Todos os meus amigos estavam conversando alegremente no salão principal. À minha frente, Parvati, Padma e Lilá estavam fofocando sobre uma Corvinal que estava supostamente grávida. Elas não estavam no topo da minha lista de amigas, mas elas ainda eram minhas companheiras. Nós tivemos nossas diferenças, bem basicamente só Lavender e eu, mas nós duas aprendemos a superar o nosso "problema" e se tornar amigas. E depois havia os meus dois melhores amigos, quase irmãos, Harry e Ron, sentados do meu lado envolvidos por uma discussão, sobre uma garota bonita da Lufa-Lufa.

Desde a guerra do ano passado, as coisas têm sido muito, bem, normal, na verdade. Nós todos voltamos para Hogwarts para o nosso sétimo e último ano. Este ano ia ser ótimo, porque me foi dada a oportunidade que eu sempre quis desde primeiro ano. Como o distintivo de “monitora chefe”, que estava preso da gola das minhas vestes, eu sorri. Mamãe e papai teriam ficado tão orgulhosos.

Ah, não.

Lá vou eu outra vez, pensando neles.

Jurei que, desde que ouvi sobre a morte deles, eu nunca iria pensar sobre eles. Não que eu não me importasse ou não os amasse. Era muito doloroso pensar que agora eu estava sozinha na vida e que os meus pais que estavam sempre lá para mim, se foram. Eu chorei muito, mas então eu percebi que meus pais sem dúvidas iriam querer que eu seguisse em frente e fosse bem na escola, e eu não deixaria sua morte afetar meus estudos e minha vida. Mas tempo-à-tempo, eu me lembro ou penso neles. Eu simplesmente não posso evitar, como refletir sobre como eles reagiriam sobre certas coisas, como meu último ano, ou sobre eu ser monitora chefe. Tudo o que me faz continuar é o pensamento de que eles estariam orgulhosos de mim, e que estão sempre me cuidando.

–Hermione? Hermione! - Harry gritou enquanto balançava meu ombro suavemente.

“Pulei” para fora dos meus pensamentos e voltei minha atenção aos garotos. Harry estava olhando para mim interrogativamente. Entendeu o olhar nebuloso nos meus olhos. Harry também perdeu os pais, e assim ele entendeu o que eu estava passando. Foi ele que me ajudou a lidar com as coisas depois que derrotou Voldemort. Ele se tornou meu irmão, e eu sabia que nunca fui verdadeiramente sozinho, se ele estava sempre lá.

– Você está bem, Hermione?- ele sussurrou. Eu balancei a cabeça com um sorriso pequeno.

Quando pisquei os olhos, um par de lágrimas escorreu. Harry apenas sorriu e apertou minha mão. E isso era tudo que eu precisava para me acalmar. Isso era tudo que eu precisava para o conforto.

– Mione você sabe quem é o monitor-chefe?- Ron perguntou com a boca cheia de comida.

– Primeiro de tudo, Ronald, não fale de boca cheia. E, segundo, não, eu não sei quem é monitor-chefe. Então eu sugiro que vocês calem a boca agora que McGonagall está começando o seu discurso para que eu possa descobrir. - Respondi. Ron apenas revirou os olhos e voltou-se para frente.

– "Bem-vindo de volta, crianças, a Hogwarts! Acredito que todos vocês estão empolgados com mais um ano à frente. Para alguns, o último.”.

Neste momento, meus pensamentos se voltaram para todas as aventuras malucas que eu experimentei em Hogwarts. Desde o Baile de Inverno, a Armada de Dumbledore, para todas as vezes que lutei contra Voldemort ou os Comensais da Morte. Hogwarts era uma parte tão grande da minha vida. E sempre será. Este era o lugar onde minha família estava. Este era o lugar onde me senti segura. Esta foi e sempre será minha casa, mesmo estando distante.

– "... E como Monitora-Chefe, temos Hermione Granger da Grifinória!"

Todos do grande salão aplaudiram. Eu sorri, não poderia estar mais feliz. Levantei e fui para o lado de McGonagall. Harry e Ron sorriram para mim com orgulho.

"E para o Monitor-Chefe, temos..." Fechei os olhos e pedi a Merlin que fosse alguém legal e decente. Alguém que eu gostasse. Um amigo ou pelo menos um conhecido.

"Draco (N/A -lindo, perfeitoooo ) Malfoy, da Sonserina!"

Meu queixo caiu literalmente para o chão.

Malfoy?

O que eu fiz de errado meu Merlin?? Como poderia ser aquela doninha maldita monitor-chefe? Depois de tudo o que ele fez? Aquela doninha quicante deve ter dado alguma poção para McGonagall, só pode. Ou ela está é louca!

Enquanto eu olhava Malfoy passar para frente, eu o vi olhando para mim. Fiquei encarando-o, e se olhar matasse...

“Agora vamos começar a festa! " Aquela velha da McGonagall exclamou antes de virar para mim e Malfoy.

– Vocês dois, sigam-me. Mostrarei os seus dormitórios. - Ela disse antes de virar e ir embora.

Tenho certeza que eu estava andando muito mais rápido do que ele, de modo que ele não estava no meu alcance da vista. Eu queria é matar essa velha.

Como ela pôde fazer isso? Tanta gente legal em Hogwarts, e justamente essa coisa?

– Certo. Vocês dois vão estar compartilhando um dormitório. Claro, os cômodos são separados, mas haverá espaço comum e vocês terão que dividir o banheiro.

–O QUÊ?- Gritamos juntos.

–Professora, por favor. Nem morto que eu divido MEU quarto com essa sangue-ruim nojenta! Malfoy gritou.

Lágrimas encheram meus olhos enquanto ele arremessou essa palavra. Eu odiava essa palavra. Por 6 anos eu era atormentado com essa palavra. Mais um ano com esse “sangue-puro” metido, ótimo.

Não Hermione. Não deixe as palavras desse ridículo afetarem você

Limpei as lágrimas e levantei a cabeça. Não iria chorar, ainda mais sabendo que seria o gostinho da vitória, já que me atormentar é uma diversão.

– Sr. Malfoy! Seu quarto coisa alguma! Não vou tolerar seus xingamentos! A decisão foi tomada. Vocês dois vão viver juntos em harmonia e isso é tudo. Não haverá problemas causados ​​por vocês dois. Entenderam?- McGonagall falou autoritária.

Assentimos humildemente. –pelo menos eu sim, sou muito mais legal e humilde que aquele filhote de comensal (N/A depois o draquito q se acha T-T)- McGonagall nos disse a senha: “Salazar Godric”, antes de sair.

O dormitório era enorme e, magnífico. (N / A: Eu não vou descrevê-lo muito, não quero tornar a história muito longa e arrastada.)

A sala comunal tinha uma grande lareira divina. Os sofás eram um roxo profundo e o chão tinha um tom meio dourado. Havia dois quartos, ambos ao lado da sala comunal. Um deles tinha paredes de prata e uma cama verde, obviamente o de Malfoy. O outro tinha paredes de ouro e uma cama vermelha, presumivelmente minha. O banheiro, espaçoso e imponente com uma banheira de prata grande.

– Escute bem sangue-ruim. Não chegue nem perto de mim. Já não basta eu ter que dividir o dormitório com você, não estou a fim ficar doente. Fique longe de mim e talvez poupe você. Nunca entre no meu quarto e nem mesmo fale comigo a não ser sob as ordens da otária McGonagall. Mesmo possivelmente você não ter entendido uma palavra, até porque vocês da Grifinória tem difícil compreensão, não vou me dar o trabalho de repetir tudo de novo.

–Mas... Quem você pensa que é seu IDIOTA? Desde quando você é mais inteligente que eu? Desde quando eu teria alguma razão para me aproximar de você? Você não passa de uma DONINHA MIMADA, ARROGANTE E NOJENTAA!!!!(N/A: calma mione, tadinho do Draquinho)-Explodi de raiva.

Malfoy ficou imóvel. Por fora estava tentando parecer um ice Berg, mas por dentro...Espero que esteja entrando em colapso.

–Granger, eu estou entrando em convulsão-disse imóvel-é visível o quanto você me irrita. –disse com sarcasmo, antes de desaparecer em seu quarto e bater a porta com força, deixando- me na sala comum, atordoada e com lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

É... Ele sabe mesmo como me “quebrar”.