Hospital de Konoha

Sakura On

Acordei de repente e quando vi,
estava em meu quarto, me sentei e estranhei ninguém vir ao meu encontro,
preocupado comigo. Levantei-me e notei que usava uma camisola longa rosa claro,
pelo que me lembro, estávamos sendo atacados por dragões, comecei a andar para
fora do meu quarto e fui direto para a sala, encontrei Tsunade mexendo nos
álbuns perto da janela, ela me olhou e sorriu, ela não tinha nenhum machucado
no corpo, meus olhos se encheram de lágrimas e eu corri para abraça-la.

-O que foi, querida? – ela me
perguntou.

-Que bom que esta bem! – eu disse
chorando, ela riu e retribuiu o abraço.

-Nee-chan. – ouvi Saory chamar-me
e me larguei de Tsunade para receber o caloroso abraço de minha irmã.

-Vamos, Sakura, você esta
atrasada em escolher seu kimono de casamento. – COMO É QUE É? Me virei para
Tsunade, pasma com a noticia, que historia é essa de casamento?

-Como assim casamento, Okaa-sama?
– perguntei e Tsunade arregalou os olhos caramelos.

-Eu tenho ciúmes, hein, Sakura! – meu coração gelou... eu.. eu.. a
voz da minha... mãe...

-Okaa-sama! – Saory gritou e
soltou-se de meus braços e correu para essa suposta mulher, eu, com o coração
gelado e o corpo do mesmo jeito, me virei para a voz de onde veio e me deparei
com ela, igual como eu sempre via quando criança, cabelos rosados até os ombros,
olhos caramelos, ela sorria para mim, meus olhos se encheram de lágrimas mais
ainda e sai correndo para abraça-la.

-MÃE... – gritei e apertei-a
contra meus braços, sentindo o calor do corpo dela que me confortava, ela me
perguntava o que estava se passando e eu não respondia, apenas fiquei abraçada
com ela.

Depois de descobrir que o
Terceiro Hokage está vivo e que ele comanda Konoha e não minha tia, minha mãe e
meu pai e o resto do Clã Uchiha estão vivos, não existe dragão algum e ainda
descobri que meu futuro marido é Sasuke. Eu não sei o que esta acontecendo...
Mas eu não quero acordar!

Fiquei sabendo depois do almoço
que meu casamento é no dia seguinte e que estava tudo pronto, menos meu vestido
que eu ainda não fui experimentar, na verdade, o vestido era um kimono branco
com várias flores de Sakura’s desenhada nele e tinha mais na ponta, um pano de
cetim rosa iria prender minha cintura num delicado laço nas costas, meu cabelo
seria preso num coque trabalhado e seria posto uma presilha nele de uma flor de
cerejeira, quando voltei para casa, passamos pela enorme rua com várias pessoas
vendendo seus produtos, perto de uma barraca, eu notei algo que não deveria
estar ali, uma enorme massa negra de quase dois metros estava parado, me
olhando, ele não tinha forma, mas vi seu rosto pontudo como um lagarto ou outra
coisa, seus olhos vermelhos me observavam, mas estavam tristes, me virei para
minha mãe.

-Olha, vê aquilo? – eu perguntei
e apontei para massa negra que estava ali, e ainda estava.

-O que, querida? – ela me
perguntou olhando para onde apontava, mas ela balançava a cabeça, negando...
Será que só eu via? Seja o que for, em algumas partes, eu o vi, mas não me
sentia incomodada com ele, mas era estranho... eu estava começando a sentir
falta de alguma coisa, mas não sabia o que era. Fui para casa mais tarde para
descansar, pois amanha seria o meu casamento com Sasuke e eu deveria estar
perfeita.

Dia Seguinte

Já estava tudo pronto, eu já
estava pronta, só faltava ir á igreja que tinha sido feita na vila á um ano.
Quando cheguei, entrei pelos fundos, mas tive uma vontade imensa de vê-lo, a
pessoa que eu amo... Sasuke, sai do quarto e fui andando pelo corredor até
chegar a saída, eu o vi lá, nervoso, mexendo num kimono masculino azul marinho
que ele usava, ele olhou para o meu lado e sorriu, me aproximei dele.

-Sabia que dá má sorte o noivo
ver a noiva? – ele me perguntou e eu sorri, não tinha como ficar séria com
isso, não com ele, eu abracei-o forte, tudo estava se realizando, ou quase,
pois faltava o “Sim” que eu e ele daríamos, aí sim, tudo estaria realizado, me
soltei dele e segurei sua mão, senti uma presença estranha atrás de mim e me
virei, era aquela massa novamente...

-O que esta fazendo aqui? – sussurrei para aquela coisa, mas ele
nada dizia.

-Sakura, esta na hora de irmos,
venha! – ele me disse e estendeu a outra mão, eu a peguei e senti um calor
atrás de mim e um pequeno rugido imperceptível, eu fiquei furiosa e olhei para
aquela coisa novamente.

-Não vem com essa, eu vou ficar com ele! – eu disse encarando aquela
coisa, de repente, vi seus olhos vermelhos cintilaram e algo brilhante escorrer
pelas laterais... como se fossem... lágrimas... Me virei para Sasuke e ouvi um
rugido alto e feroz... aquele rugido... o rugido de Sasuke... o rugido que eu
conhecia... me virei novamente e ele me encarava, chorando, senti compaixão e
amor ao mesmo tempo... então... entendi. Soltei minha mão do outro Sasuke e
caminhei para trás, para onde o meu amado dragão negro estava, o outro Sasuke
me olhou e disse.

-O que esta fazendo, venha aqui?!
– ele disse e estendeu a mão... eu sabia que ele me faria feliz, mas esse não
era minha vida... era a vida do meu sonho,
não a vida da minha realidade.

-Me desculpa... Mas vou ficar com
ele! – eu disse e eu ouvi o outro Sasuke me gritar, e uma escuridão se apossou
de mim.

No Quarto do Hospital

Lentamente abri os olhos e
deparei com quatro paredes ao meu redor completamente brancas, me lembrei de
tudo o que aconteceu e o motivo de eu estar ali, senti um peso em minha coxa e
olhei para baixo e vi Sasuke com a cabeça na minha coxa, os braços cruzados
apoiando a cabeça neles, eu sorri.

-Sasuke... – eu o chamei e rapidamente ele levantou a cabeça em
direção a mim, seus olhos negros estavam vermelhos e levemente inchados,
lágrimas escorriam pelo seu belo rosto em quanto outras já marcaram o rastro. – Eu voltei... Voltei pra você!

Em tais palavras, ele sorriu
entre um soluço e outro e veio me beijar, mas não aprofundou o beijo, talvez com medo de me machucar, logo em seguida me abraçou, forte, parecia que ele não
queria me deixar, mas eu jamais faria isso com ele e ele também não faria
comigo... eu tinha que adivinhar que era ele que estava em meu sonho... era ele
que estava me chamando... por que eu precisava dele... e ele precisava de mim!