Os Jogos Dos Semideuses escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 33
Capítulo 33- Meu passado me visita.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiiiii gente tudo bom???
Espero que gostem desse cap.
Foi muito legal escreve-lo.
Recomendem pf ;D
Comentem!!!



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-Thalia está morta?-Berrou Nico desesperado.

-Não acredito em você!-Berrei procurando por minha espada.

-Então fiquem ai esperando ela voltar!Vocês vão se cansar de esperar e quando finalmente perceberem vocês vão ter cinquenta anos de idade.-Bia franzia a testa enquanto falava,enérgica.Logo sua carranca mudou para um sorriso acusador.

-Então vamos esperar o tempo que for preciso.Thalia não está morta e você sabe disso!-Berrou Percy apontando contracorrente para o pescoço de Bia.

 -Não sei se você é esperto ou burro,garoto.GUARDE ISSO.-rosnou Bia.-Vamos Greta,deixe-os aguardando o fantasma da amiguinha.

Greta colocou-se de pé e nos observou.Percy concordou com a cabeça.

Logo que Bia e Greta desapareceram Percy disse:

-Fiquem tranquilos.Vamos ter ajuda.

Thalia:

Olhei friamente para o pedaço de porcelana em minhas mãos.Como assim “favoritismo?”.Os deuses estariam me bajulando por eu ser filha de Zeus?Eu seria a favorita deles aqui?Impossível.... se eles fossem escolher alguém,com certeza seria a Annabeth,ela sempre nos tira das enrascadas que não conseguimos sair sozinhos e sempre tem ótimas ideias...ela sim seria a favorita.E também tem a Clarisse,um exemplo de força feminina,o Percy e o Nico mesmo sendo ‘homens’ tenho que dizer que,eles também tem muitas chances-não só porque são filhos de um dos três grandes,mas por que eles não fogem da luta.

Usar o pouco de inteligência que tenho...O.K,ligando os fatos de ter uma escada bem em minha frente,arranhões em “meu” braço dizendo SUBA e um caco de vaso quebrado dizendo “OU A SENHORITA COMEÇE A USAR O POUCO DE INTELIGENCIA QUE TEM....” juntando tudo isso,eu posso tirar as conclusões de que eu teria que subir para o segundo andar.

-Isso IDIOTA!-berrou Annabeth coincidentemente.

Subi as escadas aos pulos- havia muitos degraus quebrados –Luke,Thalia e Annabeth estavam lá em baixo,o que me deixaria sozinha e mais tranquila para procurar por esse vaso.

Então uma ideia aterrorizante passou por minha cabeça: “E SE NÃO HOUVESSE OUTRO VASO?”e se fosse aquele o que eu teria que encontrar?. Me dei conta que estava parada no meio de um corredor iluminado apenas pela luz do sol que vinha da janela quebrada entre as persianas empoeiradas e velhas da casa.No corredor haviam cinco portas,cada qual levava á um cômodo da casa.

Continuei andando,algumas portas estavam entreabertas e outras fechadas,passei em frente em algumas,uns encontravam-se vazios,outros com poucos móveis,todos muito sujos cobertos por um lençol tão quanto sujo e rasgado.

Entrei em um dos quartos,comecei a retirar os lençóis de cima dos móveis.Sobre uma prateleira na parede havia uma coleção de bonecas antigas,umas eram de pano que agora estavam servindo de almoço á ácaros e todos os outros tipos de bactérias.haviam um armário encostado sobre a menor parede do quarto,ele era branco e de madeira todo trabalhado em entalhos de flores que davam vida ao móvel.Abri a porta do armário,nele havia várias roupas de menina- que por sinal devia ser filha única -,as roupas tinham etiquetas de butiques e lojas de grife.As roupas, agora impossíveis de serem usadas novamente pareciam intocadas,a não ser por uma camiseta roxo-púrpura escrito “Fuck The Wolrd” e um jeans preto pareciam ter sido mais usados do que todas aquelas roupas cheias de babados e rendas.No lado de dentro das portas do guarda roupa assim como nele todo,haviam palavras escritas,rabiscos e desenhos grossos que aparentavam terem sido escritos num momento de fúria –Que eu conhecia muito bem.-Haviam desenhos de raios e nuvens pintadas de negro e em toda sua volta caveiras horrendas.As palavras diziam coisas como “Culpa sua” “Se você tivesse ao menos...” ficava mais difícil de ler pois o tempo já tomara a decisão de apaga-las.

Eu me sentia pesada e um gosto amargo na boca.Passei os dedo s sobre as escritas e em seguida peguei um cabide que suportava uma blusa de moletom azul turquesa.Dela caiu um pequeno pedacinho de papel manchado de lágrimas.Nele dizia:

 “Filha,não poderemos ir ao parque de diversões hoje,mamãe tem muitas coisas para fazer...e você sabe o quanto seria difícil andar com você em um local público sem atrair fãs e os flashes.Prometo que dá próxima iremos.”

Meu coração deu um pulo,minhas mãos tremiam e minhas pernas estavam bambas.Tentei não olhar em mais nada do quarto,corri para a porta e sai pelo corredor.Ele estava arrumado e perfumado,um barulho de aspirador de pó vinha do quarto mais próximo.Adentrei no mesmo,curiosa e assustada.

O quarto era luxuoso e amplo,cortinas brancas e altas cobriam as grandes janelas,uma cama Queen-size cheia de almofadas douradas.Deitada sobre ela haviam uma garotinha de cabelos curtos e um vestido verde,ao seu lado sentada ema penteadeira passava batom e virava frequentemente para a garota.

-Hoje não vai dar,querida- dizia a moça

-Mas mãe!Já faz uma semana que eu venho diz...

-Não insista Thalia,já disse que essa semana ando muito ocupada e... Mirtes!Quer fazer o favor de desligar essa porcaria?-disse ela dirigindo-se para a faxineira.

-Mas senhora,já estou terminando-endireitou-se a faxineira.

-Que seja breve!

-Mamãe!A senhora prometeu!

-Thalia...-O celular da moça tocou,ele trouxe-o para o ouvido esquerdo e atendeu.-Alô,Tom?ata,já sei.Estou indo pra ai.-A moça desligou o celular e voltou-se para a garotinha.-Thalia querida,fique  com a Mirtes até a mamãe voltar.Se comporte.-a moça se curvou e deu um beijo na bochecha da garota.-agora tenho que ir.

A moça deixou o quarto passando ao meu lado.Seu perfume doce encheu meus olhos de lágrimas.

Recuei uns quatro passos para trás.Vi a bela moça descendo as escadas e logo depois batendo a porta da frente,o barulho do motor do carro...

O corredor não era o mesmo do da casa no fim da rua de Annabeth.Era maior e muito bem organizado e decorado.Os quartos eram espaçosos e muito belos.

-Ela não...não liga pra mim...

-Isso não é verdade,querida.Ela te ama,de verdade,acredite nisso.

-Então por que ela não demonstra?Por que não faz um esforço para ficar um tempo comigo?Como não podemos ser como todas as outras pessoas????

-V-você não é como as outras,Thalia.

-O que quer dizer?Eu tenho algum problema?Algum que os psicólogos e psiquiatras ainda não tenha me diagnosticado?  

-Não.Não é isso.Você é completamente normal,só que de um modo especial.Na hora certa você saberá.

A garota quis continuar,mas hesitou.

A garotinha saiu com as mãos no rosto pelo corredor.As luzes do corredor piscaram.

Ela entrou em seu quarto e trancou a porta.

Mirtes desligara o aspirador de pó e murmurava coisas para si mesma.

-Zeus,quando o senhor poupará essa menina de tanto sofrimento?

Mirtes desceu as escadas.Tive o impulso de segui-la.

Minhas pernas pareciam pilhas de tijolos,meus olhos ardiam ao forçar segurar alguma lágrima,minhas unhas adotaram uma aparência roxa e gélida,eu estava pálida e minhas mãos tremiam.

Com esforço consegui me mover,desci a escada de mármore negro,degraus largos e brilhantes que davam para uma sala de novela,uma sala de jantar um pouco afastada por causa de seu tamanho.

Mirtes ajeitava as cadeiras da mesa de vidro da sala de jantar.Ela virou a cabeça e olhou direto para mim.Endureci ,espantada. Teria minha ex faxineira,melhor amiga,e quase mãe como me ver?

Ela olhou para mim como se conseguisse me enxergar,mas voltou para as cadeiras.

-Fletty? Cadê você garoto??Fletty?!-Mirtes procurava por meu gato.-Aqui está você!Está com fome?-Mirtes pegou meu gato no colo e o levou para a área de serviço.

Segui-a ainda com o amargo na boca.Na área de serviço encontrava-se muitas roupas de grife e sapatos para serem lavados.Armários com produtos de limpeza encostados e embutidos nas paredes de azulejo  braços com ladrilhos azuis.Perto da maquina de lavar havia uma tigela de água e outra com biscoitos para gatos.

-Pronto,bom menino você Fletty!-Mirtes o largou no chão ao lado de suas tigelas.Fletty cheirou,lambeu,deu uma última olhada para Mirtes e começou a comer.

A campainha tocou.

-Deuses!Mas tão cedo?!- Mirtes deixou a área de serviço e correu atender a porta.

-Sim?

-Ah..é...Pode entregar esse vaso á senhora Grace?

-Senhorita Grace- corrigiu Mirtes- posso sim.Algum cartão?-Perguntou Mirtes olhando para o ramalhete de flores.

-O cara que me pediu para entregar não me deu nenhum cartão.

-Nem deixou o nome?

-Não.

-ãh.Bom,vou entregar assim que ela chegara.Adeus.

Mirtes fechou a aporta brutalmente na cara do entregador.

 Mirtes foi até a cozinha carregando o ramalhete nos braços,abriu um armário e puxou um vaso todo decorado com pássaros,entre eles um grande e colorido.Um pavão.

Ela começou a desfazer o ramalhete e colocar as flores uma por uma dentro do vaso.

Então ela viu,em meio as flores,um papel azul e grosso.Nele dizia numa caligrafia cursiva e exuberante :

S.C ás 19:00

Estej.

-OLIMPO.

Mirtes olhou para os lados assustada,amassou o bilhete e o jogou pela janela.

-Não vou deixar ele magoar mais ninguém nesta casa,ela não merece sofrer  mais.Nenhuma das duas.

Mal sabia Mirtes que,foi depois do que ela fez que minha vida foi arruinada.-pensei

Mirtes deixou o vaso no centro da mesa na sala de jantar.

Cheguei mais perto até conseguir toca-lo,então minha vista escureceu,tudo ficou gelado e tive a impressão de estar caindo por dentro de um buraco.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
recomendem e comentem!!!!!



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