Let It Snow. escrita por Belikovs


Capítulo 1
Capitulo 1-Baby is cold outside.


Notas iniciais do capítulo

Olá. ^-^
Um belo dia estava eu entediada como sempre quando, de repente, o clima começou a mudar e começou a chover MUITO aqui no rio, bem, pensei comigo mesma, "e se?..."
E aí, várias idéias malucas se passaram pela minha cabeça, envolvendo Joshay, óbvio. ♥
Resolvi tirar o pó do meu word e comecei a escrever essa One-shot, espero que vocês gostem, parawhores. *_*
E ah, mais lá pra baixo no meio da história, eu vou pedir pra que vcs deem play nessa música ( http://www.youtube.com/watch?v=kLo5wpNb014&feature=related ) ok? O nome é "Worlds apart - The mostar diving club". :)
Acho que é só isso, beijos.



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Capítulo único. - Baby is Cold outside.


Eu rolava na cama sem parar tentando achar uma posição mais confortável e tentar voltar a dormir. Já estava acordada fazia algum tempo, mas não ousei abrir meus olhos para enfrentar o mundo – e o frio - lá fora. Minha cama estava tão boa. Suspirei quando finalmente achei uma posição confortável dentro do meu edredom quentinho.

Mas é claro que minha paz não durou muito tempo quando um barulho estridente começou a ecoar no silêncio da minha casa. Era meu telefone. Ignorei os toques seguidos e deixei a chamada cair na secretária eletrônica, não iam conseguir perturbar a minha paz.

- Hayley Nicholle Williams, onde diabos você está que ainda não tá aqui pra reunião da banda??? – A voz de Jeremy ecoou pelas paredes da casa, e ela não parecia nada amigável.

Ok, retiro o que eu disse sobre não conseguirem perturbar minha paz. Bufei me levantando da cama tropeçando como uma bêbada pelo caminho. Sai do meu quarto e andei pelo corredor me escorando nas paredes tentando manter meu equilíbrio. Fui direto para o banheiro me arrumando o mais rápido que pude. É, parece que não haveria um dia na minha vida em que eu não chegasse atrasada nas reuniões da banda. Droga.

 Desci a escada como um furacão e corri para a cozinha caçando algo para comer, só deu tempo de tomar um copo de café fumegante e um pedaço de bolo de chocolate, pois eu já estava mais do que atrasada. Os meninos iam falar pra caramba, como sempre.

Saí de casa e imediatamente senti uma vontade enorme de voltar correndo para dentro de casa, pois o frio estava insuportável. Quem foi o infeliz que inventou de marcar a reunião da banda justo hoje? Ah é, a idiota aqui. Bufei pegando minhas chaves e acionando o alarme para destravar o carro. Entrei no carro e liguei o aquecedor em uma temperatura um pouco mais alta do que o normal e andei na maior velocidade que pude com toda essa chuva, indo para o escritório da gravadora.

Não demorei muito para chegar à gravadora por que Franklin não era lá uma cidade exatamente “grande” pode se dizer.  Entrei no saguão do prédio e peguei um elevador até o andar onde os meninos já deviam estar me esperando há tempos.  Quando as portas se abriram eu avistei a secretária e algumas pessoas que trabalhavam por ali e acenei para alguns deles. Fui direto para a porta no fim do corredor, onde a gente sempre se juntava. Entrei na sala e dei de cara com os meninos... E Jenna. O que diabos ela fazia ali?

- Apareceu a margarida! – Taylor falou – me pergunto se algum dia você não vai chegar atrasada em algum compromisso né dona Hayley? – falou.

- Cala a boca York. – Dei a língua pra ele e ele riu. Dei oi pro resto dos meninos e ignorei quando Jenna me cumprimentou.  Não era obrigada a aturar essa chata se intrometendo no meu ambiente de trabalho.

- Pelo que eu saiba a reunião era pra “banda” e não pra gente de fora. – Falei direcionando meu olhar para ela que no mesmo momento fechou a cara pra mim.

- Se o seu namorado pode frequentar as reuniões da banda eu não vejo por que a Jenna também não poderia. – Josh retrucou.

- É, mas pelo menos ele entendia as coisas que a gente falava. – Dei um sorriso sarcástico.

- Hayley, eu não sou burra. – Jenna bufou.

- Ah é? Não é o que parece. – dei um sorriso falso.

- Entao... vamos falar logo sobre os assuntos da turnê ou vamos ficar nesse papo chato o tempo todo? – Jeremy disse tentando quebrar o clima tenso que pairou sobre a sala. Acenei em concordância assim como todos os meninos.

- Ok ok, já que ela já tá aqui mesmo, que fique aí, com tanto que não atrapalhe, não fale, não respire, por mim tá ótimo. – falei.

- Hayley! – Taylor me repreendeu.

– Ok, ok, parei, juro. – levantei os dois braços como se estivesse me rendendo. – Vamos começar logo com isso por que eu não quero ter levantado da minha cama quentinha nesse frio atoa né. – Falei e logo começamos a discutir todos os assuntos pendentes sobre nossa turnê da honda civic tour.

Discutimos sobre os lugares que iriamos visitar, sobre as luzes, bandas de abertura entre várias outras coisas, até chegarmos ao assunto principal, as músicas que entrariam na setlist. Colocamos as mais importantes, a maioria do cd novo e as mais populares dos outros dois cds. Até que eu resolvi propor uma coisa.

- Entao gente, eu queria falar com vocês sobre a gente apresentar um cover nessa turnê. – Falei e todos logo começaram a prestar atenção – Uma música country, da Loretta Lynn, vocês conhecem ela né? – Eles acenaram que sim.

- Acho uma boa idéia a gente fazer um cover – Josh falou olhando pros meninos - Qual música você quer fazer o cover Hayley? – sorri antes de dizer.

- You ain’t a woman  enough. – Falei e Jenna imediatamente levantou os olhos de suas lindas unhas postiças e ficou me encarando.

- É uma música legal – Zac disse concordando.

- Mas Hayley, pensa bem, country? – Jeremy expos sua opinião – você acha que os nossos fãs irão gostar? – Falou meio em dúvida.

- Esse é um dos motivos para eu querer fazer um cover dessa música, assim nossos fãs vão ver que nós somos bons até tocando música country. – Dei uma piscadela para Jeremy e ele riu. -  É verdade. – concordou.

- Não sei por que você quer tanto fazer um cover dessa música – Jenna disse abrindo a boca pela primeira vez depois da nossa pequena discussão - afinal você sempre faz uma música que tenha a ver com a sua vida, praticamente um diário. – Falou com um ar de desdém. 

- Realmente, a música pode não ter nada a ver comigo, mas tem a ver com as mulheres que acham que só porque estão com o cara tem a linda ilusão de que eles a amam, mas na verdade enquanto ele está contigo ele está desejando que fosse outra pessoa. – Sorri amargamente. Essa mulher me tirava do sério. Jenna me encarou de boca aberta.

- Isso foi uma indireta? – Falou colocando a mão na cintura como se fosse começar um barraco comigo bem na frente de todos que estavam ali.

-Não, por que? A carapuça serviu?– Falei sorrindo e ela ficou com aquela cara de idiota sem ter nenhuma resposta. Jeremy assoviou e falou baixinho só para Taylor ouvir, “Hayley 1, Jenna 0”. Tive vontade de rir das baboseiras dele, mas me contive.

- Então, estamos decididos sobre a música? – Taylor quebrou o silêncio que pairou.  Jenna ia abrir a boca pra argumentar sobre a música mas eu falei antes que ela tivesse a chance.

- Sim, agora é essa música, e quero ver quem vai me fazer mudar de idéia. – Olhei para Jenna com um olhar quase mortal – Josh, mais tarde você passa lá em casa e a gente começa a gravar pode ser? - Ele acenou em concordância e Jenna bufou mostrando claramente que estava contrariada, sorri. – Ótimo, acho que a reunião já se pode dar por encerrada. – Falei e andei em direção a saída sem olhar para trás.

Fui embora da gravadora e entrei no meu carro, só fazendo uma parada na Starbucks pra comprar um muffin e um copo de café bem quente, que era tudo que eu precisava pra minha raiva daquela mulher passar. Eu era uma gorda feliz.

Peguei a ”comida” pra viagem e fui direto pra casa, onde eu poderia finalmente dormir com um pouco de paz.

[...]

E a paz não durou muito tempo quando o ser que sempre me deixava de pernas bambas e coração acelerado, apertou a minha campainha dando o sinal de que já estava na hora de gravarmos o cover. Respirei fundo antes de abrir a porta e dar de cara com aquele par de olhos castanhos que mordia os lábios – e o piercing – em sinal de nervosismo. Quase suspirei com tanta beleza.

- Olá. – Tentei sorrir amigavelmente dando passagem para ele entrar dentro de casa, pois o tempo não colaborava em nada, parecia que ia começar a nevar. Dei uma olhada no céu antes de fechar a porta.

- O- oi. – Josh falou tremendo os dentes -  Onde posso pendurar meu casaco molhado? – Perguntou enquanto tirava sua jaqueta do corpo, me dando visão para seu corpo definido por debaixo de sua camisa azul, quase podia ver a forma dos gominhos de seu abdômen. Senhor, por que tão lindo? Choraminguei mentalmente.

- Me dá aqui, vou pendurar ela na área de serviço, enquanto isso vai indo pro estúdio, você já conhece o caminho. – Falei me virando para ir até onde a área de serviço ficava. Pendurei a jaqueta por lá e logo voltei pra onde Josh estava.

Quando cheguei lá vi Josh dedilhando o violão e me sentei em uma cadeira ao seu lado, lendo a partitura e acompanhando a melodia da música. Ele tocou tudo certinho até o final e eu quase aplaudi como uma verdadeira fangirl, ele era tão bom no que fazia.

- Então, vamos começar a gravar? – Falou e eu acenei positivamente, logo começamos a dar partida em nosso trabalho e ligamos todos os aparelhos e fios que se amontoavam pela pequena sala que eu tinha em minha casa, tudo bem caseiro. Josh se manteve calado a maior parte do tempo, parecia refletir sobre alguma coisa. Dei de ombros, depois ia perguntar a ele sobre isso, nós não éramos o que se poderia dizer de pessoas mais próximas uma da outra. Pelo menos não mais.

Ficamos gravando a música por quase a tarde inteira, no início eu errava várias partes da música e Josh ficava me corrigindo o tempo todo até eu me estressar com ele e manda-lo calar a boca. Depois eu pedi desculpas e tentei fazer o que ele dizia e aí as coisas começaram a fluir melhor. Eu consegui achar o tom de voz certo pra cantar a música e nós já tínhamos conseguido gravar uma boa parte. O que era ótimo, por que ficar sozinha com Josh por muito tempo não era nada bom para a minha sanidade. 

Agora Josh ajustava os fios do violão o deixando o mais afinado possível e eu apenas assistia tudo quieta, afinal, tinha que descansar um pouco a minha voz. Suspirei cansada e Josh levantou seus olhos para mim com curiosidade.

- O que foi? – perguntou.

- To cansada, vamos dar uma pausa pra comer alguma coisa? – Praticamente fiz uma carinha igual a do gato de botas para convencê-lo. Meu estômago roncava alto. Josh riu quando ouviu o barulho.

- Meu deus Hayley, você só pensa em comida? – Me perguntou rindo e fazendo que não com a cabeça.

- Mas é claro que não Josh, eu penso em outras coisas também... – Em você por exemplo. Era o que eu queria dizer, mas deixei a frase morrer no meio do caminho. Abanei a cabeça tentando dissipar esses pensamentos da minha mente.

- Ok então, vamos comer você tem pizza aqui? – Seus olhos brilharam. Eu quase ri lembrando como ele era um viciado em massas, ele era um verdadeiro italiano mesmo.

- Tenho sim, vamos pra cozinha e você me ajuda a preparar. – Falei me levantando e indo em direção a cozinha.

Nós dois caminhamos até lá e logo começamos a preparar a nossa pizza, só havia coisas que me fariam engordar muito em um curto período de tempo, mas quem liga afinal? Eu não. Josh me encheu o saco para deixa-lo preparar o resto da pizza por que segundo ele eu não era italiana então não sabia preparar uma verdadeira pizza, metido.

Deixei- o sozinho na cozinha e fui para a sala procurar um bom filme pra gente assistir na TV, coloquei “esqueceram de mim” e fiquei assistindo enquanto esperava.

Fiquei alguns minutos vendo o filme tentando me entreter quando senti algo vibrando debaixo de mim, levantei do sofá e vi que era o celular de Josh vibrando, a tela piscava com o nome de Jenna no visor. Olhei em direção a porta e não vi nem sinal de Josh, mordi os lábios hesitante e voltei a olhar pro visor, no final não resisti e atendi a ligação. Não tive tempo de pronunciar nenhuma palavra, pois Jenna  já havia começado a praticamente berrar no telefone, ou talvez essa fosse a voz natural dela, irritante.

- JOSH? ONDE VOCÊ ESTÁ? Não importa, você tem que voltar pra casa agora.

- Oi pra você também Jenna, como você está? Educação mandou lembranças viu. – Eu já dizia impaciente.

- Não acredito, ele ainda está com você??? Quanto tempo se demora pra gravar UMA música? 1 ano? E por que você está atendendo o telefone dele hein? – Ela dizia com uma voz estridente, eu a imaginei espumando de raiva do outro lado da linha. Achei graça do fato de causar toda essa insegurança em Jenna, como se eu fosse uma ameaça. O que não deixava de ser verdade.

- É, pelo que parece ele está prolongando a gravação o máximo possível pra não ter que voltar pra casa e dar de cara com você lá pra assustá-lo sabe? desculpe ter que te contar isso dessa maneira, mas é feio ficar mentindo então...

- Argh, cala a boca, para de me enrolar e responde, por que você está  atendendo o telefone do meu namorado? Onde ele está? – Disse fazendo questão de frisar bem a palavra “meu”. Dei um sorriso meio diabólico, um sinal de que iria aprontar.

- Eu estou atendendo o telefone dele por que no momento o Sr. Farro está impossibilitado de falar, a boca dele está muito ocupada no momento.  –Eu coloquei a mão sobre a boca abafando o riso, sabia exatamente o que Jenna estava pensando agora e isso me fazia achar MUITA graça, imaginando como o rosto dela devia estar pegando fogo e como fumaça devia estar saindo da sua cabeça agora.  

- COMO É QUE É??? O que você está insinuando sua vadia?Acho muito bom você não tentar nada pra cima dele e. .. – Gargalhei, estava me divertindo as custas da irritação de Jenna.

- Seu medo é de eu agarra-lo, ou de acontecer... O contrário? – Dei um sorriso de lado quando ouvi Jenna proferir os piores tipos de palavrões do outro lado da linha.

Perdi todo o meu foco quando Josh entrou na sala segurando uma bandeja com uma pizza quentinha e dois copos de coca-cola, senti o cheiro delicioso que vinha da comida que junto a visão de Josh –e toda sua perfeição- a minha frente que fizeram esquecer completamente do ser irritante com quem conversava.

Ele depositou a bandeja na mesinha de centro que ficava em frente ao sofá onde eu estava sentada e virou toda a sua atenção para mim, olhando curioso para o aparelho telefônico que eu segurava logo se dando conta de que era o seu telefone, não o meu.

- Com quem você tá falando? – Franziu o cenho, talvez achando estranho eu estar atendendo o seu telefone, ou talvez apenas me achando muito abusada por fazê-lo.

- Seu amorzinho. – Falei estendendo o telefone para ele que fez uma careta antes de depositá-lo sobre o ouvido e ouvir poucas e boas de Jenna pelo visto. Fiz uma careta e coloquei a mão sobre a boca tentando abafar o riso.

- Hã Jenna? Como assim por que eu to com a boca ocupada?- Falou com uma verdadeira cara de “WTF” e eu juro que quase caí no tapete da minha sala e comecei a rolar de rir quando o ouvi dizendo isso. – Talvez pelo fato de eu estar comendo pizza e bebendo coca minha boca estaria muito ocupada? – disse com um tom de obviedade.

- De qualquer forma, o que você quer? Eu estou trabalhando, você sabe. – Pelo seu semblante percebi que Josh já estava impaciente com todas as perguntas de Jenna.

- Como assim ir pra casa agora? Qual a parte do “Eu estou trabalhando” você não entendeu? – Bufou.

- Nevasca? O- o que? – De repente seu rosto empalideceu como se todo o sangue que estivesse em sua cabeça tivesse escorrido pelo seu corpo. Me olhou com os olhos arregalados e eu fiquei tensa esperando pelo que ele ia dizer.

- Hayley, liga no canal de noticias por um segundo. – Imediatamente busquei pelo controle remoto e coloquei no primeiro jornal que apareceu na tela, um dos jornalistas mostrava imagens de Franklin completamente tomada pela neve dando vários alertas para a população não sair de casa de forma alguma durante a tempestade. Algumas pessoas já haviam morrido em avalanches e outras se feriram em acidentes de carro pelo fato da pista estar bastante escorregadia.

Se as pessoas não podiam sair de casa isso queria dizer que...

Ai meu Deus. Isso não podia estar acontecendo. Não podia. Eu não podia ser tão azarada até esse ponto. Josh e eu nos entreolhamos com semblantes de choque por um momento, acho que pensando na mesma coisa.

Que não podíamos ficar sozinhos por muito tempo dentro dessa casa, provavelmente.

Josh rapidamente quebrou nosso olhar e voltou a conversar com Jenna no telefone que parecia estar histérica. Rolei os olhos e caminhei até a janela da minha casa abrindo as cortinas e avistando um verdadeiro monte de neve onde antes havia um gramado, maldito inverno.

Quando me voltei em direção aonde Josh estava eu o vi desligando o telefone e o colocando dentro do bolso se levantando do sofá. O olhei confusa e acho       que ele entendeu a minha expressão provavelmente vendo um ponto de interrogação grudado em minha testa.

- Estou indo pra casa, Jenna está passando mal, vou leva-la ao hospital.

-O QUE? Você não acabou de ver no jornal? Está impossível de sair com o tempo desse jeito. – Praticamente gritei.  Josh pareceu não me dar ouvidos e abriu a porta da minha casa caminhando embaixo de toda aquela neve. Caminhei atrás dele o mais rápido que pude quase escorregando em alguns momentos, ele ia rápido em direção ao seu carro, ou em direção a morte como quiser chamar.

Corri o mais depressa possível atrás dele e o segurei pelo braço quando consegui o alcançar no meio da rua. Ele se virou em minha direção com um semblante sério demais e eu estremeci, e não foi de frio.

- O que foi Hayley? O que você quer agora? – Praticamente berrou. Ele parecia bem nervoso.

- V-você esqueceu sua jaqueta. – Foi a única coisa –estúpida- que eu consegui dizer naquela hora. Ele bufou e passou ao meu lado fazendo seu caminho de volta até a minha casa. Corri atrás dele e quando passei pela porta da minha casa, tranquei a porta e escondi a chave. Eu não ia deixa-lo sair desse jeito e acabar morrendo. Não mesmo.

Ele foi direto em direção a lavanderia sem nem olhar pra trás e eu fiquei admirando os músculos de suas costas que apareciam por debaixo de sua camisa quase suspirando feito uma idiota, mas logo toda a mágica acabou quando seu corpo musculoso sumiu de minha visão.

Fui atrás dele em direção a lavanderia e parei na entrada olhando enquanto Josh procurava sua Jaqueta pelo recinto. Suspirei e andei até onde ele estava vendo que ele não ia acha-la sozinho.

- Licença. – Disse o empurrando para trás e indo em direção a secadora.  Me abaixei para abrir o aparelho e pegar a jaqueta logo depois me virando em direção a Josh que estava com a boca meio aberta olhando para baixo.

Filho da puta pervertido, estava olhando pra minha bunda! Sorri internamente.

Estendi a jaqueta e a joguei em sua direção, ele pegou a roupa rapidamente, já sem aquela cara de pervertido. Me encostei em uma máquina de lavar e o fiquei encarando por um momento sem dizer nada. Ele fez menção de se virar e eu rapidamente o puxei pelo braço fazendo-o se virar e me encarar.

- Não vai. – Falei olhando em seus olhos. – Você vai sair naquele carro com essa neve toda lá fora correndo risco de morrer e mesmo que não aconteça nada com você no meio do caminho, o que você vai fazer quando chegar lá? – Suspirei frustrada, ele tinha que me ouvir. – Todos os hospitais dessa cidade provavelmente devem estar superlotados com todos esses acidentes que devem estar acontecendo agora pra se preocuparem com uma mulher com gripe. – Bufei. Josh me olhava sem dizer nada o que estava começando a me irritar.

- Você tem razão Hayley, mas se eu continuar aqui... – ele deixou a frase morrer e ficou me encarando com um olhar que eu não sabia identificar.

- Se você ficar aqui o que? – Rebati. – Do que você tem tanto medo Josh? – O desafiei.  

- E-eu... – Ele não conseguiu terminar sua frase, claramente nervoso demais tentando buscar alguma resposta.

- Você tem tanto medo de ficar sozinho comigo? – Sorri maliciosa. Josh congelou onde estava e ficou me encarando sem dizer nada, dei um passo em sua direção, praticamente colando nossos corpos e o ouvi arfar. Meu sorriso se alargou mais ainda. Ele estava tão nervoso.

- Você tem medo disso? – Coloquei minhas mãos sobre seus ombros e rocei meus lábios nos seus levemente causando um formigamento onde nossas peles se tocaram, o ouvi suspirar, o que me encorajou mais.

- Disso? – Passei minha língua por seus lábios sugando levemente e logo depois mordi seu lábio inferior fazendo- o deixar escapar um gemido rouco pela sua garganta.

- Ou disso? – Colei nossos lábios em um beijo e logo Josh entreabriu seus lábios em uma  reação automática sugando minha boca ferozmente o que me surpreendeu, continuamos nos beijando como se o mundo fosse  acabar por alguns segundos e do nada eu senti as mãos de Josh segurarem meus ombros me afastando dele. Ele me olhou por alguns segundos sem dizer nada e eu sentia sua respiração forte pelo cômodo e esse foi o único som que ecoava ali naquele momento.

Limpei meus lábios com os dedos tirando o batom que devia estar borrado no meu rosto e  continuei o encarando decidida.

- Não tenha medo Josh, eu não vou fazer nada que você não queira. – Disse com o tom mais petulante que eu tinha e vi um brilho passar em seus olhos no mesmo momento, como fogo. Ele me fitou sério por um segundo e logo depois virou as costas andando em direção a porta, meu rosto murchou no mesmo momento e toda as esperanças que eu nutri por alguns minutos escoaram pelo ralo no mesmo segundo. Ele não me queria.

Eu abaixei meus olhos e fitei o chão por alguns segundos sem coragem para olhar em direção a porta. Estava tudo acabado, ele não gostava mais de mim tanto assim, pensava comigo mesma, perdida da realidade a minha volta. (deem play na música *_*) De repente senti passos apressados ecoarem pelo chão e logo duas mãos enormes segurarem os dois lados do meu rosto puxando-o para cima, era Josh me fazendo encara-lo surpresa.

- O que... – Não consegui terminar a frase, pois logo depois ele me puxou para si e colou nossos lábios em um beijo de tirar o fôlego. Eu estava surpresa demais pela sua reação decidida que era tudo que eu não esperava dele. Seus lábios faziam uma pressão gostosa nos meus, seu beijo sôfrego, desesperado por mais. Passei minhas mãos pelo seu pescoço e o puxei para mais perto de mim como se precisasse disso pra viver. Suas mãos que seguravam meu rosto delicadamente foram direto para minha bunda me suspendendo em seu colo, entendendo logo o que ele queria fazer entrelacei minhas pernas em seu quadril e o senti me apertar mais para si sentindo sua ereção que aumentava a cada segundo. Oh, Deus, esse homem vai me matar, de onde toda aquela coragem tinha saído?

Coloquei meus braços sobre os seus ombros apertando seus músculos sob a camisa pedindo por mais. Pedindo por mais dele. Sem deixar de me beijar em nenhum segundo Josh deu vários passos para frente logo depois me jogando sobre uma das minhas máquinas de lavar, senti um baque em minhas costas e uma sensação de dor me tomou por um segundo, mas era uma dor gostosa que não me incomodou muito, afinal, eu tinha um Josh Farro me beijando no momento.

Apertei mais minhas pernas em seu quadril trazendo-o mais para mim, mas não suficientemente da forma que eu queria, o fato de ainda estarmos vestidos não estava me agradando muito. Descolei meus lábios dos seus devagar e levantei meus olhos para encara-lo. Acho que ele entendeu exatamente o que eu queria, pois logo depois suas mãos foram direto para os botões de minha camisa abrindo um por um com uma rapidez incrível. Josh praticamente arrancou a camisa de meu corpo e jogou-a para trás logo depois passando seu braço por minhas costas e me puxando para a ponta da máquina.

Coloquei minhas mãos na barra de sua camisa novamente e passei minhas mãos por debaixo dela, sentindo seus gominhos rígidos e sua pele quente esperando por mim. Comecei a subir a camisa e Josh me ajudou a tira-la mais rapidamente também parecendo estar com pressa.

Me deitou novamente na máquina e começou a puxar a minha calça rapidamente, agora eu estava apenas de calcinha... não por muito tempo.  Levantei-me novamente e fiquei apenas encarando-o com uma sobrancelha arqueada esperando por seu próximo passo. Seus olhos desceram por meu corpo e pararam na direção de meus seios, os olhos de Josh normalmente castanhos, agora pareciam estarem vermelhos como fogo, a única coisa que eu via e gritava nele no momento, era desejo. Me senti poderosa quando me dei conta de que ele me desejava tanto quanto eu o desejava.  Josh passou a língua pelos seus lábios e isso foi demais para mim.

- Você os quer Josh? – Olhei para meus seios e depois o encarei de volta – Vem pegar. – Completei e logo o vi jogar a cabeça para trás e fechar os olhos soltando um gemido, e aquilo foi a visão mais sexy que eu já tive em toda a minha vida.

Um segundo depois ele deu passos rápidos em minha direção e parou em minha frente estendendo suas mãos enormes e quentes até meus seios começando a massageá-los, suspirei com seus toques e me senti esquentar mais ainda, Josh distribuía vários beijos em cada um de meus seios se deliciando. Enquanto uma de suas mãos tocava um de meus seios sua outra mão desceu até a parte mais sensível de meu corpo, ele passou seus dedos pela minha intimidade já muito molhada e colocou um dedo dentro de mim fazendo movimentos de vai e vem.

- Tão molhada... – Gemeu em meu ouvido, fechei os olhos reprimindo um suspiro. Ele continuava com seus movimentos e eu sentia cada vez mais que estava perto, não queria que fosse assim, eu precisava chegar lá com ele dentro de mim.

- J-josh, para... – Segurei seu pulso e ele imediatamente parou me olhando confuso- Eu preciso de você, agora. – Lhe dei um olhar autoexplicativo.

Segurei a barra de sua calça já começando a abri-la o mais rápido que pude. Abri o zíper e a puxei para baixo com sua boxer e tudo, tamanha a minha pressa. Seu membro rígido pronto para mim, necessitado. Levantei meu olhar para Josh que na mesma hora segurou meus pulsos com força me jogando com violência na máquina novamente. Ele levantou uma de minhas pernas para cima de seu ombro e a outra eu entrelacei em seu quadril já o sentindo entrar dentro de mim de uma só vez. E depois tudo o que eu senti foi indescritível.

A força e rapidez de suas estocadas, seu movimento de vai e vem tão desesperado por mais e mais e mais. Nossos gemidos e o som de nossos corpos se chocando que eram os únicos sons dentro daquela lavanderia escura. Josh segurava com firmeza minhas pernas em seu corpo sabendo que eu não tinha nenhuma força para tentar prende-las a ele no momento. Minhas costas quicavam e batiam com força na tampa da maquina de lavar, mas eu não sentia nada no momento, todos os meus sentidos estavam centrados em um único lugar.

Senti minha intimidade se contrair, apertando o membro de Josh involuntariamente e eu sabia que estava perto demais agora. Josh sentindo seu membro ser apertado soltou um gemido longo e rouco que foi o aviso que eu precisava para saber que ele também não aguentaria mais por muito tempo.

 Ele puxou- me mais para perto e aumentou a velocidade e força dos movimentos fazendo minha visão ficar borrada e meus sentidos sumirem, senti uma ultima contração em meu ventre e um segundo depois explodi em um dos melhores orgasmos que já tive, eu não conseguia enxergar mais nada, tudo estava preto em minha visão e  os sons haviam sumido, vários segundos se passaram até eu recobrar meus sentidos de volta.

Senti o rosto de Josh descansar em meu colo, sua respiração causando cócegas em mim. Entrelacei minhas pernas em seu quadril e passei minhas mãos pelo seu cabelo, fazendo um leve cafuné.  Senti- o ronronar como um gato em cima de mim e soltei uma risada continuando com o carinho sabendo que ele adorava. Ficamos assim em silencio por alguns minutos e logo depois a consciência pesada começou a dar vida. Meu sorriso já não era tão grande assim. Parei o carinho e no mesmo segundo Josh levantou o rosto e ficou me encarando com seus olhos chocolates, me fitando curioso.

- O que foi? – Juntou suas sobrancelhas um pouco confuso. Suspirei triste, pensando em quanto tempo faltava até ele me deixar novamente.

- Essa é a hora em que você pega sua jaqueta e vai embora? – Questionei com um olhar triste. Josh negou com a cabeça.

- Não vou embora. – Respondeu e eu arqueei minha sobrancelha duvidando do que ele acabara de dizer.

- Mas a Jenna não precisa de sua ajuda mesmo com toda essa neve que está caindo lá fora?– Falei emburrada por ter que pronunciar o nome daquela lá que eu não gostava.

- Deixe nevar Hayley, deixe nevar o quanto quiser, deixe que caia neve para sempre em Franklin, pois assim eu não teria que sair daqui nunca, pois só assim eu poderia ficar junto de você todos os momentos de minha vida.- Ficou me encarando com um olhar que me fez ficar envergonhada -  Eu não estou indo embora Hayley, não até você dizer que não me quer mais aqui. – Seus olhos brilhavam sob a penumbra e eu senti meu coração bater a mil por hora com todas as suas palavras. Eu não sabia quanto essa nevasca iria durar, mas eu sabia de uma coisa, ela tinha que durar por muito, muito tempo, para que eu aproveitasse o tanto quanto fosse possível.

- Não se preocupe, eu nunca vou dizer. – Sorri e Josh retribuiu o sorriso, logo depois subindo em minha direção selando seus lábios aos meus.  


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? comentem. :)