Beth já tinha 10, e a sua família é uma loucura, mas ela não troca por nenhuma outra. Duas mães um pai, uma meio-irmã sem contar os pais de sua meio irmã que sempre estavam com ela. Em feriados a sua casa estava sempre cheia e barulhenta e ela amava isso mais que tudo. O difícil era ter que explicar para outras pessoas como isso funcionava.

-Muito bem crianças não se esqueçam de trazerem cartazes com suas árvores genealógicas na segunda. Quero todo mundo mostrando suas famílias. Bom final de semana para todos!

 Muito bem Beth, é a hora de você tentar explicar como tudo funciona na sua casa.

- Mamãe, tenho que fazer um trabalho. E preciso MUITO da sua ajuda, por que não faço a mínima ideia de como devo fazê-lo.

– A garota falou sentando na bancada enquanto a mulher alta e morena lavava a louça a sua frente.

-Ok. E Sobre o que é querida? – Ela se virou para olhar a filha.

- Tenho que fazer minha árvore genealógica. – Sua mãe Shelby juntou as sobrancelhas.

- Oh. Ok isso é realmente complicado.

- Não posso deixar ninguém de fora.

- Verdade. Tive uma ideia. – A mãe contou sua ideia para sua filha.

- É perfeita já que elas chegam amanhã não é? – Shelby fez que sim com a cabeça.

– É melhor começar logo!

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Mãe! Rach! – Beth gritou e correu para a loira que parecia uma cópia sua, só que mais alta e para a morena enquanto elas entravam em casa.

-Bê! – Quinn abriu os braços esperando um abraço da filha.

-Oi maninha! – Rachel também abriu os braços e a loirinha abraçou as duas pelo pescoço. – Oi mãe. - Rachel disse abraçando sua mãe verdadeira, apesar de ambas ainda acharem isso um pouco estranho no fundo era legal.        

Rachel e sua esposa Quinn estavam de férias então vieram passar algum tempo em Lima junto com suas famílias, infelizmente os pais de Rachel estavam em uma viagem de negócios e não iriam poder ver sua filha, mas prometeram ir a NY em breve. Beth contou sobre seu trabalho fazendo as duas mulheres sentadas na cozinha juntarem as sobrancelhas em dúvida e depois sobre todo o seu plano de como fazer a árvore genealógica de sua família fazendo elas relaxarem.

-É perfeito Beth, é um ótimo plano. Pode contar com a gente! – Rachel disse dando seu melhor sorriso.

- Sério? – os olhos verdes de Beth brilhavam.

- Claro Bê! Os pais da Rach não estão na cidade mas podemos usar as fotos deles não é?

- Então, mãos a obra, mulheres da minha vida! – Puck disse descendo as escadas da casa com os braços abertos. O fim de semana inteiro foi sobre a árvore genealógica da família Corcoran-Puckerman-Fabray e um pouco de Berry.

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-Hum, obrigada Merry, por mostrar a sua árvore genealógica perfeita da sua família perfeita. – A professora falou um pouco confusa com tanta perfeição que a garota Merry impôs a sua família. – Enfim, Beth é a sua vez por favor.

A loirinha se levantou e foi a frente da sala.

- Bom, a minha árvore é um pouco grande e bastante confusa, então, eu gostaria de pedir permissão a professora para que vocês formassem um circulo, eu meio que vou precisar de espaço. – Ela estava nervosa mas ao mesmo tempo confiante.

Antes mesmo que a professora permitisse algo as crianças fizeram um círculo por conta própria.

-Ok então...- a professora não se importou muito.

- Então minha família não é tão perfeita como a da Merry mas ok...eu fiz três árvores e a primeira que vou mostrar é a que eu chamo de, como a genética vê minha família. – Ela foi até a porta e chamou algumas pessoas, Quinn e Puck entraram e ficaram um ao lado do outro no meio da sala. – Essa é Quinn Fabray minha mãe biológica- Ela fez sua mãe segurar a ponta de uma corda.- E esse é Noah Puckerman meu pai biológico – Puck segurou a outra ponta enquanto Beth amarrava outra corda no meio e segurava na ponta. – Eles não tem um relacionamento bom com seus pais então eu não tenho relacionamento algum com meus avós biológicos. E essa é forma que a genética vê minha família. Quinn Fabray mais Noah Puckerman, igual a Beth Fabray Puckerman.

Todos na sala prestavam bastante atenção, logo Quinn soltou sua ponta da corda e foi para um canto da sala perto da professora. Beth foi novamente até a porta e chamou outra pessoa.

- Agora, como a sociedade vê minha árvore genealógica. – Shelby entrou na sala. – Está é Shelby Corcoran, minha mãe adotiva que é casada com o meu pai biológico Noah. – Shelby segurou a ponta da corda que a ligava a Puck e segurou a terceira ponta ficando ligada aos dois. – Shelby Corcoran mais Noah Puckerman, igual a Beth Corcoran Puckerman. – todos na sala começavam a ficar tontos. – Alguma dúvida até aqui por que agora vai ficar complicado. – A perfeita Marry levantou a mão.

- Então, quer dizer que você é adotada?

- Sim. Minha mãe Quinn me deu para a minha mamãe shelby, mas meu pai é só um e todos nos temos um bom relacionamento em relação a isso – O queixo da Miss perfeita caiu. - Mais alguém? – Ninguém se pronunciou. Então Beth foi novamente até a porta e chamou Rachel.

- Ai meu deus é Rachel Berry!!! – Um garoto com a voz fina exclamou!

- Ela te da um autógrafo depois Jonny deixe Beth terminar a paresentação. – Jonny era um garoto da sala de Beth que adorava a Broadway.

- Agora como minha família realmente é. Esta é Rachel Berry, é filha de Leroy e Hiram Berry, grande estrela da Broadway. – Todos fizeram um ‘Ohhh’. - mas também é filha da minha mamãe Shelby. – A pequena ligou as cordas, as respectivas pessoas em seus devidos lugares. – Que é casada com o meu pai Noah. – ligou as cordas mais uma vez – Que me teve com a minha mãe Quinn, que por sua vez é casada com a Rachel que é minha meio-irmã. Isso me torna Beth Corcoran Fabray Puckerman. Em poucos segundos uma árvore genealógica impossível de ser entendida simplesmente assim, estava montada na sala com pessoas reais ao invés de nomes ou fotos.

- Espera, deixa eu entender. – A professora levantou a mão. – Quinn teve você com o Puck, Quinn te deu para a Shelby, Shelby é casada com o seu  pai Noah e mãe da Rachel que é filha de Hiram e Leroy e casada com sua mãe biológica Quinn. Então Rachel é sua meio-irmãe?

- Eu nunca havia pensado nessa dessa forma mas sim, ela é! Eu sei é complicado, não é perfeita como a família da Marry, ou simplesmente normal, mas é divertido e eu não trocaria minhas duas mães, meu pai, e minha meio-irmãe por nenhuma família normal do mundo. Por que não há nada melhor que um feriado com muitas pessoas que te amam ao seu redor.

Todos bateram palmas e gritaram para o trabalho da pequena Beth, enquanto seu pai a levantou nos braços e todos deram um abraço grupal.

Realmente, não há nada melhor que uma família bagunçada!