— Entenda, eu só quis te ajudar, aliás, se você se sentiu atraída por aquele garoto desde que o viu, qual seria o problema se ele fosse seu namorado? – Explicava rima, a sua amiga que insistia em negar todos os fatos.

— Eu não falei que estava atraída, falei? Eu só disse que queria arranjar uma maneira de me desculpar, tudo que falo parece entrar em um ouvido e sair pelo outro. O que foi que deu em você, dias atrás falou do tal garoto que gosta, que não ficaria simplesmente por ser um playboy, me diga está saindo com ele, não, né? Vê se me erra com esse assunto... – Falava Amu já irritada.

— Você não falou, mas deu para ver o quanto você suspirava ao falar e ao lembrar-se dele...

— Grande coisa... Você suspira toda hora pelo Nadehiko e eu não me meto. Deixe este assunto, por favor, eu to já com dor de cabeça, de ouvir meu celular tocar toda hora por um número desconhecido, de ouvir sua voz falando somente naquele garoto, cansada de tudo, ao invés de só ouvir isso, ainda tem uma crise na minha família, quantas coisas você achado aturando? Eu não aguento, mais.

— Amu... Desculpa!

— Eu não to me encaixando em lugar algum, primeiramente sai daquela outra escola por brigas e o Tadase que me ameaçava, mas nunca levantou sua mão contra mim, agora meus pais dizem que a vizinhança é horrível, o trabalho que os dois possuem está os separando mais ainda, agora meu pai, decidiu levar minha mãe para Europa, junto com minha irmã e minha mãe vai junto por que quer fazer uma matéria sobre sua vida, no qual acha ser “pacifica”. Diz-me o que tá acontecendo?

— Desculpe mesmo, eu não sabia que os desentendimentos com sua família continuavam... Mas eles parecem tão calmos...

— Calmos não... Eles fingem ser, mas sempre acabam me tratando como um bebe, eu sei que eles me criaram, me amaram, eu sei que foram os melhores pais que podia ter, mas ultimamente, eles andam fantasiando, e Ami está sofrendo, todos já se ligaram, menos eles, um dia quando busquei Ami da escola, ouvimos eles falarem sobre separação, obviamente ela fez um drama, ela ama o papai e mamãe, mas eles só estão alimentando as esperanças dela e esperando para que ela aceite isso, eles tem que dar a real, quando tentei falar com eles a única coisa que recebi foi um castigo e eu ainda tenho que estar no meio desta confusão.

— Se estiver tão ruim assim, passe uns dias na minha casa, pois podemos conversar melhor e você descansa sua cabeça. Faz isso... – Rima preocupou-se com o estado de desespero que sua amiga estava.

— Tá... Vou ver se der, eu vou. Mas agora já chegamos.

— Pois é eu queria ir ao shopping, kkkk. – Apontou para o prédio na frente da escola.

— Kkkk, vamos! – Lhe chamou.

— E o Tadase te ligou ameaçando-a novamente?

— Ligar ele liga, mas sei que ele nunca iria fazer tal ato, como descreve em suas dezenas de mensagens, acho que vou trocar de chip, assim ele me deixa em paz.

— Melhorou sobre a depressão que você estava pelo término do namoro?

— Sabe Rima, acho que me iludi quando o via, agora nem pensar tanto assim nele eu penso, afinal ele agora não é mais uma pessoa que estará comigo no futuro e sim fará parte do meu passado, não acha?

— Acredito que sim, kkkk. Acho que o que fará parte do seu futuro será o Tsukiyomi. – Falou num sussurro a última parte, ainda rindo, sabia que sua amiga havia escutado, mesmo assim ver sua reação sem jeito e tímida era engraçado.

— E você teve algum encontro com aquele garoto?

— Vou tentar desistir dele, assim talvez não espere tanto para encontrar alguém, amanhã é o seu aniversário de 17 anos não é?

— É, mas vejo que será uma péssima época para isso, só esta dando problema na minha vida. – Desabafou Amu.

— Tudo vai se resolver logo, logo.

— Tomará, tem prova hoje? – Arqueara as sobrancelhas, realmente andava muito esquecida.

— Tem, matemática, você não estudou?

— Me esqueci... Mas acho que vou dar bem.

— Se é você quem diz, não serei eu que vou discordar...

— Ohayō Amu. – Chegou Utau.

— Você... A garota bonita de ontem, é você, não? – Se perguntara o por que de uma garota cuja nunca conhecera queria papo com ela.

— Prazer, me chamo Hoshina Utau... Mas me chame somente de Utau, ok?

— Ok, tudo bem com você?... Er, que você nunca falou comigo e agora está falando com tanta intimidade... É um pouco estranho, ENTÃO O QUE ESTA HAVENDO? – Amu estranhou o fato, a dias atrás nunca tivera um contato com a garota e agora a garota queria se aproximar e se tornar amiga tão rapidamente.

— Hm, boa sorte para você, o Ikuto não vai deixar barato, principalmente por que você o rejeitou e isso deve ter dado um problema numa cabeça que só sabe mandar e não ouvir os outros. A partir de agora ele te infernizará até você inverter a resposta que deu a proposta dele. – Utau tentava explicar.

— Como você pode saber?

— Sou Utau irmã dele, pode apostar conheço quase tudo sobre ele, porém estou torcendo para você, mude ele, por que depois de um tempo ele perdeu totalmente a única dignidade que o restava, agora ele só pensa em cama e bebida.

— Desculpe acabar com suas esperanças, mas não o mudarei, por namorar com ele, ele tem que mudar sozinho e não ser dependente de uma pessoa assim.

— Por favor... Sei que você é diferente, não somente como aparenta, mas desde a semana passada, quando vocês se encontraram pela primeira vez, ele anda sendo diferente, não tão rude, não tão besta e as noites começou a passar em casa, meus pais até estão preocupados com as novas atitudes dele.

— Amu, você pode, tenta? – Perguntou Rima, agora se destacando na conversa ao qual tinha sido esquecida.

— Não posso ser nada, além do que amiga, ele é um playboy, aturar isso, já seria um grande desafio para mim.

“Grande passo, Amu! Da amizade que se formará surgirá um sentimento maior, então boa sorte, você irá precisar” – Pensou Rima.