"Porque palavras não importam, ações importam. E se suas ações contradizem suas palavras, eu nunca vou acreditar em você." - Dr. House

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(...)

- Eu passo na sua casa as três. Tudo bem pra você? – assenti rapidamente e entrei no carro. Ele se afastou sorrindo, e eu arranquei já me preparando psicologicamente pro que poderia acontecer.

Cheguei em casa e subi pro meu quarto, entrei rápido no chat pra ver se Kidrauhl estava, eu precisava conversar com ele. Mas infelizmente ele não estava. Decidi mandar uma mensagem.

“Ei, esta ocupado? Será que poderíamos conversar? xoxo, Venita”

Ele não me respondeu, o que me deixou chateada. Mas enfim, já eram duas horas quando eu decidi me aprontar. Tomei um belo banho lavando os cabelos, coloquei MJ pra tocar enquanto pegava uma roupa qualquer, não preciso ficar me exibindo pra Justin.

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Até que eu me arrumei relativamente rápido, considerando a minha falta de vontade de sair. Antes que eu terminasse de me arrumar ouvi a buzina, olhei pela janela e vi sua Range parada em frente a minha casa. Terminei de me ajeitar e desci as escadas pegando a chave e o celular, lentamente. Antes de eu chegar até a porta ouvi a buzina de novo.

- ESPERA – gritei abrindo a porta com raiva, vi ele rir e depois ligar o carro. Entrei e ele me encarou rindo.

- Demorou – comentou arrancando com o carro. Não respondi apenas peguei meu celular pra ter certeza de que não tinha nenhuma mensagem de Kidrauhl.

Pela primeira vez o sorriso dele estava me irritando. Eu já estava estressada por não ter tido uma resposta de Kidrauhl e agora teria que aturar o Justin e seu senso de humor estranho.

Chegamos a sorveteria e eu sai rapidamente do carro. Entrei na lanchonete e acenei pra John que abriu um sorriso enorme ao me ver.

- Demetria, querida você esta diferente – comentou o velho senhor assim que me aproximei.

- Ta todo mundo falando isso – bufei e ele riu fraco.

- Você esta linda querida – comentou e eu dei um beijo em seu rosto. Senti a mão de Justin em minha cintura, o encarei e ele rapidamente afastou a mão. Fez sinal pra uma mesa vazia e nos sentamos, John nos atendeu normalmente, trazendo meu sorvete favorito.

Tomei meu sorvete distraída com a paisagem la fora, enquanto Justin tomava seu Milkshake. E mais uma vez lembrei de Kidrauhl. Saco.

- Então, me diz por que mudou? – sua pergunta rápida fez minha atenção se dirigir a ele. O encarei e bufei.

- Cansei das pessoas me xingando por me isolar ou por não me vestir de acordo com a moda – continuei tomando meu sorvete, que parecia melhor que encarar os olhos de Justin.

- Eu gostava do seu estilo antigo – não tive coragem de encara-lo, eu ouvi mesmo isso? Que louco.

- Você é muito bonita Demi – sua mão tocou a minha me fazendo tomar um pequeno susto. Encarei seus olhos, suas mãos subiram pra maçã do meu rosto me fazendo fechar os olhos automaticamente.

- Eu sempre te achei bonita – o que eu estava fazendo, eu estava me entregando? Que louco. Me assustei quando ouvi o telefone de Justin tocar, ele bufou tirando o mesmo do bolso e atendendo grosseiramente.

- Que foi? ... To ocupado ... Não te interessa ... Não to afim ... Mais tarde ... Tchau – desligou o telefone e deu um suspiro derrotado.

Terminei meu sorvete em silencio, tentando ignorar a ansiedade em saber quem era no telefone. Eu sou muito curiosa.

Ele pagou a conta e seguimos pro carro, assim que entrei liguei o som e estava tocando Britney – Womanizer. Eu ri.

Lollipop

Must mistake me as a sucker

To think that I

Would be a victim not another

Say it, play it how you wanna, but no way

I'm ever gonna fall for you, never you, baby

Pirulito

Deve se enganar sobre mim como um otário

Para pensar que eu

Seria uma outra vítima

Diga, finja, como você prefere? Mas de jeito nenhum

Que eu vou ter uma queda por você, não você, baby

Cantarolava a musica enquanto ri e olhava a paisagem do lado de fora. Finalmente chegamos a minha casa no instante em que a musica acabou, eu estava gargalhando por dentro. Por algum motivo muito louco, eu agora tinha certeza que Justin poderia ter uma queda por mim e isso era completamente engraçado.

Desci do carro dançando um pouco e rindo por dentro.

- Demi – ouvi ele me chamar, me virei e ele estava do lado de fora do carro apoiado na porta, assenti pra que ele continuasse – Amanhã eu te dou uma carona pra escola, te busco as sete – entrou no carro antes que eu pudesse responder. Eu não vou com ele mesmo. O carro da minha mãe seria uma boa desculpa amanhã.

Entrei em casa e minha mãe estava na sala vendo TV me sentei com ela, que assim que me encarou perguntou como tinha sido meu dia. A olhei e bufei levantando.

- Todos me olhando e comentando, mais pelo menos nenhuma piada ou apelido. – caminhei até a escada tirando o celular do bolso.

- TEM UM PRESENTE PRA VOCÊ NO SEU QUARTO – ouvi o grito da minha mãe quando cheguei no topo da escada, continuei meu caminho. Peguei o celular do bolso pra conferir, e nada dele.