Alexandra:Fiquei imensamente feliz ao saber que iria jantar conosco(sorriu agradecida)É muito gratificante saber que existem pessoas como vc Pedro.(disse enquanto levava a boca a deliciosa comida de vera)

Pedro: Fico honrado em escutar essas palavras vindas de uma mulher tão conhecida.

Victor: Ei! É impressão minha ou estar flertando minha mulher?!(arqueou uma das sobrancelhas)

Pedro: Mil perdões Victor, apenas tive a intenção de dizer a realidade, nada de flertes, afinal estou com sua filha.(disse centrado enquanto bebia um copo de suco de  uva)

May: Sabe-se lá se vc trocou de a mãe pela filha, néh?!(disse depositando seu prato alguns centímetros a frente da mesa, se queixando satisfeita)

Dul: Maite(a repreendeu, sentindo sem dúvida nenhuma suas bochechas até então rosadas, se apimentarem)

Victor: Acho que eu e o rapaz teremos de ter uma conversinha no meu escritório logo após essa refeição.(disse em um tom autoritário, levando a boca um gole de seu importado vinho)

Pedro: Claro.(sorriu tranquilo) Mas se me permitir gostaria antes de tudo, de lhe pedir algo,(encheu seus pulmões de ar e os soltou de uma forma brusca, fazendo que o suspiro obtesse um sonoro som)

Victor: Fique a vontade.(disse sem olha-lo)

Pedro: (retirando da calça que usava uma pequena caixinha almofadada na cor preá, a mantendo em suas mãos trêmulas e transpirantes) Sua filha, é uma pessoa mágica.(sorriu nervoso) literalmente, e em foi capaz de me surpreender nesse pouco tempo que nos conhecemos, foi a única que conseguiu que eu me apaixonasse em primeira instancia, e hoje sou capaz de ama-la eternamente.(ergueu a caixinha a deixando a mostra sobre a mesa) E não posso pensar na possibilidade de ver qualquer outro homem que seje a tratando indiferente, ela merece autonomia, felicidade, e sei que sou auto suficiente para me enquadrar nesse biótipo.(o olhou fixamente) E por isso eu quero que o senhor me concede-se a mão de sua filha em namoro.(abriu caixinha da qual continha duas alianças, toda trabalhada na cor prata)

Dulce deixou que suas bochechas de vermelhas passassem para azul escuro, estava totalmente envergonhada, e nem se quer podia explicar a causa., poderia ser pela situação da qual estava convivendo, se não fosse pelo fato, de Pedro não comunicar primeiramente a ela mesma e sim diretamente a Victor, o que tornava o fato mais intrigante e instigante. Dulce deixou que seus olhos percorressem todos ali presente não permitindo se pronunciar absolutamente nada. Alexandra estava impactada com um copo na altura do rosto, enquanto esperava alguma reação de Victor. Sobre a mesa ainda restava os pratos e restos de comida sobre eles, com as taças ao efeita-la, e logo próximo de Pedro as alianças. Dulce não queria se prender daquela forma a ele, se conscientizava que colocaria a aliança , mesmo que de compromisso em seu dedo, quando encontrasse o seu verdadeiro amor, não que Pedro não fosse, mas é que talvez ainda estava procurando o amor que estava por vir a ele, pelo menos torcia para que visse.

May: Seu trapaceiro.(encolheu os olhos, até se tornarem um feixe enquanto negava com a cabeça, fazendo com que todos sobre a mesa , se tornassem confusos) Por isso pediu para que eu fosse com vc até a joalheria?! (o encarou) A de noivado não conta comigo.

Era inevitável não abrir pelo menos um sorriso com o comentário insatisfatório de Maite, que descontraiu toda aquela tensão, ela ampliava sua linha de raciocínio já avistando noivado, e definitivamente Pedro nem era retardado o suficiente de  pensar em algo tão longe do presente, segundo Dulce.

Victor: Olha rapaz(disse enquanto se entretia com o movimento de rodear o vinha na taça)Fico surpreso e feliz por ver que ainda há coragem vigorando em sua veias por correr atrás de seus objetivos, e me acalma sabendo que Dulce estará ao seu lado.

Era impressão de Dulce, ou Victor estava sorrindo?! Nunca virá ele sorrir com tão satisfação que em vez de se alegrar assustou-se, ou talvez por não esperar uma notícia positiva vinda dele, sentiu algo frio sendo colocado do seu dedo anular direito, era a aliança, sendo traçada como uma “coleira”, e Christopher o que pensaria?! Que era uma menina que tomava nenhuma decisão em sua vida?! Que não fora boa o suficiente para negar uma aliança de compromisso?! Já era tarde tanto Pedro quanto Dulce, compartilhavam do casal de alianças cada qual com seus respectivos nomes, guardados um ao outro.

May: AAAAAH(escandalizou pegando seu celular ao seu lado) A Any precisa saber disso.(disse enquanto digitava alguns numerais)

Dul: A convide para nos visitar amanhã(se ajeitou sobre a cadeira para que pudesse se levantar)

Victor: Mas ainda não escapou de nossa conversa em particular rapaz.(o advertiu)

Depois de mais alguns minutos fazendo companhia a Pedro, Dulce estava certa que seu quarto era seu melhor abrigo naquele momento, assim se desculpou alegando cansaço extremo, ao se deitar ainda com a luz do abajur a iluminar, a ruiva pode então contemplar o aliança que acabara de ganhar, se culpando por não se sentir feliz por ve-la em seu dedo como uma forma de expressar todo o “amor” que sentira por Pedro. Pegou seu celular sobre o criado –mudo e digitou um número já decorado, e se contentado ao máximo para não fazer a ligação, mas seu subconsciente já não suportava mais conviver sem aquela voz que a arrancava arrepios obscuros. Após o toque de duas prováveis vezes , aquela voz rouca se desmanchou nos tímpanos de Dulce satisfatoriamente.

Ucker: Alô?(indagou sonolento)