Branca De Neve escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 5
Do outro lado do espelho


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, como vão?
OBRIGADA PELOS REVIEWS E INDICAÇÕES
Ultimo capitulo dedicado à GabsSalvatore1862. Obrigada pela indicação linda :)
Então, boa parte de vcs tiveram teorias boas :D Parabéns pra quem conseguiu ver os detalhes, vcs pegaram todas as minhas dicas na fic e conseguiu ver o que acontecia :D
Bom, mas querem ver por completo tudo? Então vamos ao ULTIMO CAPITULO e a minha ultima fic (explico sobre isso lá em baixo)
Aproveitem a leitura e me digam do que acharam da minha Branca de Neve remasterizada ;D



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A manhã estava chuvosa, o que não incomodava a rainha Esme. Ela estava feliz, radiante era a palavra certa, afinal sua vingança estava feita. Isabella, a falsa princesinha inocente, estava morta. Um destino merecido, afinal, em busca de poder Isabella matou o próprio pai e o filho que Esme havia dado ao rei.

Isabella matou o pai envenenado, Esme quando descobriu tentou desmascará-la, mas não tinha provas e Branca de Neve contava com a proteção que o povo levianamente oferecia a ela. Ela pensou que seria a próxima vítima, mas se enganou. O seu filho, por ser varão, herdaria o trono, e Isabella tratou logo de eliminar o empecilho. Ela matou a criança de um ano no berço, pretendia depois acabar com a rainha, mas a rainha pegou a princesa no flagra e conseguiu aprisiona-la em seu quarto.

O plano da rainha era provar a culpa de Isabella, desmascará-la na frente do povo para só então dar a punição que ela merecia: a guilhotina. Fazer isso sem a aprovação do provo seria suicídio. Isabella era esperta, conquistou o afeto de seus súditos, e isso impedia a rainha de fazer justiça. Afinal, se mandasse Branca de Neve para a guilhotina sem uma justificativa plausível, ela seria a próxima a perder a cabeça. Mas seu plano foi frustrado, o príncipe Jacob já estava apaixonado por Isabella e a ajudou a escapar. Pobre tolo, caiu nos encantos da beleza da princesa. Mal sabia ele que ela era um lobo na pele de cordeiro.

Mas agora tudo havia acabado. Ela podia respirar finalmente aliviada, não corria mais risco e a morte de seus entes queridos estava vingada. Graças ao plano do caçador, nenhuma suspeita cairia sobre a rainha. Ela penteava seus longos cabelos cor de mel quando escutou uma leve batida na porta. Bufou um pouco frustrada, não queria ser perturbada agora.

– Entre. – falou sem ter outra escolha. Como rainha, não podia fugir de suas obrigações e súditos.

A porta se abriu, e de lá apareceu a velha feiticeira. Ela usava uma veste vermelha com dourado de um tecido bastante caro, algo ostentoso e bastante diferente das roupas simples que usara na tarde anterior. Ela segurava firmemente um lenço branco. A rainha se espantou, o que essa velha poderia querer? Pagamento, ouro, só podia ser.

– O que quer? – a rainha falou um pouco sem vontade. – Como conseguiu entrar no castelo? – a idosa sorriu e a rainha estremeceu por causa da maldade que havia no sorriso.

– O caçador me ajudou a entrar.

– Ah. – a rainha exclamou descontente.

– Pensei que estaria feliz com a notícia de que Branca de Neve quase morreu. – a rainha olhou alarmada para a feiticeira.

– Como assim quase? – a idosa sorriu e se aproximou da rainha.

– Digamos que maçã não estava exatamente envenenada.

– O que quer dizer? Me enganaste? – a rainha falou se levantando alarmada.

– Oh, não minha rainha. A maçã continha veneno sim, mas nada que matasse, apenas algo que entorpecesse e deixasse com um pulso quase imperceptível.

– Quer dizer que...

– Que eu não estou morta sua tonta! – a feiticeira disse olhando com desdém para a rainha que não entendia nada.

– A senhora não está bem, vou chamar os guardas. – a rainha falou confusa com as palavras da feiticeira.

– Não vai não. – a idosa falou.

Quando a rainha passou por ela, a feiticeira lhe segurou por trás e forçou o lenço branco que segurava contra o seu nariz. Em poucos segundos a rainha estava no chão. Não conseguia mexer os membros, tão pouco emitir algum som. A idosa posicionou a cabeça da rainha para que ela ficasse observando-a sentada na cadeira da penteadeira. O coração da rainha acelerou, estava com medo, muito medo. O que essa velha queria com ela?

– Acalme-se, não irá morrer agora. Seus membros estão paralisados, aos poucos o veneno começará a agir de vez e irá paralisar seus órgãos vitais. Enquanto isso, temos tempo para uma pequena conversa. – a idosa disse sorrindo e logo depois seu rosto se contorceu de dor.

A rainha Esme observava tudo espantada. As feições da idosa estavam mudando e agora assumiam as feições de Branca de Neve. Quando a transformação terminou, Branca de Neve soltou um longo suspiro e olhou rindo para a rainha caída no chão.

– Surpresa? – Branca de Neve falou rindo mais ainda. A rainha estava espantada, tentou se expressar, mas só conseguiu arregalar os olhos. Era o único movimento que conseguia. – Bem, sabe, eu planejava te matar de uma forma dolorosa e lenta, mas ai eu pensei que seria muito triste se você morresse sem saber dos fatos que aconteceram nos últimos meses. E convenhamos, morrer sabendo que foi feita de boba é uma tortura e uma agonia psicológica mais interessante do que a física. Vamos ver, por onde eu começo? Ah, sim... Sabe o seu querido e fiel caçador? Bem, ele não é tão fiel assim sabe? Pelo menos não a você. Nós temos um caso a mais de um ano e ele me ajudou a planejar tudo. Depois do idiota do Jacob me ajudar a fugir, ele me escondeu em uma cabana na floresta. O idiota pensava que eu ficava lá, sozinha e indefesa todas as noites. Mal sabia ele que Edward sempre me fazia companhia. – Branca de Neve fez uma pause e pôs-se a rir.

– Bem, o nosso plano era conseguir o trono do reino oeste que sempre foi prometido como meu. Antes de você aparecer, meu pai me garantiu que EU herdaria o trono. Me ensinou que temos que ter a confiança e o carisma do povo, e eu fui uma boa aluna, tenho todos deste reino aos meus pés. Afinal, quem consegue resistir a um rostinho lindo e inocente? Devo dizer que essa foi a lição mais importante que meu pai me deixou, cativar os súditos, mas isso não vem ao caso agora, abordaremos esse assunto mais tarde. Bom, como eu dizia, o trono era para ser meu, mas ai veio você e influenciou meu pai, devo dizer que engravidar de um filho varão foi um golpe de mestre. Me senti traída e me vinguei de meu pai, como bem já sabe, e depois acabei com seu filho. Infelizmente não consegui acabar com você antes, mas não me importo com isso, afinal acabei de conseguir o que queria. O fato é que o plano inicial era lhe atrair para uma armadilha na floresta, mas você sabe que eu não gosto de coisas simples e adoro interpretar. Edward me sugeriu então brincar com você e Jacob, e deu certo. Me casei com Jacob e nem precisei eliminar o pai dele, ele havia feito isso por mim. Mas eu nunca gostei de Jacob, na verdade eu o detestava, então Edward prontamente o matou. Imagina governar um reino com aquele idiota grudado e tentando me regular? O que importa é que eu ganhei o reino do norte, eu tenho ele em minhas mãos, mas para mim não é o bastante.

– Sabe, não tem graça ter o poder de um reino sendo que o reino que você quer é outro. Então eu pensei, porque não ter dois? E ai veio a segunda parte do meu plano. Eu sempre gostei de ocultismo, minha mãe foi uma grande feiticeira e me ensinou boa parte do que sabia. Usei isso ao meu favor, te enganei me disfarçando de uma pobre e idosa feiticeira. Sabe quantas vezes Edward teve que controlar o riso quando te via toda feliz por causa do plano genioso dele? Você nem suspeitava que estava caindo em uma armadilha, não é? – Branca de Neve falou gargalhando enquanto lágrimas caiam do rosto da rainha. Ela queria gritar, queria fazer uma expressão de dor, mas nada disso lhe era possível. – Bom, acho que quer saber o motivo da encenação, não é? Imagine, a pobre e indefesa Branca de Neve quase morre envenenada. Quando ela se recupera ela consegue convencer a todos de seu reino que a possível tentativa tenha vindo de sua madrasta que a odeia tanto por causa de sua beleza. Ela então resolve ir tirar satisfação com sua madrasta e está sendo apoiada pelo povo do norte, enquanto isso o boato da rainha assassina se espalha por todo canto chegando até o reino oeste. Mas algo inesperado acontece, quando a rainha Isabella entra no quarto de sua madrasta, a encontra morta, vítima de um ataque cardíaco. Consegue visualizar tudo? Mas a parte mais interessante é a parte em que todos acreditam na probrezinha da Branca de Neve, não conseguem suspeitar daquele rostinho inocente. Vê agora como o apoio popular é importante? Você será sempre lembrada como a rainha má que tentou matar a enteada por ter inveja de sua beleza. Eu serei lembrada como aquela que teve bastantes infortúnios durante sua vida, perdendo pai, irmão e encontrando o corpo do marido e da madrasta, mas que no final triunfou e reinou sobre dois reinos. História interessante, não acha? A melhor parte é que ninguém nunca suspeitará de mim, poderei viver minha vida em todo luxo, riqueza e poder, sem me preocupar com desagrados futuros. Não é esplêndido? – Branca de Neve falou se levantando e sorrindo para a madrasta.

A rainha não pôde ver o sorriso. Seus olhos estavam nublados por conta das lágrimas. Como pôde se deixar ser enganada? Que injustiça era Branca de Neve ganhar no final. De repente sentiu uma pontada no peito, não conseguia respirar, o ar parecia não entrar.

– Ah, acho que o veneno começou a paralisar os seus órgãos. Isso quer dizer que logo estará morta. Bom, essa é minha deixa então. Tenho que terminar minha encenação, sabe que Edward fala que eu sou uma ótima atriz? Modéstia a parte, eu sou mesmo. Bom, até nunca mais madrasta. Quem sabe um dia te vejo no inferno? – Branca de Neve falou se retirando do quarto sem nem ao menos se dignar a dar um ultimo olhar para a sua madrasta que agonizava no chão e dava seu ultimo suspiro.

Deixou a porta do quarto aberta, esfregou com força seus olhos e eles logo ficaram vermelhos e lacrimejantes. Forjou um soluço e saiu correndo fingindo um choro alto. Parou somente quando encontrou alguns guardas reais conhecidos de Isabella.

– Por favor, me ajudem!

– Branca de Neve, você voltou! O que houve, porque choras? – o guarda Jasper perguntou preocupado.

– É minha madrasta, eu fui falar com ela e a encontrei caída no chão. Por favor, ajudem, eu acho que ela está morta! – Isabella falou aumentando seu choro.

– Deus, não acredito! Jasper, vá chamar um médico, eu vou até os aposentos da rainha ver o que posso fazer. – Emmett falou e Jasper assentiu partindo logo em seguida.

Os guardas que estavam por perto acompanharam Emmett, a maioria estava mais curioso do que preocupado. O fato é que não gostavam da rainha, ouviram os boatos sobre o que ela havia feito à Branca de Neve e passaram a detestá-la. Como ela podia ser tão cruel com alguém tão inocente?

Assim que todos se afastaram e não tinha mais ninguém à vista, Branca de Neve caminhou até o salão do trono. O salão estava vazio, não havia nenhum guarda, súdito, conselheiro ou dama de companhia. Isabella aproveitou o momento para sentar-se no trono que, finalmente, era seu.

– Você fica esplêndida sentada em seu trono. – o caçador falou saindo da escuridão.

– Eu sei. – Branca de Neve falou sorrindo e o chamando com o dedo.

Edward sorriu e se aproximou como um perfeito caçador em direção à sua presa. Isabella adorava isso, a excitava, e ele adorava provocar essa reação nela. Quando chegou até ela, ele a puxou violentamente para um beijo luxuriante e desejoso.

– O que acha de fazermos amor aqui, no salão do trono? – Edward falou ronronando no ouvido de Branca de Neve que riu.

– Ainda não, temos que ser prudentes. Lembre-se, eu acabei de perder minha madrasta, isso é algo terrível! – Branca de Neve falou fazendo falsa expressão de sofrimento.

– Minha amada, você é que é terrível! – Edward falou divertido.

– Ora, e você não fica atrás meu caçador. – ela falou passando as mãos nos cabelos do caçador. – Agora vá, não podem nos ver juntos.

– Mal posso esperar para não precisar mais esconder nosso caso.

– Será um rei magnífico! O rei ideal para estar ao meu lado.

– Concordo, aquele Jacob não combinava com você. Era patético, morreu sem nem conseguir lutar. – Edward falou com desdém e Isabella riu.

– De fato, Jacob era ridículo. Era tão ingênuo que chegava a me irritar. Agora vá, ainda não podemos ser vistos juntos. – o caçador beijou levemente os lábios de Isabella e se afastou, indo em direção à porta.

– Até breve minha rainha. Te vejo em seus aposentos. – ele falou abrindo a porta do salão e se retirando.

Isabella ficou por um tempo ali. Sentada em seu trono dourado, cheio de adornos vermelhos. Vermelho... a cor do sangue...a cor da riqueza e da realeza. Isabella gostava disso. Ela agora estava sentada aonde pertencia, onde sempre estaria e de onde ninguém a tiraria. A rainha Branca de Neve, à custa de muitas vidas, conseguiu seus objetivos.

A mais bela de todas era agora também a mais poderosa e má de todas. Era esse, então, o seu final feliz.

Fim.

Dêem uma lidinha nas notas finais, ok? :)


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Notas finais do capítulo

Aiiin, quero reviews! Ultima chamada gasparzinhas. Quero indicações também :( é o ultimo capitulo, vai gente, vai ser meu presente de despedida do munda das fanfics.
Pois é, essa é minha ultima fanfic. Gosto muito de fazer fanfics mas está na hora de dar um tempo e voltar para um projeto meu que está parado a um tempo. Eu vou fazer um livro, e livro não é que nem fanfic, a escrita tem que ser bem melhor, então eu vou me dedicar a isso. Vou fazer pesquisas e talvez até realizar uma viagem para conseguir escrever esse livro. Será sobre triângulo das bermudas, será algo que mistura aventura, mistério e sobrenatural. Acho que vai ficar legal. Isso vai tomar muito o meu tempo, então meninas, essa é minha ultima fanfic. Obrigada a todas que leram minhas fanfics, comentaram e indicaram. A clarissa vai continuar com as dela ok? E agora, que tal me dar um presente de despedida e comentarem bastante e fazerem indicações *o* beijos meninas, a gente se vê daqui alguns anos quando eu publicar o meu livro, afinal eu vou ter que fazer uma propagando aqui né? KKKK obrigada por tudo. Até e me desejem sorte.