- Quem você pensa que é para falar comigo desse jeito? - indaguei sacudindo a mão como se fosse tapeá-lo. - Primeiro vocês aparecem e dizem que sou parente, me tiram de minha família e agora do país, agora vem dizer que faço barroco, vou para um lugar que só ouvia ser pronunciado no colégio e em filmes, não sei falar o idioma, terei que me adaptar, que insensível, ainda fica me ameaçando. - eu falava tanto que nem respirava.

Quando parei de falar olhei bem para ele e vi seus olhos arregalados, estava pálido por conta de minha explosão, logo recuperou o controle e disse que o jantar já tinha terminado e que eu voltar-se para meu quarto, mas também depois de suas palavras já tinha perdido completamente o apetite.

No dia seguinte;

Estávamos no avião a caminho do Canadá, lágrimas escorriam e eu não ligava se ele visse, queria até saber se isso acontecer-se com ele, se ele agiria de forma pacifica.

A aeromoça passou pelo corredor, viu meus olhos vermelhos, e perguntou se eu estava bem, apenas lhe olhei e dei um sorriso forçado.

Cardápio:

Abobrinha recheada

Frango ao molho de laranja

Arroz a Grega

Batata gratinada

Bisteca grelhada

bolo floresta negra

Pudin

Meus olhos arregalaram com essas delicias, saliva escorria pelo canto da boca, e tratei logo de escolher o que comer, mas também depois do fracasso do jantar de ontem, e eu não tinha nem tomado o café da manhã com a pressa de Naruto ao aeroporto, já que ele optou por ultima hora um jatinho.

Meu almoço tinha chegado e Naruto ao meu lado arregalou os olhos pela quantidade de comida que eu tinha pedido, na verdade meus olhos cresceram mais do que a barriga, e aquelas delicias não podia se estragar né!Convidei-o para comer comigo, e de bom grado aceitou.

- Logo duvidei que você não tivesse comido nada, afinal resolver alugar esse jato, o que não nos deu tempo de tomar o café da manhã! - Falei de boca cheia, as palavras saíram atropeladas o que fez rir, e com isso o arroz que ele estava comendo saiu lhe da boca sujando a poltrona da frente - diante de tal cena desatamos a rir ainda mais, até que nos engasgamos e paramos para respirar.

- Nunca rir tanto na vida - comentei e olhei para ele quando percebi que tinha uma pontinha de arroz no nariz dele.

Comecei a rir novamente, rir tanto que ele começou a rir também depois da minha gafe de ter roncado durante a risada.

Parei de rir, já sentia a barriga doer, quando Naruto perguntou o que tinha acontecido para eu ter começado a rir assim sem mais e nem menos.

- É que você ... - Falei ainda com risos. - tem arroz no nariz! - Meu rosto começou a ficar vermelho, minha vontade de rir era tanta eu nem sabia se era da cena, ou se de toda essa situação de está num jatinho indo embora sem querer.

De repente comecei a chorar, antes estava saindo lágrimas dos risos, mas agora eram lágrimas de tristezas, Naruto se preocupou, veio chegando perto para me abraçar, mais levantei a mão impedindo sua atitude.

- Não Naruto, eu sei o que acontece depois, você se arrepende de ter me abraçado, e volta a ser carrancudo, não sei por que você age assim, mais muita das suas atitudes me deixa confusa, por isso não tenha piedade de mim, e não seja do tipo duas caras, pois dum lado você tem receio que eu faça alguma coisa de ruim com seus pais, do outro você acredita que eu sou boa. - Eu falava no sussurro por conta do choro, não queria mostrar minhas fraquezas, mais era algo tão difícil.

- Tudo bem Hinata! - E isso foi tudo o que ele disse.

A viagem prosseguiu no mais absoluto silencio depois da ultima conversa, pra falar a verdade usávamos monossílabos para ver se queria se alimentar, se estava tudo bem, fora isso mais nada, Naruto ficava lendo um jornal que para meu ver era do Canadá, coisa que a maioria das palavras eu não entendia, Claro! Inglês e francês, eu acho que dessas línguas eu só sei bye, kiss (lógico), o Bon au revoir de francês, só isso!