O manto de Hécate escrita por Natacha


Capítulo 9
Um “urubu” aparece do lado de fora da conveniência


Notas iniciais do capítulo

Ok ok alguns vão achar a Hannya chorona u.u Mas mesmo assim eu escrevo ela assim porque a Hannya é digamos... A minha personalidade, se eu tivesse no lugar dela faria as mesmas coisas. Bom... Vou parar de falação e vou deixar você ler kkkk' Eu pessoalmente amei esse capítulo *--* OUTRA COISA IMPORTANTE, EU MUDEI A COR DO CABELO DA LUCY! (Sim, eu alterei já o outro capítulo que falava dela)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/206090/chapter/9


A noite caiu. Todos eles foram dormir, Hannya acordou, ela não conseguia dormir novamente então foi para fora, o céu estava incrivelmente estrelado, e a lua brilhava intensamente.

–-- Mãe? A senhora está ai não é? --- Dizia Hannya para as estrelas. --- A senhora vai se orgulhar... Eu não vou fracassar, eu vou dar valor ao que eu tenho! Mas... Sinto sua falta... Sinto muito sua falta, das noites que me ensinou sobre as estrelas. --- Hannya começou a chorar e não conseguiu ficar em pé, ela se ajoelhou com as mãos no rosto, lágrimas escorriam sem parar.

Então ela ouviu um barulho, alguém vindo do convés. Nico. Hannya nunca entendia, ele sempre aparecia quando ela estava em seus piores momentos. Ela tentou enxugar as lágrimas rapidamente, e se levantou.

–-- Não consegui dormir. --- Disse ele ficando ao lado de Hannya, mas olhava para as águas.

–-- Idem. --- Respondeu Hannya.

–-- Tristeza? --- Falou ele agora olhando para ela.

Ela olhou para as estrelas, para a lua, e então para Nico.

–-- Saudade...

Mais lágrimas voltaram como torneiras abertas. Ela abaixou a cabeça e o chão começava a ter pequenos pingos de água.

–-- Hey... Essa não é a irritante Hannya que eu conheço... --- Disse Nico levantando o rosto de Hannya.

–-- Mas essa é a frágil mortal que existe em mim.

–-- Essa frágil mortal tem que para de se julgar frágil! Vamos enxugue essas lágrimas.

Hannya enxugou seu rosto com as compridas mangas de seu Moletom. Nico se sentou em cima de um refrigerador usado para guardar peixes e ficou olhando para as estrelas. Hannya sentou ao seu lado.

–-- Eu prometo, que quando voltarmos... Irei chamá-la pra você. --- Disse Nico.

–-- O que? --- Perguntou Hannya sem entender.

–-- Sua mãe. Você irá vê-la mais uma vez.

Os olhos de Hannya brilharam.

–-- Como você vai fazer...? --- Disse ela perplexa.

–-- Sou filho de Hades. --- Respondeu Nico, piscando para Hannya. (O que provavelmente a fez corar). --- Posso invocar espíritos.

–-- Nico... Você realmente faria isso?

–-- Claro. Bom se ela não tiver escolhido renascer novamente.

–-- Você é demais! Simplesmente sensacional! --- Falou Hannya o abraçando. O que os derrubou no chão. --- Opa... Desculpe-me... Empolguei de mais. --- Os dois começaram a rir e se sentaram novamente e voltaram a conversar.

Até que Hannya caiu no sono, encostada em Nico. Que a levou de volta para seu saco de dormir.

–-- Durma bem... --- Disse ele baixinho.

Ele também caiu no sono logo após ir para seu saco de dormir.

No outro dia logo pela manhã, Lucy e Hannya já haviam acordado e preparavam um café, magicamente, é claro. Conversavam como se fosse um dia normal, como se morassem juntas há anos. Nico acordou, seu cabelo estava todo bagunçado, ele se levantou e foi para fora do convés, lá estavam Lucy e Hannya conversando durante a manhã fria, com copos de café quente.

–-- Bom dia dorminhoco. --- Disse Hannya.

–-- Sirva-se. --- Falou Lucy.

Havia uma mesa com o café da manhã, Nico não entendia como, mas resolveu não perguntar. Torradas, leite, café, suco, rosca e pão. Ele se sentou e ficou como se ainda estivesse tentando acordar, esfregando as mãos nos olhos.

–-- Quer que eu lhe jogue água pra acordar? --- Perguntou Hannya já movendo uma pequena porção de água para a direção de Nico.

–-- Não, não. --- Disse ele já despertando. --- Dormiram bem?

–-- Não foi a noite mais confortável, mas dormi tranquilamente. --- Disse Lucy.

–-- Perdi o sono no começo... --- Falou Hannya se direcionando para Nico. --- Mas depois apareci magicamente em meu saco de dormir.

Hannya riu e Lucy ficou sem entender nada.

–-- Parece que já estamos chegando á Itália. --- Disse Hannya apontando para o norte, onde já se via uma cidade.

–-- Vamos parar lá primeiramente não é? --- Perguntou Nico.

–-- Ah não ser que algum de vocês saiba como chegar a Ilha de Capri. --- Respondeu Hannya.

Lucy e Nico balançaram a cabeça de forma negativa.

–-- Até agora estamos com tempo, segundo dia, aqui vamos nós.

Eles terminaram de tomar café e foram arrumando as coisas em suas mochilas para deixarem o barco na beira da praia e pedir informação em algum lugar. Lucy usava uma jaqueta preta, uma camiseta branca com o desenho de uma cartola de mágico, short capri jeans e tênis, seu cabelo estava com duas tranças. Nico usava uma camiseta preta com uma caveira e sua jaqueta, calça jeans e all star. Hannya ainda usava seu moletom azul, só que trocou sua calça jeans por um short capri e continuava usando seu all star, seu cabelo estava preso em um “rabo de cavalo”. Hannya “estacionou” o barco em uma área afastada da praia, obviamente ela fez todos caírem no barco novamente quando foi pará-lo.

Eles desceram e foram rumo a algum lugar que vendesse um mapa.

–-- Terra firme finalmente. --- Falou Lucy correndo pela areia da praia, ela corria igual a uma criança imitando um avião, de braços abertos e o vento bagunçava suas tranças.

–-- Isso é uma indireta de que navego mal? --- Gritou Hannya para Lucy, pois ela já estava meio distante.

–-- Claro que não! Só tem que aprender a não nos derrubar quando parar o barco. --- Respondeu Lucy rindo.

Hannya começou a correr junto com Lucy pela praia, Nico apenas ria observando as duas.

–-- Corra Nico! --- Gritou Hannya. --- Sinta-se livre.

–-- Não obrigado, as duas passarinhas sem asas podem continuar correndo.

–-- Olhem, ali tem uma conveniência! --- Disse Lucy apontando para uma loja perto da pista de caminhada.

–-- Você sabe italiano? --- Perguntou Nico.

–-- Algumas palavras, mas isso não será problema. --- Lucy tirou sua varinha de dentro de sua mochila. --- Má-gi-c-a. --- Silabou ela cantarolando.

–-- Sinceramente, deve ser super legal ser filha ou filho de Hécate, existe feitiço pra tudo! --- Falou Hannya

Lucy recitou uma palavra mágica, algo como “Tradu-thles”. Nada aconteceu.

–-- Pronto! --- Disse ela satisfeita guardando sua varinha.

–-- O que realmente você fez? --- Perguntou Hannya

–-- Uma espécie de tradutor mágico, tudo que a pessoa falar será traduzida pra minha língua, e tudo que nós falarmos será traduzido para o idioma dela.

–-- Vamos, não podemos perder tempo. --- Falou Hannya.

Os três então foram para a conveniência, chegando lá pegaram mais algumas coisas, barras de cereais, água e etc... No caixa havia um homem com cabelos grisalhos e bigode, no melhor estilo Italiano.

–-- Olá! --- Saudou o homem, mesmo sua voz sendo traduzida, ainda havia um sotaque italiano nela. --- Desejam mais alguma coisa.

–-- O senhor não teria um mapa? --- Perguntou Lucy.

–-- Sim. Os três jovens são turistas?

–-- Sim somos, e queremos um, por favor.

O homem entregou o mapa a eles, Lucy deu uma analisada. De repente Hannya ficou paralisada ela estava olhando as revistas perto da vitrine.

–-- Pássaro! --- Disse ela apontando para fora.

Nico e Lucy se viraram. O homem disse rindo.

–-- Ora, é apenas um urubu, meio grande, mas só isso.

Hannya ficou confusa, o que ela via com certeza não era um urubu, ela olhou para Nico e Lucy procurando por explicações, a coisa voando do lado de fora procurava algo, e com certeza deveriam ser três apetitosos semideuses. Lucy pagou e perguntou apressada.

–-- Não teria uma saída pelos fundos??

–-- Sim, mas porque a pressa? E porque os três precisam sair pelos fundos?

–-- É... --- Disse Lucy pensando. --- Nossa amiga aqui. --- Apontou para Hannya e cochichou para o homem. --- Ela tem pavor por pássaros, e se foram grandes a situação piora, quando ela era pequena... Um pássaro a atacou... E ela ficou traumatizada... Ela entra em um pânico, o senhor não poderia nos fazer esse favor?

O homem olhou para Hannya, que realmente estava assustada. Analisando cada movimento do “urubu” e se escondendo.

–-- Venham por aqui. Norberto cuide da loja. --- Disse o homem a um garoto que estava limpando as prateleiras.

Os três entraram junto com o homem na dispensa, dentro dela havia outra porta, a porta dos fundos.

–-- Muito obrigada! Agora nossa amiga vai estar mais... Calma. --- Agradeceu Lucy, mas ela olhava para todos os lados, procurando a criatura. --- Temos que ir logo, antes que o urubu possa voar pra cá.

–-- Não tem de que! Sempre que quiserem podem passar por aqui!

Os três de despediram, Lucy foi abrindo o mapa e andando rapidamente.

–-- O que é aquilo? --- Perguntou Hannya enquanto tentava acompanhar a rapidez de Lucy.

–-- Harpia. --- Respondeu Nico. --- Deve ter nos farejado, ou pode ter sido mandada por Patérnope. A questão é: Ela provavelmente quer nos matar.

–-- Claro, que monstro não adora um semideus não é! --- Resmungou Hannya.--- Sinceramente, Não gosto mais de pássaros. E porque aquele homem viu um “Urubu”?

–-- Você não aprendeu sobre névoa? --- Perguntou Nico surpreso, afinal a névoa é praticamente a primeira coisa ensinada ao chegar ao acampamento.

–-- Não.

–-- A névoa manipula as imagens para os mortais, lhe mostra aquilo que parece mais... Digamos... Convincente.

–-- Temos que alugar um barco pequeno. --- Disse Lucy.

–-- Então vamos para o píer. --- Falou Hannya.

–-- E é melhor corrermos, agora!–-- Alarmou Nico.

Um pássaro gigante com rosto de mulher estava voando bem perto acima deles.

–-- Vamos chamar atenção se corrermos. --- Disse Lucy.

–-- Tem plano melhor?

–-- Perguntou Nico

–-- Maldito seja esse radar nos semideuses para os monstros! --- Falou Hannya. --- Não podemos correr no meio das pessoas também! Isso seria muito perigoso. Nós vamos fugir na base do “Hey passarinho estamos aqui ó, fugindo de você, venha atrás de nós!”.

Tarde demais, a Harpia havia enxergado eles.

–-- Há! Encontrei meus lanchinhos! --- Falou ela lambendo os lábios.

Hannya disse duas palavras gregas: λόγχη, Ανοιχτό. Um escudo e uma lâmina mortal agora estavam em suas mãos, Nico sacou sua espada, e Lucy sua varinha. Eles corriam pelos cantos das ruas, era mais afastado das pessoas, mas ao mesmo tempo eles corriam um grande risco de serem atropelados. Lucy lançava algumas bolas roxas que explodiam ao tocarem na Harpia, que primeiro ficava um pouco confusa, mas o efeito era rápido. A harpia voou na direção de Hannya, que com seu escudo se protegeu das garras afiadas, e com sua lâmina golpeou a pata da criatura. Um líquido fervescente saía do ferimento.

–-- Lucy, por favor, me diga que você está nos guiando e que não estamos correndo para mais longe ainda de onde devemos ir! --- Falou Nico.

–-- Temos de voltar para a praia, vamos dobrar a esquina ali! Lá alugaremos um bote. --- Respondeu ela.

–-- Com essa coisa atrás de nós?! --- Disse Hannya. --- Tenho certeza de que algo vai dar errado.

–-- Ora, ora semideuses! Eu irei matá-los rapidamente! Não irá doer tanto assim... --- Falava a Harpia enquanto os perseguia. Ela atacou Hannya novamente.

–-- Desculpe. --- Disse ela se desviando e se defendendo com o escudo enquanto tentava correr de costas. --- Mas não quero virar comida de urubu!

Aquilo deve com certeza ter ofendido a Harpia, ela guinchou, subiu ao céu, e depois com toda velocidade voou em direção a Lucy. Antes que ela pudesse se defender já havia sido agarrada pelas garras da Harpia.

–-- Lucy! --- Gritou Hannya desesperada. --- Nico... Faça alguma coisa, rápido, por favor!

Nico pegou sua espada, fechou os olhos.

–-- Não pense! Aja! --- Disse Hannya com raiva para ele.

Ele tentou não se desconcentrar com ela. Ele sabia que Hannya quando ficava aflita, com medo, conseqüentemente ficava estressada. Então pensou “Apolo? Ártemis? Olha... Nunca fiz nenhuma oração para você, mas é que eu realmente preciso da ajuda de vocês, por favor, se puderem me ajudar de imediato ficarei totalmente agradecido.” Ele abriu os olhos, viu que a Harpia voava cada vez mais alto com Lucy que se debatia desesperadamente, ele mirou sua espada, “É agora!” e a lançou, foram segundos em que ele só ouvia a batida de seu coração, e só enxergava a sua espada rodopiando até bingo! Acertou nas patas da Harpia, que foram amputadas na hora, e ela fugiu guinchando e gritando de dor e de fúria. O problema era que agora Lucy despencava no ar. Mas então algo surpreendente aconteceu que até mesmo Lucy ficou surpresa. Pequenas asas douradas surgiram em si, e com isso ela foi diminuindo a velocidade da queda, até pousar no chão.

–-- Lucy... --- Falou Hannya em um tom sério --- Você está igual a uma fada!

Nico olhou para Hannya tipo: “O que? Sua amiga quase morreu, acabou de despencar e criar asas do nada, e você faz um comentário desses?!”. Hannya tinha certa razão para dizer aquilo, uma garota de cabelo azul, com uma varinha na mão e asas obviamente ia parecer uma fada, mas Lucy olhava para si como se ela fosse um “experimento”, aquilo não era normal pra ela.

–-- Como você fez isso? --- Perguntou Nico ainda espantado.

–-- Não sei... Só sei que... Isso não é de Hécate! --- Respondeu ela.

–-- De quem seria então? --- Perguntou Hannya.

–-- Não! Não creio que se possa ser isso. --- Dizia Lucy para si mesma, chocada.

–-- O que? --- Perguntou Hannya impaciente.

–-- Íris! --- Respondeu ela perplexa. --- Eu tenho a benção de Íris!



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ae pessoal gostaram??? Sim?? Deixe um comentário ^^ Ajuda na vontade de escrever ;)