Gabriel Baker, O Mago escrita por TheSermor


Capítulo 2
Eu encontro um professor contra a minha vontade


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ficou chato, mas não sabia como continuar sem passar por essa parte.
Ainda peço algumas críticas construtivas, se algum escritor um pouco mais experiente chegar a ler. Vlw gente :D



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O que você faria se quase tivesse sido morto por uma criatura de 2m de altura que lançava dardos pela boca? Acredite, não é tão difícil de acontecer quanto parece. Samuel havia perguntado meu nome e não tinha respondido, estava apenas parado lá, com olhos arregalados e as pernas fracas. - Tudo bem garoto?

– Tudo bem? - eu disse - Eu quase fui morto por um sei-lá-o-quê! Eu ainda nem consigo mexer as minhas pernas direito e você vem perguntar se eu estou bem?

– As suas pernas vão ficar boas logo, mas temos que sair daqui. Os perseguidores andam, no mínimo, em pares.

Demorei alguns segundos para entender o que ele tinha dito e então a ficha caiu.

– Tem MAIS dessas coisas!?

– Ah, tem sim. E não acho que vão demorar a chegar aqui.

Samuel me agarra pela manga da camisa e me arrasta para a rua. Tudo parecia ainda tão normal, não era como se eu quase tivesse sido morto a alguns minutos, e salvo por um cara que eu nem conhecia.

– O que foi aquilo que você fez no beco? De onde veio aquela coisa? E a espada? E por que estava atrás de mim?

Íamos agora mais para o centro da cidade, cada vez mais gente e mais luzes, prédios altos de arquitetura gótica, havia gárgulas no alto de cada um e cada beco era mais escuro que o anterior. Ouvia-se risadas de dentro dos bares e pessoas bêbadas saiam de dentro de vários deles quase sempre acompanhadas.

– Você pergunta muito rapaz, isso é bom. Primeiro, aquela coisa não veio de lugar algum, ela sempre esteve por aqui, ela só não estava interessada em você, até agora. Segundo, ela estava atrás de você por que você começou a despertar...

Ele me levou até a porta de um prédio, devia ter uns 10 andares, uma arquitetura gótica. Pensei até ter visto gárgulas no alto do edifício.

–Entre.

Entrei.

– Despertar? Mas...

Ele não me deixou terminar.

– Espera garoto, eu ainda não acabei.

Subimos até o ultimo andar, não vi mais ninguém no prédio alémde nós.

– Despertar é quando você começa a perceber que não são os humanos que tem todo o controle do mundo. Existem outras coisas, criaturas que você apenas houve em histórias e filmes, mas eu garanto que elas existem. Percebe a Magia.

Entramos no apartamento 1035. Primeira coisa que eu reparei, era enorme. Tirando as paredes onde haviam janelas, todas as outras eram ocupadas por estantes cheias de livros. Havia um enorme lustre no meio da sala, a luz era fraca e tudo cheirava a cigarros e poeira. No centro da sala havia uma mesa redonda com cadeiras, e mais um par de poltronas perto das janelas, viradas para a porta onde entramos. Podia ver duas outras portas, uma do lado esquerdo no fim da sala e outra no meio, só que na parece oposta.

– Espera, espera! Você está dizendo que aquela coisa era algum tipo de bicho mágico?

– Exatamente. Eles são chamados de Perseguidores. Trabalham mais em grupo e servem como mercenários, trabalhando para quem pagar. Mas eles também tem um código de conduta de, digamos, guerreiros. Adoram batalhar, as vezes procuram alguém que acham capaz e o desafiam, como fizeram com você. Vamos, sente-se.

Samuel foi até uma das poltronas e se sentou, me convidando a sentar na outra. Depois que havia feito como queria, ele continuou.

– Você já deve ter reparado, mas existem várias coisas que regem o nosso mundo além das leis dos homens. Se eu te dissesse que magia existe, depois do que você viu hoje, não duvidaria, certo? Bem, a sua outra pergunta era como havia saído a espada, e porque aquela coisa estava atrás de você. A resposta para essas perguntas é fácil. Magia.

– Sei. Claro, por que não?

– Pare Grabriel, não seja um cético. O Perseguidor deve ter te sentido, por isso foi atrás de você. E você deve ter sentido que havia algo atrás de você, sabia que estava sendo seguido. Não é?

Ele deve ter visto a verdade no meu rosto, por que fez uma expressão de vitória.

– Já que você é um cético, eu vou te fazer uma demonstração.

O mago levantou as mãos e um par de livros saiu da estante parando no meu colo. - Veja, podemos fazer tudo que quisermos. Nós, magos, somos regidos apenas pelas leis de nossa mente, e pela nossa força de vontade. Claro que também há estudo, mas cada mago e feitiço são únicos, ou seja, você pode criar os seus próprios.

Minha mente estava lenta de tanta informação. Não podia negar que aquela coisa que me atacou era sobrenatural, e havia o modo como eu sabia que estava sendo perseguido, sem tirar, também, o fato de as lixeiras terem apenas atacado a coisa, elas não deviam apenas ter resolvido me ajudar.

– Mas por que o Perseguidor só veio atrás de mim agora?

– Porque você é um mago recém-desperto, ou seja, acabou de descobrir sobre a magia. Gabriel, existe um código entre nós. Se qualquer mago encontrar um recém-desperto, somos responsáveis pela sua educação básica, ou seja, se quiser, posso te ensinar.

– Ah, mas eu não QUERO ser um mago.

– Você não tem mais escolha, uma vez que você desperte, não há volta. Então o melhor que pode fazer é aprender como se defender de coisas como o Perseguidor, porque eles te perseguirão. Não existem muitos magos hoje em dia, somos ofuscados pela tecnologia e a descrença no sobrenatural. O que quer dizer que os que existem são perseguidos e usados das mais diversas formas, mas a escolha é sua, se não quiser, não posso te obrigar.

– Certo.

– Mas rapaz, tem algo que deve saber. Se for fazer isso, terá que ficar por aqui. Se não quiser morrer, não pode ficar perambulando por ai. Exitem coisas muito mais perigosas que um Perseguidor que adorariam colocar as mãos em um mago com potencial como você.

– Quer dizer que eu tenho que ficar aqui se quero ficar vivo. O livre arbítrio é algo tão lindo, disse, girando os olhos.

– Vou considerar isso como um sim.

Não sei por que, mas Samuel parecia feliz.

– E até agora você não me disse o seu nome - ele lembrou.

– Gabriel Baker.

– Ótimo, agora você não é mais um estranho. Venha, tenho um quarto desocupado que você vai poder usar.

Fomos para a porta do lado esquerdo, a que ficava no meio da parede, entre duas enormes prateleiras. Depois da porta havia um corredor, onde haviam várias portas de ambos os ladose alguns quadros pendurados nas paredes, mas não me dei ao trabalho de prestar atenção nas pinturas.

– O seu quarto vai ser o último do lado esquerdo, ou seja, a quarta porta à esquerda.

Chegando ao quarto Samuel abre a porta com uma chave que estava no bolso e a deixa na fechadural. O quarto era medoreado. Tinha paredes cinzas e uma janela grande de frente para a porta. Havia algum espaço avulso, mesmo com a cama, o guarda roupa, a estante de livros e a mesa que havia lá dentro.

– Sinta-se em casa pelo tempo que precisar, não se preocupe com roupas por que o armário está cheio delas e tenho quase certeza de que cabem em você. Tome um banho e durma um pouco, o banheiro fica na porta em frente. Amanhã teremos um dia cheio. E seria bom não dar muita atenção ao que o escuro diz.

Com isso me deixou no quarto sem nenhuma outra explicação. Fui até a cama e me joguei lá com o rosto no travesseiro.

– Legal, pensei, sou um mago e não posso voltar pra casa porque coisas que eu nunca pensei que existissem podem me matar.

Eu estava exausto e não tinha certeza do que pensar, podia até imaginar a polícia procurando o rapaz que desapareceu quando ia para a biblioteca. Me levantei e procurei pelo guarda roupa por toalhas limpas, depois de me lavar voltei ao quarto e vesti um jeans preto com camiseta cinza com uma caveira nas costas. Ainda estava com o cabelo molhado quando bateram na porta.

– Entre

–Hey,-disse Samuel- Eu sei que sua tarde foi estranha, mas vamos ter que sair.

– Sair? Pra onde?

– Explico no caminho, vamos.









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Notas finais do capítulo

Reviews?? u.ú