Big City Dreams escrita por Louizze


Capítulo 3
Capítulo 3 - Pull Me Up


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo pra vocês, espero que gostem e que tenham uma boa leitura.



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De volta para casa, Justin ficou o caminho todo sem olhar pra mim e conversar comigo, ele realmente estava com raiva de mim. Mas eu não tinha culpa, esse garoto que começou, então era a minha vez de dar o troco nele.



– Porque fez isso?



Ele me perguntou assim que desceu as escadas da casa que dava para a sala, eu estava sentada no sofá olhando para o chão e brincando com a minha pulseira. Podia sentir o gosto da vingança, mas não era tão bom quanto parecia ser. Eu até estava me sentindo culpada.



Não, não, não! Não é hora de se sentir culpada, o culpado disso é Justin, JUSTIN.



Olhei para ele que estava com uma toalha na cabeça secando os cabelos, ele me olhava com aquela cara de neném e de vitima que me fez sentir mais culpada ainda. Eu podia ter o queimado com o café, que pela sorte dele não estava tão quente a ponto disso.



– Porque fez isso? – Repetiu.




– Foi sem querer.




Respondi depois de alguns segundos pensando em uma resposta, não iria pedir desculpas e nem contaria a verdadeira causa pra ele, não iria relembrá-lo daquela historia, ele podia rir da minha cara, e me chamar de criança por isso.




– Não, ninguém joga café na cabeça de uma pessoa e diz que foi sem querer, tem que haver um motivo.




OK, eu não conseguia mais olhar naquela cara de anjo dele, então desviei meu olhar para o chão de novo, além de culpada me senti envergonhada e infantil.




Senti o sofá do meu lado se afundar, sabia que era o Justin, e com o quanto dos olhos olhei para ele que estava olhando pra mim, e no mesmo momento voltei a olhar pro chão.




– Foi por causa do seu cabelo? Quando você falou que ia se vingar de mim, achei que era brincadeira... – Ele soltou uma risada baixa.




Eu não sabia o que fazer, não sabia o que dizer, não sabia o que estava sentindo, não sabia se queria ou não realmente me vingar dele, não sabia de nada. Ele parecia que realmente havia mudado, mas minha mente se negava a ser ingênua de novo como fui a anos atrás.




Tinha medo que Justin pudesse fazer coisas ainda piores comigo.




– Como eu já disse, eu não sou mais o mesmo, eu cresci. Então pode confiar em mim – Ele continuou – Mas eu não sei se posso confiar em você, não depois do que você fez hoje.




Ele se levantou e eu continuava a olhar pro chão. Droga, DROGA, DROGA. Obrigada Justin, muito obrigada, agora estou me sentindo mais envergonhada do que já estava antes.




– Me desculpe.




– Tudo bem.




Ele respondeu e voltou para as escadas, dessa vez as subindo para sei lá onde, talvez pentear o cabelo. Então seria isso? Eu me vingo de apenas uma dos milhares de coisas que o Justin faz comigo e me sinto culpada e ainda peço desculpas? Acabou?




Não, não acabou eu ainda quero vingança, não importa se ele mudou ou não, não importa se a sensação de vingança não é tão boa o quanto pensava, ele ainda iria pagar por tudo o que ele fez.




Levantei-me correndo e peguei um balde cheio de água, plano 2 iria entrar em ação daqui a alguns minutos...




[...]




Escutei o barulho e o grito de Justin, BINGO. Plano 2 deu certo. Subi as escadas correndo e vi Justin caído no chão com uma cara de dor e comecei a rir. Rir não estava na parte do meu plano, porque eu iria me fazer de boazinha e diria que deixei a água cair ali acidentalmente, mas como comecei a rir igual a uma retardada, Justin percebeu que fiz propositalmente.




– Você não vai parar, não é? – Escutei ele dizer se levantando.




Como eu era má, derrubar água na porta do banheiro para quando ele sair de lá tomar um escorregão e cair de bunda no chão não era um dos planos mais malignos do mundo, mais eu começaria a pegar leve com ele, e depois só iria piorando.




Estou sendo até boazinha.




Digamos que dessa vez eu não me senti culpada, porque não foi pior do que jogar café na cabeça dele em um local cheio de gente, e ele nem fez aquela carinha de neném como fizeram antes. Na verdade estava sentindo nada, só uma dor na barriga de tanto rir.




Acho que sou bipolar, ou apenas uma pessoa muito estranha, porque uma hora eu to lá morrendo de vergonha e me achando uma infantil por ter jogado café na cabeça do Justin, estava me sentindo culpada e uma completa idiota, pedi até desculpas. E agora estou aqui me vingando novamente do Justin e sentindo absolutamente nada.




– 2 a 0 pra mim – Disse ainda rindo.




– Então vai mesmo continuar com essa sua vingança? Ok então, se é assim que vai ser – Ele disse em um tom baixo se aproximando lentamente de mim – Eu mudei, não sou o mesmo de antes, estou até tentando ser legal com você, mas você ta pedindo guerra, então é guerra que você vai ter.




Justin me empurrou e senti minhas costas bater na parede com força, então ele prensou seu corpo no meu e colocou suas mãos na parede me deixando totalmente sem saída. Ele chegou seu rosto bem perto do meu.




Ai meu Deus, aqueles olhos cor de mel brilhante estavam me deixando maluca, e com a aproximidade senti uma vontade doida de beijá-lo. SOCORRO olha a bipolaridade e surto de loucura voltando.




– Você irá conhecer o verdadeiro Justin – Ele sussurrou no meu ouvido que me fez arrepiar – Veremos quem irá ganhar essa guerra.




Ele olhou em meus olhos e deu um sorriso sínico, tentei empurrá-lo para longe de mim, mas não consegui, ele era forte. E com aquele mesmo sorriso sínico, ele passou a língua em meus lábios e depois o mordeu.




O QUE AQUELE GAROTO TAVA FAZENDO? Ele era maluco e tinha surto de loucuras igual a mim? Só podia ser de família.




Foco.




Sorri sinicamente pra ele também e com uma força maior consegui o empurra um pouco, vire-me de costas e fui andando em direção as escadas.




– Veremos – Eu disse.




– Maluca – Ele gritou.




– Idiota – Revidei.




Fui para a cozinha e vi que era quase 23 horas, porra, o horário no Canadá passa mais rápido ou é impressão minha? Enfim, resolvi fazer um lanchinho pra mim, já que eu estava morrendo de fome já que meu café foi todo desperdiçado, pois é. Pra molhar a cabeça grande do Justin tive que jogar o café todo nele.




Fiz um sanduíche pra mim e sente-me a enorme mesa de vidro que havia ali, sério, aquela casa era o quíntuplo do tamanho da minha casa, pra que aquele exagero todo?




Quem tem dinheiro tem, quem não tem fica aqui falando que a casa grande como aquela é de tamanho exagerado.




Comendo meu sanduíche eu comecei a pensar no que havia acabado de acontecer entre eu e o capeta do Justin, tudo bem que eu tinha gostado de ele ter me empresado na parede, e com a aproximação e tal, MAS O QUE SIGNIFICOU AQUILO?




Estou começando a achar que ele é o tipo daqueles garotos safadões.




Bom, ele me disse que eu ia conhecer o verdadeiro Justin, vai que ele era realmente aqueles garotos tarados que só querem saber de sexo e festa, e a tia Pattie o mandou ser bonzinho comigo senão ela botaria ele de castigo por 1 mês sem sair de casa?




E agora que estamos em guerra, eu to fudida, tipo, vai que esse menino ai dá a louca e vem pra cima de mim querendo me agarra? Por que vocês viram o que ele acabou de fazer comigo, então. É PRA FICAR COM MAIS MEDO AGORA OU DEPOIS?




Já tinha medo dele antes e agora eu estou com medo de ele um estuprador.




Ok chega Paloma, para com isso. To surtando e ficando maluca, é eu disse que eu ia enlouquecer, não disse? Eu disse que iam acontecer coisas ruins no Canadá, eu disse que ia morrer ok, não que eu vá morrer literalmente, ah, dá pra entender. Tenho que parar com esses surtos de loucuras.




Agora além de louca eu fico brigando e conversando comigo mesmo. INTERNEM-ME, TO MALUCA.




– Você é realmente maluca – Escutei Justin, ou melhor, o capeta em pessoa falar.




Olhei pra porta da cozinha e vi ali, o menino que julgo ser um encapetado todo lindo, maravilhoso, gostoso, perfeito, arrumado e cheiroso. MEU DEUS ME ABANA QUE EU TO FICANDO SEM AR.




Agora eu sou oficialmente a mais feia da família, antes era o Justin, porque senhor, ele era muito feio, mas agora... AGORA...




– Vaza – Falei dando uma mordida no meu sanduíche.




– Ok, estou de saída mesmo - Ele pegou a chave do carro que estava em cima da mesa.




– Aonde vai?




– Não interessa – Respondeu




– Mas interessa a mim – Escutei a voz da tia Pattie vindo das vinhas costas.




Justin fez uma cara de desgosto. Daí bateu aquela vontade enorme de rir, não sei por que, mas senti muita vontade de rir da cara dele, mas não iria fazer isso porque sou legal, então apenas ri de lado pra ele e levantei a sobrancelha, só pra provocá-lo.




– Vou a uma festa com o Alfredo.




– Ótimo, a Paloma vai com você – Minha tia disse.




– Vou?




– Vai? - Justin ficou surpreso.




Ok, agora a porra ficou séria, eu odeio festas, sabe, aqueles adolescentes bêbados e retardados dançando, ou melhor, se esfregando um no outro, ou sabe-se lá até usando drogas. Minhas tias me odeiam.




A primeira tia praticamente me chuta pra minha própria morte, onde tenho que ficar no Canadá, por duas semanas, com o Justin. E a segunda tia que me manda ir pra uma festa no Canadá com o Justin. Elas querem me ver morta.




Então eu tive uma idéia genial...




– Sim, eu vou – Disse decidida. Não pensem que é suicídio, mais tenho um plano 3.




Justin lançou-me um olhar que se ele tivesse visão de raio laser já teria me fritado todinha. Então me levantei e fui para o meu quarto me arrumar, mas assim que abri a porta do quarto tive uma surpresa.




Fiquei parada na porta com os olhos arregalados, com toda a certeza do mundo foi Justin que fez aquilo. Então senti que alguém estava atrás de mim e pelo cheiro sabia que era ele, pois é, estava paralisada e nem o ouvi subindo as escadas.




Ele estava muito próximo de mim, podia sentir isso.




– 2 a 1 – O ouvi sussurra em mim ouvido.





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Continua...


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Deixem reviews senão não saberei né....
Ainda estou aceitando ideias de vingança, mandem pra mim. E O QUE SERÁ QUE O JUSTIN FEZ HEIN? MUAHAHAHA DEIXEI VCS CURIOSOS, SOU MÁ.
Ideias sobre o que pode acontecer na festa são bem vindas também, beijo e até o próximo.