The Messenger escrita por Lúcia Hill


Capítulo 4
Capitulo 3 - Don't you run away that way


Notas iniciais do capítulo

Ele a desejava, mas os sentimentos dela eram mais importantes.



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Não fora sua intenção magoá-la ao se afastar, pelo contrário, apenas teve medo de que ela se arrependesse depois do que estava fazendo. Embora tivesse conhecido aquela mulher a pouco tempo, Joe sentia algo diferente por ela e a última coisa que desejava era se aproveitar dela e causar-lhe mais dor.

Praguejou antes de levantar-se dali para ir atrás dela. Correu na direção da porta na intenção de alcançá-la afim de explicar seu comportamento para que ela não pensasse que ele havia se afastado por não a desejá-la, pois não era o caso. Pelo contrário, não se recordava de um dia ter sentido tamanho desejo por uma mulher antes talvez pelo tempo em que estivera sozinho afastado na companhia apenas de seus fantasmas interiores causados pelas cenas que testemunhara naquela guerra.

Uma chuva torrencial havia começado a cair, mas ela não se incomodou enquanto correu pelo meio da rua sentindo como se aquela água pudesse lavar suas lágrimas e todo o seu sofrimento desde o dia em que seu marido a havia deixado para defender seu país na Guerra.

Era bem verdade que havia bebido demais naquela noite, mas não tinha dúvidas de que seu desejo por Joe havia sido real, não só por sua beleza máscula mas também pela facilidade com que conseguia conversar com ele como se já o conhecesse antes e ele a fazia sentir-se tão a vontade que ela desejou estar nos braços dele e compreender também suas dores interiores e o que havia por trás daquela máscara tão dura que ás vezes ele colocava sobre seu rosto.

Como pude ser tão tola” disse a si mesma, naquela noite pensou que poderia aliviar um pouco da própria solidão e também da solidão que havia em Joe. Bastava que ele a desejasse e ela estava disposta a se entregar.

Mas pelo visto ele não a desejava, pois a recusara em uma situação em que pensou que nenhum homem recusaria uma mulher. Foi a primeira vez que ela teve coragem o suficiente para tomar a iniciativa e beijar um homem praticamente convidando-se para estar em sua cama, pois como mulher sempre foi ensinada a esperar que o homem lhe cortejasse.

Sim, estava alta, mas o álcool havia servido apenas para torná-la mais corajosa ao ponto de assumir seus desejos mais íntimos.

– Bobagem. – disse para si mesma, pois agora que o efeito passava podia sentir as faces corando pela vergonha de ter sido rejeitada daquela maneira e as lágrimas deram lugar a um sorriso, não de felicidade, mas porque ela estava rindo dela mesma e de sua própria situação constrangedora.

– Claire, espere! – a voz masculina interrompeu e ao virar o rosto, Claire deparou-se com os belos olhos de Joe a fitá-la.

– Sinto muito, eu... – tentou se desculpar mas não sabia direito o que dizer. A imagem dele ali parado também ensopado por causa da chuva assim como ela lhe era extremamente sensual, ainda que naquele momento estivesse com vergonha de si mesma por conta de suas ações de minutos antes.

– Está tudo bem Claire, sou eu quem tenho que me desculpar. Quero que saiba que eu não a rejeitei, apenas acho que não estamos em condições e não quero que faça algo de que se arrependa depois. – disse Joe preocupando-se em dar satisfações. – Prometi levá-la até sua casa, a chuva está muito forte e é melhor nos apressarmos.

– Não precisa, estou bem. Acho que uma caminhada não faria mal. – ela respondeu ainda sem querer incomodar mais aquele homem, mas algo em seu interior desejava o contrário.

No fundo o que ela queria era que ele a levasse até sua casa e ficasse lá com ela.

– Por favor eu insisto. – disse Joe oferecendo-lhe o braço que ela segurou enquanto caminhava ao lado dele até o veículo.

A curta viagem ocorreu em silêncio até o momento em que Joe parou o carro enfrente a casa que já havia visto anteriormente.

– Bem, é aqui. Aceita entrar pra tomar um café? Pelo menos para se secar um pouco por causa da chuva. – disse a mulher enquanto fitava Joe timidamente.

Ele pensou que não haveria algum mal em entrar, pois não queria fazer a desfeita de recusar o convite, principalmente depois de ter rejeitado Claire daquela maneira. Parte de si também não queria deixá-la ir.

Estranhamente Joe percebeu que desejava a companhia da viúva. Desceu do carro e uma vez que entrou na casa reparou no ambiente muito bem arrumado que era a residência de Claire.

– Me acompanhe, tem um banheiro no quarto de hóspedes. – disse e ele a seguiu até o local. – Vou buscar algumas peças de roupas limpas.

Uma vez que estava só naquele banheiro simples, livrou-se das roupas ensopadas e deitou-se na banheira sentindo o corpo relaxando na água quente, mas então a imagem perturbadora de Claire com o vestido molhado deixando a mostra o contorno de seus seios lhe povoaram os pensamentos.

Lembrou-se do beijo que ela havia lhe dado em sua casa e do contato de sua boca macia contra a dele que na mesma hora fez com que ele sentisse algo enrijecendo no meio de suas pernas.

Sua mente vagou para o momento em que ela estava sobre si com imagens do que poderia ter acontecido se ele não tivesse interrompido aquele momento. Como seria passear com suas mãos por aquele corpo, tocando aquelas curvas e envolvendo um daqueles seios?

Tocou a si mesmo pensando nela para no final repreender-se por pensar naquelas coisas, pois era evidente que ela havia feito aquilo apenas por causa da mistura da bebida com a carência pelo momento de luto que estava passando.

Uma vez que havia terminado o banho notou que ela havia posto roupas limpas em cima da cama daquele quarto de hóspedes e vestiu-se. As roupas masculinas certamente haviam sido do marido falecido.

Abriu a porta do quarto e foi seguindo o aroma do delicioso café fresco que dava para a cozinha onde Claire agora estava vestindo apenas uma camisola comprida de seda com um roupão do mesmo tecido por cima. Os cabelos ainda molhados agora estavam bem penteados.

Aquela imagem dela passando o café fez Joe pensar como seria se tivesse tido uma esposa. Certamente o velho Sargento Foster havia sido um homem de sorte.

Ela virou-se e aproximou-se de Joe caminhando de forma lenta com o bule na mão e inclinou-se para preencher a xícara de café que estava enfrente ao local onde ele agora estava sentado.

Esse simples ato fez com que Joe tivesse plena visão dos seios fartos por causa do decote e ele prendeu a respiração sentindo-se tolo como um simples menino por ter aquela reação.







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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!



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