Do You Love Me? escrita por Janaína Santini


Capítulo 3
3 - Amor é um campo de batalhas




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POV Sam:

Eu tinha beijado Freddie e agora eu posso dizer: eu não odeio Freddie, nunca odiei, mas eu tentava esconder que eu gostava dele. Sei lá, eu queria esconder o meu lado sensível, mas o amor é um campo de batalhas e já estava sendo insuportável manter meus sentimentos quietos, eles estavam gritando.

Eu não iria conseguir dizer pra ele que eu o amava. Foi assustador quando o beijei. Foi assustador ver a reação dele e depois eu queria fugir o mais rápido dali. Eu não queria responder as perguntas dele e nem as perguntas de ninguém. Eu só procurava um buraco pra enfiar minha cabeça.

Fiquei tão envergonhada que comecei a chorar. Eu não queria que ninguém me visse daquele jeito horroroso. Nem Carly e muito menos Freddie.

POV Carly:

Depois que Sam machucou Freddie eu os mandei para casa dele e eu aproveitei pra ir ao shopping. Quando voltei Sam estava com a voz chorosa e nem olhou pra minha cara, ela apenas passou direto sem ao menos dizer oi. Algo tinha rolado, mas eu sei que ela tinha acabado de sair da casa de Freddie que também não quis me dizer nada. Ele fechou a porta da casa dele na minha cara. De qualquer forma eu vou descobrir o que aconteceu. Com certeza eu vou!

POV Freddie

A Sam me beijou, calçou os tênis e foi embora sem ao menos explicar o motivo do beijo. Não vou dizer que não gostei. Desde o primeiro beijo que tivemos ela evoluiu não só no beijo, mas nela mesma.

Ela ficou um pouco mais gentil (apesar de continuar me surrando), ficou mais bonita e cheia de curvas. Bem diferente daquela menina magrela que parecia uma tábua com cabelo todo bagunçado e relaxada. Não quero dizer que a Sam era feia, ela NUNCA foi. 

Tudo aquilo me surpreendeu demais. A Sam me odeia e era raro ela apertar minha mão, quanto mais me beijar. Já fui surpreendente ela ter cuidado de mim do jeito que cuidou. Ela foi carinhosa, adorável e não reclamou nem uma vez sequer. Ela estava mudando aos poucos pra melhor, mas durante o tempo que ela esteve na minha casa eu via seu rosto meio triste e um olhar morto. Tinha alguma coisa acontecendo com a Sam. Eu ia pedir ajuda pra Carly, já que sou um garoto e não tenho experiência pra isso. Sai do meu apartamento e bati no de Carly, ela abriu:

- Não veio bater a porta na minha cara novamente né? - Falou Carly baseado no que eu tinha feito a pouco tempo

- Não, vim pedir sua ajuda! - E eu entrei na casa dela - É a Sam!

- Ela está esquisita esses tempos né? O que houve?

- Eu não posso te contar agora...

- Aaaaaaaah - Resmungou Carly - Mais segredos? Não posso te ajudar Freddie, não sem saber o que aconteceu.

- Ok, ok. Nos beijamos. Foi algo rápido, ela calçou o tênis e saiu corr... - Carly me interrompeu colocando a mão na minha boca

- V-vocês se beijaram? Mais uma vez?

- É, ela me beijou - Falei tirando a mão dela da minha boca - Mas eu não sei o porque e ela está triste esses dias

- Você... Você acha que ela está apaixonada?

- Apaixonada?

- Sim... Por você!

- Não, não - Me apressei em dizer - Ela me despreza e não ia começar a gostar de mim agora

- Não estou falando de gostar Freddie, estou falando de AMAR. Amar é algo espontâneo e não existe uma pessoa específica pra sentir amor. Se for você, é você. E não vai importar o que ela fez de ruim pra você ou falou de ruim pra você

Foi a mais pura verdade o que Carly tinha dito pra mim, mas a ficha ainda não tinha caído que Sam pudesse estar me amando. Eu tinha que pedir ajuda pra minha amiga, afinal duas garotas se entendem:

- Certo, agora você pode descobrir algo a respeito disso?

- Posso. Vamos descobrir juntos esse negócio de beijo e sobre o que ela está sentindo nesse momento

- NÃO... Não! Nada de falar sobre meu beijo com ela

- Por que não?

- Por que... Eu acho que ela ia me matar e me chutar em partes que não deveriam ser chutadas - Carly riu pra mim

- Ok, vamos descobrir, mas sem tocar no assunto do beijo. 

- Certo! - Concordei

- Mas que coisa... - Carly falou indignada

- O quê?

- Como o amor muda alguém! 

- É - Eu dei um risinho

- Ei, você ama a Sam? - Perguntou ela bem interessada

- Eu?

- Não, não... Imagina.... É VOCÊ SIM, FALA! É o primeiro passo pra nossa operação

- Eu... Eu não sei

- Ama ou não ama?

- Amo... Mas ela é uma grande amiga minha. Não sei se esse tipo de amor que você está falando.

Carly ficou calada e nos sentamos no sofá e começamos a assistir TV. Iríamos descobrir o que tinha rolado com a Sam de uma hora pra outra

Continua...


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