- Todos vocês, provavelmente o que verão hoje irá abalar o seu conceito de realidade, anjos e demônios... Preciso que todos os que se sintam despreparados desistam imediatamente! Alguem se candidata? - Anderson, com o tom de voz razoavelmente alto, tentava se comunicar com o pequeno exército americano.

- Senhor... Você disse... Demônios? - um dos soldados mais apavorados com a situação perguntou.

- Sim, é claro! Você pensou que seu país tinha te mandado aqui apenas para se aliar comigo? Vocês americanos... Ridículos! Alguma pergunta a ser feita cowboys? - todos o olhavam fixamente, como se fosse algum tipo de general ou comandante da operação.

Silêncio... Foi a única coisa que ecoou após a afirmação de que demônios existiam. Todos os soldados então marcharam até uma área florestal preservada pelo governo canadense. Os tanques protegeram o perímetro e os soldados começaram a correr em direção da mata.

- Summers... Você tem certeza que é aqui? - Vega perguntou, apontando para uma colina que se destacava entre várias árvores.

- Sim... E acho que...

- Que? O que foi?

De repente, o chão estremeceu e um rugido estrondoso fez com que todos alí ficassem com o batimento cardíaco mais acelerado do que o normal... Alguem... Ou alguma coisa estava lá pelo mesmo motivo que os americanos... Novamente, o chão tremeu...

- Fiquem aonde estão! Se preparem para atacar! - Vega ordenou.

Após a ordem dada, uma enorme cratera se abriu e de dentro dela uma criatura colossal aparecia diante de todos. Tinha tentáculos, muitos tentáculos! Nunca uma criatura tão medonha havia aparecido diante daqueles soldados... Ao sair da cratera, esmagou inúmeros pais de família, os transformando em um bolo de carne com seus ossos moídos e destroçados. Além de tentáculos, uma enorme boca soltava rugidos. Mais dentes do que qualquer outra criatura real ou imaginária... Era um...

- Demônio! É um deles!!! - disse Anderson correndo em direção da criatura e afastando alguns soldados do local.

- Você o reconhece? - Vega, enquanto o acompanhava, perguntou.

- Sim... Winengard Armus Retoris! O demônio sem rumo...

- Mas o que esse filho da mãe veio fazer aqui?! Anderson... Qual artefato ele está protegendo? Me diga!

- Minha foice... - Anderson olhou para trás, respirou fundo e começou a correr mais rápido... Muito mais rápido que um mero humano... - ... Que dessa vez seja mais fácil...

Anderson corria mais rápido que qualquer um... Ao se aproximar de uma árvore, saltou incríveis vinte metros de altura e depois... Parecia estar... Voando. Então, o grande demônio o avistou...

- Anderson Summers... Vejo que perdeu sua foice novamente... Que pena! - disse Winengard.

- Winengard... Vejo que está prestes a perder seus tentáculos novamente... Que pena!