Monstro Da Cosquinha! escrita por MeClara


Capítulo 1
Rawr! Vou te pegar!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem *---*



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Certo dia estava no chalé de Poseidon, no acampamento, tomando um café calmamente e tentando ler um jornal qualquer. Quando estava na terceira linha desisti, aquilo me deixava muito frustrado. Coloquei a xícara no criado-mudo e fechei os olhos, deitando na cama e tentando relaxar. Então ouvi gritinhos agudos e alguém começou a pular na minha cama. Sorri. Eu sabia quem era.

- Papai, papai! Eu fui perguntar para minha mãe sobre como vocês dois se conheceram e ela me contou. Você baba enquanto dorme, papai! – gritou a minha garotinha de cinco aninhos, com seus longos cachos pretos e olhos cinzas rindo feliz.

- É? E você sabe o que eu também faço? Cosquinhas! Sou o monstro das cosquinhas! – falei e fiz uma garra com a mão.

- Não! Socorro! Cosquinhas não, papai! – Sophie pulou da cama e saiu correndo pelo chalé, rindo ainda mais. Corri atrás dela, como o pai bobo que sou.

- Rawr! Vou te pegar, vem aqui! – gritei rindo.

- Nem me pega! Lero, lero. – ela fez um biquinho. Tropecei em um sapato e caí no chão, rolando. Minha filha se ajoelhou ao meu lado e olhou séria para mim. – Pai, você já teve seus dias de glória.

Soltei uma gargalhada enquanto ela se deitava ao meu lado. Ficamos olhando para o teto do chalé e ouvindo o barulho da fonte em silêncio.

- Pai, você ama a mamãe? – perguntou, fazendo um cafuné no meu cabelo com sua mãozinha pequena.

- Claro que amo. Você acha que eu ia aguentar os papos dela sobre arquitetura se não amasse? – falei.

Ela riu.

- É claro, mas o que eu estou querendo dizer, é: desde quando você a ama?

Virei-me para ela e me apoiei com um braço.

- Posso te contar um segredo?

- Pode. – seus olhinhos brilharam.

- Sabe como foi um dos melhores dias da minha vida?

- Não... Como?

- Foi em um dia quando Apolo estava bem brilhante. Chamei sua mãe para irmos velejar. Agora imagine o quanto babei quando ela apareceu com uma saída de banho transparente e um biquíni cinza? Os cachos loiros amarrados?

A pequenina sorriu.

Flashback on

Subimos no barco e eu comecei a manusear as velas, enquanto Annabeth estendia um pano no chão. Ela começou a tirar frutas e sucos e sanduíches naturais da cesta que havia trazido.

- Poxa, não tem nem um doce? – perguntei decepcionado.

- Você só pensa em doce? Por isso está ficando gordo. – ela deu uma risadinha.

- Gordo? Tem certeza de que isso aqui é gordo? – levantei minha blusa, deixando a mostra o meu tanquinho.

- Cabeça de alga! Abaixa isso! É claro que eu trouxe doces, você acha que eu iria esquecer? – ela tirou um grande bolo de chocolate da cesta.     

- Olha, desse jeito eu vou acabar engordando e você vai perder tudo isso. – olhei para minha barriga. – Tuuuuuuuuuuuuuudo isso. – dei uma reboladinha.

Ela riu e pegou uma uva, jogando-a para mim. Peguei-a no ar.

- Tem certeza de que vai me dar logo uma uva? O Sr. D. me odeia e você sabe. – falei olhando para a fruta.

- Senta aqui, logo! Vamos comer! – falou mandona, mas com seus olhos brilhando.

- Mandona. – dei língua para ela.

- Olha o respeito! – exclamou e me deu um beliscão quando sentei ao seu lado.

- Ai! Ei, isso doeu! – falei massageando o local.

- Essa era a intenção. – disse de forma pensativa.

- Não faça mais isso! – falei sério enquanto ela ria.

- Você não manda em mim, há!

- Eu sou o príncipe dos mares! E você é minha serva! Deve me obedecer! – exclamei abrindo os braços e me levantando.

Ela riu da minha besteira, me levando à loucura com aquele sorriso lindo e as covinhas que se formaram. Sorri inconscientemente. Annabeth se levantou também.

- Eu? Sua serva? Só porque você é o príncipe dos mares? Meu querido, eu não seria sua serva nem se você fosse o príncipe do Universo! – disse, soltando mais algumas gargalhadas.

Fiz um biquinho.

- Poxa, magoou, sua malvada, estou de mal! – virei de costas e cruzei os braços.

- Você é realmente um bobo. – falou me virando e descruzando meus braços, entrelaçou minhas mãos às suas e usou-as para guiar as minhas até sua cintura. Depois envolveu meu pescoço com seus braços. – Mas é o meu bobo.

- E você é a minha sabidinha. – esfreguei nossos narizes e depois a beijei.

Flashback off

- Nossa, que lindo, papai! – Sophie falou.

- Eu sei que eu sou demais. – disse convencido. Sophie me deu um tapinha de leve. – Ei, sabe o que você acabou de libertar com esse tapa?

- Não. – ela foi se lentamente.

- O monstro das cosquinhas!

E a corrida pelo chalé recomeçou.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Eu realmente achei essa história muito fofa, nem acreditei que fui eu que escrevi é u.u