Do Outro Lado. escrita por Dearbiebs


Capítulo 35
Morte!


Notas iniciais do capítulo

I hope you enjoy it!



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E pra morrer, basta estar vivo!

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(...)

.

- Mãe ta tudo bem? – perguntei e vi uma lagrima escorrer de seus olhos, contornando a bochecha.

- Vai ficar tudo bem – ela pegou minha mão e deu um beijo. De repente eu também estava chorando,  mesmo eu não sabendo o que acontecia, eu sabia que não era uma coisa boa.

[...]

Olhei pra fora da janela e vi que havíamos estacionado em frente o hospital.

- Mãe, o que agente ta fazendo aqui? – perguntei a olhando, ela virou na minha direção depois de ter desligado o carro, segurou minhas duas mãos e respirou fundo antes de responder.

- Seu pai... teve uma parada cardíaca – já podia sentir as lagrimas descendo pelo meu rosto.

- Mas, ele estava tão bem.

- Eu sei filha. – a abracei e chorei.

Tudo que eu mais queria era poder estar com ele, não deixar que aquilo acontecesse. Eu não podia perde-lo agora, justo quando tudo estava bem.

Entramos no hospital e seguimos pro elevador. Aquele cheiro de hospital me deixava nervosa, e tudo que eu mais queria era chegar la e o medico me dizer que tudo estava bem, que poderíamos voltar pra casa.

O local estava silencioso e a única coisa que se era audível eram os choros das outras famílias, que provavelmente também sofriam como eu por seus parentes.

Me sentei junto da minha mãe em um dos bancos na sala de espera. Ficamos ali por um bom tempo, quase horas talvez. Eu chorava em silencio enquanto minha mãe acariciava minha cabeça em seu colo.

Um médico saiu de um corredor olhando uma prancheta, observou todos ali e deu uma ultima olhada na prancheta.

- A família da senhora Smith. – cinco das dez pessoas se levantaram, olhando atentas pro médico.

- Poderiam me acompanhar? – eles assentiram e foram junto do médico pro corredor de onde ele tinha vindo.

Minutos se passaram e um choro alto foi escutado, a família que seguira o doutor agora voltava, chorando alto, abraçados e confortando uma das mulheres que chorava de soluçar.

- Ela morreu? – perguntei em um fio de voz pra minha mãe, ela assentiu e eu encarei aquelas pessoas. Elas haviam acabado de perder alguém muito especial, talvez uma mãe ou uma irmã muito amada.

E naquele momento eu temi mais ainda perder meu pai.

[...]

Eu podia ver da grande janela da sala de espera que já era noite. Mamãe havia ido na cantina comprar algo pra comer e agora só eu estava na sala de espera. As famílias que estavam la, já haviam todos ido embora, graças a deus com noticias boas, assim como eu esperava ter.

- Demi – olhei pra trás e corri na direção dele o abraçando forte em seguida.

- Como você ta princesa? – eu já podia sentir novamente as lagrimas teimosas escorrerem pelo meu rosto.

Ele caminhou abraçado comigo até o banco e me fez sentar, sentando do meu lado logo em seguida.

- Eu to com medo – falei enfim, enquanto ele secava meu rosto com a costa das mãos.

- Eu to aqui princesa, não precisa ter medo – ele me abraçou de forma protetora, encostei minha cabeça em seu peito e respirei fundo tentando parar de chorar.

POV Justin

Eu estava angustiado, tudo que eu menos queria agora era mais uma coisa pra deixar minha princesa triste. Eu iria dizer toda a verdade, contar pra ela que eu era o Kidrauhl e ela me perdoaria, mais ai de repente um mundo cai pra ela. Eu nunca me imaginei perdendo meu pai ou minha mãe, e naquele momento eu me senti triste por ela, deve ser realmente horrível perder pra morte alguém que você ame tanto.

Ela dormia tranqüila no meu colo, depois de ter chorado bastante, devia estar cansada e aposto que não comeu nada. Olhei o relógio e já eram dez da noite. Mad, Kevin e Dianna, mãe de Demi entraram na sala em silencio. Eu os encarei e eles sorriram pra mim.

Devíamos ter ficado ali por um longo tempo, talvez até horas sem fazer nada, apenas vendo as enfermeiras entrar e sair dos corredores. Eu cheguei a cochilar um pouco e depois fiquei mexendo no celular até perceber Demi se mexer em meu colo. A olhei e ela coçou os olhos antes de levantar a cabeça e olhar ao redor.

Mad dormia no colo de Kevin que também cochilava sentado e Dianna estava de frente pra janela pensativa e parada na mesma posição a horas.

- Mãe – Demi chamou em uma voz rouca e Dianna se virou lentamente. Ela tinha os olhos vermelhos e parecia ter chorado por horas. Provavelmente todo o tempo que ela olhava pela janela, esteve chorando em silencio.

Demi se levantou e abraçou a mãe, e logo as duas choravam em silencio, envolvidas em um abraço. Mad acordou e se juntou a elas.

Elas pediram licença, iriam rezar ou alguma coisa do tipo. Me levantei e desci alguns andares de escada, o momento já estava tenso demais pra eu ter coragem de enfrentar um elevador. Cheguei até a cantina do hospital e pedi um sanduíche e uma coca, assim que o meu pedido chegou comi devagar, sem pressa e sem medo que algo pudesse acontecer. No caminho de volta – de escada – até a sala de espera da UTI liguei pra minha mãe e expliquei pra ela tudo que estava acontecendo e avisei que ficaria aqui com a Demi.

Me sentei no mesmo lugar de antes e segundos depois Mad, Demi e Dianna voltaram. Pareciam mais calmas e estavam silenciosas como sempre. Demi sentou ao meu lado, segurou minha mão e eu a beijei no rosto de um jeito carinhoso.

[...]

Ouvi alguem pigarrear chamando a atenção de todos ali, olhei na direção do médico que lia uma prancheta.

- Vocês são parentes do senhor Ricardo? – logo Demi, Mad e Dianna se puseram de pé, atentas ao que o médico falaria.

- Ele esta acordado e quer vê-las. Ele não pode se cansar ou ter fortes emoções então eu quero que entrem de dois em dois se possível. – elas se olharam.

- Eu poderia ir sozinha? – a mãe de Demi perguntou e ele assentiu. Ela olhou as filhas que assentiram também, e deu um sorriso fraco antes de seguir o médico corredor à dentro.

Demi sentou ao meu lado e apoiou o rosto nas mãos, descansando o braço nas pernas. Alisei suas costas e ela me olhou com os olhos molhados, as lagrimas já saindo.

- Eu sei que ele não vai resistir – a abracei, acolhendo seu rosto em meu peito.

- Não fala isso, ele é forte, vai sair bem. – eu não tinha tanta certeza das minhas palavras, mas eu tinha que de alguma forma ajuda-a.

Tudo que eu queria naquele momento era pegar toda dor dela pra mim, porque não tem nada pior do que ver a mulher que se ama chorando, sofrendo. Ficamos ali por bastante tempo, ela chorando e eu me martirizando por não poder tirar essa dor dela.

A mãe dela voltou, o olhar mais triste e parecia ter chorado mais. Demi correu e a abraçou forte, fazendo os soluços ecoarem por toda a sala de espera.

Mad entrou com Kevin, assim como Ricardo havia pedido, e infelizmente logo depois seriamos eu e Demi. Não sei porque motivo, mas ele pediu que entrássemos, o que me deixou nervoso.

Eu não sabia o que falar, ou como reagir então quando Demi estendeu a mão pra mim com um pequeno – quase imperceptível – sorriso, decidi que eu apenas estaria la pra acompanhá-la. 


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Notas finais do capítulo

Capitulo tenso eu sei, me desculpem... então, eu falei que postaria aos domingos, o que estão achando da história, ja ta quase no momento que todas querem, a revelação!
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moonbeebs> sim, eu delirei... isso acontece geralmente quando se tem mais de 38 graus de febre =/
annelise> isso mesmo, e bom a Demi tem apoio de sobra =) seja bem vinda!
Pra todas, muito abrigada pelas palavras de incentivo! Sério, eu fico radiante quando vocês comentam, me faz muito bem =)
Até o próximo...
xoxo ;*