Blasfêmia escrita por asemn


Capítulo 6
Café americano




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- Moça? Pode vir aqui, por favor? - Anderson chamou a garçonete, que logo o atendeu - Um café, por favor...

- E para sua amiga, o que vai pedir? - perguntou a garçonete olhando para uma mulher que havia sentado ao lado dele.

- Traga algumas panquecas, ok? - disse Anderson educadamente.

- Sabe que adoro panquecas! Você é unico, querido... - disse a mulher que estava ao seu lado.

- Eletrika...

Eletrika, um demônio que sempre se apresentava em forma de mulher. E por sinal, uma belíssima mulher... Cabelos castanhos, curvas perigosas, rosto simples, qualquer homem poderia ser visgado por ela.

- Anderson, meu querido, estava apenas passando por perto e o vi conversando com o ignorante... Como você está? - perguntou se aproximando de Anderson.

- Ótimo... Agora trabalho para os americanos. Tenho certeza que eles procuram algum artefato na Alemanha...

- A lança? O chifre? Alguma ideia?

- Não sei dizer... Não agora. Enquanto estava no avião, possuí três pessoas, e duas delas são alemãs... Então, quando eles chegarem lá, terei uma ideia de como a segurança está naquele país.

- E a terceira pessoa? - Eletrika começava a ficar realmente interessada.

- O piloto! Farei o avião cair logo após a saída dos outros dois... E atrasarei os próximos voos. Assim, uma boa parte da mídia vai se focar no "acidente". No papel que recebi de Vega, com os detalhes da minha nova missão, li que fui "contratado" como analista da empresa controlada por um grande magnata corrupto... Que anda desviando dinheiro para os alemães, para fins militares.

- E como o analista, viajaria com ele e aproveitando dos atrasos, você o mataria, certo? E depois roubaria os documentos necessários, eu suponho?

- Mulher, só não caso com você porque quero uma vida calma...

- Eu sei, sou genial!

Passados trinta minutos, um café e uma panqueca, Anderson havia explicado todo o seu plano. Apesar de ser quase que um improviso de última hora, tudo se encaixava aos poucos. Com os arquivos da empresa, todas as provas estariam nas mãos dos americanos. Provariam que os alemães estariam se armando até os dentes, seriam uma ameaça e um motivo a mais para que a segunda guerra fosse iniciada. Para falar a verdade, essa guerra já havia começado...

- Minha irmã também está na Alemanha, quando você chegar lá, terá o suporte dela - Eletrika se levantou, puxou a cadeira em que Anderson estava e sentou em seu colo.

- Ah... Como vai sua irmã? Faz dois anos que nao falo com Cadente...

- Deve estar bem... Está infiltrada como secretária do governo, alto cargo. E também trabalha para Vega...

- Ela também?! Uau! Agora só temos você e o bastardo jogando "neutramente"!

- Por que você chama Connor desse jeito?

- Você não sabe? Ele é um filho bastardo! Haha! Além disso, acho que ele ainda é muito novo para esse tipo de coisa...

- Talvez, querido... Não se esqueça que fazer e sobreviver ao processo de pacto não é fácil, então ele já se provou forte o suficiente...

- Vamos ver se ele aguenta uma foice no pescoço! Eletrika, você deveria sair agora... Meu taxi parou do outro lado da rua, eles me chamam... - disse Anderson ao se levantar e caminhar até a saída da lanchonete.

- Até a próxima... - Eletrika despediu-se.

Anderson saiu da lanchonete, atravessou a rua e, novamente, estava dentro do taxi, mas desta vez, esperando por Vega. O taxista o levou até uma rua sem saída, onde Vega os esperava encontado na parede, fumando um charuto. Nesta rua, havia apenas uma cabine telefônica. Saindo do carro, Anderson foi até a cabine e digitou "252555". Ao acabar de digitar os números, a parede ao lado da cabine se abriu, revelando uma passagem secreta.

- Vocês se mudaram? Interessante! - disse Anderson, entrando na passagem e dando de cara com um elevador.

- Muito melhor agora... Até me sinto um agente secreto, sabe? - disse Vega.

- Sério...

- Como nos filmes! Não acha?

- Quando você vai parar de defecar pela sua boca? Sério, me avise!

Os dois entraram no elevador que desceu cinco andares. As portas se abriram e eles estava no meio de uma sala de comando operada por vinte e cinco homens, e no centro da sala, o comandante dos serviços especiais, Ronald Crest. Todos que estavam alí discutiam sobre a missão que Anderson iria realizar, a "Missão Icarus".

- Senhores, bem vindos a sala de comando sul! Creio que os detalhes da missão já foram entregues e compreendidos, certo? - Ronald perguntou ao apertar a mão de Vega.

- Sim! - respondeu Anderson, friamente.

- Não terá nenhum tipo de suporte... Nada de disfarce, cobertura, rádio, escutas! Não podemos nos expor a esse nível, entende? Quando estiver com os documentos em mão você terá que fugir... Simples! Nenhuma suspeita pode ser levantada! - disse um dos operadores de comando.

- Receberá uma cápsula com veneno, faça com que ele a tome! Coloque em alguma bebida. Assim, nen os melhores peritos identificarão a morte como envenenamento! - Vega completou.

- Fácil... - Anderson se animava.

- E após matá-lo e roubar os arquivos, você deve saltar do avião! - Ronald finalisou - Certo?

- Ok! Não preciso de pára quedas! - Anderson tomou os papéis que estavam em cima da mesa e foi até o elevador - Mas, também quero um charuto!

- Algo a mais? - Vega perguntou.

- Apenas o  charuto, ou você é surdo? - Anderson fechou a porta do elevador.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem! Não esqueça do review! Até mais!!!



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