CAPITULO VIII

Edward se encontrava em uma constante, seus sentimentos agora aflorados por Isabella o estavam deixando inconsequente, seus pensamentos nublam quando está perto dela e seu monólogo constante é se a recíproca é verdadeira. Mas um sentimento de fúria o dominava todas as vezes que ele imaginava sua Bella sendo aconchegada nos braços de outro. Ela a pertencia e ele lutaria por Isabella.

Esme estava preocupada com o filho, ele andava sombrio e feliz ao mesmo tempo, mais não é isso que o amor faz com as pessoas?–Ele se perguntou.

Alice por outro lado se ocupava de ver o futuro de Edward mais nada havia sido decidido, mais ela torcia fervorosamente para que seu irmão fosse feliz.

[...]

–Eu sei que sou bonita e gostosa e sei que você me olha e me quer... –Rachel cantava a todo pulmão na manhã fria e monótona de sábado. Todos estavam dispersos pela casa. Lendon estava em casa esse fim de semana, Kevin e Max foram ao treino de futebol. Benjamin e eu estávamos assistindo um seriado novo que passava no canal fechado. Anna pintava suas unhas e Luiz tentava acender a lareira com seu dom. Stayce estava na “aborrecência” e ela tinha tendências de querer chamar a atenção das pessoas (de forma negativa) ela entrou na sala com um ar superior e se sentou no sofá, pegou o controle e simplesmente mudou o canal.

–Hei! –Eu gritei impaciente, eu não sou uma pessoa que tem paciência e também não abro mão de uma boa discussão.

–Hei o que garota? –Ela perguntou petulante.

–Stayce! –Benjamin a repreendeu, mais ela não deu ouvidos. Levantei do meu lugar e puxei o controle da mão dela, mas ela o tirou da minha mão usando a levitação de objetos (com seu dom) mais o controle caiu no caminho, pois eu lancei uma remessa de dor em sua direção.

–Eu não quero saber de brigas! Chega eu disse! Isabella já pro seu quarto e Stayce também e tira essa calça apertada agora! –Charlie ordenou. Eu me levantei frustrada e sai, não sem antes lançar mais uma remessa de dor em Stayce (que caiu no tapete da sala se contorcendo).

–Isabella!!!

[...]

Anna e Benjamin foram ao meu quarto me fazer companhia e escondido Anna levou o Notebook para assistirmos filmes.

–Sabe, eu acho que vou me declarar para Ângela. – Benjamin declarou depois do segundo filme, estávamos assistindo um filme de época “A outra”.

–Ain eu super aprovo sua decisão. –Anna disse animada com a novidade.

–Eu também! –Eu disse o abraçando. Ele ficou satisfeito e contou que vai se declarar antes do baile de inverno. Anna suspirou sentindo a euforia dos sentimentos de Ben e desejou que seu amor não correspondido fizesse o mesmo. Pedro era meio tímido mais ele no fundo gostava de Anna e era só questão de tempo até eles se acertarem.

–Tudo vai dar certo. Sempre dá no final... –Anna disse com melancolia.

–Que profundo. –Eu disse tentando amenizar a tristeza de sua declaração.

[...]

Era 20:00 quando Rachel apareceu em meu quarto, eu estava no notebook checando os meus e-mails.

–Posso conversar com você? –Ela perguntou hesitante e eu dei de ombros.

–Vou tomar isso como um sim. –Ela disse e eu sorri.

–Eu queria te falar isso há um tempo mais nunca temos oportunidade... É que eu na verdade queria te contar uma história.–Eu assenti imaginando o porquê de Rachel estar no meu quarto querendo me contar histórias.

–Sabe, eu sempre gostei de seu pai, desde o ensino médio quando ele namorava Renée. –Ela disse pausadamente e olhou para a janela. –Eu era a mais popular e influente da sala.

–Você tem mesmo cara de líder de torcida. –Eu resmunguei e ela deu uma risadinha concordando.

–Charlie não era um jogador de futebol, mas ele me chamava à atenção pela sua beleza e simpatia. Eu sabia que partilhávamos algo em comum, o gene mutante. Ele certamente não sabia mais eu sabia tudo sobre ele. Até que eu fui aceita na faculdade de Los Angeles, mais por motivos financeiros tive trancar o que eu tanto almejava. Voltei para Forks com intuito de ficar com minha família, quando soube que Charlie Swan estava de volta. Ele havia casado há um ano mais por motivos desconhecidos ele estava solteiro, quando recebi esta noticia confesso que me enchi de esperança, pois sempre nutri sentimentos amistosos por ele. –Ela suspirou e voltou a me olhar. Nessa hora eu entendi o porquê de toda a aversão que ela sentia por mim. –Então resolvi me aproximar dele, contei que era mutante e isso nos aproximou mais, pois ambos sabíamos dos segredos íntimos que ambos tínhamos. Começamos a namorar e Renée voltou para Forks e isso me encheu de medo, medo de perder meu amor. Renée disse que estava grávida de cinco meses e não sabia o que fazer. Charlie sugeriu a ela que ficasse em Forks até a criança nascer e ele iria registra-la e etc. Naquele momento eu soube que Charlie iria me deixar, eu me senti trocada por aquela criança, pois no momento em que está tudo bem ela apareceu e estragou tudo o que eu demorei a conseguir. Charlie e eu brigamos muito nessa época, pois ele não parava de falar de Renée e da maldita criança que ela carregava, eu estava cansada de lutar pelo nosso relacionamento sozinha e decidi que não dava mais certo. O que mais me machucou foi o fato de Charlie não oscilar em nenhum momento e nem pedir para que eu reconsiderasse na minha decisão. Então eu soube naquele dia que estava amando sozinha o tempo todo. –Eu assenti lentamente e fui empática. Vi que ser trocada por quem você ama não é algo fácil de lhe dar.

–Resolvi sair de Forks, pois as lembranças apesar de me acompanharem, ali elas sempre seriam mais fortes. Eu passei três anos da minha vida odiando Renée a criança e Charlie. Morei esse tempo com minha tia em Tocama e ajudei ela com sua loja de cosméticos, aprendi tudo o que sei hoje com ela. Depois de três anos resolvi passar o natal com minha família. Era dia 28 de dezembro e eu estava só esperando a virada do ano para voltar quando ele apareceu. Lembro-me de como meu coração batia descompensado e de como parecia que mil borboletas sobrevoavam meu estomago. Charlie me viu do outro lado da rua e correu ao meu encontro, dizendo que sentiu minha falta e que nunca me esqueceu. Aquilo encheu meu coração de alegria e até então estamos juntos até hoje. –Ela encerrou com um sorriso. Eu fiquei olhando para ela esperando uma conclusão mais abrangente da história.

–Eu só quero que você estenda os motivos da minha indiferença para com você no começo. Mas eu não quero o seu mal. Quando me falaram que você tinha siso pega pela SOF eu enlouqueci! Você nunca teve culpa de nada do passado e nunca deveria ter te tratado mal por algo que você nem tinha consciência. –Ela disse e eu relaxei, fiquei mais aliviada por saber os motivos de ser ignorada.

–Mas isso ficou no passado e quero me redimir com você! –Ela disse e abriu os braços para um abraço.

–Tudo bem Rachel! –Eu disse enquanto estávamos abraçadas. Pelo menos agora tudo estava certo entre nós duas.

[...]

–Bellôncia! –Kevin gritou entrando em meu quarto. Ele estava somente de boxer roxa da Black Jack e três calças jeans em um braço e quatro camisas polo em outra.

–Me ajuda a ficar sensual para meu encontro. –Ele disse jogando as opções em minha cama. Eu olhei para ele e levantei uma sobrancelha.

–Roxo Kevin? –Eu indaguei e ele ficou sem graça.

–As garotas gostam de roxo... –Eu ri e peguei uma calça jeans num tom bem escuro e uma polo cinza.

–Essas aqui e coloca uma jaqueta de coro, vai ficar tesudo. –Eu disse e ele sorriu.

–Com trancinhas ou sem trancinhas?

–Com trancinhas. –Assinalei

–Valeu Bella a bonita! –Kevin saiu acenando e sorrindo.

[...]

No domingo de manhã Lendon levou a namorada para nós conhecermos, ela não parecia fazer muito o tipo dele, mais é muito fofa e simpática. O clima entre eu e Stayce não estava dos melhores e eu estava ressentida com Charlie, pois eu simplesmente odeio que gritem comigo. Charlie me encarava de longe com uma expressão dura, o que me irritou mais ainda e me deixou sem fome. Me levantei da mesa e fui para o meu quarto fazer qualquer coisa banal ou iria arrumar confusão novamente.

O domingo passou lentamente pelo fato de eu ter dormido a tarde inteira e a noite eu sai com Benjamin, Anna, Lendon e Jamie, sua namorada. De madrugada eles iriam voltar para o campus da faculdade. Coloquei uma roupa simples e quente. Fomos num cinema em Port Angeles, Lendon e Jamie foram comprar nossos ingressos enquanto Anna, Benjamin e eu nos empoleiramos na bancada de guloseimas.

–Eu necessito de chocolate branco. –Eu disse apontando para a barra que estava no vidro do balcão e fazendo as contas mentalmente para ver se meu dinheiro daria para comprar uma barra e uma coca-cola também.

–Vamos dividir você compra a barra e a coca e eu compro o salgadinho e os amendoins. –Benjamin propôs e eu lhe passei o dinheiro.

–Eu quero doritos! –Lendon declarou.

–Eu apoio! –Eu disse animada. Quando se trata de comida eu sempre me animo. Olhei em volta do estabelecimento e estaquei; Edward Cullen estava ao lado de uma loira escultural e ele sorria abertamente para ela. Isso me incomodou mais eu continuei observando, os dois estavam absortos na sua conversa e ele ria bastante como eu jamais vi. Estava claro que ele não tinha me visto e me xinguei internamente por desejar que ele me visse e viesse falar comigo.

–Pra ele, ela é só uma amiga. –Anna disse sentindo os meus sentimentos em relação ao Edward. Suspirei num misto de alivio e indignação, independentemente do motivo dele estar ali não era da minha conta.

–Vamos! –Lendon nos chamou na entrada das portas do cinema. Eu olhei mais uma vez para traz e os nossos olhares se encontraram, mais olhei para frente e entrei na sala de cinema junto com os outros.

Tentei curtir ao Maximo nossa noite em família, pois é raro quando Lendon sai conosco. Mais com uma frequência irritante Edward Cullen aparecia em meus pensamentos, o que ele estaria fazendo com uma mulher aqui? Será que era sua namorada? Pelos olhares que ela lhe lançava, ela estava claramente interessada nele. Mas quem não estaria?

–Muito legal esse filme! –Benjamin exclamou animado e num choque me dei conta de que o filme já havia terminado e eu nem sabia o nome do filme. Pensei irritada, um programa entre família que deveria ser legal e justamente aqui ele aparece. Saímos pelos fundos e o corredor estava vazio, tudo transpirava tranquilidade e a brisa estava fria e calma. Nosso carro estava no estacionamento e eu entrei ansiosa para ficar no calor do carro e esquecer tudo o que vi hoje.

[...]

–Acorda negada! –Kevin gritou batendo no tampo da mesa, estávamos todos com cara de sono, Anna debruçada sobre seu prato dormindo, eu cochilando sentada e Benjamin imerso em seus próprios pensamentos.

–Eu to acordada. –Resmunguei e com um esforço me levantei para escovar os dentes.

–Vamos galerinha do bem! Tenho que chegar mais cedo hoje. –Max disse.

Todos com cara de enterro entraram no carro, Luiz estava doente então só fomos eu Ben e Ângela e o resto foram no carro de Max. Stayce e eu não nos falamos mais. Não que nos falássemos muito, mas o clima continuava ruim e eu também não troquei nenhuma palavra com Charlie. Benjamin estacionou e eu preguiçosamente desci do carro e Anna me acompanhou sorridente, pois Pedro se aproximou de nós e sorriu.

–Oi meninas! –Ele disse e Anna suspirou, eu apenas assenti e comecei a andar, mas Edward se materializou na minha frente. Não pude resistir e alfinetei-o;

–Como foi seu agradável domingo? –Ele estreitou os olhos e um meio sorriso zombateiro dançava em seus lábios.

–Como você mesmo disse; Agradável.

–Imaginei, sua cara de satisfação era notável. –Eu disse irritada e me afastei, mas ele segurou em meu braço com sua mão gélida.

–Esta com ciúmes? –Ele perguntou divertido.

–Porque eu estaria? Eu tenho um lance com outro cara... –Eu comentei e de subto ele me prensou em seu volvo e suas mãos grandes foram para a base dos meus quadris e ele apertava freneticamente me deixando excitada.

–Você é minha! Só minha. –Ele disse num sussurro e eu estremeci com seu tom possessivo que atraia.