

_Você me ligou? – perguntou ele quando ela atendeu.

_Sim, queria te chamar pra vir ao parque!

_Eu tinha esquecido o celular aqui em casa e saí para... Ir ao mercado!

_Ainda está em tempo, se você puder vir!

_Eu...

Ele pretendia dizer sim, mas então lembrou-se que já havia marcado com Barbara que iriam juntos ao parque. Xingando-se ele recusou o convite e disse que tinha que ajudar sua mãe a fazer algumas coisas em casa.

_Tudo bem, marcamos outro dia então. Beijos! – disse ela antes de desligar o celular.

Enfurecido ele marchou desanimado até o banheiro, agora além de ter perdido a oportunidade de ir com Sabrina ao parque ele teria que fugir dela para não se encontrarem por lá.

_Droga! – gritou.


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Notas finais do capítulo

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