Presos Ao Passado escrita por Luciana Pereira


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo.



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Capitulo IV

- Robert! – Kiara disse enquanto abria a porta do apartamento dele, ela tem a cópia da chave – Robert – ela o encontrou bem mais arrumado do que nos ultimos dias – Vai sair? – ela perguntou sorrindo.

- Não, só quis tira um pouco aquela aparência desleixada – ele respondeu enquanto se sentava no sofá e ligava a televisão.

- Hm… - ela se sentou do lado dele – Tenho umas coisas pra te contar – disse ela ansiosa pra contar.

- Fala – ele colocou num canal de esporte.

- Eu me encontrei com Alex ontem à noite – ela disse alegre.

- E? – ele quis saber mais.

- Ele disse que veio passar uma temporada na cidade e está louco pra te ver – o Robert riu com frieza.

- Você acha que eu vou conversar com o irmão do Liam? – ele perguntou achando graça – Não, seria um absurdo – ele concluiu sozinho.

- Ele não aguarda nenhuma magoa – ela respondeu aflita com o pensamento do amigo.

- Seria uma situação chata, quero ver se fosse você no meu lugar – ele falou hostilidade.

- Não é por causa de uma situação lastimável que você vai ser prender no mundo sozinho– ela disse querendo ajuda-lo a se libertar do passado.

- Me deixe quieto, pois eu não quero conversa com o Alex – ele respondeu cortando o assunto.

Mais tarde Robert resolveu ir à lojinha da esquina comprar um maço de cigarros, quando desceu viu que a Daniella estava chegando em casa.

- Olá – ele acenou pra ela que gritou do outro lado da rua, ele sorriu e foi atravessando pra falar melhor com ela.

- Olá, pelo visto deu uma saidinha hoje – ele disse como se estivesse orgulhoso por ela ter saído de casa.

- Ah – ela sorriu se sentindo querida por ele ter atravessado a rua, não era que ele estivesse afim dela, mas saber que alguém tinha prazer de falar com ela de uma maneira melhor depois do que a aconteceu deixava ela bem afortunada – Eu fui fazer umas comprinhas – ela levantou um pouco as sacolas pra ele ver.

- Deixe eu ajuda-la leva-las ao seu apartamento – ele disse ditoso e ela sorriu – Como pode uma garota tão bonita ter que ficar carregando sacolas de compras sozinha – ele pegou quase todas da mão dela, que estava enluvada aquele dia, estava insegura ele observou.

- Obrigada – ela ajeitou o cabelo embaraçada com o elogio, era muito honroso da parte dele compara-la como uma garota bonita – Você está bem trajado hoje em, vai sair? Como sabe hoje é sexta-feira dia de sair com a namorada – ela disse caminhando ao lado dele demonstrando que reparava nele e certo evidente interesse por ele.

- Infelizmente não tenho namorada – ele disse com um sorriso gracioso nos lábios e Daniella desviou o olhar atrapalhada com o que sentiu, era como se estivesse descendo uma montanha russa e senti aquele frio na barriga que no final você percebe que é até gostoso, então, ela não compreendeu porque foi algo tão forte e instantâneo como agora – E eu não vou sair, estava indo apenas comprar um maço de cigarros e ia ficar vendo reprises na televisão – eles entraram no elevador e ficaram até ele se abri calados – E você vai namorar um pouco? – ela ficou séria por uns segundos era como ele tivesse fazendo uma piada pra ela, como ela ia ficar com alguém se todos tinham nojo de encostar em suas cicatrizes.

- Não, eu vou ficar fazendo o mesmo – ela respondeu enquanto abria a porta do apartamento – Entre – ela deu passagem pra ele.

- Lindo apartamento – ele observou uma parede com textura e pintado com um laranja bem vibrante – Bem legal essa parede – ele elogiou apontando pra parede que tinha um reque branco e de vidro na maior parte, com uma jarra com flores artificias  combinando com o tom da parede em cima do reque.

- Eu achei legal combinar cores que eu gosto no meu apartamento – ela disse colocando sua bolsa no sofá.

- Onde eu coloco? – ele perguntou mostrando que ainda segurava as sacolas.

- Ah! Na cozinha – ela foi o levando até a cozinha – Já ia me esquecendo – ela colocou o cabelo pra trás sorrindo.

- Que outras cores você gosta? – ele perguntou vendo que a cozinha era no tom amarelo.

- Amarelo, vermelho, rosa e laranja – ela respondeu dando um sorriso tímido, ele observou que se tivesse o azul no meio seria uma boa lembrança pro fogo e era engraçado ela colocar esses tons na casa.

- Tinha que ter o rosa – ele zombou.

- Mas nem toda garota gosta de rosa – ela deu um sorriso de sabichona e lembrou que sua irmã mais nova gostava de verde, falava que queria mora numa floresta, pois era repleto de verde – Qual são as suas cores preferidas? – ela perguntou se se encostando a pia.

- Cinza, preto e marrom – ele respondeu somente e olhou pro chão pensativo – Bem diferentes de suas cores chamativas – ele falou olhando pra ela agora.

- É mesmo – ela riu com a comparação.

- Você não usa essas cores – ele disse cortando uns segundos de silêncio – Usa mais preto, cinza, marrom e cores neutras – ela corou com a observação dele.

- São menos chamativas – ela respondeu somente começando a guardar as compras.

- Não quer que as pessoas olhem pra você? – ele perguntou achando ridículo o que ela faz, ela não devia se privar de usar as cores que ela gosta só por medo dos olhares das pessoas.

- Não quero falar nesse assunto – ela respondeu não dando muita bola.

- Acho que sua casa fala mais de você do que você mesma – ela se levantou com raiva.

- Passe pelo que eu passei pra me dizer alguma coisa sobre se eu quero chamar atenção pra mim ou não por medo dos outros – ela falou em um tom alto – Receber aqueles olhares de nojo, de medo de crianças ou até de pena das pessoas é ruim sabia? Ter que levantar todos os dias e se olhar no espelho ver o quanto você mudou é difícil – ela disse se escorando na pia pra não se derramar em lágrimas.

- Eu sei mais você vai ter que enfrentar isso, você vai viver com isso pra sempre – ele disse fazendo ela o olhar nos olhos – Quem sou pra falar de enfrentar olhares – ele falou se encostando do lado dela.

- Como assim? – ela perguntou confusa.

- Eu também recebo certos olhares por aqui – ele respondeu esclarecendo um pouco.

- Que tipo de olhares? – ela perguntou interessada em saber mais do que ele estava lhe contando.

- De medo, de ódio, de que eu não sou uma boa pessoa – ele pausou dando uma risada amargurada – E eu não sou uma boa pessoa mesmo – ele disse ficando sério em seguida.

- Você é uma boa pessoa – ela disse confusa, ele era um pouco arrogante e sério, mas não chegava ser uma pessoa má.

- É que você me conheceu depois de tudo que aconteceu – ele disse ajeitando a posição do corpo – Eu estou indo, não precisa me levar até a porta, eu sei o caminho – ele disse saindo da cozinha e indo embora.

- O que aconteceu? – ela perguntou a si mesma.


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