POV Thomas

Bom, ta certo que esse tio da Julie é bem estranho. Mas ele me passou confiança. Acho que ele quer mesmo me ajudar. (*ah ta. Cai nessa*) Já que ele quer me ajudar, quem sou eu para recusar. Não é mesmo? Esse tal de Demetrius é bem malvado para um tio. Tem cada ideia. Parece até um psicopata. A cada ideia sugerida, eu achava meio ruim e meio louco. Não queria fazer nada muito exagerado. Ah... mas a quem eu estava enganando. É claro que eu queria mais era ferrar com aquele namorico ridículo. A Julie ia ser minha.

- Então, Thomas. Você entendeu o que eu disse? Ou você acha que é ruim? Já te dei todas as ideias e os planos que eu tinha em mente e você ainda não concordou com nada. Achei que você fosse ser mais competente a ponto de por em pratica um plano como esse. Simples. Até eu faria isso. Mas como eu sou tio dela... não ia dar muito certo. Ela sabe que não gosto do namoro. Ela não ia desconfiar tanto assim de você. Pelo menos acho que não. – Demetrius disse.

- Não se preocupe. Eu entendi perfeitamente. Não precisa explicar mais nada. – disse sarcástico. – Eu particularmente achei esse o melhor plano que você falou. Então, a intenção é fazer com que eles briguem e se separem, não é?

- Exatamente. – ele disse, desta vez com um olhar sinistro. Até eu fiquei com medo dele. Coitada da Julie, com esse tio dela.

Certo. Farei tudo o que ele me disse. Nada poderia dar errado.

POV Julie

- Então é isso. Se você tem culpa, vai atrás, conversa e se desculpa. Se ele tem culpa, ele precisa engolir o orgulho e ir atrás de você para se desculpa. E você também deixa o orgulho e aceita as desculpas, ta? – disse rindo e abraçando a Bia.

- Obrigada Julie. Mas, eu acho que eu tenho culpa. Então eu preciso ir até ele me desculpar. – Bia disse, sorrindo de canto.

- Então vai logo. Está esperando o que? O Félix desistir de você?

- Não. De jeito nenhum – e riu muito alto. – Vou lá agora. Tchau. Te vejo depois.

- Ta. - Ouço a porta bater.

- Entra.

- Oi Julie.

- Thomas. O q-q-que você está fa-fazendo a qui. – fiquei nervosa.

- Nada de mais, ué. Vim visitar minha amiga. Não posso?

POV Narradora

- Como? Quer dizer... ta tudo bem, mas eu não entendi nada. Você nunca veio assim na minha casa. Pelo menos não sem me ligar antes. Parece até que você estava esperando um momento pra vim. – ela o olha meio desconfiada.

- Nada a ver, Julie. Eu é que não te entendo. Você nunca me impediu de vim na sua casa. – ele se dirige ao sofá e se senta. – E então Julie? Como é que vai o namoro?

- Co-como você ficou sabendo disso?

- Eu? Ah. Sabe como é, né? As noticias correm. Sua amiga estava conversando com você na rua da sua escola e eu não tive como não ouvir, já que eu estava na esquina esperando alguns amigos meus.

Julie continua a olhar meio assustada para tal visita inesperada, quando vinha entrando na sala o Daniel, que escutava vozes altas e masculinas vindo de lá. Não pode conter a raiva a ver Thomas na sala olhando pra Julie como se a comesse com os olhos. Porém estava invisível para ambos.

- E aí, Julie. Você ainda não falou nada. Cadê seu namorado? Quero conhecê-lo.

E essa foi a deixa que Daniel queria. Foi até a porta, fingindo entra por ela, abrindo e a fechando com força e aparecendo na sala, visível para os dois.

- Está bem aqui. Não é meu amor. – Caminhou até a Julie, que se levantou, e a beijou na frente de Thomas, que o olhou com desdém.

- Muito prazer. Meu nome é Thomas. – disse levantando-se e lhe estendo a mão. – E o seu? – ele logo abaixou a mão vendo que não receberia o cumprimento de seu rival.

- Não me interessa o seu nome. Mas, não que isso seja da sua conta, o meu nome é Daniel. – e lhe sorriu indiferente.

- Então, prazer, Daniel. – disse e sorriu na mesma indiferença.

- Bom, já que vocês já se conhecem, acho melhor você ir embora, Thomas.

- Que isso, Julie. Você estava me expulsando da sua casa. – Disse passando a mão no braço de Julie, subindo até o ombro e parando no pescoço, na nuca pra ser mais exato. Isso fez com que o Daniel o olhasse como se o mutilasse com os olhos. – Você nunca fez isso comigo.

- É, mas agora ela faz. Ela tem namorado e esse sou eu. E dava pra tira a mão daí antes que arranque ela fora, entendeu? – Daniel disse. Thomas revirou os olhos, demorou pra obedecer, mas logo o fez, mas deslizando vagarosamente a mão arrancando arrepios de Julie. Daniel ficava cada vez mais bravo.

- Thomas, eu só estou pedindo pra você ir para que vocês não briguem no meio da minha sala. – Julie disse já irritada.

- Não Julie. Thomas não. Me chama de Tom. Eu adoro quando você me chama assim. – ele disse mordendo o lábio inferior de modo sexy e provocante.

Ela logo ficou vermelha. Daniel já estava explodindo por dentro. – Anda logo. Você não ouviu não. Cai fora daqui, seu desgraçado. Antes que eu... – ele avançou e Julie o segurou.

- Daniel, não. – Julie disse o olhando pra ele manter a calma.

- Isso mesmo. Obedece caladinho, seu otário. – Thomas disse e riu.

- O que você disse? – Daniel disse o empurrando. Thomas o empurrou de volta. Eles iam começar uma briga.

- Gente, para, por favor. – Julie entrou no meio dos dois. – Thomas vai embora. Não quero ficar chateada com você.

- Tudo bem. Eu volto linda. – ele disse e mandou um beijinho no ar para ela e logo olhando para Daniel, dando uma conferida na cara que ele fez com o gesto dele. Saiu pela porta.

- Ah não. Não acredito nisso. Caralho, que cara idiota. Você foi entrar na frente. Eu queria ter quebrado a cara desse filho da puta. Porra, por que você não me deixou? Parece até que tava defendendo ele.

- Não tava defendendo, eu tava impedindo a briga. É bem diferente. – Julie disse. Ela logo o beijou e isso o acalmou.

- Ta. Acho que já vou. Até depois. – Daniel disse e retribuiu o beijo.

O resto do dia foi calmo. Até chegar a noite e Julie poder dormir. Mas algo dizia em sua mente que essa história toda não iria acabar tão cedo.

CONTINUA...