Depois do jantar, Snape e Nany se prepararam para irem à Londres. Nany disse:
“Eu ainda não acredito que estamos fazendo isso. Se alguém nos pegar, é a morte!”
Snape sacou a varinha. Nany fez o mesmo. Eles caminharam até os limites de Hogwarts para poderem aparatar. Antes que Snape aparatasse, Nany disse, com um tom sarcástico:
“Cuidado para não estrunchar, Snape. A parte que perder pode ser importante...”
Nany riu. Snape fingiu que não ouviu e aparatou. Logo, os dois estavam em frente ao Largo Grimmauld nº 12. Os dois entraram na casa. Quando estavam passando pelo corredor, as cortinas de um retrato se abriram. O grito de Nany se juntou à voz da Sra. Black, que gritava:
“Sangues-ruins, lixo, estigmas de desonra, manchas de vergonha sobre a casa dos meus pais...”
Snape sacou a varinha e, apontando para o retrato, gritou:
“Cale a boca, retrato idiota!”
As cortinas se fecharam. Nany estava tremendo. Snape perguntou:
“Você está bem?”
Nany assentiu. No fim do corredor, uma pessoa apareceu e disse:
“Snape! Nany! Venham!”
Nany seguiu Snape pelo corredor. Molly se apressou a abraçá-la. Nany disse quase sufocada pelo abraço de Molly:
“É bom ver você também, Molly.”
Snape e Nany seguiram Molly até a cozinha. Sentados à mesa estavam Moody, Lupin, Tonks, Fred, Jorge, Arthur, Gui, Fleur, Kingsley e Mundungo. Moody disse:
“Agora que estamos todos aqui, podemos ir para o Ministério. Vamos repassar os grupos. Remo, você vai com Fred. Kingsley com Jorge. Arthur com Tonks. Gui e Fleur.”
As duplas já formadas conversavam entre si. Só restavam Nany, Snape, Moody e Mundungo. Moody disse:
“Mundungo, comigo. Nany, você vai com Snape.”
Nany se aproximou de Snape e sussurrou no ouvido dele:
“Parece que ficaremos bem juntos, Snape...”
Snape pegou o braço de Nany e disse:
“Se continuar me provocando, Cavenaugh, eu não respondo pelos meus atos.”
O cabelo de Nany ficou azul-marinho. Snape soltou o braço de Nany quando Moody se aproximou e disse:
“Vocês irão para o último andar. Nível Um.”
Nany assentiu. Moody deu as costas para os dois e disse aos outros:
“Estão prontos?”
Todos assentiram. Snape e Nany saíram na frente. Quando estavam todos fora da casa, Moody disse:
“Enquanto estiverem lá dentro, lembrem-se: Vigilância constante! Nos encontramos daqui a duas horas.”
Todos aparataram. Após algum tempo, Snape se viu no grande átrio. Nany apareceu ao lado dele e disse:
“Vamos. Temos que ir até o último andar.”
Os dois seguiram pelo corredor até chegarem a um elevador. Nany disse:
“Os elevadores não ficam desativados durante a noite?”
“Não sei. Só tem um jeito de descobrir.”
Snape apertou o botão do elevador. As grades douradas se abriram. Snape disse sarcasticamente:
“Parece que funcionam...”
Nany olhou furiosa para Snape e entrou no elevador. Após alguns minutos, uma voz feminina incorpórea anunciou:
“Nível Um. Ministro da Magia e Serviços Auxiliares.”
As grades douradas se abriram novamente e os dois saíram do elevador. Nany observou o carpete roxo do corredor. Ela disse:
“Para onde vamos primeiro?”
“Quais os outros escritórios que existem aqui em cima?”
“O do ministro e da Umbridge.”
Snape levantou as sobrancelhas, assustado. Ainda se lembrava da irritante voz de Dolores Jane Umbridge. Ele disse:
“Vamos à sala do ministro. Tenho uma péssima lembrança da Umbridge.”
“Qualquer lembrança da Umbridge é péssima.”
“Mas você não passou um ano inteiro ouvindo a risada dela.”
“Claro que não. Foi durante três anos.”
Snape olhou assustado para Nany, que deu um sorriso e disse:
“Eu já trabalhei aqui no Ministério. Como ajudante da Umbridge. Era pavoroso.”
Os dois chegaram à sala do ministro. Na porta, havia uma placa dourada com os dizeres:
Pio Thicknesse
Ministro da Magia
Nany girou a maçaneta e entrou na sala, seguida por Snape. Ela disse:
“Eu desejei nunca mais entrar nessa sala. Pelo jeito, eu não tenho sorte com desejos.”
Snape e Nany começaram a revirar os arquivos. Nany disse, abrindo uma gaveta:
“O que exatamente estamos procurando?”
“Algo que possa comprovar o que Dumbledore disse.”
“E o que Dumbledore disse, exatamente?”
Snape não deu atenção ao comentário irônico de Nany. Depois de bastante tempo, Snape abriu um arquivo e viu uma pasta que o distraiu da sua busca. Ele pegou a pasta e disse:
“Olhe só o que encontrei... A sua pasta, Cavenaugh.”
Nany se virou e viu Snape com a pasta na mão. Ela sacou a varinha e disse:
“Não ouse fazer isso, Snape.”
“O que mais você esconde?”
“Me entregue essa pasta, Snape!”
O cabelo de Nany estava vermelho-fogo. Ela se aproximou de Snape. Ele disse:
“Por que você não quer que eu veja esta pasta, Cavenaugh?”
Nany ignorou a pergunta e encostou a ponta da varinha no pescoço de Snape. Ela disse:
“Ponha essa pasta em cima do arquivo, Snape!”
Snape pôs a pasta em cima do arquivo. Nany abaixou a varinha. Ela estava chorando. Snape disse:
“O que há de tão comprometedor naquela pasta, Cavenaugh?”
Nany se sentou em uma cadeira perto da mesa. Snape disse:
“Desculpe Cavenaugh. Não queria fazer você chorar.”
Nany se levantou e enxugou as lágrimas. Snape se aproximou de Nany e a abraçou. Ela sussurrou:
“Por favor, Snape. Espero que tenha entendido.”
De repente, um alarme começou a tocar. Os dois se separaram em um sobressalto. Nany disse:
“O que aconteceu?”
“Devem ter nos descoberto. Devemos sair. Agora!”
Os dois saíram correndo. Quando chegaram ao grande átrio, vários bruxos apareceram, lançando vários feitiços na direção de Snape e Nany. Snape segurou Nany e aparatou.