Os Três Amores Da Minha Vida escrita por Azzula


Capítulo 10
Namsan Park


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o clipe de On Rainy Days é lançado em rede nacional (:
Escrevi tudo quando cheguei do trabalho, vim o caminho inteiro martelando como seria o cap e acabei escrevendo demais, então dividi ele em duas partes. O que resultou nesse capítulo, e no que eu vou postar amanhã pela manhã, espero mesmo que gostem, é puro amô kkk beijo ♥



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Eu definitivamente precisava de dinheiro.

Foliava o jornal em busca de algum anuncio de emprego compatível com o meu tempo livre.

Eram exatas 09:00h de um feriado frio, todos estavam dormindo.

A urgência de um emprego ajudou-me a esquecer temporariamente alguns acontecimentos que estavam me deixando louca.

Finalmente encontrei. Precisavam de uma garçonete que trabalhasse por apenas 4 horas servindo uma incrível variedade de macarrão. Não precisava ter experiência, horário de entrada às 14:00 horas e não precisava ser maior de idade. A melhor parte é que era perto da escola. O salário não era grande coisa, mas pra quem não tinha dinheiro algum, estava ótimo. Liguei.

_ Alô. – uma voz masculina.

_ Alô, é do restaurante Rammen’s Cia?

_ Sim, posso ajudá-la?

_ Eu gostaria de saber sobre o anuncio de emprego que esta no jornal...

_ A sim! Venha fazer uma entrevista amanhã. Traga um currículo. Qual seu nome?

_ Chiao Ana.

_ Ok Chiao Ana, agendei você para as 15h. Esteja aqui no horário.

_ Estarei, obrigada. – desligamos.

Abri a geladeira em busca de alguma coisa pra beber, quando a fechei, Kiseop encarava-me ao lado do balcão, capturando uma maça na fruteira e mordendo-a.

_ Pra que quer um emprego? – perguntou-me de boca cheia.

_ Porque presta atenção na conversa dos outros?

_ Aish... você é muito sem educação! – jogou a maçã em minha direção.

_ E você é muito curioso! – peguei a maçã, mordendo-a também.

_ Ya! Quem mandou você morder?!

Ignorei-o.

_ Sabe, eu estava pensando... – Kiseop aproximava-se do banco em que eu estava sentada. – Se você ama Onew, como pôde beijar JunHyung? Quer dizer... Os dois são péssimos, mas o Onew pelo menos é um bom líder, pelo que eu sei... Pena que é feio.

Ah, que ridículo. Um comportamento de uma criança.

_ Nossa Kiseop, não sabia que tinha voltado a freqüentar a quinta série.

_ Estou falando sério! Que tipo de garota é você, que gosta de um e beija o outro por dinheiro?!

Apesar de idiota, aquilo fazia um pouco de sentido. Não havia beijado JunHyung por dinheiro, mas na primeira vez, havia beijado-o desejando que fosse Onew.

Pensando bem, não fazia mais tanto sentido assim. Na verdade, nada dentro de mim fazia sentido. Pensar em Onew fazia com que toda a minha estrutura óssea se abalasse, e pensar em JunHyung, fazia com que meu corpo inteiro tremesse e fosse atingido por calafrios.

Não sabia ao certo o que sentir. Eu havia pedido o feriado para JunHyung, pra pensar nas palavras que ele havia dito. Precisava ordenar meus sentimentos, mas estava difícil, e Kiseop estava me irritando...

Kiseop tomou a maça de minha mão, mordendo-a novamente e encarando-me a espera de uma resposta.

_ Cuide de suas coisas que eu cuido das minhas. – disse impaciente.

_ Aish... Ana, não leve tudo ao extremo! Porque tem que sempre ser uma grossa?

_ Você por acaso vai me ajudar a entender o que eu estou sentindo? – cuspi tais palavras inconscientemente. Kiseop arregalou os olhos.

_ Ok, pode dizer. Eu ajudarei você... – encarou meu rosto, depois o chão.

_ Eu não sei nem quais argumentos usar pra dizer que gosto mais de um do que de outro. – admiti.

_ Como assim? Vai me dizer que esta apaixonada pelos dois? – arregalou os olhos.

Apenas calei-me.

Kiseop olhou-me com olhos marejados. Aquela reação deixou-me com alguns pontos de interrogação na cabeça. De um tempo pra cá, Kiseop estava interessando-se demais nos meus assuntos, mais do que qualquer simples curiosidade permitia. Pior, ele estava intrometendo-se demais em minhas coisas.

_ Kiseop, porque você...

_ Isso é ridículo! – ele disse sério. – Aposto que você não faz idéia do que seja o amor! Você nem conhece nenhum deles direito e fica ai, toda confusa. Porque você enxerga somente as coisas que quer? Porque não pode simplesmente ver uma coisa quando está simplesmente à sua frente?! – encarou-me a fundo, mais de perto.

_ Tem razão. Eu realmente não sei o que é o amor. – admiti. – Mas o que eu posso fazer? As coisas que eu sinto, só me levam a essa resposta.

_ Nem tudo que faz seu coração bater forte, é amor. – eu já havia ouvido aquilo antes. Eli havia me dito.

_ Eu sei... – continuei. – Mas o que acha que eu deveria sentir pela pessoa que roubou meu primeiro beijo e...

Kiseop revirou os olhos, abandonou a maçã no balcão, encarando-me.

_ Ana, enquanto você ignorar as coisas a sua frente, jamais saberá o que o amor realmente é. Esqueça essa coisa de arrepios e batimentos fortes! Parece até que tem 15 anos e esta esperando pelo seu príncipe encantado... – deu as costas e deixou-me ali, encarando o chão.

Eu não deveria ter confiado em Kiseop a ponto de contar-lhe essas coisas. Ele não me ajudara em absolutamente nada. Só havia me deixado mais confusa e decepcionada.

Decidi que ignoraria suas palavras.

Eu realmente estava à espera do meu príncipe encantado. Que mal havia nisso? Kiseop não entendia, não via como eu, não sentia como eu. Aposto que nunca havia amado alguém, principalmente por aquela maneira fria de ser.

Eu acreditava no amor, e não desistiria simplesmente por alguém me dizer que ele não existia. Eu sabia que existia.

O feriado passou rápido. Lee SoonHyun preparou um almoço delicioso e o senhor Lee JaeSoon havia comprado alguns filmes um dia antes. Nós três comemos bem e assistimos filmes enquanto Kiseop passara o feriado na casa de DongHo, jogando vídeo-game com o garoto.

Foi um bom dia, esqueci-me de JunHyung, Onew, escola e toda aquela pressão. Pena que dias bons e calmos passavam rapidamente.


__


_ Deve ser aqui. – disse baixo encarando o letreiro do restaurante.

Entrei e procurei por alguém que parecesse responsável pelo estabelecimento.

Era um lugar simples e bonito. O acabamento todo de madeira, com poucas mesas e assentos. Um arranjo contemporâneo e luzes baixas, o local parecia ser iluminado por velas. Um cheiro delicioso de macarrão percorria pelo local, e a música que tocava era calma. Algo parecido com música indie, não sabia ao certo. O local estava repleto de adolescentes.

_ Olá, vim para uma entrevista de emprego. – disse a um homem alto com barba.

_ É Chiao Ana? – afirmei com a cabeça. – Chegou cedo, mas a pessoa agendada para as 14:00h não veio, de modo que podemos começar. – encarou o relógio.

Seguimos para uma salinha no canto do estabelecimento.

_ Quantos anos tem? – perguntou inicialmente.

_ Tenho 17 anos senhor. – respondi educada.

_ Ah, a propósito, me chamo Yao Ming. Você estuda Ana?

_ Sim, estou na KSFG. – todos conheciam o nome da escola pela sigla.

_ Ah, então é realmente inteligente! – sorriu. – Mas, você não é daqui, certo?

_ Não, coloquei ai no currículo. Eu sou naturalmente brasileira. – disse com certa insegurança. – Estou aqui para um intercambio.

_ Ah, certo! Mas alguém de sua família nasceu aqui? – indagou.

_ Sim, meu pai.

_ Ok! Seu coreano é muito bom, e você tem uma boa aparência, mas me diga, porque quer trabalhar?

_ Bem, mesmo sabendo que meus pais temporários me darão qualquer coisa que eu precisar, eu quero conseguir minhas coisas por conta própria. Não quero atrapalhar em nada.

_ Uma decisão bem madura! Ok Ana, não vou contratá-la de inicio, esteja aqui amanhã as 14:00 horas. Farei uma experiência com você, e conforme for eu te efetivo. – estendeu-me a mão para uma despedida.

_ Ok, eu estarei. Obrigada. – sorri.

Eu estava confiante. Aquele ambiente calmo, me deixou com vontade de trabalhar ali. Eu realmente queria trabalhar ali.

Sai do estabelecimento com um sorriso no rosto. Um emprego novo significava mudança, e eu estava precisando de mudanças.

Passei em frente a uma loja de eletro-eletrônicos e em uma televisão gigante, passava um clipe do Beast.

Com a ansiedade para a entrevista de emprego, havia me esquecido que seria hoje o lançamento do MV. Gelei por pensar na repercussão que ele teria. Pensei na reação de meus pais, e senti-me mais aflita ainda.

*uma mensagem*

“ Onde você está? Você pode me encontrar no Namsan? Espero que venha, tenho uma surpresa.

Jun”

Namsan. Eu nunca havia ido ali, mas sabia que estava perto. Podemos dizer que Namsan é um parque calmo para caminhadas em Seul, geralmente sobe-se até o topo de uma torre que lá existe, para depositar recadinhos escritos em cadeados, era tudo que sabia por fotos e pesquisas que havia feito sobre o país antes que me mudasse.

De pouco a pouco, pedindo informações, consegui chegar à entrada do parque, só não sabia onde Jun poderia estar.

*mensagem*

“Jun, onde você está? Estou esperando você aqui na entrada.”

Antes que pudesse esperar por sua resposta, meus olhos foram tampados por duas mãos atrás de mim.

Eu sabia que era ele.

_ Eu sei que é você Jun-ah! – ri.

_ É claro que sabe!

Ele segurou em minhas mãos, arrastando-me para dentro do parque.

_ O que vamos fazer aqui? – perguntei.

_ Eu trouxe cadeados para nós! Mas antes, vamos andar um pouco por aqui...

Ele permaneceu segurando minhas mãos.

Lá caminhavam muitos casais. Casais de idosos, adultos e adolescentes. Haviam crianças correndo, e pessoas partindo para um piquinic. Apesar de frio, era um lugar romântico, com muitas arvores e cerejeiras. Era um lugar familiar tranqüilo, era bom estar ali com JunHyung.

_ Já tinha vindo aqui? – perguntou-me.

_ Não, nunca.

_ Eu imaginei. Não sei por que, mas penso que esse parque combina com você. Eu venho sempre aqui quando quero estar só.

Aquilo me fez lembrar de Onew. Me fez lembrar da cachoeira e dos pedidos que fizemos com os pedregulhos. Fez com que eu me lembrasse daquele lugar em que ele ia sempre pra refletir sobre suas ações. Eu sentia sua falta. Meu coração bateu irregular.

_ Ana, te chamei aqui porque quero muito conversar a sós com você! – encarou-me, segurando firme minha mão.

Permaneci em silêncio.

Subíamos as escadarias quando Jun sentou-se em um degrau, puxando-me para que eu sentasse também.

_ Por favor, diga alguma coisa. – disse. – Estou tão aflito que mal pude dormir. – encarou-me, permitindo-me ver suas olheiras.

_ Me desculpe. – encarei o chão.

_ Porque se desculpa? Você se desculpa demais! – indignou-se.

_ Me sinto culpada por de certa forma, prejudicar as pessoas que eu gosto. – expliquei.

_ Você já pensou sobre o que eu disse pra você? – encarou-me novamente.

_ Pensei. Me desculpe não ter ligado pra você, e não ter te procurado hoje na escola, a verdade é que estou confusa demais.

_ A culpa disso é minha. – concluiu.

_ Você não tem culpa de nada! Eu é que não sei o que eu sinto... – encarei seu rosto.

_ Quero te dizer uma coisa. – colocou as mãos no bolso. – Eu não amei você desde o princípio. – continuou. – Eu a via somente como uma amiga, uma querida amiga. Sentia necessidade de proteger você, por parecer sempre frágil e inocente. Ainda acho que seja frágil e inocente, como se a qualquer momento fosse se quebrar... Mas a partir de um momento, passei a vê-la como mulher também... E não sei dizer quando isso começou, mas estou decidido a ter você...

Digeria suas palavras.

_ Eu entendo que nesse momento, você tenha olhos para Onew, mas eu sinceramente acho que isso não passa de um encanto! Você nem sequer o conhece para que seja tarde demais pra mudar seus sentimentos. Eu realmente acredito que você possa me amar, porque eu sei que posso fazer você me amar! – segurou minha mão.

_ Não é a primeira pessoa que me diz isso... – disse envergonhada.

_ Isso é porque você é transparente demais! – continuou. – Daqui onde estou consigo ver por suas expressões que está envergonhada e confusa. Você é do tipo encantador que se deixa levar por suas emoções... você é linda.

Senti minhas bochechas corando.

Encostei minha cabeça em seu ombro enquanto ele acariciava meus cabelos.

Me sentia segura ali. Sempre me sentia segura com JunHyung. Não queria me livrar de seus braços nunca mais, queria estar sempre perto dele.

Senti meus batimentos se acelerando enquanto ele percorria com sua mão por meu pescoço. Inclinei a cabeça para encará-lo nos olhos, quando o fiz, percebi que estávamos próximos demais. O suficiente para que eu sentisse sua respiração. Aproximamos-nos lentamente, quando enfim senti seus lábios tocando os meus.

Era sempre uma sensação nova. Naquele momento, estava quente. Como se meu corpo estivesse febril. O beijo era quente de tal forma, que fez meu coração acelerar de uma maneira incomum. Sentia sua língua percorrendo por cada canto de minha boca, e seus braços me aproximando o maximo possível de seu corpo. Não queria mais me afastar de JunHyung.

Acariciando minha perna, ele encarou-me com um sorriso. Seus olhos ainda encarando meus lábios, e eu encarando sua face perfeita. JunHyung era lindo.

_ Isso foi um sim? – finalmente encarou-me nos olhos.

Eu apenas sorri, envergonhada. Sim, aquilo era um sim.

_ Sim! Sim, sim, sim siiiim! – ri.

_ Aish... finalmente! Pensei que morreria com o suspense. – beijou-me rapidamente, levantando-se. – Vamos! – estendeu a mão. – Vamos subir até a torre.

_ Sabe, eu tenho um pouco de medo de altura! – admiti.

_ Quantas vezes vou precisar dizer, que comigo você não precisa ter medo? – capturou minha mão, andando apressadamente em direção a torre. Ele estava entusiasmado!

Na torre, apreciei a bela vista que Seul tinha. Aquela cidade era maravilhosa!

JunHyung e eu encontramos um lugar para deixarmos nossos cadeados perto um do outro. Escrevi seu nome em meu cadeado e ele escreveu o meu.

_ Daqui algumas horas, o clipe será lançado. – ele abraçava-me por traz enquanto admirávamos a vista. Sua cabeça encostada em meu ombro.

_ Está ansioso? – perguntei calma.

_ Um pouco. Eu realmente acho que fizemos um bom trabalho, todos nós! Mas é sempre uma tensão muito grande quando esperamos a reação de nossas fãs.

_ Tudo dará certo. Enquanto tiver suas fãs jamais estará sozinho. – disse.

_ E quanto a você? – tentava encarar meu rosto.

_ Quem disse que eu não sou uma fã? – ri.

Jun apenas beijou meu pescoço de forma carinhosa, acolhendo-me em seus braços. Gostava daquela sensação.

Partimos.

JunHyung deixou-me de volta em casa um pouco antes de anoitecer. Conversamos um pouco dentro do carro até que criamos coragem para nos despedirmos. A companhia dele era mais que agradável, sentia vontade de estar ao seu lado pra sempre. Sua personalidade era acolhedora, e apesar de fechado às vezes, sentia que com jeito, era possível fazer com que ele se abrisse e mostrasse seus sentimentos sobre diversos assuntos.

Em casa tudo parecia calmo.

Lee JaeSoon trabalhava em seu escritório e eu conversava com a omma sobre como havia sido o dia. Contei sobre a entrevista de emprego com entusiasmo e sobre JunHyung.

_ Mas não é isso que quero saber garota! Me fala do beijo!? Ele é do tipo polvo que passa as mãos por todas as partes do seu corpo, ou é comportadinho? – encarou-me perversa.

_ OMMA! – surpresa. – É claro que ele é do tipo comportado! Mas seu beijo é demais. Quer dizer... ele foi o único que beijei na minha vida, mas parece que quanto mais íntimos nos tornamos, mais intenso fica.

SoonHyun arregalou seus olhos.

_ Preciso ver esse vídeo logo! Ele não disse que horas vai passar na televisão?

_ Não, disse que mandaria uma mensagem quando descobrisse...

_ Aish... e se ele se esquecer?! É melhor você ligar!

_ Claro que não ommá! Se ele se esquecer, a gente vê na internet ué!

_ Tem razão... Pelo menos sabemos que ele é do tipo romântico! Se ele levou você no Namsan é porque é um cara família e tranqüilo...

_ Não sei omma, ele é simplesmente demais! Tão seguro, cheio de si e atencioso... protetor... – suspirava enquanto me lembrava de suas mil qualidades.

* Mensagem*

“ O clipe será exibido na MNet daqui 5 minutos. ♥

Jun”

_ Omma, vamos! – puxei-a para o sofá.

_ O que foi menina? – disse ela sentando-se a força.

_ O clipe... na MNet... 5 minutos! – disse entusiasmada.

_ AAAH, então coloca logo menina! – estávamos ambas entusiasmadas.

Lee SoonHyun olhou-me amorosamente, ansiosa para ver meu trabalho. Ela segurou minhas mãos a fim de me acalmar. Eu estava muito ansiosa pra ver como havia ficado.

Prestávamos atenção no programa que estava se encerrando, eu contava os segundos. Kiseop chegou à sala, de bermuda, moletom e pés descalços, encarando-nos com olhar de reprovação.

_ Porque tanta euforia? – perguntou rabugento.

_ VAI POR UM CHINELO! – ela ordenou, calando-se rapidamente com a chamada do vídeo.

Ele ignorou-a, juntando-se a nós para ver o porquê de estarmos tão eufóricas. O vídeo começou então.

_ OMO! OMO, OMO, OMO! – ela disse tomada por empolgação.

Vemos as cenas de todos os membros. Todos atuaram bem e o clipe parecia uma história triste de amor. Tudo pareceu maravilhoso quando pronto.

_ AAAH! A-A! – SoonHyun gritou eufórica quando eu finalmente apareci. Kiseop revirava os olhos, e eu prestava atenção vidrada na televisão.

O beijo apareceu pela primeira vez na tela grande, e omma segurou forte minhas mãos, sacudindo-as. Tudo pareceu mais emocionante pela televisão, e meu coração disparou. Havia sido um beijo bonito, daqueles de cinema, eu estava emocionada e orgulhosa de mim.

_ Isso é ridículo! – Kiseop desligou a televisão no meio do clipe.

_ Ya! Menino, o que deu em você!? – SoonHyun encarou-o irritada.

_ Não vamos assistir esse tipo de coisa aqui em casa! – disse autoritário.

_ É, e você pode aparecer com o abdômen nu na televisão né? – ela retrucou.

Eu apenas encarei a televisão escura, frustrada. Porque ele estava fazendo aquilo?

Eu me levantei e caminhei até a televisão a fim de ligá-la.

Kiseop segurou meu braço com força, encarando-me seriamente.

_ AAAAAISH! ME SOLTA! – livrei meus braços e liguei a televisão.

Ele permaneceu estático, olhando de perto a televisão que exibia o segundo beijo do clipe.

Omma abraçou forte uma almofada e tombou para um lado do sofá, eu admirava a televisão, com as luzes refletindo em meu rosto, e Kiseop estava ali, imóvel.

O segundo beijo havia sido ainda mais emocionante. Lembrei-me de toda a sensação, dos toques de JunHyung e do que eu estava sentindo naquele momento.

Fechei os olhos me lembrando enquanto o clipe se encerrava.

_ Você o beijou duas vezes?! – perguntou abismado.

Eu apenas o encarei. Como ele era estranho...

_ Você é uma nojenta! Agiu como uma depravada em rede nacional... vai ser retalhada amanhã na escola, depois você não se liga em porque as pessoas humilham tanto você lá! Uma mestiça dispondo-se a fazer esse tipo de papel na televisão! Ridícula!

Suas palavras me paralisaram.

_ LEE KISEOP! – Lee SoonHyun abismou-se também. – Que história é essa de humilhação? – dessa vez, dirigia-se a nós dois.

Ambos permanecemos calados.

Kiseop encarava-me com olhos vidrados e arrependidos, e eu encarava o tapete branco, envergonhada. Eu estava sentada ali, contemplando o chão e perdida em pensamentos.

Kiseop tinha razão. Seria morta no dia seguinte. Todas as garotas me odiariam e eu estaria mais ainda sob pressão, mesmo JunHyung estando disposto a me proteger, ele não estaria comigo sempre. Estremeci.

Omma envolveu seus braços sobre mim, acolhendo meu desespero cálido.

Levando-me até meu quarto, nos sentamos em minha cama, e eu lhe expliquei tudo, desde o inicio.

Sua expressão era séria e compreensiva enquanto ouvia tudo o que eu tinha a dizer.

Eu apenas omiti o dia do ovo. Na verdade, omiti que Kiseop estava envolvido. Não precisaríamos de um clima tenso na família.

_ Porque não me contou antes? – acariciou meu rosto.

_ Não achei necessário. Mesmo com tantos acontecimentos, eu me considerei forte pra encarar tudo isso. No fim, achei que sobreviveria. Mas a uma hora dessas, Kiseop tem razão. Todas as meninas vão me odiar, vão me matar. – uma lagrima de desespero escorreu.

_ Não! Enquanto tiver a nós... Enquanto tiver JunHyung, Onew, eu e JaeSoon, você estará segura! Nada de tão grave vai acontecer enquanto protegermos você! – enxugou minha lagrima. – Agora durma. Viva um dia de cada vez, e espere para ver a reação das pessoas amanhã... – beijou minha testa e saiu do quarto.

Encostei minha cabeça no travesseiro, sentia medo.

Pensei em JunHyung, tudo seria mais difícil para ele.

*mensagem*

“Jun, eu assisti o clipe. Tudo ficou perfeito! Queria muito ter assistido com você... Admito que estou com medo por amanhã...

Chu~♥ Ana”

Finalmente dormi, depois de tanto tentar imaginar o dia seguinte.

Mal sabia o que me esperava.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e fantasiado esse capitulo (: Sério gente, eu viajo demais escrevendo.. kkk Mas é divertido (: Essa é minha primeira fanfic, então eu fico fantasiando sobre ela o dia todo no trabalho.. Minhas amigas ja não aguentam mais HAHA. Espero que gostem! CHU



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