-Vamos Julia, já são... - ele olha norelógio de pulso - 2 e 37 da madruga, já é hora de criança estar dormindo - ele me olhou com o olhar zombadeiro e eu dei a língua para ele. Ele caiu na gargalhada.
-HA HA HA, muito engraçado - desci do murinho.

  Caminhamos até o carro em silêncio, apreciando o céu que estava marvilhosamente estrelado. Coloquei minhas botas quando saímos da areia.

-Não está com frio Jake? - ele me deu um sorriso enorme.
-Não, eu não estou.
-Mas o seu braço deve estar gelado - coloquei a mão em seu braço, estava quente - Jake você está bem?
-To sim mãe - ele riu da piada.
-É sério Jake, você está quente, muito, muito quente - ele deu um sorriso tipo fico-feliz-que-esteja-preucupada-comigo e fiquei vermelhinha de vergonha.
-Eu estou bem, minha temperatura é mesmo alta.
-Sei...
-É sério, eu juro que é verdade, pode confiar em mim.
-To confiando em você!

  Chegamos ao carro, ele abriu a porta da Volkswagem vermelha para mim, entrei, ele deu a volta e em seguida entrou.

-Oque aconteceu para você estar com 18 anos no terceiro ano? - perguntei.
-É que houveram alguns problemas nesses últimos 5 anos.
-Sem querer ser indelicada, mas que tipo de problemas?
-Tudo bem, teve muitas b... brigas que ocazionaram a minha saída da escola por 1 ano e meio - ele olhava fixamente a estrada.

  Ele dirijia muito rápido, teria me assustado se a segurança que ele me passava não me tranquilizasse.
  Iamos chegando perto de minha casa e o silêncio ia aumentando, eu não queria me despedir.

-Chegamos - ele saltou do carro e o contornou.
-Oque você vai fazer? - ele já abria minha porta.
-Te deixar na porta, em segurança, como prometi a Cindy - seguimos a porta.
-Pronto, sã e salva! - sorri.
-Boa noite Julia - se inclinou e me deu um beijo na bochecha.
-Boa noite Jake - fiquei na pontinha do pé e foi beijar sua bochecha, mas bem na hora ele virou o rosto, fazendo com que nossos lábios se encontrassem.

  Creio que fiquei uns 15 segundos em choque, porque logo em seguida meu reflexo foi com que eu amarraçe um abraço em volta de seu pescoço, cravasse as unhas em seu coro cabeludo e aprofundasse mais o beijo. Ele pareceu gostar, pois colocou braços em volta da minha cintura e me ergueu para que ficassemos na mesma altura sem ninguem ter que se esticar ou inclinar.
  Ele me beijou de um jeito tão quente, tão urgente mas ainda assim de um jeito doce, apaixonado e delicado como se eu fosse uma pequena bonequinha de porcelana e que a qualquer momento ele podesse me quebrar. Nossas bocas se moviam devagar uma encaixando com a outra, nossas línguas dançavam numa batida que era feita só para aquele momento, só para nós dois. Jake me apertava mais contra o seu corpo e eu me encaixava a forma de seu corpo, como se os corpos soubessem que iam se separar logo e qu iam fazer de tudo para não se separassem. Foi maravilhoso.
  Jake suspirou entre o beijo, ele deu um espaço entre nós, sem descolar nossos corpos e ainda me mantendo segura.

-Rápido demais para a mocinha? - el falou com um sorriso de contentamento, que nem uma criança que acaba de receber o pre sente de natal, seus olhos se fechavam com o sorriso, que gracinha.
-Só um poquinho - falei e lhe dei um selinho demorado - agora é hora da criança ir dormir - ele suspirou.
-Não sei porque mas não te acho nada criança agora... - falou com uma falsa cara de pensativo e me colocou no chão. Tirei a jaqueta.
-Boa noite Black - lhe dei a jaqueta, me virei e começei a abrir a porta, quando ele me abraçou, po trás.
-Amanhã, eu vou poder ter mais de alguns acessos de velocidade com você? - falou no meu ouvindo me fazendo arrepiar. Me virei em seus braços, de frente para ele.
-Vou pensar no seu caso, com carinho - fiquei novamente na ponta do pé, falei em seu ouvido e ele ficou arrepiado.

  Ele me deu um beijo, mas agora não foi aquele urgente como antes, foi suave, ainda quente, mas bem mais delicado, um beijo de adeus, de até logo.

-Boa noite Julia e até amanhã - como ainda estava inebriada por causa de seu cheiro doce e quente me limitei a apenas um sorriso. Ele entendeu e deu um riso mal desfarçado.

  Entrei em casa, todas já haviam ido dormir, é claro. Subi as escadas já descalça, tomei um banho demorado aproveitando cada minuto embaixo da água quente, fui para meu quarto, coloquei meu pijama de moletom, escutei um uivo de lobo e corri até a janel na esperança de ver algo. Fitei a floresta tentando ver algo, mas nada alem da escuridão.

-Estranho.

Me joguei na cama e apaguei a luz.

-Jacob Black, como você beija bem e que corpooo - ri sozinha de meus próprios comentários. Fiquei relembrando cada detalhe na minha mente enquanto esperava o sono me bater. Mas apenas pensei no beijo, quente, delicado... apaguei em poucos minutos.

  Pela primeira vez sonhei com Jake, ele estava parado a minha frente, de costas, sem camisa, é claro, e tremia, muito práticamente vibrava. Tentei ver oque havia a sua frente mas seu ombro bloqueava minha visão, até que consegui vê-lo, era muito lindo, com uma pele tão branca que no sol devia ser translúcida, era alto não com jake talvez como Seth, tinha longos cabelos louro-avermelhado lisos mas oque me chamou mais a atenção foram seus olhos num tom que nunca havia visto era um vermelho quase vinho que brilhava de exitação. Escutei os rosnados, alguns vinham do peito do louro e outros vinham da garganta de Jake e ele não parava de tremer.
  Pensei em de algum modo acalmalo mas tive medo. Então o louro veio correndo em nossa direção em uma velocidde que não poderia ser humana...

-Não! - acordei gritando estava assustada e chorava muito,

  Olhei pela janela e estava amanhecendo mas meu quarto ainda estava muito escuro me dando medo então joguei o edredom cobrindo minha cabeça e me encolhi abraçando meus joelhoe, soluçava e fiquei tentnado relembrar o rosto de Jake para conseguir o sentimento de segurança novamente mas só vinha a minha mente o rosto do louro.
  Foi quando percebi que estava com calor, suando frio até e o lugar ao lado de onde estava deitada estava quente, muito quente...