Omedetou Gozaimasu escrita por Lia Mcleaff
Notas iniciais do capítulo
Eu realmente espero que não tenha ficado uma bosta... A cena é super curtinha, é um casal que eu nunca escrevi, mas espero que agrade...
– Droga... Droga, droga, droga mil vezes!
Ela praguejou uma centena de vezes, levantando a poeira de areia no deserto por onde passava.
Fora uma semana difícil. Fizera tudo para chegar a tempo...
Planejara o retorno desde antes de partir. Avisara que terminaria o suporte ao hospital de Konoha mais cedo que o esperado por que precisava voltar.
Arrumara todos os seus pertences...
E então aquilo.
Uma equipe inteira de shinobis alvejada por senbons envenenadas. Sua partida adiada por um dia e meio...
Saíra quase com o anoitecer do que deveria ser seu segundo dia de viagem.
Correra como o vento que atiçava os cabelos dele no telhado do palácio de Suna, enquanto verdes perdidos observavam serenos a lua alta e cheia no céu.
A sola dos pés doía, os músculos das pernas ardendo da corrida sem paradas. Não se deixara dormir ou descansar: sabia que estava brutalmente atrasada quando finalmente pôs os pés em Suna, atravessando os portões tão depressa que os guardas não a reconheceram.
– PARE IMEDIATAMENTE!
Num segundo estava cercada por quase toda a guarda norte...
– Sakura-sama? Aconteceu alguma coisa?
– Aconteceu! Eu estou atrasada! Muito atrasada! Por favor me deixe passar! – abriu caminho.
Assustando os guardas, mas voltando à corrida que finalmente a levou ao palácio.
Kankurou a recebeu, com um olhar calmo.
– Fizemos todo o planejado sem você Sakura, infelizmente não pudemos esperá-la mais...
Respirou fundo.
Haviam planejado uma comemoração. Simples, como ele gostava, mas ainda assim, queria ter estado presente.
Organizara tudo: fora sua idéia surpreendê-lo com a pequena festa em seu retorno.
Mas não estivera ali.
– Onde ele está? Está muito aborrecido?
Kankurou riu.
– Parece que não conhece o meu irmão, Sakura-san.
– Ele está no terraço, fingindo que não se aborreceu com a minha ausência não é?
– Errou apenas pelo fim da frase... Suba, fale com ele. Ele sentiu a sua falta.
Aquilo praticamente cortou-lhe o coração ao meio.
Se Kankurou sabia que ele lhe sentira a falta, então provavelmente ficara óbvio em sua expressão!
E se algo fica tão óbvio é por que está muito maior do que se pode ver.
Subiu as escadas em silêncio e em silêncio parou ao lado dele, observando que o ruivo não se moveu nenhum milímetro.
– Gaara... – pensou em começar, ensaiando uma ou duas desculpas.
– Está linda esta noite, não acha? – ele colocou simples, olhando para a lua ainda, como se a admirasse.
A mulher, de longos cabelos róseos, respirou fundo.
– Eu quis chegar a tempo...
– Eu sei que quis. – ele voltou um olhar sereno em verdes para ela – E veio.
– Mas...
– Sakura, ainda é meu aniversário. – curvou os lábios num pequeno sorriso – E não precisava correr tanto assim... Mesmo que não tivesse chegado a tempo, eu já ganhei o meu melhor presente seis anos atrás...
Os dedos, resfriados pela noite gelada do deserto, tocaram a pele alva empoeirada pela viagem com carinho, quase ternura.
E ela sorriu.
– Feliz aniversário, Gaara-kun – murmurou, com verdes nos dele, belamente iluminados pelo luar acima dos dois.
– Feliz aniversário, Sakura-chan – ele brincou sorrindo leve de volta, do jeito pequeno dele, mas fazendo-a rir.
E ela ergueu a mão esquerda, tocando-lhe o rosto num carinho suave em retorno ao que recebia, vendo a lua iluminar num brilho leve o pequeno círculo de ouro em sua mão. Idêntico ao que reluzia na dele enquanto seus dedos deslizavam leves pelo rosto dela, para dentro dos cabelos rosados.
E como seis anos antes, naquele mesmo dia, ele encontrou seus lábios com os dela.
E provou de novo o gosto doce que só sua flor de cerejeira lhe fazia experimentar.
E ela entregou-se aos braços dele.
Deixando-se envolver pelas areias do deserto que há muito levaram seu coração como um tesouro que esconderam só para si...
Para sempre.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bom... que posso dizer...
Omedetou gozaimasu, Cari-chan!