No dia seguinte fui para a escola, super animada. Na aula de química tínhamos que fazer alguns experimentos. E como eu estava muito distraída acabei quebrando um vidro com ácidos, isso fez com que a professora Kartey chamasse a minha atenção na frente de todos os alunos, que após a bronca, riram da minha cara. A turma de química não gostava de mim. Faziam de tudo para que eu fosse reconhecida como a pior aluna da escola. Até hoje eu não entendo o por que. Enfim, finalmente o sinal tocou, corri rapidamente para a aula de Biologia para encontrar Sophia, ela já me esperava guardando meu lugar ao seu lado.

– Olá Soph. – disse alegremente e a cumprimentei com um beijo no rosto.

– Oi Alanis. – me retribuiu. – Posso saber o motivo de tanta felicidade?

– Claro, mas vou te deixar curiosa até o intervalo. – respondi dando uma gargalhada má.

– Não faça isso comigo, me conte agora! – ela estava ficando brava.

O professor Ian começou a explicar sobre as genéticas e o motivo de algumas pessoas nascerem especiais.

– Quero prestar atenção na aula. – respondi, ignorando olhar para ela.

Ela bufou abriu a apostila e olhou para professor sem parecer prestar atenção na matéria.

– Blá blá blá. – foram suas ultimas palavras na aula.

Rapidamente a aula acabou e o sinal para o intervalo tocou. Sophia me puxou pelo braço, ela estava muito curiosa.

– Já vou falar Soph, pode me soltar.

– Ok. Desculpe. Mas conta logo chega de suspense.

– Ta bom né. Sabe aquele dia que você teve que sair mais cedo da aula de inglês?

– Não me diga que tem a ver com o professor? – parecia estar preocupada.

– Acertou em cheio. Ele me convidou para jantar amanhã, acredita? Hoje já é sexta-feira, preciso comprar uma roupa linda. Você vai me ajudar, vai ao shopping comigo.

– Não, eu não acredito. Quero deixar bem claro que eu não concordo com o que você esta fazendo. Só uma pergunta. Não é contra a regra da escola alunos e professores...?

– Sim, mas ele falou... – cochichei. – Que ninguém precisa saber. – dei uma gargalhada muito alta.

– Não acredito. Eu não posso te ajudar. Desculpa Alanis.

– Ah não, você não vai fazer isso comigo Soph. Eu sempre te apoiei em todas suas loucuras porque eu sabia que aquilo te faria feliz, mesmo não concordando.

– Isso vai te fazer feliz?

– É óbvio. – gritei.

– Ah, tudo bem então. Só porque você é minha melhor amiga. Mas me prometa nunca mais fazer isso.

– Prometo minha amiga linda e maravilhosa. Essa vai ser a única vez, espero. – a abracei bem apertado e a enchi de beijos, ela sorria.

O intervalo terminou e infelizmente nos separamos, fui para a aula de filosofia e Soph de português. Nos encontraríamos na saída da escola para irmos ao shopping fazer compras magnificas.

A aula de Filosofia relatava sobre o romance de Romeu e Julieta. Apesar de amar a matéria, não consegui me concentrar. Logo ficava pensando no livro em que estava lendo "Querido John" de Nicholas Sparks. As horas passavam rapidamente, talvez porque eu estivesse totalmente distraída em minhas fantasias. E logo terminaram as aulas. Sophia como sempre pontual já me esperava. Ela estava com seu amigo Dexter e eles me observavam enquanto me aproximava.

– Olá Dexter. – disse.

– Oi e tchau Alanis, já estou de saída. – respondeu parecendo apressado. – sorri sem emoção.

Sophia me olhou com uma expressão alegre.

– Vamos? – perguntou.

– Claro! – respondi super empolgada.

Pegamos um táxi e fomos direto para o centro da cidade de New York. Tentávamos economizar nosso tempo para entramos em mais lojas possíveis. Até que encontramos a grife "Viva La Vida". Com estilo meio puxado para o rock. Amamos todas as roupas que se encontrava lá, estouramos meu cartão de crédito e partimos para outras lojas. Encontrei o vestido perfeito, bem casual, porém o preço estava acima do que eu tinha no momento. Rapidamente Soph me emprestou seu cartão, sem se importar. Andamos o centro da cidade inteira, fizemos diversas compras de roupas, sapatos, acessórios e maquiagens, estávamos mesmo precisando. Pegamos um táxi para irmos para casa.

– Puxa Soph, nunca pensei que fosse dizer isso, mas, estou cansada de fazer compras.

– Eu também. Mas estou tão feliz, nos divertimos tanto.

– Verdade, temos que fazer isso mais vezes.

O táxi parou primeiro na minha casa como o combinado.

– Tchau Alanis. – disse Soph super casada.

– Tchau Soph. Depois nos falamos por telefone. – sai do táxi.

Ela acenou enquanto o carro se distanciava da casa, acenei de volta.

Entrei meio desajeitada com as sacolas, meus pais estavam assistindo TV, deram um sorrisinho e logo me fizeram algumas perguntas.

– Como foi seu dia? – perguntou mamãe.

– Cheio. As aulas foram ótimas. – menti, afinal não havia prestado atenção nas aulas. – Depois fui fazer compras com Soph. Estouramos nossos cartões de crédito. – disse sorrindo torcendo para que eles não brigassem.

– Algum motivo especial para tantas compras? - perguntou papai.

– Amanhã irei jantar com Christian!

– Seu professor de inglês? – perguntou mamãe parecendo assustada.

– Ele mesmo, nada de mais, só vamos jantar.

– Não quero você se envolvendo com caras bem mais velhos que você. – disse meu pai autoritário.

– Blá blá blá. Me deixem. Vou para o meu quarto arrumar meu closet, depois vou estudar. Boa noite!

– Boa noite. – respondeu os dois.

Fui para o quarto e não consegui fazer o que dissera para os meu pais. Logo quando deitei na cama, peguei no sono.