Scrappy escrita por Brooke Walter Owen


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

É minha primeira fanfic, então peguem leve comigo!
Boa leitura. Ah, Freddie e Carly só aparecerão no proximo capitulo.



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(Narrado por Samantha Puckett)

Ele enfiou a língua na minha garganta, não literalmente, ou agora eu estaria em estado de pânico ou provavelmente já teria ligado para o psiquiatra do meu primo.

Mas o caso é que beijar uma pessoa que saliva igual á um cachorro, é deprimente, principalmente se essa pessoa for o qual você está tendo um quase rolo. Por mais que ao ver das pessoas eu seja uma pessoa desprezível e sem sentimentos, a pena que á lá no fundo do meu pâncreas ás vezes da um sinal de vida e infelizmente esse sentimento arruinado acabou de pesar no meu coração. Eu não posso simplesmente dizer que acabou uma coisa que nunca começou e se eu fizer isso, a amizade que tínhamos antes de colorir, vai pelos ares.

Vivíamos a base de carinho, Brian era um fofo. Mas apesar disso, a lerdeza de tomar uma iniciativa era demais, até que chegou um dia em que estávamos sozinhos na quadra de Ed. Física e eu acabei o beijando, ou seja, duas horas atrás. Foi um beijo urgente, a língua dele passeava por toda extensão da minha boca. Sinceramente, ele quase engoliu meu rosto. Depois disso, inventei uma desculpa e sai em disparada pelo colégio. Refleti um pouco quando cheguei em casa e percebi que toda aquela coisa ruim em minha barriga disse adeus.  

Segundo minha melhor amiga, o troço que eu sentia era chamado de borboletas no estomago.


Não é questão de logica ou cientifica, mas isso de beijar um garoto e meus sentimentos evaporarem já aconteceu três vezes pra ser especifica. Freddie, esse eu não sei se foi pela insistência dele querer ficar com a Carly ou algo assim, mas quando ele tocou nossos lábios, eu senti que realmente não gostava dele. O segundo foi Jonas, apenas por ser asqueroso e ter lábios salgados. E o ultimo fora Brian que só por quase engolir meu rosto, já perdeu todos os créditos com minhas borboletas.

Peguei o caderno escolar e escrevi na ultima folha: Quando estiver sentido coisas estranhas por um garoto, o beije rapidamente, tenho a plena certeza que o troço na sua barriga vai embora em questões de segundos. Caso não fizer isso, você, loira demoníaca, estará fodidamente fodida. Amor é simplesmente uma coisa que nunca vai querer experimentar.

(...)

O celular tocava estridentemente em dez em dez minutos anunciando o alarme da escola. A vontade de ficar deitada na cama não estava mais normal do que as dos outros dias. Cinco minutos atrás, minha mãe passara pelo quarto dizendo que se eu não me levantasse antes das 8hrs, ela me jogaria pela janela com um ferro de passar goela abaixo.

Já disse que Pam é muito delicada? Pois é, ela é um amor de pessoa.

Levantei-me preguiçosamente jogando o cobertor no chão e me redirecionando (me arrastando) para o banheiro. Tomei um banho rápido e ao me deparar com o espelho, minha visão parecia estar vendo o próprio exorcista loiro. Serio, parece que a cada segundo eu fico pior. Meu cabelo molhado deixava o rosto mais fino, minhas unhas totalmente roídas pelo nervosismo que Brian havia me causado, os olhos inchados, sem falar nas olheiras horríveis que não ajudavam em porra nenhuma.

Sequei o cabelo, os prendendo em um coque frouxo no topo da cabeça, passei uma maquiagem leve no rosto e voltei pro quarto. De dentro do meu não organizado guarda roupas, consegui achar uma calça skin preta, uma blusa branca de mangas com pequenos detalhes na parte da frente e uma bota marrom de um salto não muito alto.

Desci em dois lances de escada, a casa estava em completo silêncio, provavelmente minha mãe já havia ido trabalhar e por um milagre dos céus tinhas levado a peste da Claire pra escola. Claire é minha prima de oito anos, que graças a uma viagem da mãe, eu e minha mãe estamos sendo obrigadas a cuidar por dois e torturante meses dessa demônia mirim.

Sai de casa e me pus a andar ao Starbucks mais perto. O senhor Adam como de costume, já estava sentado no banquinho em frente a cafeteria com a lata de cinzas da sua falecida esposa. Ao me ver, ele sorriu mostrando os dentes que lhe sobravam.

 Bom dia menina Puck.

 Hey Adam  Balancei a cabeça em sinal de comprimento.

Assim que pus os pés dentro, o sininho irritante tocou acima da minha cabeça. Mas patético que esse sino insuportável? Impossível. O Starbucks era um lugar tão aconchegante que dava vontade de passar o resto dos dias ali, sempre que eu podia, estava estressando o juízo dos atendentes.

 Luuuuuuke  Cantarolei do lado esquerdo do balcão me debruçando por cima do mesmo e observando as costas musculosas, bem marcadas pela camisa vermelha.

 Sammy!  Exclamou dando um sorriso encantador, enquanto entregava um copo de café pra uma senhora.

A fila estava enorme, mas eu não tinha culpa de ter privilégios e além do mais, eu não estava atrapalhando ninguém.

 Você está atrapalhando  James disse contrariando meus pensamentos.

Bufei alto.

—  Frappuccino — Luke me entregou ainda sorrindo alegremente.

Ele voltou a máquina de cafés e eu fiquei cutucando umas folhas do balcão, entediada.

Eram três que trabalhavam no expediente da manhã como atendentes.  O alto musculoso, de lindos olhos azuis, lábios grossos, rostinho de bebê e de cabelos encaracolados, era o Luke, meu amigo de infância. O segundo era mais baixo, magro mais ainda musculoso, usava óculos de grau e tinha olhos e cabelos cor de mel, mais conhecido como“James o pegador de Seattle”. E o último era o Riley, alto, magro e esguio, tinha fama de estudioso, mas mesmo assim fazia bastante sucesso com as garotas.

Eu tinha lá minhas duvidas que haviam contratado apenas garotos na parte da manhã, por causa da mulherada que vinham observar os garanhões do Starbucks. E não posso negar, eles são uns tchuchuquinhos.

— Ei, como tá indo com a Hayden?

Tomei um gole do café sentindo todas as partículas na minha boca reclamarem pela quentura.

Luke soltou um muxoxo baixo.

— Ela me deu um fora de novo.

— Ela vive dando fora nele — James falou ironicamente.

Eu ri.

— Porque não parte pra outra? — Indaguei tomando mais um gole do café.

Ele ficou estático  na parte de dentro, atrapalhando o loiro que passava de lá pra cá de lá pra cá.

— Você está disponível amanhã? — Ergueu a sobrancelha esquerda com uma cara de safado psicopata.

— Vai a merda, Luke. — Resmunguei.

Uma mão grande apertou meus ombros, ao me virar pra me defender, vi a conhecida face de Riley. Ele sorriu.

— Ela já vai sair comigo — Avisou a Luke. Ele me fitou e piscou com o mesmo sorriso do amigo. Amedrontador.

— Vão á merda — Dei língua.

Luke entregou um café com queijo quente pra uma mulher que não parava de piscar o olho esquerdo.

— Jaaaaaames — Cantarolei novamente chamando o cabeçudo.

Ele me olhou com o rosto vermelho, aparentemente nervoso.

— Que é mulher?

— Dinheiro baby, ou você não quer ser pago?

Rodei a nota de dez dólares nas mãos enquanto ele se aproximava. James puxou rudemente a nota dos meus dedos, e antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele se apressou atropelando as palavras.

— Você estressa até meu ultimo fio de cabelo.

— Eu sei disso.

Ele revirou os olhos, voltando pra as obrigações. Me despedi dos garotos e sai da cafeteria. O relógio do celular marcava 8:44hrs, hoje, o diretor Teddy ia me matar, isso é fato até o ver de um cego. Peguei um taxi, o mandando correr o mais rápido possível. Assim que chegamos, joguei vinte dólares sobre o banco de couro e corri porta a fora.

O porteiro do colégio me olhou com as sobrancelhas juntas sem falar nada, o que foi um grande milagre, já que ele sempre me dava um sermão quando eu me atrasava.

A única coisa que se podia escutar nos corredores, era o meu salto que fazia um toc toc muito irritante. Minha primeira aula seria de biologia, uma das aulas que eu não capotava de sono. Sintam só o poder do milagre caindo sobre mim.


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Notas finais do capítulo

Esse capitulo foi mais pra mostrar como é a vida de Sam, sair um pouco mais dos padrões!
Deixem reviews do que estão achando.



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