POV Carly:

Freddie estava aqui em casa, mas Sam estava nos evitando ao máximo possível:

- Você já pensou sobre aquilo? - Falei me referindo sobre amar a Sam de um jeito "diferente"

- Não! Pode parar de me pressionar. 

- Freddie... - Falei me dirigindo até ele e sentando no sofá aonde ele estava sentando

- Fala

- Você tem medo de amar?

- E-eu? - Falou Freddie meio nervoso gaguejando

- É. Você tem?

- E-eu? - Ele repetiu mais nervoso ainda

- É FREDDIE. É VOCÊ! - Falei aumentando o tom de voz

- É claro que não! - Ele falou pausadamente e olhando para o chão

- Diga isso olhando nos meus olhos.

- Eu já disse que não - Falou Freddie sem me encarar e eu deixei pra lá. Percebi que estava perturbando até demais. 

Me levantei do sofá e fui pra cozinha. Eu acho que eu estava enchendo Freddie de perguntas em relação a Sam. Eu tenta empurrar algum sentimento no coração dele, mas eu forço a barra e acho que Freddie já estava se irritando. Depois de pensar bem, eu decidi que não devia pressionar apenas Freddie e sim Sam que estava na sua casa. E é claro, ela não ia aceitar vir aqui em casa com o Freddie, então eu subi pra ligar pra ela:

- E-eu vou ali em cima Freddie! Pode ficar a vontade e assistir TV ok?! Ok. Já volto! - Falei apreensiva

- O que você vai fazer Carly? - Ele falou olhando pra escada em que eu estava subindo - CARLY! - Ele gritou ao ver que eu o ignorava.

Disquei o número da Sam cuja já havia decorado. Ela me atendeu com uma voz sonambula:

- Sam, Sam? - Gritei no telefone

- Carly?! Não estou bem pra conversar agora

- Eu não ligo. A gente precisa se ver. Somos melhores amigas. Devemos falar uma com as outras.

- Eu estou falando com você...

- Mas está me evitando. Eu vou na tua casa.

- Carly acho melhor nã... - Eu interrompi Sam

- Eu vou na sua casa! - Falei pausadamente, pois vi que Sam já ia me recusar

- Beleza, estou te esperando.

- Chego aí em 10 minutos. 

Então eu desci e Freddie ria com o programa da TV:

- Fredward - Falei mudando meu tom de voz pra um tom de homem e dispensei apelidos

- Ei Carly! - Ele riu pra mim

- Então, eu vou sair um pouco, mas pode ficar aqui em casa tá? - Falei voltando ao meu tom de voz normal

- Aonde você vai?

- E-eu v-vou no... No... - Não ia dizer que iria pra casa de Sam e então pensei numa desculpa rápida - No Groovie Smothie! É... Vou ver o T-Bo.

- Ver o T-Bo? - Freddie falou desconfiado

- É. Faz tempo que não vemos ele!

- Vimos ele ontem quando fomos no Groovie Smothie

- Qualé, não posso ir lá?

- Fique a vontade! - Falou Freddie dirigindo sua atenção a TV novamente.

Eu cheguei na Sam e bati na porta. Ela me atendeu com uma cara de doente, pijamas e pantufas de coelho. A única coisa que eu pensei na hora era o quanto ela estava triste, mas eu iria dar um empurrãozinho nela. E seria agora mesmo:

- Saaaaaam! - Gritei a abraçando

- Oi Carls! - Falou ela pondo um sorriso no rosto - Entra aí.

- Sam, parece que não te vejo á séculos. Você está tão distante de mim e Freddie. Aconteceu algo? - Falei como se não soubesse.

- Não aconteceu nada, não. E eu estou perfeitamente próxima a você... E ao Freddie também. 

- Não minta pra mim! - Falei colocando o dedo na cara de Sam. Já estava ficando aloprada. Isso já estava me dando nos nervos. Os dois negavam mais e mais. 

- E-eu não to mentin... - Interrompi Sam

- ESTÁ, ESTÁ SIM! EU QUERO QUE VOCÊ ME DIGA O QUE TÁ ROLANDO - Gritei como se não soubesse de nada - É O FREDDIE? VOCÊS TEM MEDO DE AMAR? ISSO É TÃO INFANTIL. VOCÊ O AMA? DIGA ISSO A ELE! - Estava fora de mim, ou pelo menos fingindo pra que ela me admitisse algo - QUER SABER? VOU EMBORA! - Estava me fazendo de díficil

- NÃO CARLY! - Sam gritou para eu voltar e meu sorriso se criou no meu rosto de satisfação - Eu te conto!

Então ela me puxou pro sofá e começou a falar tudo. Sabia que ia arrancar algo dela. Eu iria persistir. Eu poderia estar sendo chata, mas queria meus amigos normais comigo. 

POV Freddie:

Carly saiu feito louca aqui da casa dela e disse que iria no Groovie Smothie ver o T-Bo. Acho que foi a pior desculpa que ela já deu em toda a vida dela, mas eu a deixei ir sem nenhuma pergunta a mais.

Fazia um tempo que eu e Sam já não tínhamos nos visto. E a pergunta que sem Carly fazia pra mim (você ama a Sam?) já estava ficando complicadíssima pra responder. Precisávamos nos aproximar mais. 

Carly perguntou se eu tinha medo de amar e... Sim, eu tenho! É um medo de sofrer, de chorar, de se arrepender, de brigar. São inúmeras coisas pra enfrentar. AMOR de verdade (de um homem e mulher) eu nunca senti. Como já disse, nem pela Carly! Ela é como se fosse minha irmã. A Sam foi sempre algo diferente pra mim.

Eu ia correr atrás de Sam pra responder a pergunta de Carly de uma vez por todas. 

Continua...