Ressurreição escrita por Jaque de Marco
Notas iniciais do capítulo
“O céu e a terra assinalavam presságios. Meteoros cárdeos rasgavam o firmamento na noite. Uma auréola de fogo dividida em três círculos rodeava o disco da lua. Os llaycas agouravam o Inca: ‘o primeiro círculo anuncia guerra; o segundo, a queda do sol; o terceiro, o fim de tua raça’.”
(Arturo Capdevila - Los Incas, página164)
“Se houvesse uma forma de me transformar em humano para você, não importa qual fosse o preço, eu pagaria.”
(Edward Cullen – Eclipse, capítulo 12)
O vento batia forte na janela, fazendo um som de assovio. O som fazia parecer que havia alguém batendo, querendo entrar. Mas sabia que estávamos sós, éramos somente eu e ele. A luz estava baixa. O quarto só era iluminado por velas que criavam contornos dançantes dos poucos móveis do lugar.
Ele estava na minha frente, olhando-me de cima. Seus olhos eram como topázios, de um tom perfeito de verde. Sua pele estava rosada, quase corada. Eu sorri da situação e ele fez o mesmo. Ele estava radiante.
A mão macia dele tocou meu rosto e eu fechei os olhos. Estava quente, um calor que jamais senti antes. Ele contornou toda a lateral do meu rosto parando no meu queixo. Ainda com os olhos fechados eu senti a sua aproximação. Sua boca encostou lentamente na minha. Devagar ele começou a movimentar seus lábios nos meus. Estavam úmidos.
Suas mãos estavam nas minhas costas, subindo e descendo, ganhando velocidade conforme o beijo ficava mais urgente. Eu passei minhas mãos por sua nuca e segurei forte, não queria que ele me parasse. Seu braço parou na altura da minha cintura e por um instante fiquei com medo dele ter desistido. Então ele me segurou forte e passou o outro braço por minhas pernas, na altura das costas do meu joelho. Ele parou o beijo e sorriu para mim enquanto me carregava em seu colo para a cama a nossa frente.
Ele suava frio, em contraste a sua pele quente. Sentia calafrios conforme me tocava. Devagar, ele me deitou num colchão macio, ficando sobre mim. Ele abaixou e roçou os lábios no meu pescoço. Eu fechei os olhos novamente e suspirei. Ele parou perto da minha orelha e sussurrou:
- Eu te amo, Bella.
Sua voz macia estava entrecortada, seu peito subia e descia rapidamente numa respiração forte. Eu quase podia ouvir o batimento forte de seu coração. Ele estava comigo como nunca estivera antes: de corpo, alma e coração.
- Eu te amo, Edward.
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