PDV Milly

A cidade estava ficando fria. E a floresta onde eu estava, também. Sem contar que estava ficando escuro cada vez que eu entrava mais nela.

Senti que um cheiro muito forte estava muito longe de mim. Meu coração bateu aceleradamente. Tive que encostar-me numa das arvores pois minhas pernas estavam ficando trêmulas. Fechei meus olhos parando com minhas lágrimas e respirei fundo.

Não vai desistir agora, Emmilly?! Não fiquei desesperada por uma hora à toa!?

Ele é o amor de sua vida. É ele quem você ama... E agora desistirá?

Neguei a mim mesma e abri meus olhos. 

- Damon, não te deixarei escapar dessa vez. - mumrurei convicta e continuei a correr.

(...)

Cheguei naquela parte da floresta... Estava frio e escuro. Senti o cheiro forte e estava mais próximo de mim. Andei em direção onde vinha o cheiro... Encontrei-o sentado no chão, olhando para o pequeno rio a sua frente. Aproximei-me dele. Damon parecia nem me notar... Até que sentei ao seu lado e ele olhou-me assustado.

- O que faz aqui? - perguntou assustado.

- Nem eu sei. - suspirei e ele olhou-me confuso.

- Como me achou?

- Quando quero ficar sozinha sempre vou para um lugar calmo e distante. - dei de ombros - Achei que você também estaria num lugar assim, então vim para cá.

- Veio por mim? - ficou esperançoso e assenti - Por quê?

- Damon, precisamos conversar. - respirei fundo - Colocaremos tudo em pratos limpos.

- Primeiro você...

- Está bem... Desculpe-me se agi como uma garotinha mimada e mesquinha. Eu só fiquei confusa e com medo. Achei que se ficássemos juntos, nunca daríamos certo. Mas nem ao menos tentamos, sim? - sorri de leve e abaixei a cabeça - Sei que fui idiota, e agi sem sentido... - ele calou-me com um demorado selinho. Fechei os olhos e senti meu coração bater mais rápido.

- Você não é idiota e nem agiu sem sentido. Só fez o que achou que seria melhor para você. - falou respirando fundo - Entendo, eu não sou um homem com uma reputação boa...

- Mas disseram-me que faz quase três meses que você não faz nada de mais a não ser beber. - ele olhou-me confuso.

- Quem está te dando minha ficha?

- Pessoas que gostam de você e se preocupam muito com que está acontecendo. - dei de ombros - Damon, por que está fazendo isso com você?

- Não sei, Emmilly. - suspirou - Sou um galinha, como você disse... Mas toda vez que penso em você não consigo ficar com ninguém... Não consigo fazer mais nada. Só resta-me beber.

- Por que pensa em mim? - fiquei curiosa.

- Por que eu te amo. Eu te amo, Emmilly.

Fiquei sem saber sem saber o que falar ou o que fazer. Essa era a última coisa que esperava dele... Ainda mais vinda de um jeito tão sincero...

- Demorei muito para perceber o que realmente sentia. - falou olhando para frente - Mas é a verdade. Nesses trÊs meses... Só ajudaram-me a perceber que sou ifiota em te deixar... Ou por nem ao menos lutar por você... Entendo seu lado. Faço coisas ruins até mesmo para mim...

Eu não estava prestando atenção em nada do que ele falara agora... Ele me ama!?

- Entendo seu lado. Faço coisas ruins até mesmo para mim...

- Damon, cala a boca! - mandei e ele olhou-me confuso - Você disse o quê? 

- Eu te amo.

Fechei meus olhos deixando uma lágrima escorrer...Dessa vez não era de dor... Era de amor.

- Como pude ser tão idiota em te deixar? - perguntei séria e abbri os olhos sorrindo.

Aproximei-me dele de vagar e segurei seu rosto entre minhas mãos trêmulas e frias. Ele fez o mesmo comigo.

- Desculpe se fui tão idiota e deixei isso ficar dessa jeito. - murmurei fechando os olhos e esncostei nossos rostos - Damon, nunca senti isso por ninguém... Você acabou com aquilo que eu mais tinha medo... Apaixonei-me por você.

Senti seu enorme sorriso formar-se e beijei-o. Seus lábios nos meus... Meu corpo caindo sobre o seu...

Agora somos um.

Pdv Damon

Com ela foi diferente. Nem por um segundo deixo de pensar nela. Quando vejo-a, tudo para. Esqueço-me do mundo...

- Milly, eu já nem sei o que seria de mim se você não viesse. - murmurei beijando seus doces lábios. Ela sorriu e acariciou meu rosto.

- Eu sofri muito sem você. - sussurrou olhando-me - Nunca amei tanto alguém como te amo.

Sorri mais e beijei-a. Aquela sensação era maravilhosa.

Milly estava ficando fria. Olhei-a preocupado e vi seus lábios tremerem.

- Está ficando frio. - falou sorrindo e ri.

- Você veio como?

- Correndo. - deu de ombros sorrindo - Passei em seu apartamento... Você não estava. Andei pela cidade... E decidi vir para cá.

- Nunca imaginei que você enconctraria-me aqui. Estou aqui há um dia.

- Agora você tem que ir para casa. - sentou-se e fiz o mesmo - Você tem que repor energias. - olhou-me preocupada e sorri - Alimentar-se...

- Já faz um tempo que não me alimento. - dei de ombros - Não quero mais fazer o que fazia.

- Vou te ajudar a mudar, Damon. - segurou minha mão - Depois resolvemos isso. Tenho que passar na minha casa antes... - sorriu.

- Você não mora em Ontário? - fiquei confuso e ela riu.

- Para sua alegria, estou morando em San Lênnard. É aqui perto. - sorri.

- Ok. Vamos.

Levantei-me e a ajudei levantar.

- Para o seu apartamento? - sugeriu sorrindo.

- Meu apartamento. - sorri colocando-a em meus braços rápidamente.

Ela assustou-se e sorriu colocando os braços a volta de meu pescoço.

Pdv Milly

Deitamos em sua cama e tiramos nossas jaquetas. Ele sorriu com nossa animação e retirei sua camisa. Ele ainda estava o mesmo, mas agora estava mais pálido. E aparentava cansado. 

Ele beijou-me com força e aceitei. Ele estava ficando mais rápido... Seus lábios foram para meu pescoço e deram-me beijos molhados, fazendo-me arrepiar-me.

De repente Damon saiu de cima de mim e foi para o outro lado do quarto. 

- O que houve? - perguntei confusa e sentei-me na cama.

- Milly, não quero te machucar... É melhor você ir. - falou tenso e fechou os olhos.

- Não... - levantei-me - Quero ficar com você... Não vou te deixar. - implorei.

- Milly, só até eu resolver-me. Tenho que me alimentar... - respirou fundo. Aproximei-me dele.

- A minha dieta não funcionaria, sim? - perguntei e ele negou. Uma ideia passou em minha mente e sorri - Prometi que iria te ajudar. - peguei minha jaqueta e ele olhou-me confuso - Não saia daqui. 

- Onde vai?

- Te ajudar. - sorri e dei-lhe um rápido beijo.

(...)

- Mãe! Mãe! - cheguei em casa correndo. Ela apareceu preocupada - Mãe, preciso de sua ajuda.

- O que houve? - preocupou-se - Encontrou-o?

- Sim. Mas quero ajudá-lo agora. - olhou-me confusa - Prometi que o ajudaria a mudar de hábitos... Mãe, quero que você me ajude.

- Como? - não entendeu e respirei fundo.

- Damon não pode simplesmente do nada adiquirir a nossa dieta... Então posso fazer com que ele vá diminuindo seus hábitos... - dei de ombros.

- Como? - não entendeu novamente.

- Ele não precisa somente matar... Há muito sangue por aí. - sorri dócil e ela entendeu onde queria chegar.

- Acho que temos que pedir ajuda a Carlisle então. - concordei e sorri animada.

- Pode ser agora? - ela sorriu assentindo e saimos de casa rápido.

(...)

O cheiro era bem atentativo, mas não quero nem chegar mais perto do que já estou. Meu vô ajudou-me muito e disse-me que ajudarar-me se precisarmos.

Entrei no apartamento de Damon... Estava tudo escuro de novo. Acendi as luzes e entrei no corredor, seguindo o cheiro dele. Entrei no quarto e encontrei Damon largado na cama.

- Damon! - corri até ele e ele pareceu nem ouvir-me - Damon, está tudo bem? - preocupei-me e ele abriu os olhos.

- Milly... - sorriu fraco e acariciei seu rosto.

- Ficará tudo bem... - sussurrei beijando o canto de seus lábios.

- Que cheiro é esse? - estranhou e sorri.

- Prometi que iria te ajudar... É o que fiz. - levantei-me e peguei minha bolsa. Ele olhou-me confuso. Tirei de minha bolsa as duas bolsas de sangue que meu vô deu-me e mostrei a ele.

- Onde arranjou isso? - ficou mais confuso e sentou-se de vagar.

- Meu avô trabalha em hospitais. - dei de ombros e andei até a comoda ao lado - Pedi ajuda dele nisso. - peguei um copo que estava na comoda e abri a bolsa de sangue. 

O cheiro invadiu todo o lugar, fando-nos estremecer. Voltei rápido ao normal, enquanto Damon ficou vidrado no copo que eu despejava o sangue. Virei-me para ele e sorri.

- Melhor ser servido assim, não acha? - perguntei dando de ombros e ele sorriu de lado. 

- Tem certeza? - perguntou rouco e respirei fundo.

- Damon, você não pode simplesmente mudar tudo por mim. Mas ao menos mude algumas coisas pelo certo. - entreguei-lhe o copo e ele pegou um pouco receoso - Enquanto você se alimenta, vou passar em minha casa e mais tarde volto.

Beijei-o e peguei minha bolsa.

No outro dia

Entrei no meu quarto e dei de cara com o trio animado, Nessie, Nanda e Teté. Revirei os olhos e ri.

- Conte-nos agora! - mandaram e sentei-me em minha cama.

- Ainda não temos nada. - dei de ombros e calei-me. Ah, meu pai está na casa de Edward... - Estamos num teste drive. - sorri e elas sentaram ao meu lado.

- Milly, ainda bem que está tudo resolvido entre vocês! - Nanda falou sorrindo e Nessie sorriu mais.

- Até que enfim fez algo certo, Milly. - falou rindo.

- Acho que nesse tempo todo eu estava fazendo algo certo. - dei de ombros e elas negaram - Gente, agora Damon e eu estamos nos conhecendo melhor. Ele contou-me tudo sobre ele e farei o mesmo ainda.

- Por que ainda não fez? - Teté perguntou confusa

- Não deu tempo. - sorri - Mas quando estiver tudo certo, resolvemos o que fazer. - dei de ombros.

- Milly, temos que te contar uma coisa! - Nanda lembrou-se de algo muito bom, acho.

- Sim. - Nessie concordou - Dome e Fabrício estão namorando sério agora... - fiquei boquiaberta.

- Ou melhor, Fabrício pediu Dome em casamento. - Teté concluiu e não acreditei.

- Gente! - desacreditei e rimos - Preciso falar com ela!

- Ela falou que virá aqui amanhã de noite. - Teté falou e Nanda pareceu lembrar-se de algo mais.

- Sabe o que faremos? - ela falou animada e ri.

- Uma festa? - fiz-me de surpresa e elas riram.