Pov. Rosálie.

 Consegui me soltar, quando ouvi um gemido baixo de Bella. Quando consegui sentir a estaca entrando nela. Consegui soltar quem estava atrás de mim e ver, minha irmã tinha aquele maldito galho em seu coração. Olhando com dor para Aro, que sorria irônico ao se afastar.

  Ela caiu de joelhos, com o galho no coração.

  Ouvi o grito, logo após identifiquei sendo meu grito. Eu gritava sem parar, tentei me aproximar dela, tentei de tudo mas todos me seguravam, por onde dava para me segurar, impedindo-me de ajudar minha irmã.

--deixem.—a voz de Aro calou tudo.—solte-a, ela não saira daqui mesmo.—deu de ombros e saiu da sala.

  As mãos me soltaram, me permitindo parar na frente de Bella, segurando a estaca em seu coração, respirei fundo.

-eu vou te salvar irmã, eu vou te salvar eu prometo.—sussurrei. E puxei a estaca. Ela gemeu baixo, e continuou com os olhos abertos. Mas parecia não me ver. Eu gritei de dor emocional, pedindo aos céus que ela não morresse.

  Peguei-a no colo, e corri para onde quer que fosse, a primeira porta que achei do enorme corredor era a onde ficamos sendo torturadas, onde ela ficou por mais tempo. Entrei ali mesmo, a colocando no chão.

  Comecei a chorar, enquanto ela olhava para o teto, sem realmente ver. Coloquei minhas mãos em cima do coração dela, senti as madeiras dentro dela, me deixando agoniada, mas ela não sentia dor.

  Tentei enviar, todo meu poder a ela, para ela voltar. Tentei de tudo, ficando cada vez mais fraca, enviando todo meu poder para ela, fazendo de tudo para ela ter forças e voltar.

  Com o resto de força que me sobrou, me conectei a Stefan, enquanto chorava em cima de Bella, deixando minhas lagrimas cair em seu rosto.

  Enquanto falava com Stefan, eu coloquei sua cabeça, agora com os olhos fechados, em minhas pernas, e fazia carinho em seus cabelos, chorando fraco, tentando me concentrar em Stefan, mesmo que a dor emocional não permitisse.

Por Deus, doía demais ter minha irmã morta.

Você me ama?  Procurei forças para responder Stefan. Rosálie! Você me ama?

Muito Stefan, Muito Stefan, eu te amo muito.

Então não me deixe. Eu não sei mais viver sem você, eu preciso de você Rosálie, não me deixe, por favor. Ele pediu, mas enquanto ele falava eu me concentrei em Bella. Mesmo não sentindo nada ali, alem de um corpo vazio. Apenas uma casca.

  Até que algo brilho no teto, eu realmente consegui sentir, uma fonte de poder muito estranha nesse lugar. Talvez... Seria ela?

Stefan, eu acho que... Eu... Ah Meu Deus não consegui terminar. Nosso contato acabou, não estava mais conectada com ele. Aproveitei o resto de poder que tinha, e o joguei inteiramente em Bella, e a luz branca, que me deixava cega, caiu sobre nos, sobre ela principalmente.

  Fui arremessada na parede, cai com o rosto no chão. Esperei tudo ficar calmo, depois, quando voltou com a luz fraca e o silencio, eu ergui o rosto, me assustando quando ouvi outra respiração forte, Bella.

  Ela estava sentada, ofegante, olhando para a parede.

 Minha amiga estava viva!

Pov. Bella.

  Senti Rosálie me abraçando, apertado. Me aconcheguei em seus braços, virando meu corpo para abraçá-la também. Confusa sobre tudo, mas feliz por estar segura nos braços de minha irmã, mesmo me sentindo estranha.

--ah Deus, você esta viva!—ela chorava.

--sim, eu...

--eu não quero saber agora apenas me abrace por favor.—pediu, a apertei mais, respirando seu doce cheiro, que me acalmava, vazia meu coração se acalmar. Respire fundo e me afastei um pouco dela, secando suas lagrimas, depois dei um sorriso para ela.

--não chore.—falei. Ela assentiu.

--você esta viva, eu tive tanto medo.—sussurrou. Revirei os olhos.

--vaso ruim não quebra.—disse no mesmo tom de voz que o dela, que riu fraco.  Depois ficou seria.

--Bella, eles vão descobrir que isso não nos mata, e agora?

--não pense nisso agora, apenas me abrace.—repeti o que ela disse, e a abracei apertado de novo. Me sentido segura nos braços de minha irmã.

Pov. Damon.

 Tentei rosnar, mas a calma que Jasper me mandava me deixava louco e calmo.

--não tente ficar com raiva Damon, você vai se sentir pior.—Jasper alertou.

--pare de controlar meus sentimentos.—minha voz saiu como se eu falasse “ah, hoje a tarde choveu, por isso molhou o chão”

--você tem que se acalmar, fazer loucura porque Bella supostamente morreu não é o certo.—aquilo me trouxe dor, o que fez Jasper fazer uma careta terrível.—é difícil controlar a dor sua e do Edward ao mesmo tempo.

--Jasper, deixe-o com seus próprios sentimentos.—Esme pediu apontando para mim.

  Finalmente pude ficar menos calmo, um pouco irritado, triste, e depois com muita raiva.

-Damon!---ralhou Jasper. Revirei os olhos e tentei buscar controle de mim mesmo.

--ela não esta morta, Damon.—Stefan colocou a mão em meu ombro.—é apenas uma estaca, não fique nervoso a toa, controle sua fúria, com elas ali.—apontou para Caroline e Elena ainda desmaiadas. Você ainda consegue sentir Bella?

  Procurei por ela, em algum canto de minha mente, eu a procurei dentro de mim. Ainda estávamos ligados, mesmo que não no falássemos mentalmente. Nos dois estávamos ligados, eu a sentia viva. O que me fez suspirar relaxado.

Ela não morre tão fácil.

--ela esta viva.—Alice gritou animada. Eu revirei os olhos e continuei.-eu consigo a sentir ainda, ela esta viva.

--ela não morre fácil.—Edward verbalizou meus pensamentos. Rosnei para ele, que rosnou de volta.

--hey, podem ir se acalmando os dois!—Esme disse.—parecem dois leões, eu em. Temos que esperar as duas acordarem, Emmett já esta vindo.

Respirei fundo, guardando toda a raiva que eu sentia.

Logo o momento certo de liberá-la chegaria.

Pov. Bella.

  Duas batidas na porta me fez soltar de Rosálie, me encolhi atrás dela.

--quem é?—perguntou, praticamente rosnando.

-Rosálie, sou eu.—Antheodora disse, suspiramos aliviadas, logo Rosálie correu para abrir a porta, e voltou a se sentar no chão ao meu lado, Antheodora entrou, fechando a porta e me olhando surpresa, fiquei de pé e corri para abraçá-la.—ah, você esta viva.—sussurrou, apenas eu ouvi.

--sim, não sei como eu... me sinto diferente eu... Eu...

--eu sei, eu sei de tudo Isabella. Ah, como é bom vê-la.—me apertou mais, depois me soltou, eu suspirei e fiquei perto de Rosálie.

--não sabemos como ela voltou.—Rose disse.—mas não importa.

--sim, importa, e eu sei como e porque.—Antheodora suspirou cansada enquanto se sentava no chão.—esperamos tanto por esse dia, que ao te conhecer, ao ver que você foi capturada não sabe como minha alegria e a alegria dos outros foi imensa, finalmente o dia chegaria para acabar com toda a tortura que os Volturi faziam.

--o que quer dizer com isso?—me sentei ao seu lado, com Rosálie atrás de mim. Antheodora me olhou, sorrindo.

--você não é apenas uma vampira Isabella...

--disso sabemos, ela morreu e voltou!—Rosálie a interrompeu.

--nem nunca foi uma humana normal.—ela prosseguiu, ignorando o comentário de Rosálie.—quando você era pequena, aos seus sete anos, você sofreu um acidente. Se lembra Bella? Que você caiu no lago e foi se afogando? Seus pais não estavam por perto para salvá-la? naquele dia, você morreu. Mas Andie, uma guardiã, estava passando pelo local, e a viu. Andie sempre foi gentil com crianças, então ela te salvou, e decidiu que você seria uma guardiã.

--guardiã? Que droga é essa?—perguntei confusa.

--guardiões... Somos feitos para proteger a vida humana, mesmo não matando todos os vampiros, nos matamos aqueles que são ameaças demais, controlamos os que entram e saem da dimensão das trevas, tentando manter a vida humana o mais normal possível.

--e você é uma?—Rosálie se pronunciou.

--sim.

--mas você trabalha com os Volturi!

--sim, porque... A milênios atrás, quando Aro foi criado, houve uma guerra entre vampiros e guardiões, Aro queria os poderes, as guardiões não lhe dariam isso. Então, Aro matou varias guardiãs. Eu me fingi de vampira, com ajuda celestial de outros guardiões, me transformei em vampiro, apenas na aparência.

--mas porque?—perguntei.

--porque... Eu queria me vingar dos Volturi, por ter matado minha familia.—os olhos de Antheodora brilharam de raiva.—e depois de cem anos, quando tive a oportunidade perfeita, as guardiãs me interromperam, dizendo que eu não podia, que eu seria fraca demais. Passou-se séculos, e finalmente uma vidente, que foi considerada como bruxa...

--Alice.—Rosálie sussurrou.

--isso. Ela previu, quando pequena em um sonho, que haveria alguem que destruiria os Volturi, que acabaria com aqueles que querem dominar os humanos. Mas para isso, passariam séculos de tortura, mesmo que os Volturi nunca conseguisse dominar os humanos. A pequena Mary Alice, via sempre como seria a luta, e quem seria a poderosa arma, que mataria os Volturi.

--é por isso que ela se esqueceu da vida humana?—Rosálie interrompeu novamente.

--sim, tivemos que faze-la esquecer, ou Aro não libertaria ela jamais.—Antheodora explicou.—quando Isabella foi escolhida como guardiã, pequena, nos sentimos que ela seria a arma, e é o que ela é. Ela pode matar os Volturi, assim eles não domaram a humanidade, e nos vingaremos por todas as mil mortes de guardiões que tivemos.

--e eu morri, e voltei...

--era necessário.—me cortou.

--sabia que eu iria morrer?

--sim, e tirei sua dor, depois deixei o resto com as guardiãs. Eu sabia que era necessário, você tinha que morrer, para que voltasse com seus poderes, e que conseguisse matar os Volturi.

--mas... quando eles descobrirem que Bella estão viva, vão me matar! E eu morrerei de verdade!—Rose se desesperou, agarrei a mão dela.

--não, Bella tem poder o suficiente para te proteger da morte.—Antheodora nos acalmou, respiramos aliviadas.

--eu posso... falar com Damon?

--não, não desperdice seu poder agora, nos temos que ter poder o suficiente para matar os Volturi.

--mas... e quando vai ser?—eu estava ansiosa, para poder acabar coma  raça dos Volturi.

--temos que nos preparar antes, não podemos simplesmente matá-los, nos vamos ter que nos preparar, Aro vira vir checá-las em breve, e até que você aprenda a usar seus poderes, demora alguns dias, e vou aproveitar esse intervalo de tempo e me conectar as guardiãs, e dizer que você esta se preparando para isso.—ela se levantou, nos levantamos também.

--ótimo, quanto mais rápido, melhor.—suspirei.

--agora eu tenho que ir, Aro ira desconfiar.—beijou minha testa, depois a de Rosálie.

  Respirei fundo quando ela saiu.

  Eu tinha o poder para matar os Volturi, e eu queria matá-los da pior forma possível.

Pov. Jane Volturi.,

  Sorri triunfante com o que escutei, antes que notassem minha presença, sai correndo, até encontrar Aro, olhando para a outra madeira em sua mão.

--Senhor.—o chamei, ele se virou para mim.

--sim, Jane?

--eu escutei algo, que o senhor gostaria de saber. Estamos sendo traídos.—informei.—por Antheodora, ela é uma guardiã. Assim como Isabella.—o sorriso dele aumentou.

--conte-me mais, querida.—ele se sentou na cadeira dali.

  Contei tudo que havia escutado, contei tudo que sabia, e o sorriso de Aro só crescia. Quando finalizei, ele se levantou, sorrindo.

--o que pretende fazer senhor?—me virei para ele.

--isso que você me contou Jane, ficara só entre nos.—ele se virou para mim, os olhos vermelhos brilhando.—quero que vá em Mystic Falls. Carlisle tem uma peça, em formato de raposa na cor dourada, quero que a pegue e a traga para mim. Essa peça é o que eu preciso, para matar um guardião.

--achei que você gostaria que ela fosse de sua guarda.—me confundi.

--todos vão ser, após eu matar Isabella. Mas para termos mais forças, teremos que estar em nosso território. Então as levarei para Volterra.—ele se aproximou de mim.

--sim senhor, eu trarei a peça.

--ótimo minha querida, obrigada por ser tão fiel ao seu rei.—ele sorriu, segurando meu queixo e beijando levemente meus lábios.—agora vá, e volte o mais rápido que puder, e tome cuidado.—me alertou.

--sim senhor.—depois disso corri. Com destino a Mystic Falls.