-la Push Love escrita por Julie Cullen, Cau Paes


Capítulo 26
Capítulo 25- Um bom baile.


Notas iniciais do capítulo

desculpem a demora. geeeente foi muito legal escrever esse capitulooooo. espero que gostem. Tem um pouquinho de amor, muuuuuito de suspense, umas partes meio calientes e o resto vc vê ai!



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  Queria estar indo com ele... mas não posso, por que sou uma humana fraca e inútil para o bando e para todos os outros. Por que simplesmente eu não podia ser forte como o Jake? Ou então ser indestrutível como a Cacau? Me sinto tão mal por estar aqui indo para o baile do que com eles lá na guerra!

-Vem Julia, chegamos – falava Devon todo animado me puxando para fora da limusine.
-Vai, sorri – Olga me cutucava e fazia poses para os fotógrafos que estavam na entrada do baile. Dei um sorriso tímido e sem esforço, me soltei do Devon e fui andando na frente.
-Hey! Espera – ele veio andando logo atrás de mim – vai entrar sozinha? – falou rindo.
-Bem, o que eu quero não está aqui. – falei ignorando a cara de taxo que ele fez.

  Entrei no ginásio, milhares de pares dançando, muito enfeite no estilo do tema do baile que era “cupido”, a já disse qual era a roupa do Devon? Rá, essa eu tenho que contar, um paletó  branco com uma gravata borboleta rosa bebê e um sapato rosa, repito um sapato rosa, de se ter um enfarte.
  De longe consegui ver Marie encostada na porta de saída de emergência em um vestido tomara que caia cinza até os joelhos, no outro lado estava John apenas de calça jeans e blusa social e para terminar o Fred na entrada que acabou de entrar. Marie me deu uma longa olhada, preocupada e veio em minha direção.

-Oi – ela disse me abraçando.
-Oi Marie, você está bonita – falei com um sorriso curto.

   Marie estava realmente bonita, sabe a Marie é uma dessas meninas bem Quileutes, tem os cabelos cor de chocolate escuro e curto, pele morena clara, muito alta é claro, 1m e 70cm, 18 anos e tem sido uma das melhores amigas que eu já tive na vida.

-Obrigada, você eu não vou dizer nada, quem arrumou fui eu né? Só podia ficar linda! – falou rindo nervosa.

   Desde o meu afastamento com a Cacau a Mariane, esse é o nome dela, Marie é só apelido, tem segurado uma barra enorme, ela tem sido uma irmã para mim, a melhor amiga que tem faltado para mim... Ah depois eu penso nisso, tenho que focar no pensamento da guerra agora, depois eu penso em amizades.

-Já sabe de alguma coisa? Sobre hoje a noite?
-Sim e não, temos um lobo aqui próximo para poder nos auxiliar em saber exatamente a hora sabe, que eles vão chegar.

  Afirmei que sim com a cabeça.

-Vou pegar um ponche – fui em direção ao “bar”.

  Peguei o ponche e fique mexendo o copo em movimentos circulares, vendo as ondinhas que se formavam na bebida... hoje, quando eu me despedi do Jake eu senti algo tão forte e doloroso, queria tanto ter tido tempo para falar com ele que eu queria ser sua namorada. Mas é isso realmente que eu quero?
  Será que o que eu quero não é apenas ir embora de La Push, me formar e viver lá pelo Rio de Janeiro? Ou então me casar com qualquer palerma? – olhei para Devon – não definitivamente casar não! Eu não sei.
  Me sentei em uma cadeira que há perto do bar e fiquei ali, vendo os casais dançando sem nem saberem que a vida deles está correndo um sério risco como a minha se eu decidir me juntar ao Jacob.
  Será que eu, uma garota que sempre foi maluquinha mas sempre centrada, poderia namorar um lobo? Um lobisomem?
Eu o amo, sei disso e dependo disso.
Mas quando sua vida está em risco você poderia, conseguiria pensar muito seriamente sobre isso?
  Olhei para Marie inquieta na porta de saída, olhei para Cindy e Olga dançando com seus respectivos pares, olhei Devon dando em cima da Mandy...
  Uma coisa eu sei, e é que ficar aqui pensando não vai ajudar em nada!
  Coloquei o copo em cima da mesa, me levante e fui em direção a saída normal.

-Hey! Aonde você pensa que vai – Devon segurou o meu braço rápido.
-Aonde eu deveria estar desde o inicio desta noite -  me soltei dele e saí.

  Olhei para os lados, todos já estão dentro do baile e são 23 e 54, mas para que lado ir, esquerda, mata direita mais mata...

-Juliaaa- gritou a Marie saindo pela porta – nem pense nisso! – lhe abri um sorriso malicioso.
-Eu sei que você também quer estar lá!
-Claro que quero, mas você pensa oque, que eu posso desobedecer às ordens do Jacob?

  Suspirei alto e forte.

-Mas eu posso. Posso desobedecer e ajudar Marie é só você me apontar para que lado.
-Ajudar como?

  Apenas lhe abri um sorriso.

-Tem um plano?
-Sim.

  Olhei-lhe com determinação, eu tenho que ir logo.

-Já está para começar, eles estão se aproximando do bando... eu não sei aonde Julia e eu não posso ir com você.

  Olhei pesadamente para a floresta novamente, fechei os olhos com delicadeza e aspirei ao máximo de ar que pude.

-Acha que vai conseguir farejá-los?
-Já me disseram uma vez que a pessoa no desespero consegue com a adrenalina coisas impossíveis – falei claramente.

  Comecei a sentir um cheiro familiar, isso me abriu um sorriso, amadeirado, como de eucalipto e forte bem forte.
  Abri os olhos e a Marie encarava a minha pulseira.

-É para lá – apontei para sudoeste.

  Ela abriu a boca e fechou algumas vezes.

-Vai logo, já deve começar! – John gritou do batente da porta.

  Tirei as sandálias, não irei precisar delas mesmo e entreguei para Mariane.

-Boa sorte – ele disse sem voz.

   Corri em direção aonde eu sentia o cheiro de Jacob, senti uma velocidade que nunca havia sentido antes, o meu desequilíbrio nem me atingiu pelo contrario eu estava mais equilibrada do que nunca, como um lobo pensei por um minuto, mas ri depois disso.
  A terra debaixo de meus pés estava úmida e mio gelada, mas macia me dando conformidade em correr descalça. 
  O vento batia com força em minhas bochechas e fez com que meu coque se soltasse deixando meu cabelo liso (por uma chapinha) ficasse solto, meu vestido já havia algumas manchas de terra mesmo eu correndo enquanto o segurava.
   A única coisa que iluminava tudo e que me fazia enxergar era o luar da lua cheia enorme que estava agora e as estrelas é claro.
 O cheiro de madeira forte do Jacob me guiou o tempo todo, inconfundível, já senti esse cheiro várias vezes mesmo que eu não notasse de vez enquanto, mas a adrenalina realmente aumentou as coisas.
  Uma gota de suor desceu a minha face por míseros segundos, mas me fez estremecer me lembrando de que estava frio.
  Cheguei a uma campina, uma campina grande, espaçosa e com algumas flores espalhadas.

-Você é louca?  - olhei para ver de quem vira o grito raivoso.

  Jacob. Sorri.

-Apaixonada – ele parou na minha frente.
-Admite Jake foi uma boa resposta – Quil apareceu a alguns metros de nós.
-Vaza Quil, se transforma e avisa os outros.
-Sim senhor, ah e a propósito você ta linda Julia – ele falou correndo em direção ao norte.
-Oque você ta fazendo aqui?
-Vindo te dar uma resposta – falei diminuindo o meu sorriso.
-Sobre oque e por que agora?
-Sobre o nosso namoro e porque, eu não sei se eu teria uma outra oportunidade para isso Jacob.
-Julia para de besteira...
-Me escuta Jake – coloquei um dedo sobre a sua boca – eu sei oque pode acontecer aqui, eu sei o que você está apostando em mim, oque você está arriscando perder para me proteger e eu sei o que eu sinto por você, então é bom e lhe dar uma resposta logo por que nós não temos muito tempo.

  Ele olhou para a floreta, um olhar intenso e ficou com o olhar ali.

-Responda logo então para que eu possa levá-la para casa.
-Minha resposta Jacob – segurei seu rosto o forçando olhar para mim – é sim. -  E lhe beijei.

   Surpreendi Jacob por que o mesmo que eu fiz no nosso primeiro beijo ele fez agora, ficou atônito por uns 3 minutos. Mas logo depois do espanto ele me abraçou pela cintura e me ergueu.
  Ri com toda a reação dele, ele intensificou mais o beijo me prensando em uma árvore, prendi as pernas em seu quadril para não cair e envolvi seu pescoço com os meus braços.
  Um beijo intenso, consegui sentir a batida do meu coração e estava bem acelerada, o Jake estava ofegando e me apertando contra a árvore, um beijo apaixonado nem de amor era, era de paixão agora.
  Arranhei de leve as suas costas expostas e ele começou a traçar uma linha de beijos pelo meu pescoço e maxilar.

-Quem te trouxe aqui? – ele disse no intervalo de um beijo e outro no meu pescoço.
-Ninguém eu vim correndo.

  Ele parou, olhou para mim e depois olhou para a minha pulseira, por que todo mundo faz isso? Ele me desceu,  pegou o meu pulso e começou a me puxar.

-Hei, oque você ta fazendo? – perguntei tentando me soltar.
-Te tirando daqui.

  O empurrei contra outra árvore e prensei o meu corpo contra o dele.

-Eu não vou a lugar nenhum – sussurrei envolvendo meus braços em seu pescoço novamente.

-Vai sim, para casa – ele se soltou com facilidade de meus braços.
-Jake – falei olhando para baixo – você não gostou da surpresa? De eu ter me tornado oficialmente a sua namorada?

  Ele deu um suspiro longo e cansado. Ah qual é, eu tenho que conseguir o máximo de tempo que eu puder para poder ficar aqui, por que quando os vampiros chegarem não vai dar mais tempo dele me tirar daqui.

-Oh pequena, é claro que eu gostei de tudo isso, só que não dá tempo de comemorar – ele deu um sorriso malicioso – vai haver uma guerra daqui a pouco! Eu tenho que levá-la para um lugar seguro.

  Abracei-me a ele, e na pontinha do pé lhe dei um selinho, manhosa.

-Parece que você não está dando à mínima – falei baixinho com voz de choro. Ele fechou os olhos.
-Não faz assim.

  Dei-lhe mais um selinho e foi o suficiente para ele me empressar novamente contra alguma árvore.
  Em um só impulso prendi as minhas pernas em seu quadril e me agarrei ao seu pescoço indo beijá-lo nos ombros.

-Você me deixa louco garota.
-Eu sei – falei e ele me beijou.

  Eu sou má e ele fraco, eu tinha que usar alguma tática para poder me prender um pouco mais aqui até os vampiros chegarem não é?
  Beijando com voracidade, Jacob me segurava com as mãos atrás de minhas coxas, arranhei seu abdômen sentindo o contrair quando o feito, mordi de leve seu lóbulo da orelha o fazendo arrepiar.

-Eu to sacando o seu plano – ele falou no meu ouvido e depois me soltou.

  Fiz cara de inocente e incompreendida.
  Ele esfregou as mãos no rosto e se afastou de mim.

-Você vai para casa queira ou não.
-Não dá mais tempo – vieram Leah com cara de pouco amigos e um lobo enorme e preto ao seu lado.
-Por que? – ele se virou para ela.
-Eles estão a 20 metros daqui.
-Droga!

  Sorri de satisfação, ele viu e me repreendeu com o olhar.

-Ta, você – ele apontou pra mim – depois disso vai se ver comigo.

  Apenas lhe dei a língua, o lobo riu de um jeito canino.

-Peça para o Quil se destransformar e vir ficar de olho na Julia.
-Sim senhor – Leah correu e sumiu junto do lobo.

   Jacob me olhava com raiva nos olhos.

-Como eu pude cair na sua armadilha?
-Por que você me ama – falei sorrindo, ele veio andando bem devagarzinho até mim.
-Tão pequena e tão diabólica – ele disse rindo. – Olha – ele segurou o meu rosto com aquelas mãos enormes – quando eles chegarem, você ficará aqui com o Quil, quieta e sem aprontar nada, ok?

  Afirmei com a cabeça.

-Julia.
-Jake para que você acha que eu vim aqui além de te dizer sim?
-Pra me dar dor de cabeça.
-É sério, eu quero ajudar! Se eu estiver...
-Nem pense em se por em risco, isso só vai me dar mais agonia por você estar tão perto daqueles sanguessugas!
-Mas Jake.
-Sem mais!

  Ele me abraçou.

-Já estou arriscando muito como você disse. – ele me deu um beijo na bochecha.
-Chato.

  Uma gargalhada muito alta veio de trás de nós.

-Ela já está te humilhando assim Black? – Quil ria.
-Pois é né – falei rindo – sou poderosa.
-E má, não esqueça desse adjetivo – falou Jacob me soltando e rindo também.
-Tu gosta de aprontar né? – Quil mexia em meus cabelos.
-Eles estão aonde? – Jake perguntou sério agora, meio que farejando com a cabeça inclinada para cima.
-5 metros.
-Melhor eu me transformar, cuida dela hein – Jacob me deu um selinho – não apronta – ele sussurrou e saiu correndo.

  Olhei-o correndo e sumindo no meio da floresta, Quil me encarava e parecia sério.

-Que foi?
-Você não precisa se preocupar, nós somos muito fortes e habilidosos no que fazemos. Vai ser até rápido.
-Então por que você está aqui?
-Eu acho que já deu para reparar que o Jacob é meio preocupado e exagerado não é? E a junção de tudo isso mais você é um enorme drama – falou rindo. – Mas relaxa, ele mesmo sabe que está exagerando.
-Deve ser verdade, só estou preocupado em oque fazer na hora.
-Ficar quieta é uma ótima coisa para fazer. Por favor.
-Vou tentar.

   E logo depois da minha resposta entraram 10 lobos na campina, um diferente do outro mas todos enormes e assustadores.
  Cutuquei o Quil e sussurrei.

-Quem é quem?

  Ele apontou para cada um em sua ordem.

-Terry, Sam, Jacob...
-O Jacob eu sei qual é.
-Jared, Seth, Paul, Leah, Nate, Caco e o Alex.
-Valeu.

  Jacob lobo pôs-se ao meu lado e se sentou.

-Você é exagerado – ele deu um riso de Muttley (corrida maluca).

 2 minutos se passaram e eu consegui ver alguns vultos brancos rodeando-nos.

-Faça oque fizer não se afaste de mim – Quil falou sem tirar os olhos dos vultos.

  Um grupo de aproximadamente 23 pessoas apareceu entrando em uma velocidade de uma lesma, todos vampiros, tenho certeza, brancos, maravilhosamente lindos e letais.

-Senti sua falta – falou Luke do outro lado da clareira. – Sabe nos vimos apenas uma vez... E você deixou uma marca tão forte em mim – ele mexia a cabeça para tentar me ver entre os lobos.
-Não se pronuncie a ela – falou Quil rosnando e em posição de ataque.
-Fica quieta criança. – falou um home de cabelos pretos curtos, pelo que a Cacau descreve, esse deve ser o Sebastian.

  Quil deu apenas um rosnado.
  Luke vinha em nossa direção, mas bem devagar.

-Você não deve entender o porque de eu querê-la tanto... Pois hoje eu lhe direi, deixando bem claro para os seus seguranças que logo estarão mortos mesmo. – ele olhou para o Jacob por um momento depois retornou o olhar a mim – Quando eu te vi pela primeira vez em Portangeles, eu senti apenas vontade de alimentar-me de ti, mas eu via as palhaçadas, brincadeiras que você fazia, a segui apenas por divertimento, mas logo seu sorriso me dominou, lhe quis depois do primeiro sorriso seu lançado, nós até nos esbarramos em um dos dias e você me lançou um sorriso também, não tão brilhante quanto o que você joga a esse... Pulguentos, mas me lançou um sorriso, mas houve um problema naquele momento, eu senti o seu cheiro, tão doce e apetitoso, me deixou louco por micro-segundos mais logo me recuperei e consegui não lhe atacar estava apaixonado demais para fazer isso.

  Jacob ia avançar para atacar Luke mais no momento Sam, acho que era Sam o segurou.

-Quero transformá-la e fazê-la minha – ele disse com os olhos vinho ardendo em brasas e com tal intensidade na voz que por um minuto me fez dar um passo a frente e voltei a mim quando Quil me segurou pela cintura.
-Sebastian – de longe consegui ouvir a voz baixa e chorosa de alguém, quando olhei era Cacau atrás de Sebastian.
-Agora você já sabe, lhe aviso também que nada lhe acontecerá nessa guerra pois não deixarei, quero você inteira – ele abriu um sorriso enorme e malicioso, Jake rosnou muito alto e se agachou.

  Luke deu uma piscada para mim e voltou para seu exército.

-Luke! – chamei lhe, surpreendendo-o – posso falar com Ana Clara antes da guerra.
-Para que? – ele disse meio seco.
-Despedir-me dela. Por favor.

  Ela pareceu pensar por alguns segundos.

-Tudo bem. Se eles – ele apontou para os lobos – deixarem você sair desse circulo protetor que eles formaram para ti.

  Ana Clara estava meio antenada a cada movimento meu, dos lobos e principalmente de Luke.

-Jake?

  O lobo maior, de pêlo avermelhado se virou e rosnou para mim de leve, não de dar medo apenas um rosnado irritado.

-Jake, eu só vou me despedir dela!

  O lobo rosnou novamente.

-Luke, você se importa de se afastar?
-Não, claro que não, tudo por você.

  Apenas acenei agradecendo com a cabeça e me virei novamente para Jacob.

-Ele vai estar distante e o Seth pode vir comigo.

  Ele pareceu pensar por alguns minutos e acenou positivamente e bufou.

-Obrigada – sorri e abracei-lhe pelo pescoço.-Se importa Seth? – perguntei educada.

  O lobo médio com pêlos cor de areia deu um passo a frente.

-Obrigada.

  Fomos nós dois para o meio da campina, no meio do caminho eu tropecei em alguma coisa e cai escancarada no chão, tirando algumas risadas de uns vampiros e em dois segundos a Cacau já estava lá.

-Oi – lhe dei um sorriso enorme mais duro.
-Oque você está fazendo aqui? – ela perguntou preocupada.
-Vamos dizer que eu fugi de um baile e vim para cá - falei rindo.
-Você não tem jeito mesmo – ela disse já me abraçando.
-Cacau – sussurrei bem baixinho. – Não respire mais a partir daqui.
-Oque?
-Adeus – lhe disse com um sorriso enorme e com uma lágrima escorrendo, me virei e fui em direção aos lobos.

  Cacau já havia saído dali, Seth estava ao meu lado, faltavam apenas alguns passos eu estaria novamente no meio dos lobos.

-Seth – o lobo olhou de canto de olho para mim e deu um pequeno latido – quando tudo acontecer, quero que você me arraste o mais rápido possível para o meio dos lobos – falei muitíssimo baixo.

  O lobo cor de areia virou a cabeça para me olhar sem entender.
  Quando eu caí lá no meio da campina, eu caí sobre algumas pedras e galhos, eu peguei uma casca de tronco que havia ali no meio bem pontiagudo e é isso que eu vou usar agora ao nosso favor.
  Retirei o pedaço de madeira do bolso.

-Hey vampiros! Querem um pouco de um sangue docinho? – enfiei com tudo a madeira na parte interna do meu anti-braço direito.

  Realmente, tudo foi muito rápido.
 Seth me pegou com a boca pelo braço, me machucando mais sendo rápido e me correu até o meio dos lobos.
  Caí sentada ali, no meio dos lobos, vampiros vinham em velocidades vampirescas e com uma fome evidente pelos olhos em minha direção.
  Luke tentava controlar tudo, Ana Clara sorria de orelha a orelha mas estava imóvel ao lado de Luke.
  Quil estava ao meu lado agachado em posição de ataque caso qualquer vampiro ultrapassa se a barreira de lobisomens.
  Eu não consegui ver muita coisa pois dois lobisomens estavam a minha frente, mas eu escutei tudo, ganidos de dor, berros de pessoas, barulhos agudos como de metal sendo “rasgado” e altos rosnados dos dois tipos de seres que combatiam ali na clareira.
  Até agora eu não sentira nada, mas eu comecei a reparar que alguma coisa esquentva o meu braço, quando eu olhei para baixo, vi que havia muito sangue escorrendo pelo meu anti-braço e pingando no chão, o que estava aquecendo o meu braço era o sangue, mas muito sangue mesmo. Reparei rapidamente em segundos de uma olhada o sangue no lobo de rubi pingava no meu dedo de noiva...

-Oh meu deus! – Quil tirou a camisa e amarrou no meu braço, na parte ferida.

  Estava ficando assustador, algumas vezes um ou outro vampiro consegui driblar o grupo de lobos e enfiar pelo menos a cabeça para dentro mas no mesmo instante eu via Jacob vir por trás e puxa-lo com a boca.
  Ana Clara era a única imóvel na verdade acho que ela estava congelando algum vampiro por longa distância por que do nada um vampiro caiu no chão durinho durinho, Luke estava bem perto lutando contra acho que era Sam.
  Um  grupo de três vampiros conseguiu entrar na roda, na hora Jacob puxou dois com as patas e com a boca e Quil que já tremia em convulsões quando viu um vampiro se aproximando demais de nós se transformou e foi com tudo nele, me deixando desprotegida.
  Olhei em volta e a roda não estava mais formada.
  Olhei para Jacob que arrancava a cabeça de um dos vampiros enquanto estava em cima de um vampiro, olhei Ana Clara que lutava contra um dos próprios vampiros que devia ser um dos chamados “recém-nascidos” e por último olhei para Luke, ele vinha em minha direção sendo volta e meia impedido por um lobo mas logo o jogava para longe e retornava a andar em minha direção.
  Apavorei-me, me levantei com pressa caindo novamente e tentando-me levantar mais uma vez, fiquei de pé e corri em direção a floresta enquanto segurava meu anti-braço no peito.
  Senti algo me abraçando por trás, algo gelado, me arrepiei por completo.

-Está com medo? – a voz dele era sussurrada em meu ouvido, me amoleci e ele me sustentou.
-Me solta.
-Melhor eu fazer isso, antes que não dê mais... – ele disse pensativo.
-Não! – gritei, na hora que ele virou o meu pescoço para o lado esquerdo.
-Seu cheiro é maravilhoso.

  Não senti mais nada partir daí. Meus sentidos saíram de orbita, apenas escutava o meu coração acelerado e aí tudo voltou na hora que ele colocou os lábios gelados em minha jugular.

-Não vou beber quase nada, mais o suficiente para sentir o seu gosto.

  Então eu senti aquela dor infernal de seus dentes rasgando a pele do meu pescoço, só consegui soltar uma coisa, um grito.

-JAAAAACOOOB!!! – gritei o mais alto que eu já consegui em toda a minha vida mais depois não saiu mais nada.

  Apenas senti um calor insuportável em meu pescoço e apaguei. 


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Notas finais do capítulo

Ficou bom? me responde por review que me deixa mais feliz para escrever o capítulo que vem. ;D
Beijinhos leitores.