Way se levantou e pediu permissão para o professor, indo até o banheiro saindo da cabine ele avistou Frank arrumando o cabelo no espelho.

-Tá se arrumando pra quem, eim? Posso saber?

Frank arregalou os olhos, mas logo respirou, aquela voz o confortava.

-Pra um tal de Gerard Way, conhece?

-Não gosto desse sujeito – disse Gerard, puxando Frank pela mão e entrando na cabine de deficientes físicos, que era maior. – Já estou com saudades do meu namoradinho lindo.

Os dois se beijaram e desfeito o beijo Way percebeu que Iero estava diferente, mais travado.

-Que houve, meu bem? Você tá estranho.

-Não... que isso! Estranho como? Eu não to estranho!

-Você mente mal...

-Estava conversando com Quinn.

-E eu com Bert.

-Nossa, falando de mim pelas costas é? – disse Iero fazendo charme para despistar.

-é. Mas voltando ao ex-assunto. Você estava conversando com Quinn...

-Gee... – Frank choramingou

-Fala, temos todo tempo do mundo.

-Mentira, minha professora de espanhol surtou hoje.

-O sinal já vai bater... Fala.

-A gente estava falando de nossos relacionamentos. Está tudo tão perfeito que eu estou meio...

-Inseguro...

-É...

-Estava falando sobre isso com Bert hoje. Frank esta tudo perfeito, vamos deixar assim.

-E quando acontecer algo?

-Bert me deu uma dica. Antes de qualquer coisa, quando estivemos morrendo de tanto gritar um com o outro, vamos olhar um nos olhos do outro e pensar o quando a gente se ama.

-meu bem, como isso vai acontecer no calor do ódio de uma briga.

-Quando nossos corações começarem a doer.

-Ele dói só de ficar longe de você.

-O meu também. – Gerard abraçou o menor com força, o sinal bateu e os dois começaram a se beijar, até que ouviram um barulho no banheiro.

-sh! – disse Gerard.

-Mas você é pesado, eim? Como consegue andar com essa cadeira pra lá e pra cá? – Era uma funcionaria do colégio levando um cadeirante até o banheiro, ele era o único deficiente do colégio. “Ai que merda!” Pensaram os dois. Porque Frank e Gerard, os inimigos mortais do colégio estariam numa cabine de banheiro juntos? Por mais que nada de errado tivesse acontecendo ali, ninguém iria acreditar na verdade. A mente humana é sensacionalista.

-Tenho uma ideia! – Frank disse – Vou vomitar e você me ajuda certo?

-Mas como cê vai fazer isso? – disse Gerard bem baixinho.

-Dedo na garganta meu bem – Frank abriu a tampa do vaso e o fez e Gerard abriu a porta lentamente e fingiu apoiar o menor.

A funcionaria ouviu e foi até eles.

-Frank e Gerard o que esta havendo?

-Ele estava passando mal e eu estou ajudando ele ora, - Frank ficou meio tonto e Gerard o pegou no colo, levando até a pia. Frank lavou a boca e disse.

-É verdade, ele me ajudou. Valeu Gee.

-Estou desconfiada, mas deixa pra lá. Daniel, vamos até o banheiro do Ensino Fundamental. Frank venha comigo até a enfermaria.

-Está tudo bem, eu só fiquei meio tonto. Não tomei café direito

-Ér... Frank você vai ficar bem? Precisa de alguma coisa? Não quer que eu vá com você? – a esse ponto Way não mentia, ele nunca viu alguém forçar vomito, teve medo se aquilo tivesse alguma reação.

-Você pode acompanha-lo Way, mas se eu ficar sabendo de gracinhas, ou briguinhas dos dois. Coordenação!

-Tudo bem – os dois disseram juntos.