Fantastic Baby escrita por Super Hee


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Devo ressaltar que o gênero Romance, foi só algo de momento, se quiserem couples, yaoi, lime e diabo a quatro, é só colocar no review. Sem mais :)



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O céu estava encoberto por densas nuvens escuras. O silêncio fúnebre e a brisa suave, apenas reforçavam a tristeza do momento. Uma professora muito querida havia falecido, muito querida pela maioria dos alunos, mas em especial por você, que em momento algum parou de chorar. O líder de sua turma, se aproxima de você sorrateiramente e toca seu ombro esquerdo com a esperança de te consolar, mas você está apenas concentrada no caixão de sua professora que desce lentamente para a cova. Um adeus, um último adeus.

O que você, nem a maioria das pessoas percebem, é uma figura de negro se movendo por entre os túmulos. Não, não se tratava de um anjo negro da morte, se bem, que era bem semelhante, mas na verdade se tratava do misterioso e ausente G.D. Ausente porque a maioria dos discentes não percebiam sua presença, mas ele sempre estava lá, nos passeios mais toscos as aulas mais entediantes, mas sua presença não passava de uma sombra.

Havia outros alunos chorando no local, mas ele se concentrava apenas em sua tristeza. Em suas adoráveis e insistentes lágrimas que molhavam sua face, dando um brilho especial a pouca luz. Seus cabelos compridos e lisos, que cobriam apenas parte do lado direito da face, movimentaram com a brisa fresca e ele deu as costas, voltando para a entrada do cemitério. Dando por encerrado o enterro, você ainda se mantinha abalada, mas tudo que tinha a fazer era caminhar de volta para casa. As lágrimas estavam secando e sua respiração era lenta e pausada. O sentimento de tristeza ainda invadia seu peito com força e tudo que você mais queria, era afundar sua face no travesseiro ou entrar em baixo do chuveiro e chorar mais um pouco.

– Você vai ficar bem? - perguntou o líder de sua turma, Onew, visivelmente preocupado com seu estado, mas as lágrimas haviam cessado, e você não tinha tanto contato assim com Onew para aceitar sua preocupação.

– Vou – você respondeu solenemente e apressou seus passos em direção a saída.

Até o céu parecia triste com você. A maioria dos seus colegas, seguiam para uma rua, mas você, seguia para outra, então após se despedir de uma colega, você tomou o rumo contrário, seguindo por uma rua solitária. Sua cabeça baixa e falta de atenção, não fez com que você notasse a figura excêntrica de G.D, mas ele te seguiu até metade do percurso pensando nas palavras certas.

– Por que você é assim? - perguntou o garoto, finalmente deixando-se ser ouvido. Uma bela voz ele possuía, uma bela e desconhecida voz. Você se assustou com aquela voz e a imagem de G.D ao seu lado, não era exatamente tranquilizadora, mas você tentou recuperar a calma, para não sair correndo.

G.D não tinha a melhor fama do colégio.

– O que você perguntou? - perguntou você ainda aérea, mas lembrando-se que ele havia dito algo, ou melhor, perguntado algo a você.

Ele moveu-se desconfortavelmente ao seu lado, enterrando as mãos dentro dos bolsos de sua calça de couro com tiras amarelas. O guarda-roupa dele, sem dúvidas, era o mais excêntrico que você veria. Inspirando o ar com força, ele voltou a cabeça para cima e passou seus olhos carregados de maquiagem por sua face, buscando por nada mais, nada menos que seus olhos.

– Por que você é assim? - perguntou ele novamente, sem expressar absolutamente nada, além de curiosidade.

Por ligeiros segundos, seus olhos se encontraram com os deles e o desconforto foi evidente. Ambos desviaram os olhares o mais rápido que podiam, você incomodada com aquele súbito interesse e ele incomodado com o seu incomodo. Agora ele devia estar se achando um idiota por ter criado coragem de ir falar com você, mas agora já estava ao seu lado, te acompanhando para a sua casa, não custava nada sanar sua dúvida de uma vez.

– Assim como? - você pergunta o observando com o canto dos olhos, mas ele estava tão mergulhado em seus próprios pensamentos, que nem lhe nota.

– Assim, tão fofa e sentimental – responde ele gesticulando com as mãos.

Aquela resposta era tão ridícula quanto sua pergunta e interesse, mas você estava tão triste e abalada, que um pouco de atenção era merecida. Mas pensando bem na resposta, você se sente encabulada e fita aquela figura ao seu lado. De onde ele tirou aquele diálogo? Você se pergunta confusa.

– Eu não sou fofa e sentimental – protestou você sem pensar muito. Aquele garoto estava começando a confundir sua cabeça.

– Ah! Você é isso, pode ter certeza que é – respondeu ele em um tom audacioso, fazendo-lhe franzir o cenho, diante de tanta intimidade. Ele por um acaso achava que era seu intimo? Não, ele não era seu intimo, nem saber o nome dele você sabia, mas devido a grande paciência com todos, estava seguindo em frente com aquele diálogo, mas não se sabe por quanto tempo.

– Nós estudamos na mesma sala? - você pergunta com dois objetivos: atingi-lo e desarmá-lo e pela expressão de G.D, você conseguiu.

Ele espreitou os olhos já puxados para você e não respondeu. A consciência então resolve pesar e você se arrepende do que você disse, ou talvez não. O que importa é que você chegou a sua casa, então tudo que lhe resta, é se despedir do garoto estranho.

– Tchau G.D – você diz sem vontade e volta suas pernas para a entrada, mas as palavras deles, te fazem parar.

– Você não devia ser tão sentimental – disse ele mais como um pensamento do que como um conselho, mas você ouviu e é isso o que importa.

– E você não devia ser tão frio – responde você sutilmente e segue em direção a sua casa, o deixando sozinho na rua.

Aquele momento, havia sido sem dúvidas, mas o mais estranho de sua vida monótona, mas amanhã pela manhã, você tem aula e quer se concentrar nisso, mas as palavras de G.D ainda ressoam em sua cabeça, será mesmo que você é tom fofa e sentimental? E mais importante, isso é ruim? A manhã seguinte era uma quinta-feira e muito alunos haviam por contra própria emendado com o recesso pelo falecimento da professora, mas depois de ficar a terça e quarta sem aulas, muitos alunos vão para a aula inclusive você e G.D. Timidamente ele te observa de longe, mas não faz menção que ir conversar com você, mas sua mente ainda está confusa quanto a conversa do dia anterior e no horário do intervalo você resolve ir falar com ele.

O rapaz não é o mais fácil do mundo e assim que o sinal toca, ele desaparecesse nos corredores e com um pouco de esforço, você o encontra em um canto reservado de sua escola. Sua respiração é pesada e descompassada, nem você acredita que vai pedir aquilo, mas ele te vê e pergunta friamente o que você quer. Pelo calor do momento e o aceleramento do batimento cardíaco, você se foca apenas em seu pedido, que parece ser tão absurdo quanto o diálogo do dia anterior, mas mesmo assim, você a faz.

– Eu quero que me ajude a ser mais fria – diz você com pseudo confiança, mas é possível sentir o tremor em sua voz.

G.D te encara com a sobrancelha esquerda arqueada. Seu pedido é tão incomum, que ele não sabe o que dizer.

– Da onde tirou isso? - ele pergunta depois de longos minutos de silêncio, ainda encabulado com ideia tão absurda.

– Eu cansei de ser fofinha e sentimental, eu quero que você me ensine a ser mais fria como você – diz você com um pouco mais de confiança. Sua habilidade para calá-lo, estava lhe deixando absolutamente mais confiante, mas ao mesmo tempo, constrangida e com uma vontade louca de acabar com aquela situação.

– E por que eu faria isso? - ele pergunta vasculhando sua face em busca de seus olhos, mas você evita que eles se encontrem.

– Porque eu posso te ensinar a ser mais legal com as pessoas, você conseguirá amigos – despeja você achando ser um bom argumento, mas contraria ao garoto que em momento algum tinha a intenção de ceder.

– Eu tenho amigos – retrucou ele rapidamente, mas seu raciocínio é tão rápido, que a resposta fica pronta na ponta da língua e você a despeja sem pensar.

– Sem contar os imaginários – e novamente você o deixa sem resposta.

Encabulado com sua resposta rápida, ele passa os olhos pelo chão e novamente fixa em sua face buscando seus olhos, mas aquele olhar carregado continua a lhe incomodar e sua reação não poderia ser outra, a não ser desviar os olhos para um ponto qualquer do colégio. O silêncio se instala e ele continua analisando sua face com cuidado, até que você cria coragem e o encara de volta, sem nada expressar.

– Você me pareceu bem fria agora – diz ele em um pensamento alto e desvia os olhos para a esquerda, como se buscasse as palavras certas para continuar – Mas se eu vou te transformar em uma pessoa fria, você precisa me prometer que vai fazer exatamente o que eu mandar – e novamente seus olhos negros, realçados pela maquiagem da mesma cor, pousam em sua face, buscando uma reação.

Promessa? Ele queria que você prometesse algo? Essa era a parte por qual você não esperava, mas a escolha estava inteiramente em suas mãos, mas devo ressaltar que depois que sua melhor amiga mudou de cidade, você anda realmente entediada e talvez não seja uma ideia tão ruim passar um tempo com um garoto estranho, mas o que ele pretendia fazer e em que ponto de decadência você estava prestes a chegar?


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Notas finais do capítulo

Esse foi o primeiro capítulo, meio capenga por sinal, mas é que especificar muito sobre a vida da personagem principal não dava muito certo por tratar das leitoras, então já passei para a parte do pedido absurdo que você faz e como podem perceber, a resposta está em suas mãos. O que fazer agora? Simplesmente aceitar? Criar seus próprios termos de acordo? Ou sair correndo enquanto G.D não está olhando? A escolha é por conta de vocês ou minha, caso nenhum alma de Shisus me responda -kkk. E maiores detalhes sobre a personagem principal ajudaria. Sem mais :)