"Listen, listen, woah, listen, ooooh
Take your nose off my keyboard
What you bothering me for?
There's a room full of niggas!
What you following me for?
This ain't no f-ckin sing-along
So girl, what you singing for?
Cause we blowing like a C4
Got my whole crew blowing like a C4

20, keep the bar rolling
Fake Id's and the trash we going straight to the top
Rooftop close with a handful of girls and they all so foreign
Rain so poisoned, rainbows flowing..."

(Drake feat. The Weeknd - Crew Love)

O medo a dominava, suas mãos tremiam, seu corpo tremia. Estava de olhos fechados, encolhida, e quase não respirava, com medo de que ele a encontrasse. O medo só aumentou quando Tyler disse com sua voz, nada normal: - Vamos querida, saia. Estou dando chances de você viver. Se sair agora não te mato, caso não saia, te mato bem lentamente. Do jeito mais doloroso possivel, sabe que amo ver as dores dos outros. - Suas mãos tremiam, enquanto seus olhos enchiam de água, e aos poucos os passos ficavam cada vez mais perto. O sangue escorria por sua boca, e todo seu corpo latejava de dor. Foi então que tudo ficou em silêncio, ela esperou alguns minutos, e saiu correndo. Logo em seguida escutou uma risada maldosa, e então se desesperou, sentiu as mãos asperas puxarem seu braço com força, fazendo-a gritar de dor, e medo. Tyler deu seu último sorriso, sorriso qual causava-lhe arrepios, e puxou a faca de sua cintura, e cravou-a na barriga de Amber.

Acordou-se com a respiração acelerada, os cabelos negros colados a testa, e com medo do passado, novamente. Os lençois da cama encontravam-se bagunçados, então a garota levantou-se, olhando para o relógio de parede, que já marcava sete e meia da noite. Foi até a cozinha, e sentou-se na mesa, com as mãos entre a cabeça. Ela se sentia perdida, quando tinha esses tipos de pesadelo, pois ele poderia voltar. Na verdade ele pode. E isso que a deixa com mais medo. Não se sente segura, apesar de nos últimos anos alegar que jamais tinha medo dele. Ela sabia que em nenhum lugar estaria segura, ele poderia ir ao seu encontro, em qualquer lugar, e isso que deixava insegura, todos os dias.

Seus pensamentos foram interrompidos, pelo toque da campainha. Amber se recompôs, e foi até a porta. Ao abrir se surpreendeu. Selena Gomez estava parada em sua porta, com um sorriso animado, malvado, e esperançoso.

- Oi, lembra-se de mim Amber? - Selena perguntou calmamente.

- Lembro sim. A última vez que te vi, você estava na festa do Bradley.... Tenho duas perguntas a fazer. Primeira: como sabe onde moro? E segunda: o quê veio fazer aqui? - Perguntou desconfiada.

- Posso entrar? - Amber nada disse, apenas deu-lhe espaço para adentrar em sua casa. - Nossa, você tem bom gosto. - Comentou Selena, arrancando um sorriso torto de Amber. Selena sentou-se no sofá, e Amber fez o mesmo, sentando a sua frente. - Bom... Eu fiquei sabendo de algumas coisas suas... - Amber arregalou os olhos. - O Bradley me contou, sobre você ser uma matadora de aluguel.. Quer dizer, ex. Antes que pense qualquer coisa, quero dizer que quero usar seus serviços. Preciso que dê um jeito em alguém. - Disse ela sorrindo abertamente. Amber não acreditava que Brandley havia dito o seu maior segredo a ela, havia pedido para que esquecesse aquilo. - Não briigue com o Bradley, eu sabia que ele conhecia algumas pessoas que poderiam me ajudar nisso, e pressionei ele até o último segundo. Então ele me disse que você fazia isso, mas parou, pois já tinha o que queria...

- Olha eu realmente não gostei do Bradley ter dito isso pra você, e como você mesma disse, eu já parei. Já tenho o que quero. - Amber a interrompeu, nervosa, querendo acabar logo com a conversa.

- Olha, eu preciso muito que você faça só um favor pra mim. Por favor... Eu pago bem! - Selena garantiu, olhou para o lado, vendo uma pequena gata de pelos brancos, encantou-se com a gata e pegou-a no colo. - Qual nome dela? Ou dele?

- Sophie... Quanto eu ganho nessa história? - Amber perguntou interessada. Selena voltou a sorrir.

- Um milhão. Que tal? - Amber soltou um leve "hum", interessada. - Você tem apenas que matar meu ex. Bradley disse que você é uma ótima matadora, será que consegue matá-lo?

- Quem diria que, um dia a princesa mimada e riquinha da Disney iria me pedir um favor desses... Terminou com o Justin? - Selena assentiu, um pouco chateada. - Bom, o serviço vai demorar um pouco, por que Justin Bieber tem uma equipe grande de seguranças, mas nada que o tempo não resolva. - Explicou.

- Então você aceita? - Selena perguntou animada, fazendo o brilho em seus olhos aparecer ainda mais.

- Sim. O serviço demorará, no máximo um mês. 

- Não me importo com o tempo, só quero que ele morra. E ai sim, tudo vai ficar maravilhoso. No dia em que eu receber a noticia da morte dele, enquanto milhões de garotas vão chorar, eu vou estar sorrindo radiantemente... Bom, eu acho que já vou indo...

- Mas já? Por quê?

- Pensei que você estivesse ocupada.

- Não, não estou. Fica um pouco, pra gente planejar sobre isso. - As duas levantaram-se do sofá, e foram em diração a cozinha. Por lá ficaram por quase duas horas, conversando não só sobre o 'serviço' que Amber teria que fazer, mas também sobre outras coisas. Enquanto amigas se reuniam para conversar sobre coisas normais, Amber e Selena se reuniam para falar sobre morte. Uma coisa nada normal, mesmo. Logo depois, Selena foi embora, e então Amber pôs seu plano em prática. Queria logo acabar com aquilo, para enfim, se sentir segura. Discou o número de Ryan Good, um velho amigo seu, que iria adiantar e muito nisso tudo. Pois por sorte, havia o encontrado duas noites atrás, e o mesmo havia a oferecido um emprego de estilista, pois ele iria sair da equipe de Justin. Pois bem, agora isso que ajudaria e muito.

- Alô? Ryan?

- Oi Amb, tudo bem, gata sensual? - Ryan disse, fazendo Amber gargalhar alto.

- Pára com essa de gata sensual, esse apelido foi no passado. Respondendo a sua pergunta, tudo sim Ry. Olha, estou ligando para falar sobre a sua proposta...

- Nossa, pensei que estava com saudades de mim. - Disse com uma voz triste, fazendo Amber rir.

- Eu estou com saudades de você seu bobo. Mas eu pensei melhor, e acho que posso me dar bem nesse emprego... Se a proposta ainda estiver de pé...

- Eu tenho certeza de que você vai se dar bem, que tal nos encontrarmos mais tarde? Te mostro ao pessoal da equipe. - Propôs.

- Acho uma boa ideia... Mas será que eles vão gostar de mim? - Perguntou, fingindo se importar.

- Claro que vão. Então daqui a pouco passo na sua casa, tudo bem?

- Claro. Até mais. - Esperou Ryan responder, e desligou a ligação. Jogou o celular sobre a mesa e correu para arrumar-se. Pronta para começar o seu plano. Finalmente.