Os Jogos Dos Semideuses escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 39
Capítulo 39-Trapacear?


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI,tudo bom?
-Qué Bom :D
Gente,ta ai a resposta da voz
Espero que gostem hein!!!!



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Annabeth:

Não ousei-me a me mover -nem a piscar- pois a voz era tão incomum e fora tão inesperada que meus instintos bloquearam minha locomoção,até meus pensamentos estavam mais lentos.Embora esteja escuro,era nítido que o dono da voz sabia onde eu me encontrava.Fiquei encabulada com o fato e hesitei em responder.

Não temas- disse a voz baixinho –seria de grande prestígio se você respondesse.

Olhei de esguelha para de onde vinha a voz,havia um grandes olhos dourados e brilhantes empoleirados nas beiradas da madeira que cercava a casa.Os olhos eram misteriosos em meio a constante bruma.

Não posso voltar sem uma resposta- resmungou a voz,agora ficando nitidamente indiferente.

-Quem diz?-perguntei,minha voz estava frouxa e mesmo com os insuportáveis mosquitos e pernilongos me importunando consegui dizer alguma coisa.

Quem diz?Se ao menos você se vira-se...

Então virei a cabeça para o lado,a noite era clara,estrelada e quente,empoleirada não nas bordas da madeira que contornava a casa mas nas arvores vizinhas a nossa o par de olhos dourados que me observavam eram cautelosos e seguros,mas não transmitiam segurança nenhuma,mas a segurança em manter os olhos fixos em mim.

-Consegue me ver?-perguntei inquieta – mesmo no escuro?

Perfeitamente -respondeu calmamente a voz

-Quem é você?

Sou...hum...um amigo.Pode confiar.

Em volta dos grandes olhos dourados,faíscas de fogo saltaram e caíram no chão de madeira e instantaneamente se apagaram.Os olhos dourados seguiram as faíscas até o chão e voltaram-se para mim.

-Por que não pode vir de manhã?Afinal,se você é mesmo um amigo você não tem o que esconder,tem?

A voz riu

Não não,receio que seu medo não ajude em nada em minha missão.

-Não estou com medo.É só...-tentei pensar em uma resposta rápida.Não devo explicações a tal voz- meus instintos.

Instintos?Mas que diabos esse instinto lhe diz agora?-a voz assumiu um tom de indignação –Se não deixar eu explicar a única que sairá perdendo é você

-O que necessariamente eu perderei se não lhe der atenção?

Quer mesmo saber?

-Certamente que sim- afirmei- e que missão é essa que você disse...?

O dono da voz não respondeu.Seus olhos brilhantes não se soltaram dos meus nem por um segundo- era incrível  como ele hesitava em piscar com uma naturalidade anormal- ficamos suportando os olhares por um momento breve,até que:

Chegue mais perto

Haviam vozes dentro de minha cabeça que diziam “Não vá,é perigoso...ele pode muito bem estar te enganando e pretendendo lhe dar o bote!” e a outra dizia “Vá e mostre que não está com medo algum”.Então pensei;Haviam pessoas bem armadas bem próximas daqui,com apenas um grito eles acordariam e viriam me ajudar,então não há o que temer,certo?e minha curiosidade estava me matando,eu precisava saber quem era o dono da voz e de onde vinha,o que veio fazer aqui e porque.

Me aproximei dos olhos,eles ainda faiscavam um pouco abaixo das orbitas e muitas das pequenas chamas apagavam mesmo antes de tocar o chão.

Está vendo aquelas arvores ali na frente?As mais altas...essas mesmo,aquelas onde a ponta inferior da lua cheia toca...você vai ter que me segui até lá.No caminho te conto tudo.

Antes que eu respondesse os olhos saíram do foco,alçaram voo e ao entrar em contato com o brilho e a luz que a lua transmitia pude ver,a linda coruja negra de olhos dourados que voava em direção as grandes arvores em meio há tantas outras inferiores no tamanho,mas não na beleza,quando as assas da coruja se debatiam no ar pequenas faíscas de fogo saiam de suas penas e se apagavam antes de tocar o chão.

A coruja se encostou em uma arvore aberta para me aguardar.Ela fixou os grandes olhos nos meus e me lançou um olhar de estrema indiferença mais uma vez.

Olhei para os lados buscando alguém que me impedisse de fazer alguma besteira.Nenhuma voz,nenhum sinal.Nada.

 Levantei-me e segui para a escada pregada no tronco da arvore que sustentava a casa,desci segurando firmemente nas tábuas,pé por pé fui descendo até que cheguei ao chão.

A floresta era tão densa e escura de noite que nem com óculos noturnos você enxergaria alguma coisa,as arvores cresciam juntas e não permitiam a entrada da luz que vinha da lua.

Somente os meus passos eram audíveis,som de cascas partindo-se folhas e gravetos fazendo crak ao meu pisar e o som das corujas caçando.

Temos que ser breves- murmurou a voz próxima ao meu ouvido

Exaltei-me de susto.Seus olhos grandes e dourados estavam pregados em uma arvore há minha direita e a coruja bicava freneticamente o casco da arvore.

Não temos tempo suficiente,Annabeth,temos que ser breves.-continuou- Se apresse!

-Como sabe meu nome?

Te conheço há tempos!...Na verdade vi você nascer!-A coruja bicava forte a arvore e volta e meia puxava um fio da arvore e com uma picada a comia.

Uma delicia de inseto,você tem que experimentar!-disse a coruja ao ver meu olhar de descrença –Não quer provar?

-Não obrigado.Quero respostas

Sou a coruja do caduceu de Atena,a grande coruja dourada que Atena mantém a sua esquerda no trono que tem no Olimpo.- A coruja semicerrou os olhos enquanto contava- meu nome é Plutão,a coruja que transmite conhecimento aéreo de ataques para Atena,Não houve nenhuma guerra até hoje em que eu não participasse dando indicações para Ares e sua mãe.

-Mas você é um caduceu e fala!

Boa percepção!-debochou a coruja- eu saio do caduceu sempre que sua mãe permite.Afinal,se não fosse assim não estaria aqui,certo?

-Claro- respondi de má vontade

-Plutão é Hades em Romano...-continuei,agora pensando um pouco intrigada- por que seu nome ....

Sou um presente de Hades para Atena.-A coruja procurava por mais insetos por entre as folhas- por isso meu nome é Plutão.

-Tudo bem ...Plutão,Por que é que estamos aqui?

Sua mãe quer que você ganhe,ela está usando de todas as armas para manter você viva mesmo que pra isso tenha que trapacear.

-Trapacear?

Você não se perguntou por que ela mandaria um mensageiro bem no meio da noite?- Plutão revirou os olhos com desdém –Faça-me o favor!Caso você não tenha notado,esse é o único horário que não há ninguém assistindo vocês...Ninguém quer ver cinco semideuses dormindo durante horas!Seria o momento perfeito para sua mãe lhe dar ajuda,não acha?

-Com certeza é o único horário que os deuses deixam de lado suas tarefas tão “importantes” ...-Fiz aspas no ar com o mesmo ar de desdém que a coruja fez.

Cuidado,não abuse da sorte!E nunca,nunca mesmo,insulte os deuses.

-O que ela quer que eu faça?Mate os outros participantes?

Seria uma boa,mas não.-Plutão levantou voo- siga-me

Continuei a andar,seguindo Plutão dentre a escuridão profunda da floresta até o momento que sua voz rouca mandou-me parar.

Tudo bem,já pode parar- ordenou educadamente Plutão- Está vendo a arvore do meio?A mais alta?

-Estou

Ótimo,você tem alguma coisa ai que ajuda a cavar?-perguntou Plutão me examinando

Levei minhas mãos as laterais de minhas calças,bem onde deveriam estar a espada que Atena me dera.Mas eu havia deixado-a de lado para dormir.

-Não.Deixei minha espada na casa da arvore

Pena- use as mãos então.

Agachei-me no chão e tateei,agora meus olhos pesavam e me parecia uma boa ideia voltar e dormir mesmo com esse calor.-Onde devo cavar?

Ai mesmo onde estão suas mãos

Comecei a cavar e a espalmar a terra para um lado do montinho que formava-se.Depois de cavar uns três centímetros consegui encontrar alguma coisa que certamente não pertencia a esse habitat.

-O que é isso?-perguntei,levantando uma pequena bolsinha de couro marrom cheia de moedas de drácmas.

Uma bolsa com drácmas- riu-se Plutão

-Estou falando sério.-Indaguei- Pra que isso?

Para pagar as respostas de Dominic

-Perfeito.Era exatamente o que...

Não tão depressa!

Plutão com um solavanco repentino pulou sobre mim e arrancou de minhas mãos a bolsinha com o bico.Ele voltou para a mesma arvore que parara.

-O que foi agora?

Existe uma condição.É apenas para seu uso.Esqueça os amigos.Esqueça de tudo.Use só para você.

Plutão levantou outro voo e dessa vez foi mais longe.Não disse para eu segui-lo,voou tão longe que não consegui acompanha-lo nem com o olhar.Fiquei sozinha na floresta fechada e escura.

Quando voltei para a casa na arvore parecia tudo bem,apenas pelo lugar vazio que clamava meu nome.

Deite-me e nem um segundo se passou antes de eu entrar num profundo sono.


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Notas finais do capítulo

RECOMENDEM E COMENTEM.
Vou aproceitar pra divulgar meus tumblrs
http://annabeth-chase-sabidinha.tumblr.com/
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