PDV do Frank

Depois que Reyna terminou de falar com a Piper ela voltou para a sala.

– E então? O que ela disse? – perguntei.

– Ela falou que chega aqui em 15 minutos. – respondeu Reyna.

Nessa hora Jason, que estava se arrumando no seu quarto, entrou na sala.

– Quem vem para a minha casa? – perguntou ele.

– A sua querida Piper. – falou Reyna que estava com ciúmes até o seu último fio de cabelo.

Nico levantou do sofá onde estava sentado e se pôs no lado dela.

– Alguém está morrendo de ciúmes. – ele provocou, enquanto passava o braço ao redor dela.

Jason riu e disse:

– Solta a minha namorada!

Nico riu e largou Reyna indo em direção à cozinha.

– Onde está o Percy, que não chega? – perguntou a morena obviamente querendo mudar de assunto.

– Ele disse... – antes de acabar de falar Jason foi interrompido por batidas na porta.

– Acho que ele chegou. – eu falei.

Reyna foi abrir a porta e voltou acompanhada de Percy.

– E então? A Piper concordou em participar do plano? – ele foi logo perguntando.

– Ela ainda não sabe de nada. A gente achou melhor contar tudo quando ela chegasse. – eu disse.

– Por que a gente chamou a Piper para fazer parte do grupo mesmo? – Nico perguntou enquanto entrava na sala com um balde de pipocas na mão.

– Oi para você também. – falou Percy ao mesmo tempo em que Jason falava:

– Quem te deu autorização para fazer pipoca?

Nico deu um sorrisinho e disse:

– Para o Percy oi e para o Jason eu mesmo.

Jason fechou a cara, mas respondeu:

– Nós chamamos a Piper para o plano porque ela trabalha com a Annie e pode nos manter informados de coisas que ninguém mais sabe.

– Desculpa furada. – cantarolou Reyna.

Percy riu da atitude infantil da garota, mas imediatamente voltou a ficar sério quando escutou alguém bater na porta.

– Tá! Eu atendo! – eu falei quando ninguém se pronunciou para ir abrir a porta.

Andei até a porta e a abri. Do outro lado estava Piper, linda como sempre.

– Oi! – eu falei.

– Olá Frank! Como vai a Hazel? – ela falou.

– Muito bem, está em San Francisco a trabalho.

Sai da frente da porta e deixei-a entrar. Nós caminhamos para a sala e vi Reyna sentada no canto da sala emburrada. Ao que parece alguém discutiu com alguém na minha ausência...

– Oi! – falou Percy.

– Sem querer ser mal-educada, mas já sendo. Podemos pular os cumprimentos e ir direto para o que interessa? – Piper disse.

– Claro. Bem, eu preciso da sua ajuda. – Percy falou.

– Em que?

– Bem, como posso dizer? Eu, bem... Eu e Annie, nós meio que, não sei como falar... – Percy estava se enrolando todo até que Reyna perdeu a paciência.

– O Percy foi para a cama com a Thalia, a Annie pegou os dois juntos e agora o Jackson se arrependeu e quer voltar com a Annabeth! Fim de papo. – ela falou.

Um silêncio se estabeleceu na sala e por uns cinco minutos.

– O.k! Eu sei que sou filho do deus dos mortos, mas odeio silêncio de cemitério! Será que alguém pode falar alguma coisa? – Nico perguntou delicado como sempre.

Piper do nada ficou vermelha que nem tomate.

– VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE FEZ, DESGRAÇADO???? PRIMEIRO TRAI A MINHA AMIGA E DEPOIS QUER O PERDÃO DELA???? – a filha de Afrodite começou a gritar com Percy e distribuir tapas nele.

– Calma Piperzinha! Não foi assim desse jeito como a Reyna falou. – disse Percy.

– Pera aí um instante. – Piper parou de bater em Percy e virou sua cabeça. – SUA TRAIDORA!!! VOCÊ AINDA SE DIZ AMIGA DA ANNABETH!! – ela gritou com Reyna que perdeu a paciência na hora.

– Olha aqui seu projeto de Barbie! Traidora é a vovozinha! Não é só porque você é coleguinha da Annie que tem o direito de chegar aqui e sair gritando com todo mundo. – Reyna falou com a voz perigosamente baixa e controlada. – Então, se você tem algum tipo de amor a sua vida... SENTA, CALA A BOCA E ESCUTA!!!!!

Não sei o que mais assustou nessa hora: a cara de assassina de Reyna ou a forma como Piper imediatamente obedeceu a outra.

– Uou! Adoro quando a Reyna pega santo e não sobra para mim! – falou Nico.

Reyna em resposta apenas deu um sorrisinho.

– Queridos, alguém poderia, por favor, me falar o que eu preciso escutar, afinal diferentemente de algumas pessoas eu tenho que trabalhar. – disse Piper com um sorrisinho falso no rosto.

– Eu conto! – eu pedi.

– Não eu conto! – falou Nico.

– Não eu!

– Não eu!

Ficamos nessa discussão até Percy perder a paciência e gritar:

– CALEM A BOCA OS DOIS! QUE QUEM VAI CONTAR A MINHA HISTÓRIA SOU EU!

Percy contou toda a história e no final Piper estava totalmente chocada.

– Meus deuses! – falou Piper. – Isso é melhor que novela mexicana.

– Novela mexicana? – eu perguntei.

– É! Novelas mexicanas são o puro drama e eu as amo! – ela falou com um sorriso. – Essa história do Percy parece aquela em que a mocinha se chamava Diamante e se apaixonava pelo Rodofreldo, só que ela pegava ele com a irmã dela, a Matilda.

– Essa novela não é a Diamante do México? – perguntei, reconhecendo a história.

– É essa mesmo! As histórias não são parecidas? – Piper perguntou, se empolgando.

– É mesmo. – eu falei, só agora notando a semelhança entre as histórias.

Eu e a Piper começamos a conversar sobre a novela quando Percy se irritou e interrompeu a nossa conversa.

– Vocês dois podem falar sobre essa tal Diamante da Espanha depois?

– Diamante do México! – eu e ela falamos.

– Tanto faz. – Nico falou.

– Tanto faz não, mas nós podemos parar de falar sobre ela. – Piper falou. – Voltando a história do Percy: essa fumaça rosa foi estranha.

– É eu achei estranha também. – se manifestou Reyna.

– Será que isso é coisa de Afrodite? – se perguntou Jason.

Eu fiquei pensativo com o que Jason disse.

– Faz sentido o que você falou. – falei.

– Esquecendo a fumaça rosa. Você vai me ajudar Piper? – Percy perguntou.

Piper deu um sorriso e disse:

– É óbvio que sim! A história de amor de vocês dois não merece morrer por causa de caprichos dos deuses.

– Bem, já que você vai me ajudar... Como posso começar com o plano? – falou Percy.

Quando Percy terminou a pergunta, Reyna e Piper começaram a rir para a surpresa de todos.

– Por que essa risada toda? – perguntou Jason.

– Acho que elas enlouqueceram... – comentou Nico.

– Nós não ficamos loucas não. – falou Reyna parando de rir, mas ficando com um sorriso no rosto.

– É só que a resposta para essa pergunta é muito óbvia. – disse Piper.

Eu, Nico, Jason e Percy nos entreolhamos e o filho de Poseidon falou:

– Vocês poderiam, por favor, dividir as informações?

– Toda mulher – começou Reyna

– Ama flores e chocolates. – terminou de falar Piper.

Jason ficou olhando chocado para as duas.

– Eu vi a cena que eu acho que eu vi? – ele perguntou para Nico, que também olhava a cena totalmente chocado.

– Primeiro Piper dá um piti digno da Reyna, depois Frank e Piper ficam discutindo novela mexicana e agora Piper e Reyna estão completando as frases uma das outras! – o filho de Hades falou.

Todos começaram a rir, quero dizer, quase todos.

– Bem desculpe ai, mas eu vou indo comprar flores e chocolates, porque eu realmente quero a Annie de volta. – falou Percy abrindo a porta e saindo pela mesma.

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PDV da Annabeth

– Sra. Lawrence, nós poderíamos ampliar mais um pouco essa janela. Assim iríamos resolver o problema de iluminação, o que a senhora acha? – eu disse.

– Acho a ideia incrível.

A reunião estava quase acabando e nem sinal da Piper.

– Bem, já é quase meio-dia, acho melhor acabarmos por aqui com a reunião.

– Mas a Piper ainda nem chegou. – eu falei, ficando preocupada com situação da minha amiga.

Sra. Lawrence, que já tinha se levantado e chegado à porta, se virou, sorriu e disse:

– Não se preocupe com a Srta. McLean. Com ela irei me resolver depois.

Eu fiquei parada olhando para o ponto onde minha chefe estava antes de sair, até Helena entrar sorrindo na sala e dizer:

– Annabeth, tem uma surpresa esperando por você em cima da sua mesa.

– Para mim? – perguntei.

– É para você! – ela falou, o sorriso aumentou.

Eu estranhei. Afinal não podia imaginar quem me mandaria uma surpresa.

– Annabeth? – me chamou Helena.

– Oi?

– Você não vai ver a surpresa?

– Claro que vou. – disse me levantando e indo em direção a minha sala.

Ao entrar lá quase morri de surpresa. Em cima da minha mesa estavam um buquê de flores e uma caixa de chocolates.

– Quem me mandou isso? – perguntei a Helena.

– Ora quem! O seu noivo! – ela falou, achando que eu iria adorar a notícia.

– Jogue no lixo tudo isso! – falei automaticamente, para a surpresa dela.

– Mas a Annabeth, ele deve ter feito isso com tanto carinho... – ela disse, tentando me convencer a desistir da ideia.

– Não quero saber. – falei com os olhos já cheios de lágrimas. – Tire tudo isso daqui e jogue no lixo!

Helena apenas assentiu e tirou tudo dali.

Quando fiquei sozinha comecei a chorar.

Chorar por causa do que Percy havia feito comigo. Chorar por causa do que Thalia havia feito comigo. Chorar por causa do estado em que estava. Chorar pelo fato de Percy estar tentando me reconquistar.

Alguém bateu na minha porta. Enxuguei as minhas últimas lágrimas e disse:

– Entre.

Helena entrou e disse:

– Tem alguém ai fora querendo falar com você.

– Não estou para ninguém. – falei.

– Nem para mim? – perguntou uma voz muito conhecida.